A transferência do senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB para o PMDB, já com o martelo batido, tem um ingrediente novo: a formatação do chamado G-4, a unidade de três partidos de oposição – DEM, PSDB e PTB ao PMDB – para enfrentar o governador Paulo Câmara, que disputa a reeleição, em 2018. O nome do candidato será objeto de uma ampla discussão depois que Fernando assumir o controle do seu novo partido, o que deve ocorrer ao longo deste mês.
Em entrevista à mídia estadual, o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, disse, enfaticamente, que o PMDB terá candidato próprio a governador com a chegada de Fernando e seu grupo. Mas se o G-4 vier a ser viabilizado, o candidato pode sair de outra legenda. No PTB, o nome do senador Armando Monteiro será levado em consideração. No PSDB, o do ministro das Cidades, Bruno Araújo; e no DEM, que vai virar Mude, o do ministro da Educação, Mendonça Filho.
São as principais lideranças de oposição ao Governo do Estado. Quanto a Jarbas Vasconcelos, que está perdendo o controle do PMDB para Fernando Bezerra, se ficar no partido tem o aval da direção nacional para disputar o Senado pelo G-4. A grande dúvida é se ficará de fato na legenda, já que declarou, numa emissora do Recife, que as chances de abandonar o projeto de reeleição do governador beiram a zero.
Nas discussões prévias do G-4, se Fernando Filho vier a ser o candidato a governador, Armando Monteiro entraria na chapa como postulante à reeleição e Jarbas seria o segundo candidato ao Senado. No caso inverso, ou seja, Armando na cabeça, Fernando Filho não poderia ser candidato a senador porque não tem ainda 35 anos, mas Jarbas seria candidato a senador sendo entregue a outra vaga de senador a Mendonça Filho.
Tem ainda o PSDB, representado pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, que também pode ser o candidato a governador, a senador ou a vice-governador. Mendonça Filho, por fim, como principal liderança do DEM, será colocado na mesa como candidato a governador e a senador.
A equação é fácil de montar? Evidentemente que não, porque envolve muitos caciques. O que une, hoje, na verdade, tantas lideranças de peso, é o desejo de derrotar o governador Paulo Câmara e tirar o PSB do poder. Em termos partidários, Câmara está levando um grande baque, porque já perdeu o PSDB e o DEM. A pior notícia é a desagregação do PMDB.
(Da coluna do Blog do Magno)
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