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Brasil

SP cria rede de hospitais para varíola dos macacos e prevê vacinar 5.500

O estado já registrou 1.298 casos da doença.

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O Governo de São Paulo anunciou, nesta quinta-feira (4), uma série de medidas para conter a rápida disseminação da varíola dos macacos. Segundo dados desta quarta (3) da Secretaria da Saúde, o estado já registrou 1.298 casos da doença. Dois desses pacientes estão internados e dez crianças e adolescentes já foram infectados.

Entre as medidas está a criação de uma rede estadual de hospitais para atendimento de pacientes mais graves e de uma rede de laboratórios públicos e privados liderada pelo Instituto Adolfo Lutz para vigilância epidemiológica e genômica do vírus monkeypox.

“Temos um aumento importante de casos no Brasil nos últimos dias. E tem uma situação estranha acontecendo na Europa, em que [o surto] vinha muito acelerado e, de repente, deu uma estabilizada. Então não dá muito para prever o que vai acontecer no dia a dia”, afirmou David Uip, secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do governo paulista, à Folha de S.Paulo.

A ideia é que os laboratórios privados, além de informar os casos que estão testando, enviem amostras para o Adolfo Lutz fazer a vigilância genômica.

Também está prevista uma rede de formação e atualização dos profissionais de saúde por meio das vigilâncias sanitárias do estado e dos municípios. “Eles é que conseguem chegar na ponta. Esse [o paciente da varíola dos macacos] não é um doente de UTI.”

Para os doentes que necessitarem de internação, Uip explica que a rede hospitalar pública e privada precisa estar preparada porque eles vão precisar de isolamento. Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde, afirmou que 93 centros de saúde estão disponíveis para atendimento de casos mais graves de monkeypox.

“Vamos ter que protocolar tudo. Vamos manter a mesma porta de entrada do pronto-socorro ou terá que ter duas entradas? Como os profissionais têm que atender? Têm que usar luvas, máscaras, avental e óculos. Tudo isso é resposta e investimento”, afirmou Uip.

Segundo ele, a melhor estratégia seria o acesso rápido à vacina, mas, no momento, só haverá imunizante disponível para 25 mil pessoas no Brasil, duas doses para cada uma.

Para o estado de São Paulo, estão previstas 11 mil doses para 5.500 pessoas. O secretário informou que, em conversa com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi informado que as doses de vacinas devem chegar ao Brasil no final de setembro.

“Aí vamos ter que decidir em que vamos aplicar a vacina. Quais profissionais da saúde? Dos laboratórios? Os que estão na ponta? Mas aí são todas as unidades básicas de saúde. É difícil.”

Uip diz que o governo paulista, por meio do Instituto Butantan, está negociando diretamente com o NIH (Instituto Nacional de Saúde dos EUA) a aquisição de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), o insumo para a produção de vacina, mas não há nada fechado. “O que nos temos a médio prazo são as 50 mil doses de vacinas [negociadas pelo Ministério da Saúde].”

Segundo o secretário, também haverá a criação de protocolos de atendimento nas diversas especialidades. “É uma doença multidisciplinar e multiprofissão. Protoctologistas, ginecologistas, obstetras, dermatologistas, dentistas, todos têm que estar envolvidos.”

Ele afirma que os locais de alta rotatividade, como hotéis e motéis, também terão que ser orientados para os cuidados adequados com roupas de cama e banho.

Os doentes imunodeprimidos e as populações vulneráveis, como as que vivem na rua, são outras fontes de preocupação. “Temos um caso de uma moça grávida, moradora de rua positiva [para monkeypox], HIV positiva, C positiva [hepatite], que sumiu [depois do diagnóstico].”

Uip ainda chamou atenção que São Paulo é o estado com maior número de casos no país. Segundo ele, a maior parte dos pacientes é assintomática ou tem sintomas leves. Mesmo assim, existem grupos de risco que podem desenvolver quadros graves da doença, como pessoas imunossuprimidas. “Não tem doença simples.”

Os diagnósticos no estado, assim como no mundo, são concentrados em homens. Do total de casos em São Paulo, 97% são nessa população com idade média de 30 anos. Uip, no entanto, diz que todos podem contrair a doença. “Daqui a pouco, todas as pessoas vão estar passíveis de infecção.”

Em 23 de julho, no mesmo dia que a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a varíola dos macacos como emergência pública de preocupação global, Uip afirmou que existe uma disputa acirrada pela vacina contra a varíola dos macacos. O secretário também disse que uma possibilidade era a produção nacional do imunizante pelos laboratórios de Farmanguinhos (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan.

O Ministério da Saúde anunciou, na última sexta (29), a encomenda de 50 mil doses da vacina Jynneos, produzida pela famacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic. O pedido foi feito via Opas (Organização da Saúde Pan-Americana), que prevê doses limitadas para 2022.

Segundo o ministério, as doses serão destinadas para profissionais de saúde que manipulam o vírus e pessoas que tiveram contatos com infectados.

O anúncio foi no mesmo dia que o Brasil registrou a primeira morte causada por varíola dos macacos. O óbito também foi o primeiro noticiado fora do continente africano.

A Jynneos é a única vacinada licenciada contra a varíola dos macacos. Além dela, outros dois imunizantes contra a varíola comum são considerados para monkeypox, mas faltam evidências de suas eficácias, disse Tedros Adnahom, diretor-geral da OMS, em coletiva de imprensa de 27 de julho.

Além da vacinação, testagem e rastreamento de contatos são apontados como medidas para barrar a disseminação da doença. Em relação a essas medidas, o Brasil se encontra em posição critica, afirmam grupo de epidemiologistas em em artigo pré-print publicado nesta segunda (1º) na Revista Brasileira de Epidemiologia.

O país conta com quatro laboratórios para testagem das amostras de casos suspeitos da varíola dos macacos. O cenário de aumento de casos no Brasil já começa a sobrecarregar esses quatro centros e especialistas apontam a necessidade do aumento de laboratórios credenciados.

Por Folhapress

 

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Brasil

Brasil colocou taxação de super-ricos na agenda global, diz Haddad

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Ao fim do primeiro dia da 3ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilhou informações envolvendo a declaração aprovada sobre tributação global. O  texto final só será divulgado ao fim do evento nesta sexta-feira (26), mas o ministro adiantou que constará um reconhecimento de que é necessário aprofundar discussões sobre a taxação dos super-ricos.

Segundo ele, o tema agora está incluído na agenda internacional.

“Ficamos extremamente satisfeitos com o apoio que foi recebido pelo Brasil. Praticamente todos os participantes do G20 fizeram questão de enfatizar a liderança da presidência do Brasil do G20. Obviamente que há preocupações e ressalvas. Há preferências por outras soluções, mas ao final todos concordamos que era necessário fazer constar essa proposta como uma proposta que merece a atenção devida”, disse.

A taxação dos super-ricos é uma pauta prioritária para a presidência brasileira do G20. O Brasil defende que os países coordenem a adoção de um imposto mínimo de 2%. No entanto, há resistências. A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, por exemplo, tem dito que não vê necessidade de um pacto global e que cada governo deve tratar da questão internamente. Ainda assim, ela tem se manifestado favorável a um sistema tributário mais progressivo que garanta que indivíduos de alta renda paguem um valor justo.

Segundo Haddad, sem uma coordenação global, os países acabam se envolvendo em uma guerra fiscal. Ele avalia que a inclusão de menção da proposta brasileira na declaração final é uma conquista que supera o ceticismo sobre a impossibilidade de um consenso. “Obviamente que é preciso enfatizar que esses processos têm curso relativamente lento na agenda internacional. A construção de um mundo melhor é trabalhosa. Se não fosse, já teríamos um mundo bem mais agradável do que o atual”, avaliou.

Ele insistiu se tratar de uma vitória que não deve ser desmerecida. “É uma conquista do ponto de vista ético. A ética é muito importante na política. Buscar justiça é muito importante na política. Os 20 países mais ricos do mundo terem concordado em se debruçar sobre um tema proposto pelo Brasil é algo de natureza ética que precisa ser valorizado. Não é pouca coisa, mesmo que isso ainda vai exigir esforços intelectuais importantes para torná-la realidade”.

O ministro disse que a discussão das questões tributárias deve levar em conta o enfrentamento dos desafios globais, como a desigualdade, a fome e as questões climáticas, que vão exigir soluções inovadoras. “Nós estamos procurando nos antecipar já começando a elaborar instrumentos de financiamento que possam servir no momento em que a necessidade se fizer notar”.

Mais cedo, em pronunciamento aos demais participantes do evento, Haddad já havia dito que a declaração que estava sendo elaborada seria histórica . “Graças à nossa vontade política coletiva, esse G20 será lembrado como ponto de partida de um novo diálogo global sobre justiça tributária. Tal progresso no debate foi alcançado por meio de troca de ideias de maneira franca e transparente”.

As 19 maiores economias do mundo, bem como a União Europeia e mais recentemente a União Africana, têm assento no G20. O grupo se consolidou como foro global de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais, de desenvolvimento e de cooperação internacional. Em dezembro do ano passado, o Brasil sucedeu a Índia na presidência. É a primeira vez que o país assume essa posição no atual formato do G20, estabelecido em 2008. No fim do ano, o Rio de Janeiro sediará a Cúpula do G20, e a presidência do grupo será transferida para a África do Sul.

Fonte: Agência Brasil

           

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Justiça determina ao INSS manter serviços essenciais, mesmo em greve

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a greve dos servidores do INSS não pode afetar as necessidades urgentes e essenciais da população. A presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, definiu que, pelo menos, 85% das equipes de cada agência do INSS devem continuar prestando os serviços essenciais à população e que a multa pelo desrespeito à determinação do STJ será de R$ 500 mil por dia.

A determinação da manutenção dos serviços fundamentais atende a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que afirma que o movimento grevista foi iniciado no dia 16 de julho sem que a categoria garantisse equipes de servidores para assegurar a prestação de serviços essenciais e indispensáveis ao atendimento da sociedade, como pagamentos, concessão de benefícios e perícias.

 presidente do STJ apontou que esses serviços não podem parar porque envolvem o pagamento de benefícios considerados indispensáveis por estarem relacionados a situações de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem os beneficiários dependiam economicamente. De acordo com os sindicatos e entidades ligadas ao movimento grevista, 23 Estados e o Distrito Federal aderiram à greve. Cerca de 400 agências do INSS estão fechadas ou funcionando parcialmente.

Fonte: Agência Voz

           

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Veja quem é a advogada do PCC que fez esquema com servidor

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A advogada brasiliense Carla Rufino Freitas foi presa pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) durante a deflagração da Operação Temis, nessa quarta-feira (24/7). A defensora, de acordo com as investigações da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), tinha o hábito de comprar, por módicos R$ 50, informações sigilosas no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em benefício de um membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Além da advogada, um servidor do TJDFT e o faccionado do PCC defendido por Carla foram presos na mesma operação. A investigação teve início logo após uma tentativa de hom1cídio, ocorrida no Assentamento Dorothy, em Sobradinho, no início deste mês. Na data, a advogada teria se dirigido a uma delegacia e apresentado uma pessoa inocente, que assumiria a autoria do crime. A ideia da defensora era justamente livrar o cliente dela, o faccionado do PCC.

A advogada se dispôs, inclusive, a negociar a arma da tentativa de hom1cídio com outros clientes a título de honorários. Durante a apuração do cr1me, agentes da Polícia Civil do DF também descobriram que a advogada contou com a ajuda do servidor do TJDFT para ter acesso a informações sigilosas contra o faccionado que ela representava. Em troca de informações, ela repassava ao funcionário público a quantia de R$ 50.

“Apesar do baixo valor, os elementos acolhidos apontam que a advogada recorria ao servidor com frequência para consultas sigilosas”, pontuou a PCDF. A corporação informou, ainda, que o servidor já teria sido alvo de outra operação policial, em 2011, pela prática de corrupção.

Os investigadores descobriram que a defensora também era técnica de enfermagem efetiva de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), trabalho cujo horário é incompatível com a advocacia. As investigações prosseguirão para apurar todas as condutas da suspeita presa. Nas redes sociais, Carla Rufino se apresenta como “Serva de Deus”, além de “mãe de pet” e “advogada especialista”.

Por Metropoles

           

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