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Saúde

Uso de aparelho auditivo ajuda a prolongar a vida em pacientes com perda de audição, diz estudo

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O uso de aparelho auditivo esteve associado a uma redução de cerca de 25% no risco de mortalidade em pessoas com perda de audição comparado àquelas que não utilizavam o aparelho.

A proteção oferecida pelo aparelho foi maior também em pessoas que usavam sempre o dispositivo comparado às que diziam usar de maneira não regular (raramente).

Os resultados são de um estudo publicado nesta quarta-feira (3) na revista especializada The Lancet Healthy Longevity.
Tais achados reforçam que o uso de aparelho auditivo pode prolongar a vida de pessoas e agir como um fator protetor para demência. A perda auditiva é considerada a principal causa de incapacidade (anos de vida perdidos por condição de saúde) em países de média e baixa renda pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Segundo a pesquisa, liderada pela otorrinolaringologista Janet Choi, da Keck Medicine, ligada à Universidade do Sudeste da Califórnia (Estados Unidos), a perda auditiva esteve associada com um maior risco de mortalidade por todas as causas.

Apesar de já existirem alguns estudos ligando mortalidade em pacientes com problema de audição, Choi e colegas não conseguiram achar dados na literatura que demonstraram uma associação direta entre o uso do aparelho e a redução do risco de morte com uma amostra grande de participantes.

O estudo incluiu 9.885 adultos, com 20 anos ou mais, dos quais 1.863 apresentaram perda auditiva (medida através de um exame médico), ou uma prevalência de cerca de 15%.

Estes estavam incluídos na pesquisa NHANES (Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição, na sigla em inglês), feita pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) americano, de 1999 a 2012.

Depois, os dados foram cruzados com os registros de óbitos até 31 de dezembro de 2019 obtidos pelo Centro Nacional de Estatísticas em Saúde, que conecta as informações de saúde com o NHANES e o Índice Nacional de Óbitos.

O estudo encontrou que aproximadamente 12,7% dos participantes eram usuários regulares de aparelhos auditivos (definido pelo uso regular, mais de uma vez por semana por um período mínimo de cinco horas nos últimos 12 meses), mas estes tinham uma redução de 24% do risco de morte ajustado (razão de risco ou HR = 0,76) comparado aos que não usavam.

Considerando aqueles que tinham perda auditiva considerada grave, a redução de risco foi ainda maior, de 34% (HR = 0,66). Não houve diferença significativa na redução do risco de mortalidade entre os usuários não-regulares e os que nunca usavam o aparelho.

Para Choi, embora a pesquisa não possa elucidar o mecanismo envolvido na redução da mortalidade, o uso de dispositivos auditivos está ligado a uma diminuição nas taxas de demência e depressão, segundo outros estudos, o que pode melhorar a vida dos pacientes.

“Aparelhos auditivos podem ter um efeito protetor em adultos com perda de audição, melhorando a sua saúde e agindo como prevenção de morte precoce”, disse.

Segundo ela, há um forte estigma associado ao uso dos dispositivos, o que pode fazer com que milhares de pacientes sejam relutantes em usá-los. “Existem fatores que também causam impacto, como os custos e a dificuldade de encontrar um dispositivo que se encaixe ao paciente, mas o estigma é uma das principais barreiras”, afirmou a pesquisadora, ela própria tendo uma condição congênita que a levou a perder a audição muito cedo. Ela só foi utilizar aparelhos auditivos quando chegou aos 30 anos de idade.

O impacto do uso de aparelhos auditivos no prolongamento da vida foi encontrado mesmo quando os pesquisadores ajustaram os dados para fatores como escolaridade, gênero, idade e outras condições de saúde. Como a perda auditiva é também um fator de risco para demência, é provável que o seu tratamento adequado tenha um peso maior na melhora da qualidade de vida independente de outros fatores para a doença.
A pesquisadora pretende buscar, com a ajuda de IA (inteligência artificial), quais as melhores opções de aparelhos segundo as necessidades dos pacientes. “Também é importante que outros estudos busquem as causas da redução do risco de mortalidade ligada ao uso regular do aparelho auditivo, podendo criar políticas de promoção de saúde.”
Fonte: FOLHAPRESS

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Saúde

Fígado gordo: sintomas que não pode ignorar (antes que seja tarde demais)

Geralmente, ela se manifesta quando já está em estágio avançado, podendo evoluir para cirrose e câncer.

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Existem duas sensações que podem ser sintomas de uma doença grave que requer tratamento imediato. A esteatose hepática, conhecida como “fígado gordo”, é uma condição de saúde séria que costuma permanecer “silenciosa” por muito tempo e progride lentamente. Geralmente, ela se manifesta quando já está em estágio avançado, podendo evoluir para cirrose e câncer, chegando até mesmo à necessidade de um transplante na vida adulta.

Dores de estômago e náuseas estão entre as queixas mais comuns e podem indicar que a doença está se agravando, de acordo com a Hawaii Pacific Health, citada pelo jornal Daily Express. À medida que a capacidade do fígado de eliminar toxinas diminui, o desconforto digestivo provavelmente aumentará. A náusea constante é uma reação ao acúmulo de produtos residuais no corpo, e vômitos inexplicáveis estão frequentemente relacionados a problemas no fígado.

Além dessas complicações, os pacientes também podem relatar perda de apetite. Esse sintoma geralmente é resultado de níveis anormais de leptina (um hormônio que regula o apetite) e grelina (o hormônio da fome).

O mesmo jornal relata que estudos publicados no World Journal of Gastroenterology revelam que os sintomas gastrointestinais mais comuns incluem inchaço abdominal (49,5%), dor abdominal (24%), arrotos (18,7%), diarreia (13,3%) e constipação (8%). Distúrbios gastrointestinais são frequentes na cirrose hepática e tendem a aumentar à medida que a doença avança.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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Saúde

Talco classificado como “provavelmente cancerígeno” para humanos pela OMS

Talco foi colocado no nível 2A.

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O talco foi classificado pela a Agência Internacional de Investigação sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), órgão que pertence à Organização Mundial da Saúde (OMS), como “provavelmente cancerígeno” para os seres humanos

As conclusões dos especialistas foram divulgadas, esta sexta-feira, num artigo divulgado na revista científica The Lancet Oncology.

O talco, que é um mineral natural utilizado em cosméticos, foi colocado no nível 2A, o segundo nível mais elevado da pirâmide de identificação de risco, e que diz respeito a itens cujas evidências de relação com tumores são mais robustas entre animais, mas também provas limitadas entre humanos. Neste caso, os estudos indicam um risco aumentado de câncer dos ovários. 

“Vários estudos mostraram consistentemente um aumento na incidência de câncer de ovário em seres humanos que relataram o uso de talco na região perineal”, informou a IARC, em comunicado. 

O órgão recorda ainda que o mineral é extraído em várias partes do mundo. Além da exposição profissional ao talco, a população pode entrar em contato com o mesmo através da utilização de cosméticos.

Esta avaliação, note-se, foi concluída, em junho. O grupo de trabalho foi composto por 29 cientistas de 13 países, reunidos na França.

Vale notar que a IARC também classificou a acrilonitrila, um composto orgânico volátil usado principalmente na produção de polímeros – usados em fibras de vestuário e outros têxteis, mas também em plásticos para produtos de consumo ou peças para automóveis – como “carcinogênico” para seres humanos, na categoria 1A.

A decisão baseia-se em “evidências suficientes de câncer de pulmão” e “evidências limitadas” de câncer de bexiga em humanos. 

Foto  iStock

Por Noticias ao minuto

           

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Saúde

HCP atende mais da metade dos pacientes com tumores de cabeça e pescoço do Estado

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O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), referência em oncologia no Estado, mobiliza-se neste Julho Verde, campanha de conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço. Com o mote Não dê chance ao câncer de cabeça e pescoço, o HCP faz um alerta para os fatores de risco que provocam câncer região – o principal é o tabagismo.

Ao longo do mês, conteúdos relacionados ao tema podem ser conferidos no site exclusivo hcp.org.br/julhoverde e redes sociais @sigahcp.

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