Mundo
Sobe para 11 número de mortos em incêndios na Califórnia
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Os dois últimos corpos foram encontrados em região pouco povoada da estrada Mulholland, segundo a polícia de Los Angeles
Dois incêndios no sul da Califórnia provocaram neste sábado (10) duas mortes e danos em dezenas de mansões de celebridades em Malibu e em caravanas de idosos nos subúrbios da cidade, segundo as autoridades locais. Os dois corpos foram encontrados em região pouco povoada da estrada Mulholland, segundo a polícia de Los Angeles.
O balanço das vítimas mortais aumentou para 11 no estado da Califórnia devido aos incêndios registrados nos últimos dias, depois das nove pessoas encontradas mortas e um incêndio no norte da região.
Os bombeiros salvaram milhares de casas, apesar de trabalharem em “condições de fogo extremas e duras que disseram nunca ter visto nas suas vidas”, afirmou o chefe dos bombeiros do condado de Los Angeles, Daryl Osby.
Com as condições mais calmas, os bombeiros conseguiram conter as chamas que se tinham propagado por 282 quilômetros quadrados e fazer uma avaliação prévia dos danos dos últimos dois dias.
Osby relatou as “significativas” perdas nas residências, sem contabilizar o número afetado.
As autoridades tinham referido anteriormente que 150 casas foram destruídas e que esse número iria aumentar.
Cerca de 250 mil casas estão sob ordens de evacuação em toda a região, o que aconteceu a celebridades, em Malibu, como Lady Gaga, Kim Kardashian West, Guillermo del Toro e Martin Sheen.
As chamas também se propagaram por casas mais modestas em colinas e desfiladeiros, chegando ao vale de San Fernando, em Los Angeles, e a subúrbios como Thousand Oaks, uma cidade de 130 mil pessoas, onde há poucos dias 12 pessoas morreram num tiroteio em num bar de música country.
Por Lusa.
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Mundo
Governo brasileiro celebra retirada de Cuba da lista de terrorismo dos EUA
Joe Biden decidiu retirar Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo. Por sua vez, Havana informou que vai libertar 553 presos “por crimes diversos”
O governo brasileiro deu boas-vindas, nesta terça-feira (14), à retirada de Cuba da lista dos Estados Unidos de países patrocinadores do terrorismo, ressaltando que a decisão de Washington constitui um “ato de reparação e de restabelecimento da justiça”.
“O governo brasileiro recebeu, com grande satisfação, a decisão do governo dos Estados Unidos de revogar sua designação unilateral de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em nota.
“Muito embora parciais e limitadas, as medidas de alívio adotadas pelos Estados Unidos vão no sentido correto e constituem ato de reparação e de restabelecimento da justiça e do direito internacional”, acrescentou.
Nesta terça-feira, o presidente em fim de mandato dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu retirar Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo. Por sua vez, Havana informou que vai libertar 553 presos “por crimes diversos” após esse anúncio.
Biden também suspenderá a capacidade dos americanos para reivindicar propriedades expropriadas em Cuba e rescindirá um memorando com uma lista de entidades cubanas que estão proibidas de realizar algumas transações financeiras.
As decisões do octogenário democrata chegam dias antes da volta do republicano Donald Trump à Casa Branca, em 20 de janeiro.
Há anos o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede que os Estados Unidos suavizem sua política de sanções sobre Cuba.
O Itamaraty disse na nota que o Brasil tem denunciado a “injusta e injustificada” inclusão da ilha na lista de patrocinadores do terrorismo “quando é de amplo conhecimento que Cuba colabora ativamente para a promoção da paz, do diálogo e da integração regional”.
E expressou seu desejo de que as novas medidas apontem para um “padrão de relacionamento construtivo entre Cuba e Estados Unidos”.
Por mais de seis décadas, Washington impõe a Cuba um embargo comercial, que Trump endureceu em seu primeiro mandato (2017-2021), ao voltar a incluir a ilha na lista de patrocinadores do terrorismo, uma medida que cria obstáculos às transações e aos investimentos externos porque as empresas ficam expostas a sanções americanas.
Por Didi Galvão
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Mundo
Cessar-fogo iminente em Gaza faz ultradireita ameaçar Netanyahu
O acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, que está sendo finalizado nesta terça-feira (14) no Qatar, provocou forte reação na ultradireita que apoia o governo do premiê Binyamin Netanyahu em Israel.
O maior expoente do grupo, o ministro Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional), ameaçou se demitir e pediu que o colega Bezalel Smotrich (Finanças) faça o mesmo.
Ambos são integrantes do chamado gabinete de segurança, que terá de aprovar o plano a ser anunciado após pressão do novo governo dos Estados Unidos, com Donald Trump de volta à Casa Branca na próxima segunda-feira (20).
O colegiado tem 11 membros, o que deverá garantir a aprovação do plano -apenas Ben-Gvir havia vetado o acordo de novembro com o Hezbollah libanês. Na segunda-feira (13), Smotrich havia dito que o arranjo atual é “um desastre para a segurança nacional”.
Segundo o jornal “Yedioth Ahoronoth”, Netanyahu prometeu ao ministro das Finanças um “pacote de compensações” exclusivo em seu nome e de seu partido, o Religioso Sionista, em troca do apoio.
O plano vazado até aqui, que deve ser anunciado pelos EUA talvez já nesta terça, prevê a troca inicial de 33 dos 98 reféns remanescentes do 7 de Outubro por um número que ao fim chegará a mil dos 11 mil palestinos presos em Israel. Desses reféns, cerca de 60 podem estar vivos, nas contas de Israel. O Hamas tomou 255 pessoas no seu ataque.
Há previsão de retirada gradual das forças de Tel Aviv para as fronteiras da Faixa de Gaza e a volta de moradores para a região norte do território. O plano inicial é de 60 dias de cessar-fogo, com a segunda fase de troca de prisioneiros ocorrendo duas semanas após seu início.
Segundo a agência de notícias Associated Press, o Hamas já aceitou os termos. Autoridades israelenses, falando sob anonimato para a mídia local, dizem que a amarração final é complexa, mas está avançando. A chancelaria do Qatar, por sua vez, diz que o acordo está “mais próximo do que nunca”, emulando o que haviam dito Joe Biden e Trump.
A resistência foi vista em Israel como um teste de última hora do premiê para alegar a impossibilidade de aceitar o acordo. O premiê tenta convencer seu eleitorado à direita de que o acordo foi algo inexorável a partir do momento em que Trump indicou o empresário judeu Steve Witkoff para ser seu negociador no Oriente Médio.
Em uma medida inusitada, o time de Biden que tocava desde o ano passado as conversas no Qatar aceitou que Witkoff participasse da reta final das negociações. Ele chegou com o pé na porta, obrigando Netanyahu a aceitar termos antes considerados tabus, como a retirada de tropas israelenses de todo o território de Gaza.
O formato foi decidido em uma conversa relatada na imprensa israelense entre o primeiro-ministro e o enviado de Trump no último sábado (11), em pleno descanso semanal do judaísmo. Witkoff partiu de Israel a Doha logo na sequência, e na madrugada de segunda o arranjo começou a tomar forma final.
Em Jerusalém, faixas dizendo que “Acordo = Rendição” abundam em bairros ortodoxos, e sem esse apoio Netanyahu ficará numa situação politicamente exposta até a eleição prevista para o ano que vem.
Mas tudo indica que o premiê preferiu o acerto às expensas da vontade desses aliados. Se no gabinete de segurança é possível tratorar a ultradireita, no Parlamento a situação é mais fluida. Dos 120 deputados, o governo conta com 68, sendo apenas 32 do partido de Netanyahu, o direitista Likud.
O premiê tenta assim navegar, contando talvez com a mudança de ambiente em Israel após mais de um ano de guerra, iniciada quando o Hamas atacou o país em 7 de outubro de 2023.
A virtual aniquilação operacional do Hamas, o ataque maciço ao Hezbollah e a pressão sobre o Irã, que banca os libaneses e o grupo terrorista palestino, valeu dividendos ao primeiro-ministro. O Likud recuperou a liderança com quase 30% de intenções de voto se uma eleição fosse disputada hoje -sem intercorrências, o pleito ocorrerá em 2026, caso o governo sobreviva até lá.
Nada disso é garantia de vitória, claro. Netanyahu governa um país que, antes da guerra, estava profundamente dividido, com protestos semanais contra suas propostas autoritárias e mesmo sua presença no cargo, dado o julgamento por corrupção a que é submetido. A demora na negociação com o Hamas, vista como uma forma de manutenção de poder, também é fonte de grande desgaste.
Por outro lado, a aposta de Netanyahu em ser o premiê do grande acerto de contas de Israel com os vizinhos foi jogada a sério, mas agora a base quer mais. Ben-Gvir já deu a chave: reocupar o que for habitável de Gaza com assentamentos judaicos, algo não previsto no acordo.
Isso, somado ao torniquete aplicado à Autoridade Nacional Palestina na Cisjordânia, onde colonos ilegais proliferam, e ao novo ímpeto ao ocupar mais território na Síria após a queda da ditadura de Bashar al-Assad, pode servir para garantir a continuidade do apoio por ora desses aderentes do Grande Israel.
Foto Getty
Por Notícias ao Minutoo
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Seul diz que Pyongyang disparou projétil não identificado para mar do Japão
A Coreia do Norte disparou um projétil não identificado em direção ao Mar do Japão nesta terça-feira, conforme informou o Estado-Maior sul-coreano. O incidente ocorre apenas uma semana após Pyongyang anunciar o teste de um novo “míssil hipersônico”.
“O projétil foi lançado em direção ao Mar do Leste”, informou o Estado-Maior sul-coreano, que usa uma nomenclatura própria para o Mar do Japão. Este lançamento intensifica as tensões na região, já marcadas por disputas de segurança e interesses estratégicos.
Na semana passada, a Coreia do Norte testou o que o líder Kim Jong-un chamou de “míssil balístico hipersônico de alcance intermediário”, com o objetivo de dissuadir potenciais adversários na região do Pacífico. O lançamento coincide com a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, à Coreia do Sul, marcando um momento de grande tensão diplomática.
Além disso, este é o primeiro teste significativo realizado por Pyongyang desde que Donald Trump venceu as eleições presidenciais norte-americanas em novembro, sinalizando uma possível nova escalada no programa militar norte-coreano.
A Coreia do Sul, um importante aliado dos Estados Unidos, mantém relações extremamente tensas com a Coreia do Norte. Os dois países permanecem tecnicamente em guerra, já que o conflito de 1950-1953 terminou com um armistício, e não com um tratado de paz.
Em novembro, a Coreia do Norte testou um míssil balístico intercontinental (ICBM) de combustível sólido, alegadamente o mais avançado de seu arsenal nuclear. Em resposta, o exército sul-coreano realizou seu próprio teste de um míssil balístico, demonstrando a contínua corrida armamentista na região.
Washington acusou recentemente Pyongyang de receber apoio militar da Rússia em troca do envio de tropas norte-coreanas para combater na Ucrânia. Embora nem Pyongyang nem Moscou tenham confirmado oficialmente a presença de forças norte-coreanas no conflito, essa possibilidade adiciona outra camada de tensão às relações internacionais envolvendo a Coreia do Norte.
Os recentes testes e acusações reforçam as preocupações globais com o avanço tecnológico e militar de Pyongyang, além de destacar o delicado equilíbrio de poder na região do Pacífico.
Foto Lusa
Por Notícias ao Minutoo
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