[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]
Em Pernambuco, 114 dos 184 municípios estão em situação de emergência devido à estiagem prolongada (confira a lista das cidades no final desta reportagem). O decreto estadual, válido por 180 dias, determina que as localidades afetadas pela falta de chuva recebam recursos e auxílios para lidar com o problema.
Em 11 de setembro, foi publicado no Diário Oficial do Estado o decreto de situação de emergência para 55 municípios pernambucanos. Posteriormente, no dia 19 do mesmo mês, essa lista aumentou com a inclusão de outras 59 cidades.
Segundo o secretário-executivo da Defesa Civil de Pernambuco, Coronel Lamartine Barbosa, os valores destinados para cada cidade variam de acordo com o planejamento e a necessidade do local. “É necessário que os municípios produzam um plano de trabalho específico visando à aquisição de bens e serviços em favor dessas populações atingidas”, explicou.
A Agência Pernambucana de Água e Climas (Apac) informou que, de janeiro a agosto de 2020, as chuvas acumuladas na Região Metropolitana do Recife, na Zona da Mata e no Sertão do Pajeú variaram entre 500 e 1.200 milímetros, total considerado normal ou abaixo do normal. No Sertão do São Francisco, o volume acumulado de chuva ficou abaixo dos 600 milímetros.
“Nós temos a capacidade de acumulação de água no Sertão hoje em 52%. No Agreste, a situação é um pouco pior, porque estamos em 45%. O detalhe acerca dessa capacidade e do que hoje existe de água é que, infelizmente, ela não é geograficamente bem distribuída”, afirmou o secretário.
Ainda de acordo com Lamartine, a água deve ser levada aos municípios através da Operação Carro Pipa, feita pelo governo federal.
“Para que esses municípios tenham suas zonas rurais abastecidas pela água, trazidas pelos carros pipas, operação gerida pelo Exército brasileiro, é preciso que eles estejam nesse decreto de situação de emergência, com o reconhecimento federal”, declarou.
Ele afirmou que o cenário é menos grave do que o apontado em outros anos pelo Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, principal recurso utilizado pela Defesa Civil de Pernambuco para monitorar a situação dos municípios. “Temos visto que este ano o indicador de seca é um pouco menor do que o que foi verificado em anos anteriores”, disse.
Segundo a Apac, os meses de setembro, outubro e novembro são, historicamente, os mais secos no estado. Patrice Oliveira, gerente de meteorologia da agência, explicou que a umidade do ar é monitorada para eventuais alertas.
Cidades em situação de emergência:
- Águas Belas
- Afogados da Ingazeira
- Afrânio
- Alagoinha
- Altinho
- Angelim
- Araripina
- Arcoverde
- Belém do São Francisco
- Belo Jardim
- Betânia
- Bezerros
- Bodocó
- Bom Conselho
- Brejão
- Brejinho
- Brejo da Madre de Deus
- Buíque
- Cabrobó
- Cachoerinha
- Caetés
- Calçado
- Calumbi
- Canhotinho
- Capoeiras
- Carnaubeira da Penha
- Caruaru
- Casinhas
- Cedro
- Cumaru
- Custódia
- Dormentes
- Exu
- Feira Nova
- Flores
- Floresta
- Frei Miguelinho
- Granito
- Gravatá
- Iati
- Ibimirim
- Ibirajuba
- Iguaracy
- Inajá
- Ingazeira
- Ipubi
- Itacuruba
- Itaíba
- Itapetim
- Jataúba
- Jatobá
- João Alfredo
- Jucati
- Jupi
- Jurema
- Lagoa do Ouro
- Lagoa Grande
- Lajedo
- Limoeiro
- Manari
- Mirandiba
- Moreilândia
- Orobó
- Orocó
- Ouricuri
- Panelas
- Paranatama
- Parnamirim
- Passira
- Pedra
- Pesqueira
- Petrolândia
- Petrolina
- Poção
- Quixaba
- Riacho das Almas
- Sairé
- Salgadinho
- Salgueiro
- Saloá
- Sanharó
- Santa Cruz
- Santa Cruz da Baixa Verde
- Santa Cruz do Capibaribe
- Santa Filomena
- Santa Maria da Boa Vista
- Santa Maria do Cambucá
- Santa Terezinha
- São Bento do Una
- São Caetano
- São João
- São José do Belmonte
- São José do Egito
- São Vicente Ferrer
- Serra Talhada
- Serrita
- Sertânia
- Solidão
- Surubim
- Tabira
- Tacaimbó
- Tacaratu
- Taquaritinga do Norte
- Terezinha
- Terra Nova
- Toritama
- Trindade
- Triunfo
- Tupanatinga
- Tuparetama
- Venturosa
- Verdejante
- Vertente do Lério
- Vertentes