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Política

Vacina para crianças estimula ativismo de bolsonaristas contra o imunizante

A investida ocorre principalmente por meio de mensagens, informações falsas ou sem evidências científicas em grupos antivacina no aplicativo de troca de mensagens Telegram.

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Após a Anvisa aprovar, na semana passada, a vacinação contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, deputados federais bolsonaristas intensificaram uma postura de combate à imunização e ao passaporte vacinal. A investida ocorre principalmente por meio de mensagens, convocações de atos ou mesmo informações falsas ou sem evidências científicas em grupos antivacina no aplicativo de troca de mensagens Telegram.

A discussão já saiu do ambiente virtual em ao menos 11 capitais brasileiras, com a realização de manifestações nos Legislativos – algumas com episódios de violência. Ativistas antivacina já provocaram uma tentativa de invasão à Assembleia do Rio (Alerj), troca de agressões na Câmara Municipal de Porto Alegre e dois casos em que vereadoras – uma também da capital gaúcha e outra em Campinas – registraram boletim de ocorrência por injúria racial.

No caso mais divulgado, em outubro, houve troca de socos entre manifestantes antivacina e vereadores em sessão do Legislativo de Porto Alegre que discutia o veto ao passaporte municipal na capital gaúcha. Uma manifestante se dirigiu à vereadora Bruna Rodrigues (PCDOB), negra, e a chamou de empregada. Na mesma plenária, um dos ativistas exibiu um cartaz com reprodução da suástica nazista.

A retórica contra o passaporte vacinal e a imunização tem eco na Câmara Federal, conforme levantamento feito pelo Estadão com os 513 deputados federais. A reportagem perguntou, entre outubro e dezembro, a todos parlamentares da Casa se eles tomaram a vacina contra a covid-19 e se eram a favor ou contra o projeto de lei 5610/2020, que propõe obrigatoriedade na imunização dos congressistas. Do total que respondeu (243), um em cada três preferiu não se manifestar ou se disse contrário à obrigatoriedade vacinal.

Ao Estadão, quatro deputados confirmaram que até agora não tomaram a vacina contra a covid-19: Carla Zambelli (PSL-SP), Junio Amaral (PSLMG), Marcio Labre (PSL-RJ) e Sargento Fahur (PSD-PR). Fahur defendeu que o imunizante deve ser disponibilizado só para quem quiser. “Se o não vacinado for uma ameaça ao vacinado é sinal que a vacina falhou”, argumentou.

Gráficos que mostram a evolução dos casos de infectados e óbitos por covid-19 no Brasil revelam uma relação direta entre a diminuição dos números de ambos os índices e o aumento da vacinação na população.

Deputados que se manifestaram contra ou não têm uma resposta definitiva sobre o tema deram diferentes justificativas para o posicionamento. Bosco Saraiva (Solidariedadeam) afirmou que as vacinas estão “em fase experimental”, dr. Luiz Ovando (PSL-MS) argumentou que é mais fácil ser imunizado contraindo o vírus do que pela vacina – afirmações que não têm comprovação científica – e Reinhold Stephanes Jr. (PSL-PR) disse apenas ter “nojo da esquerda”.

‘LIBERDADE’. Em sua maioria, os parlamentares usam como justificativa a “liberdade individual”. Numa discussão em um grupo com 6 mil membros no Telegram, uma usuária disse que, para evitar o rótulo de negacionista, a comunidade deve falar que é a favor “da liberdade” em vez de se manifestar abertamente contra o passaporte.

Esse discurso extrapola o aplicativo e alcança os perfis oficiais de deputados bolsonaristas nas redes sociais. Parlamentares como Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, compartilharam publicações divulgadas em grupos antivacina no Telegram – a principal delas é a associação, sem evidência científica, de casos de problemas cardíacos atribuídos indiretamente à vacinação contra a covid-19.

Investigada no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal para apurar a divulgação de fake news, Bia Kicis (PSL-DF) é ativa na divulgação de mensagens antivacina. No Twitter, a deputada já compartilhou conteúdo de influenciadores contra o imunizante – um deles divulgou um vídeo em grupo com 6 mil seguidores em que uma mulher afirma, sem qualquer comprovação científica, que seu braço foi “magnetizado” após tomar a vacina contra a covid-19.

A pesquisadora no Departamento de Comunicação e Mídia da Universidade de Liverpool, Patrícia Rossini, aponta que a divulgação de informações sem evidência científica por parlamentares pode ser mais nociva. “Figuras públicas têm um grande alcance perante ao público em geral e também perante à imprensa, que acaba repercutindo essas narrativas, ou seja, o risco é de esses conteúdos falsos chegarem até os discursos mais ‘mainstream’”, disse.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro disse que a vacina só poderia ser aplicada “com receita médica” e consentimento dos pais. Já o ministro da Saúde Marcelo Queiroga defendeu que as mortes nessa faixa etária pela doença não demandam “decisões emergenciais”. Até agora, 1.148 crianças de 0 a 9 anos já morreram de covid no Brasil. Em nota, a Anvisa reforçou que “seu ambiente de trabalho é isento de pressões internas e avesso a pressões externas”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Política

PF encontra com Ramagem roteiro para Bolsonaro pôr sob suspeita urnas eletrônicas

A PF também achou documentos com “informações difamatórias” sobre o ministro Alexandre de Moraes.

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A Polícia Federal encontrou com o ex-chefe da Agência de Inteligência Brasileira (Abin) Alexandre Ramagem e-mails contendo um roteiro de orientações para o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre ataques a urnas eletrônicas. A PF também achou documentos com “informações difamatórias” sobre o ministro Alexandre de Moraes, relator no STF das investigações mais sensíveis ao ex-chefe do Executivo e seus aliados.

A informação foi divulgada pelo jornal O Globo nesta sexta, 26, e confirmada pela reportagem do Estadão junto à fontes na Polícia Federal. Esse dado foi usado para confrontar Ramagem durante o depoimento que ele prestou na semana passada, sobre os achados que levaram à quarta fase da Operação Última Milha – investigação sobre a ‘Abin paralela’, esquema de bisbilhotagem e monitoramento de políticos, ministros do Supremo e jornalistas no governo Bolsonaro.

Quando depôs, Ramagem tentou atribuir a responsabilidade da suposta arapongagem em dois ex-integrantes da ‘Abin paralela’, um policial federal e um sargento do Exército cedidos na época para ocuparem cargos estratégicos na Agência. Documentos encontrados com Ramagem já haviam sido citados na representação da PF pela abertura da mais recente fase da ‘Última Milha’.

Como mostrou o Estadão, os arquivos intitulados ‘presidente’ citavam a “família Bolsonaro” e detalhavam orientações sobre o caso Fabrício Queiroz – o inquérito das ‘rachadinhas’, que mirou o filho mais velho do ex-presidente, Flávio, quando este exercia o mandato de deputado estadual no Rio.

A PF diz que os documentos corroboram a premissa investigativa de que as informações da ‘Abin paralela’ abasteciam o “núcleo-político” da organização criminosa sob suspeita.

Os arquivos também são usados pelos investigadores para atribuir a Ramagem ‘domínio do fato’, ou seja, que ele tinha conhecimento da arapongagem.

‘Domínio do fato’ – usado pela PF para imputar envolvimento de Ramagem com os crimes supostamente praticados pelos ex-integrantes da Agência -, tem relação com uma teoria jurídica que foi utilizada cabalmente durante o julgamento do Mensalão.

Na ocasião, essa teoria foi citada pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para embasar a acusação e condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Depois, a tese também foi evocada na Operação Lava Jato.

A tese foi aprofundada pelo jurista alemão Claus Roxin, citado em meio ao julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal, em 2012.

Roxin entendia que ocupantes de um ‘aparato organizado de poder’ que ordenassem a execução de crimes teriam de responder como ‘autores’ do delito. Ele admitiu que aprofundou a tese em razão da preocupação com a possível impunidade do alto escalão do nazismo, generais de Adolf Hitler que alegaram não ter ligação com atrocidades nos campos de concentração.

A teoria, importada da Alemanha, usada no Mensalão e na Operação Lava Jato – escândalos durante o governo Lula – agora é aplicada a Ramagem.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Política

Chapa Nininho e Tácio será oficializada nesta sexta-feira (26), em Parnamirim

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A Coligação Avança Mais em Parnamirim, no Sertão, está se preparando para um importante evento político que marcará o início de sua campanha para as próximas eleições municipais. A convenção será realizada nesta sexta-feira (26), com concentração às 13h, na Quadra Municipal Carlos Cabral. Durante o evento serão oficializados os nomes dos pré-candidatos da coligação. Nininho (Ferdinando Lima de Carvalho), atual prefeito, é candidato à reeleição em Parnamirim. Já o ex-prefeito Tácio Pontes disputará o cargo como vice na chapa.

Em suas redes sociais, a coligação, que envolve quatro partidos (MDB, PSD, PT e Rede) convidou apoiadores e filiados a participarem da convenção.

Fonte: Fala PE

           

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Política

Petrolândia e Santa Cruz são os primeiros municípios do Sertão pernambucano com candidaturas já registradas para as Eleições Municipais de 2024

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Desde o dia 20 de julho, quando começou o prazo de realização das convenções partidárias, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou sistema para solicitação do registro de candidaturas. A partir do registro, que segue até 15 de agosto, o postulante a prefeito ou vereador deixa de ser pré-candidato e passa a ser efetivamente candidato.

Até a manhã de hoje, 26, Petrolândia e Santa Cruz da Venerada eram os dois únicos municípios do Sertão pernambucano com candidaturas já registradas, tanto para prefeito quanto para vereador. Outros municípios do Estado com inscrições de candidaturas são Barreiros, Camaragibe, Feira Nova e Recife.

Segundo informações da plataforma DivulgaCand, do TSE, Petrolândia conta com o registro da candidatura de Fabiano Marques, que concorrerá à reeleição para prefeito, e de 38 candidatos à Câmara de Vereadores. Já Santa Cruz tem a candidatura de Cachoeira para prefeito, com apoio da atual prefeita Eliane Soares, e 17 candidatos ao legislativo. Todas aguardam julgamento da Justiça Eleitoral.

Fonte: Blog Alvinho Patriota

           

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