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Subasic, o herói ‘sérvio’ que defende a pátria croata

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Goleiro presenciou preconceito antes de virar ídolo

Danijel Subasic, 33 anos, é um dos heróis da histórica campanha que levou a Croácia à final da Copa do Mundo pela primeira vez. Com os pênaltis defendidos contra Dinamarca e Rússia, o goleiro do Monaco ajudou a colocar seu país a um passo de um título inédito.

Para chegar tão longe, Subasic não teve de enfrentar apenas a já dura concorrência com os milhares que tentam a sorte no futebol, mas também o nacionalismo que transformou os Bálcãs em um caldeirão de conflitos nos anos 1990 e que é propagado inclusive por companheiros de seleção.

Nascido em Zadar, na antiga Iugoslávia e hoje pertencente à Croácia, o goleiro é filho de mãe croata católica e de pai também croata, mas ortodoxo e chamado Jovo, religião e nome que remetem imediatamente ao povo sérvio.

Na guerra de independência da Croácia, em 1991, Subasic passou parte de seus seis anos de idade vendo nacionalistas destruindo e saqueando lojas de sérvios, sem entender por que consideravam sua família culpada pelas bombas que Belgrado despejava sobre sua própria terra.

O conflito terminou, mas o sentimento nacionalista continuou encontrando solo fértil nos Bálcãs, divididos ainda pelas sangrentas guerras na Bósnia e no Kosovo. Segundo reportagem do jornal croata “Jutarnji list”, de Zagreb, o sogro de Subasic ameaçou degolar a filha, já em meados da década de 2000, quando soube que ela namorava o filho de um “sérvio”.

Na época, Subasic já era goleiro profissional e atuava pelo clube de sua cidade, o Zadar. “Eu não sei quantas vezes tenho de dizer que sou croata e católico. A Croácia é minha terra natal, e Zadar é minha cidade”, disse, em uma entrevista concedida em 2007, antes de chegar ao estrelato.

Nacionalismo

A Copa do Mundo, com sua ode aos países, hinos e bandeiras, é um dos palcos mais propícios para exibir um nacionalismo que, muitas vezes, resvala no fascismo. Dejan Lovren, zagueiro do Liverpool e da Croácia, fugiu com a família da Bósnia para a Alemanha quando tinha apenas dois anos, em meio à carnificina que deixaria cicatrizes ainda visíveis em um dos países mais pobres e ingovernáveis da Europa.

De etnia croata, mais tarde encontrou abrigo no país que hoje defende. Após a vitória sobre a Argentina na primeira fase, em um país historicamente aliado da Sérvia, a Rússia, Lovren celebrou nos vestiários cantando a música “Bojna Cavoglave”, da banda Thompson, ícone da extrema direita croata e cujos versos fazem alusão aos “Ustase”, fascistas que comandaram o país durante a Segunda Guerra Mundial e colaboravam com Hitler e Mussolini.

Para os croatas, é justamente a noção de pátria que os levou até a final. “Em relação àquela época [1998, quando a Croácia foi terceira colocada na Copa], é tudo diferente, o futebol mudou muito, a guerra tinha acabado havia pouco tempo, mas é possível traçar paralelos: hoje também há muitos campeões e o grande amor pela pátria, uma conexão mental que outras nações, com todo o respeito, não têm”, argumentou o ex-zagueiro da Juventus Igor Tudor, hoje treinador.

Esse sentimento, como também é comum em Copas, é explorado ao máximo pela política. A presidente Kolinda Grabar-Kitarovic, conservadora, é presença frequente nos estádios, sempre com a camisa quadriculada.

O nacionalismo ainda se reflete de outras maneiras: entre os 28 Estados-membros da União Europeia, a Croácia é o terceiro que menos acolhe solicitantes de refúgio ou refugiados em termos proporcionais, apenas 919, o que equivale a 0,02% de sua população de 4,2 milhões de habitantes, segundo dados da ONU.

No próximo domingo (15), a nação forjada pela guerra e pelo patriotismo terá pela frente uma França multiétnica, do sangue árabe de um filho de argelina chamado Mbappé e do “africano” Pogba, descendente de guineenses. Para conquistar o bicampeonato, no entanto, os “Bleus” precisarão superar a barreira “sérvia” que defende a pátria croata.

Por Ansa.

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João Campos lidera com 75%, aponta pesquisa da Datafolha

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Em levantamento divulgado nesta sexta (05) sobre a disputa pela Prefeitura do Recife, o Instituto Datafolha apontou que o prefeito João Campos (PSB) lidera com 75% das intenções de votos. Na segunda colocação aparece Daniel Coelho (PSD) com 7%. Gilson Machado Neto (PL) tem 6%, enquanto que Dani Portela (PSOL) 3%. Simone Fontana (PSTU) com 1% e Técio Teles (NOVO) com 1% figuram na última colocação. Brancos e nulos somam 5%, enquanto que 2% dos eleitores afirmaram  não saber em que votar ou não quiseram responder.

O DataFolha ouviu 616 eleitores do Recife entre os dias 2 e 4 de julho. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o nº PE-09910/2024.

Levando em consideração um cenário com Túlio Gadelha (Rede) substituindo Dani Portela (PSOL), a pesquisa aponta João Campos com 74%, seguido de Daniel Coelho com 8%, Gilson pontua com 5%, Túlio Gadelha alcança 3%, já Simone Fontana e Tecio Teles figuram com 1% cada. Brancos e Nulos somam  6%, enquanto que 1% não sabem ou não responderam.

REJEIÇÃO

No levantamento o DataFolha também avaliou a rejeição dos pré-candidatos. Neste quesito 38% afirmaram que não votariam em Gilson Machado Neto (PL). Já 36% consideraram o mesmo em relação a Técio Teles (Novo). 34% Túlio Gadelha (Rede), seguido por Simone Fontana (PSTU) com 31%.  Dani Portela (PSOL) apresenta 28% de rejeição, enquanto que Daniel Coelho (PSD) tem 27%. Por fim, João Campos (PSB) apresenta 8% de rejeição.

Por Ponto de Vista

           

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Apac emite alerta de chuva para o Grande Recife, Agreste e Zona da Mata

O aviso é válido até este sábado (6).

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A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) renovou o alerta de chuva para o Grande Recife e Zona da Mata, nesta sexta-feira (5). 
Para as duas regiões, o aviso, válido até este sábado (6), é de “estado de atenção”, o segundo dos três níveis de alerta meteorológico da agência.
Para o Agreste, foi emitido um alerta de “estado de observação”, o primeiro dos três níveis de aviso.
Um distúrbio ondulatório de leste deve provocar pancadas de chuva. Na Mata Norte, Região Metropolitana do Recife e Mata Sul, a previsão indica precipitação de intensidade moderada a forte nesta sexta, se estendendo ao longo deste sábado (06).
Segundo Romilson Ferreira, meteorologista da Apac, as chuvas podem se estender até o Sertão pernambucano, mas se concentram com maior intensidade no litoral, principalmente na madrugada e na manhã deste sábado.
Foto: Antônio Gois/DP
Por: Mareu Araújo

           

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Cometa descoberto em 1815 poderá ser visto neste final de semana

De acordo com o Observatório de Valongo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o uso de binóculos será suficiente para conseguir enxergar o brilho. O melhor local para ver no Brasil será nas regiões Norte e Nordeste, na direção da constelação de Lince.

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Os entusiastas da astronomia poderão ter uma chance rara na noite deste sábado (6) de observar mais de perto o cometa 13P/Olbers. O corpo celeste alcançará seu brilho máximo neste final de semana. O cometa fica visível apenas a cada 69 anos -parecido com o famoso Halley.

De acordo com o Observatório de Valongo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o uso de binóculos será suficiente para conseguir enxergar o brilho. O melhor local para ver no Brasil será nas regiões Norte e Nordeste, na direção da constelação de Lince.

A visibilidade de um cometa depende de sua rota, segundo Rodrigo Ogando, astrofísico do Observatório Nacional. “Se ele chega pelo norte, será mais visível do Hemisfério Norte, por exemplo”, explica o especialista. Nesta semana, o 13P/Olbers estará a uma distância de cerca de 280 milhões de km da Terra.

Em comparação, o cometa Halley passou a 63 milhões de km de distância da Terra em sua última aparição, em 1986. “É um processo de semanas até um cometa se aproximar da Terra, às vezes até meses, então demora muito para ficar visível”, comenta Ogando.

A visibilidade de cometas também pode ser menor do de outros corpos celestes, de acordo com o astrofísico, porque a luz destes objetos é difusa -ao contrário das estrelas, que têm luz concentrada e, por isso, são mais visíveis.

A órbita do cometa é outro fator a ser considerado para determinar sua visibilidade. “Os cometas têm órbitas elípticas alongadas e alguns têm uma órbita mais fechada, então passam perto da Terra de tempos em tempos, enquanto outros têm ela mais aberta, aí passam e vão embora”, diz o astrofísico.

Para achar um cometa, é preciso olhar para o céu constantemente. “Os corpos do Sistema Solar estão sempre em movimento, diferentemente das estrelas, que são fixas”, afirma Ogando. “Então, se você observar a mesma região do céu ao longo de dias, semanas, meses, você identifica coisas se mexendo e faz o trabalho de investigação, compara com relatos do passado.”

Mesmo sem equipamentos digitais como os atuais, astrônomos do passado fizeram registros que foram importantes para identificar cometas hoje conhecidos. O primeiro que se tem do Halley, por exemplo, é de 239 a.C. O 13P/Olbers, que se aproxima da Terra neste mês, foi visto pela primeira vez em 1815 pelo astrônomo alemão Heinrich Wilhelm Olbers (1758-1840).

“O método é sempre mais ou menos o mesmo, o que muda são os instrumentos”, afirma Ogando. Em 2021, o cosmólogo brasileiro Pedro Bernardinelli, descobriu o maior cometa já avistado da Terra, chamado de C/2014 UN271 (Bernardinelli-Bernstein). Para isso, ele olhou para os céus -e para dados sobre corpos celestes- do passado por meio dos registros feitos pelo telescópio Hubble entre 2014 e 2019 e o ponto de luz distante chamou sua atenção.

Para observar corpos celestes, no entanto, nem sempre é preciso um telescópio moderno ou um banco de dados complexo. Algumas iniciativas, como a de Caça Asteroides, do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), permitem a observação do céu pela tela do computador. “A astronomia tem esse encantamento e tem formas acessíveis de descobrir coisas, não precisa ter acesso ao Hubble”, diz Ogando.

Foto Dan Bartlett

Por Folhapress

           

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