As Sociedades Brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) reforçam a importância de proteger os prematuros com imunizantes adequados.
O calendário vacinal para bebês prematuros possui especificidades que exigem atenção dos pais. Por exemplo, prematuros com menos de 33 semanas ou abaixo de 2 kg precisam de quatro doses da vacina contra a hepatite B e só podem receber a vacina BCG após atingirem 2 kg.
Também há uma imunização passiva, o palivizumabe, um medicamento que previne infecções pelo vírus sincicial respiratório (VSR), causador de bronquiolite e pneumonia, oferecido a prematuros nascidos com menos de 29 semanas e outros grupos vulneráveis.
Vale ressaltar que foi aprovada pela Comissão de Saúde (COSAÚDE) da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a incorporação de um novo medicamento preventivo de dose única contra o VSR, o Nirsevimabe, para bebês prematuros. O produto está sob avaliação na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde (Conitec).
Outra vacina importante no contexto da prematuridade é a hexavalente, que protege contra seis doenças com apenas uma aplicação e causa muito menos efeitos adversos que a vacina pentavalente. Ela está recomendada para os prematuros nascidos com menos de 33 semanas ou com menos de 1,5kg, e disponível pelo SUS, nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Cries).
“Essa é uma vacina de produção nacional. Lutamos para que todos os bebês prematuros, independentemente da idade gestacional ao nascimento, tenham acesso gratuito à hexa. Além disso, acreditamos que facilitar o acesso da população à vacina, disponibilizando a mesma nos postos de saúde, é uma estratégia importante na retomada da cobertura vacinal dessa população”, diz a diretora da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani.