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Saúde

Varíola dos macacos: ‘Só estamos vendo a ponta do iceberg no Brasil’, diz infectologista

Especialistas brasileiros criticam a demora do governo para orientar a população, capacitar os profissionais da saúde a fazer o diagnóstico e negociar a compra de vacinas contra a varíola dos macacos. Crianças pequenas, idosos e imunossuprimidos podem desenvolver sintomas graves da doença.

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São cerca de mil casos já confirmados no Brasil, incluindo crianças, adolescentes e até uma gestante, mas especialistas dizem que a ação do governo federal frente ao avanço da “monkeypox”, chamada de varíola dos macacos no país, tem ficado aquém do necessário, como se o país nada tivesse aprendido com a pandemia de Covid-19.

“O Ministério da Saúde tem relativizado o assunto, dizendo que é uma doença que atinge mais a Europa. Mas, na verdade, estamos vendo somente a ponta do iceberg no Brasil, porque ainda não existe uma campanha realmente eficaz para orientar as pessoas sobre quais lesões devem levá-las ao posto de saúde. Também não existe educação médica junto aos trabalhadores de saúde para que seja feito o diagnóstico das lesões”, afirmou à RFI o médico Alexandre Naime Barbosa, pesquisador da Unesp e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Ainda que a doença resulte em sintomas leves na maioria dos casos, pode haver risco maior para crianças pequenas e idosos e certamente há um perigo para pacientes com imunidade comprometida, como foi o caso do homem que morreu da doença no Brasil na última semana. Ele era portador do HIV e lutava contra um linfoma.

“No momento, homens que fazem sexo com homens são a categoria de exposição mais clara para a ‘monkeypox’, mas o vírus não tem preferência, é democráticoHá ao menos cinco casos em crianças já reportados no Brasil, uma mulher gestante, vários casos em mulheres também. O problema é quando a doença encontra indivíduos imunossuprimidos. Aí pode ser grave”, disse Barbosa.

Dificuldade dos governos

Outro especialista ouvido pela RFI, o sanitarista Jonas Brant, professor do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), afirmou que muitos governos têm tido dificuldades em organizar o sistema de saúde de forma a barrar o avanço do vírus.

“Tem saído do controle. O número de casos vem crescendo de maneira muito rápida. A primeira medida nesse caso é que os postos de saúde estejam preparados para o diagnóstico porque o paciente com a ‘monkeypox’ em geral não vai à emergência, porque não está tão grave, mas ao posto de saúde por causa das feridas”, afirma.

Brant explica que é a partir do posto, na atenção primária da rede pública, que vem a orientação de isolamento para os casos suspeitos, ao mesmo tempo em que é feita a busca por demais pessoas que tiveram contato com o possível infectado. “É para quebrar a cadeia de contágio. Esse rastreamento é uma ferramenta básica há séculos e nós não estamos conseguindo manter isso”, aponta.

Ele acredita que no Brasil há um agravamento da situação por causa do clima de politização acirrada e que esse vácuo grave de comunicação das autoridades sanitárias se deve ao fato de que inicialmente a varíola dos macacos tem atingido mais homens homossexuais. “Esse é um tema tabu, um tema problema para o atual governo, ainda mais em ano eleitoral”.

Mas ele também destaca que “em várias partes do mundo já há relatos, por exemplo, de contágio em crianças e isso mostra que haverá mudança nesse grupo alvo com o tempo”, disse o epidemiologista da UnB.

Brasil receberá 20 mil doses da vacina em setembro

Numa conta difícil de fechar no curto prazo, o Ministério da Saúde diz que a imunização vai focar nos profissionais da saúde e em pessoas que tiveram contato direto com infectados não vacinados. Porém, a primeira remessa trará ao país apenas 20 mil doses em setembro, por meio de um convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), já que a empresa dinamarquesa que produz a vacina não tem escritório no Brasil. Em outubro devem chegar mais trinta mil doses.

“Países como Canadá já começaram a vacinar as pessoas. E, infelizmente, o Brasil continua pecando nesse ponto da vacinação, assim como foi a demora na aquisição das doses na pandemia do coronavírus”, comparou o infectologista Alexandre Barbosa.

Há muitas dúvidas que as pesquisas ainda precisam responder. Uma delas é qual o grau de proteção que pessoas que tomaram a vacina contra a varíola humana, há mais de 40 anos, tem hoje em dia em relação à varíola dos macacos. Os especialistas também se perguntam se o imunizante será suficiente para proteger os idosos. Outro questionamento é se além das formas de contágio conhecidas – como contato com as feridas, secreções salivares ou objetos usados pelo paciente – é possível pegar a doença também por relação sexual.

Certo, dizem os especialistas, é que o Brasil precisa mostrar esforço para garantir à população acesso a remédios e imunizantes. “As medicações e vacinas foram desenvolvidas para a varíola humana e hoje somente as grandes potências dispõem dessa tecnologia. Então há um trabalho aí de geopolítica, de diplomacia para que todos os países possam ter acesso a essa tecnologia”, diz o sanitarista da UnB.

“A vacina, no caso da ‘monkeypox’, tem uma grande vantagem, ela pode ser aplicada após a exposição. Assim eu posso vacinar as pessoas depois delas terem tido contato com um infectado, e isso ajuda no bloqueio da transmissão”, conclui Jonas Brant.

Por G1

 

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Saúde

Cinco frutas saborosas que ajudam a diminuir os níveis de triglicerídios

Em quantidades altas, estas gorduras podem originar problemas cardíacos.

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Os triglicerídios são gorduras que circulam no sangue e uma espécie de reserva de energia que o nosso organismo retira das calorias que ingerimos ‘a mais’. Por si só, não constituem um problema. Contudo, em quantidade excessivas (hipertrigliceridemia), podem estar na origem de doenças cardiovasculares, sobretudo se coexistirem com níveis baixos de colesterol bom e níveis altos de colesterol mau ou diabetes tipo 2.

Níveis elevados de triglicéridos podem ser sinal de doenças, como a diabetes e o hipertireoidismo, ou um efeito secundário de medicamentos.  A ingestão excessiva de álcool, o tabagismo e o estilo de vida sedentário também contribuem para esta situação. Porém, mesmo quando ultrapassam os valores de referências, estas gorduras não dão sintomas.

Por isso mesmo, para despistar estas possibilidades, deve fazer uma análise ao sangue. A American Heart Association recomenda que se faça um teste, pelo menos, de cinco em cinco anos, a partir dos 21 anos.

Os seus níveis de triglicerídios estão acima do normal (150 a 200 mg/dL ou mais)? Existem várias estratégias para diminui-los. Seguir uma dieta saudável, equilibrada e diversificada é uma delas.

A pensar nisso, o portal Nova Mulher reuniu um conjunto de cinco frutas muito saborosas que vão ajudá-lo a normalizar os níveis de triglicerídios. 

1- Ameixa;

2-  Banana;

3- Kiwi;

4- Maçã;

5- Morango.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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Saúde

Com avanço da febre oropouche em Pernambuco, Saúde reforça cuidados para gestantes

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Após o caso do feto morto com 30 semanas de gestação (sete meses) por possível infecção da mãe causada pelo vírus oropouche, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) alerta sobre a importância das precauções básicas para minimizar os perigos às mulheres grávidas e aos seus bebês.

A preocupação com os efeitos pouco conhecidos da febre oropouche nos dias atuais levou a SES-PE a compartilhar também, em nota técnica lançada nesta quarta-feira (17), orientações relativas à assistência às gestantes e que são direcionadas aos profissionais de saúde que cuidam diretamente da mulher na gravidez.

O documento foi elaborado pelas gerências de Atenção à Saúde da Mulher (Geasm) e Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Geasc) da pasta. A nota técnica está disponível no site do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE).

A publicação Arboviroses e os Cuidados na Gestação destaca como medidas de prevenção:

  • O uso de repelentes especiais para grávidas e crianças nas áreas expostas do corpo;
  • Uso de roupas compridas de cor clara;
  • Mosquiteiros e telas nas residências;
  • Uso de inseticida e larvicida;
  • Vedação de caixas de água e outros recipientes;
  • Garrafas sempre emborcadas;
  • Limpeza de quintal e calhas, além de descarte de lixo em sacolas fechadas e locais adequados.

“A gente ressalta que as arboviroses, ao adoecerem pessoas com útero gestantes, podem trazer complicações. Esse grupo merece um acompanhamento próximo, principalmente nas situações de vulnerabilidade. Não há tratamento antiviral específico, sendo o manejo sintomático (cuidados para aliviar os sintomas). Os impactos gerados pelo adoecimento podem atingir o binômio gestante e feto, o que aumenta os desafios na Saúde Pública”, alerta a médica ginecologista Cleonúsia Vasconcelos, gerente da Geasm.

Na nota técnica, além do reforço à necessidade de as pessoas, principalmente as gestantes, procurarem ajuda nas unidades de saúde a partir sintomas sugestivos (febre súbita, mal-estar, dor de cabeça, dor na parte profunda dos olhos, dor abdominal intensa e manifestações hemorrágicas, entre outros), foram pontuadas orientações para os profissionais da ponta. Entre elas, avaliação de sinais vitais, de hidratação de pele e mucosa, assim como ausculta pulmonar.

Como os sintomas fisiológicos da gravidez podem mascarar e retardar o diagnóstico de gravidade, os profissionais devem se embasar principalmente pela confirmação laboratorial da doença, com a realização de testes moleculares (RT-PCR).

Mulheres grávidas, sem quadro de risco, em acompanhamento ambulatorial, devem ser instruídas a repousar, reforçar a hidratação, fazer hemograma de plaquetas para controle basal e manter monitoramento até 48 horas de queda da febre. Para gestantes com risco, deve-se fazer encaminhamento para internamento.

“O fato de a febre oropouche ser uma doença autolimitada, seus efeitos durante a gravidez não são totalmente compreendidos, o que gera a necessidade de monitoramento cuidadoso e gestão adequada. Os profissionais de saúde devem estar atentos para fazer avaliação clínica, ofertar exames diagnósticos e medicações sintomáticas, além de realizar a notificação compulsória”, frisa Cleonúsia Vasconcelos.

Fonte: JC

           

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Saúde

Mioma Uterino: a importância de conhecer e tratar essa condição feminina

Veja algumas informações com a Dra. Bianca Bernardo, que é ginecologista e especialista em reprodução.

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Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 80% das mulheres em idade fértil possuem miomas uterinos. Embora seja um tema recorrente em conversas entre mulheres, muitas dúvidas ainda pairam sobre essa condição e seus impactos na saúde feminina.

Recentemente, a apresentadora Cariúcha foi internada de emergência para a retirada de 17 miomas. Ela revelou que chegou a ficar quatro meses menstruada, vivendo à base de antibióticos e anti-inflamatórios.

A Dra. Bianca Bernardo, ginecologista e especialista em reprodução da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, explica que o mioma uterino, ou fibroma uterino, é um tumor benigno originado de uma célula alterada do miométrio, a camada muscular do útero. “O mioma surge de uma célula modificada que perde sua capacidade de controle de divisão celular e, sob estímulo dos hormônios esteroides, começa a crescer. Eles possuem receptores para estrogênio e progesterona, que induzem esse crescimento formando nódulos”, explica Bianca.

Em 2023, de acordo com o Ministério da Previdência Social, os miomas foram a principal causa de afastamento de mulheres do trabalho no primeiro semestre, afetando mais de 21 mil pessoas.

Fatores de risco, como genética e raça, podem favorecer o aparecimento de miomas. Estudos mostram que mulheres negras são mais propensas a desenvolver miomas do que mulheres de outros grupos raciais. Outros fatores incluem hábitos de vida, consumo de álcool, obesidade e hipertensão.

Enquanto 75% das mulheres não apresentam sintomas e só descobrem a doença em exames de rotina, 25% sofrem com sintomas como sangramentos, cólicas, dores, alterações no ciclo menstrual, volume abdominal, dores durante o ato sexual, prisão de ventre, incontinência urinária e infertilidade. “O tratamento do mioma depende da gravidade dos sintomas de cada paciente. Se os sintomas forem leves, é possível apenas acompanhar com o ginecologista. Mas, se forem intensos e afetarem a qualidade de vida, é preciso tratá-los”, afirma Bianca.

Para mulheres que não desejam engravidar, o uso de medicamentos, como pílulas contraceptivas, DIU ou anti-inflamatórios, pode ser recomendado para alívio dos sintomas. Caso o tratamento conservador não melhore o quadro clínico, cirurgias como retirada do útero, laparotomia, laparoscopia, cirurgia robótica, histeroscopia, ablação dos miomas por radiofrequência ou embolização das artérias que nutrem esses tumores podem ser opções.

Para mulheres com sintomas de infertilidade, onde o mioma pode atrapalhar uma possível gestação, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. “Não há uma relação direta entre mioma uterino e infertilidade feminina, mas a condição pode dificultar uma gestação dependendo do tamanho e localização dos miomas, especialmente os maiores que 5 cm ou aqueles que afetam a cavidade endometrial. Eles podem gerar abortos de repetição ao distorcer a anatomia uterina e impedir a implantação adequada do embrião no endométrio”, aponta Bianca.

Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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