Conecte-se Conosco

Brasil

Entender e respeitar o ser humano nas suas especificidades

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

A relevância em entender o outro na sua especificidade deveria ser tida como uma necessidade humana e um direito de todos. Vários são os problemas que cada um suporta no seu dia a dia, numa sociedade em constante movimento e contínua aceleração diversos problemas surgem cotidianamente e afrontam os seres desse século.

Em referência as famílias e considerando a diversidade que esse conceito tem apresentado, reverberando Farias e Rosenvald (2012, p. 63): a família dos dias atuais possui como premissas: o afeto e a dignidade da pessoa humana, e vai além de um meio familiar constituído pelo casamento e unido pela herança genética, agora, são os laços afetivos que determinam as relações familiares. A ideia da família pós-moderna é ampliativa, ou seja, a família que se assemelha ao modelo anterior, estruturalmente, não deixou de durar e muito menos deixou de ser protegida, na realidade, ela passou a coexistir com os diversos modelos familiares, pois esse conceito também precisou acompanhar as inovações sociais diversas.  A família, independentemente da forma como se compõe, é tida conceitualmente como a base de sustentação e apoio ao ser humano, o local seguro para onde poderíamos voltar sempre que surpreendidos pelas incertezas corriqueiras da vida. Porém, infelizmente em vários casos isso se restringe apenas ao conceito, nem sempre as famílias têm se respeitado.

O conceito apontado pelos autores no início do parágrafo acima geralmente é uma realidade mais comuns aos grandes centros urbanos, analisando o contexto do Sertão Nordestino em relação à composição familiar podemos entender que o que ainda prevalece em grande parte é o modelo nuclear patriarcal composto por pai, mãe e irmãos, onde o pai é o chefe da instituição família e na maioria dos casos detém poder e impõe regras a todos os outros membros. Em boa parte dos casos, essa composição acaba se tornando um problema quando esse pai usa desse poder por vezes pautada na necessidade financeira e acaba abusando no excesso de regras e cobrança, esse é um assunto que merece sim toda atenção e abordagem, porém iremos deixar pra nos aprofundar em outra ocasião.

O que se coloca agora em pauta é que independentemente de toda e qualquer situação todo ser humano é digno de paz e respeito. Cada ser humano, único e irrepetível são digno de todo respeito. É disso que trata a Declaração Universal dos Direitos do Homem quando afirma, em seu artigo 1.º, que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos” e, em seu preâmbulo, que o reconhecimento da dignidade inerente e dos direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana é o fundamento da liberdade, justiça e paz no mundo.

“Quanto vale um homem? Menos ou mais que o peso? Hoje mais que ontem? / Vale menos velho? Vale menos morto?”, perguntou Carlos Drummond de Andrade em um de seus poemas. A melhor resposta que podemos dar ao poeta é a de que o homem sempre vale muito mais do que se pode imaginar. Cada ser humano, independentemente de qualquer atributo ou característica (sexo, idade, raça, religião, família, etc.) ou de qualquer comportamento que tenha adotado ou venha a adotar, tem um valor único, um significado que transcende a sua existência individual e que tem relevância para todos os demais homens. É isso que queremos expressar quando falamos em dignidade da pessoa humana. Porém muitos se respaldam na lei como propósito de defesa maior, mais seguro e abrangente e se esquece de respeitar alguém que divide consigo o mesmo teto. O respeito ao ser humano deveria ser ensinado na prática desde o nascimento da criança. A família que não pratica o respeito raramente formará filhos que saberão respeitar. Infelizmente é comum nos depararmos com situações vergonhosas de falta de compreensão entre as pessoas. Cada vida deve ser respeitada na sua especificidade, pois cada um no seu mundo enfrenta seus problemas, suas rotinas e seus aperreios.

Mencionei como fator introdutório a instituição família no intuito de abordar a importância do valor dessa,  na formação de caráter do ser humano, mas também para respaldar a falta de compreensão e respeito aos pais, principalmente aos pais com idade mais avançada, os pais em sua  maioria dedicam grande parte de suas vidas na criação e educação dos filhos, muitos são os pais que sofrem com as incompreensões dos seus filhos, nossos pais vão sim nos magoar pelos simples fato de serem humanos fadados ao erro, mas assim como qualquer ser humano devem ser perdoados. Como já mencionado precisamos entender todo ser humano na sua especificidade, principalmente os idosos, muitos desses não tiveram a oportunidade que tivemos, e lembrar principalmente que parte da oportunidade que tivemos detém muito da participação  dos nossos pais . Ouvir com atenção por vezes nos capacita entender o que de fato quer dizer uma palavra de ofensa vinda de um pai ou de qualquer outra pessoa, seja paciente e escute com carinho, talvez você não tenha mais tanto tempo nessa companhia, deixe o seu pai, sua mãe, seu irmão, seu filho ou qualquer pessoa que você ame com o melhor abraço que você pode oferecer, pode ser a última vez que você a veja!

A sociedade atual precisou se modificar pela imposição acelerada da modernidade, mas essa mudança não deverá ficar restrita ao campo profissional, ela deverá ser considerada principalmente pelo ser humano no contexto, amor, compreensão, afetividade e respeito, entender que a vida moderna tenta  robotizar as pessoas e que não se permitir é uma responsabilidade sua, é no mínimo essencial, nem sempre o outro estar errado, apenas vê o problema por outro ângulo, sempre que possível tente se colocar no lugar dele, seja paciente, pratique a cultura da paz.

Não se consegue paz com atitude violenta, a melhoria nunca virá através de uma atitude de arrogância, ignorância, desprezo ou de qualquer outro tipo de violência. A paz não pode ser apenas garantida pelos acordos políticos, econômicos ou militares. No fundo, ela depende do comprometimento unânime, sincero e sustentado das pessoas. Cada um de nós, independentemente da idade, do sexo, do estrato social, crença religiosa ou origem cultural é chamado à criação de um mundo pacifico.

Construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças e os adultos de uma compreensão dos princípios e respeito pela liberdade, justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualdade e solidariedade. Implica uma rejeição, individual e coletiva, da violência que tem sido parte integrante de qualquer sociedade, em seus mais variados contextos.

Por Suelene Leal

Psicopedagoga Clínica e Institucional, especialista em Avaliação Psicopedagógica e Autismo, Professora Efetiva da Autarquia Educacional de Serra Talhada- AESET, Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada – FAFOPST, Coordenadora de Integração Escola Empresa na Escola Técnica Estadual Pedro Leão Leal.

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e Instagram.Você também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.

Brasil

Governo aciona MPF contra decisões do Conselho Federal de Medicina

Desde a gestão de Jair Bolsonaro, o Conselho Federal de Medicina vinha sendo criticado por decisões.

Publicado

em

O Ministério da Previdência Social protocolou, nesta quinta-feira, 25, uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra decisões do Conselho Federal de Medicina (CFM) que dificultam a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a pessoas com deficiência. Em julho, a pasta publicou uma portaria em que autorizou o acesso ao programa mediante atestado médico, sem a necessidade de perícia, desde que atendidos requisitos técnicos. O novo modelo foi batizado de ATESTMED.

A medida, no entanto, foi desautorizada pelo CFM em parecer emitido em abril deste ano. O documento diz que a medida é ilegal, compromete a “integridade profissional dos peritos médicos federais” e causa “prejuízo ao erário”. Já o Ministério afirma que houve redução das filas de requerentes, o aumento da celeridade na concessão do benefício e economia de mais de R$ 1 bilhão ao evitar o pagamento retroativo do BPC. Isso porque, quando um cidadão é autorizado a recebê-lo, tem o direito aos valores que seriam pagos desde a data do requerimento. Procurado, o CFM não se manifestou até a publicação desta reportagem.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), que analisou a política, “não há evidências de que, até o momento, a ampliação das possibilidades de requerimento no âmbito do ATESTMED tenha implicado aumento de irregularidades na concessão dos benefícios”.

Para o ministério, o CFM tomou a decisão por razões políticas, com o objetivo de atender aos interesses da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), que tentou, sem sucesso, embargar a dispensa de perícia na Justiça e tem feito denúncias nos conselhos regionais da categoria contra profissionais que seguem a orientação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “De maneira indevida, o CFM está praticando atos que protegem interesses corporativos da ANMP, às custas da população que enfrenta maior dificuldade para acessar benefícios previdenciários e assistenciais regularmente instituídos”. A ANMP também foi procurada, mas não se pronunciou.

A médica que assina o parecer, Rosylane Rocha, tem apoio de representantes da associação, cujo presidente, Francisco Cardoso, já publicou vídeos nas redes sociais em que pede voto nela para a eleição do CFM. Segundo a pasta, a entidade de peritos tem ligação com o governo de Jair Bolsonaro. No mandato do ex-presidente, a Subsecretaria de Perícia Médica Federal – hoje transformada em departamento – foi comandada por Karina Braido de Teive e Argolo, mulher do então presidente da ANMP, Luiz Carlos de Teive e Argolo.

Ela acabou deixando o cargo após a Comissão de Ética da Presidência da República abrir um processo por conflito de interesses a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU).

O ATESTMED não é a única política estabelecida na gestão de Lula contra a qual o CFM se insurgiu. Uma resolução publicada pela entidade de classe em julho proibiu o atendimento de menores de 16 anos sem documento oficial com foto. Tal decisão vai na contramão de uma portaria do Ministério da Previdência Social que autorizou o atendimento desta parcela da população apenas mediante apresentação da certidão de nascimento.

Segundo a pasta, a medida visa facilitar o acesso do benefício à população vulnerável. “A medida se fez necessária porque, em muitos lugares do país, as crianças e adolescentes não possuem documento de identidade com foto, portando apenas a certidão de nascimento. Esse fato é ainda mais frequente em grupos hipossuficientes, justamente o público alvo do benefício assistencial de prestação continuada”, alega a pasta na representação entregue ao Ministério Público Federal.

Assim como no caso do ASTESTMED, a ANMP tem denunciado aos conselhos regionais de medicina os médicos que aceitam apenas a certidão de nascimento para realizar consultas. A prática, na visão do governo, é persecutória.

Foto Global Imagens

Por Estadão

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Brasil

Apesar da alta dos preços, acesso a dieta saudável cresce no Brasil

Publicado

em

Manter uma dieta saudável no Brasil ficou 32% mais caro entre 2017 e 2022. Apesar disso, o número de pessoas sem condições de pagar por alimentos que atendam às diretrizes nutricionais mínimas diminuiu – mesmo com a alta global dos preços dos alimentos pós-pandemia da covid-19.

A conclusão está no Relatório sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) divulgou nesta quarta-feira (24).

Segundo os autores da publicação, em 2017, os brasileiros pagavam US$ 3,22 por dia para consumir uma dieta considerada saudável. O gasto se manteve praticamente estável nos dois anos seguintes: US$ 3,21, em 2018, e em US$ 3,30, em 2019. A partir de 2020, quando a pandemia já impactava todo o globo, a quantia necessária (US$ 3,53) começou a subir e não parou mais. Em 2021, foi preciso gastar US$ 3,84/dia e, em 2022, US$ 4,25/dia.

Considerando a cotação do dólar no início da tarde desta quarta-feira, o valor necessário, em reais, saltou de R$ 18, em 2017, para R$ 23,94, em 2022.

Acesso

Apesar da alta dos preços, a quantidade de brasileiros sem condições de gastar a média diária necessária para manter uma dieta saudável diminuiu no mesmo período. Em 2017, eles eram 57,2 milhões, ou 27,4% da população do país. Em 2022, 54,4 milhões, ou 25,3%.

O resultado é positivo, mas poderia ser melhor não fosse pela pandemia, que interrompeu o progresso brasileiro confirmado anteriormente pela FAO. Em 2018, o total de brasileiros incapazes de pagar por uma dieta saudável já tinha diminuído para 56 milhões. Em 2019, chegou a 55,7 milhões. E, em 2020, alcançou o melhor resultado dos cinco anos analisados no presente relatório: 42,1 milhões de pessoas, ou 19,8% da população nacional.

Assessora técnica do Conselho Federal de Nutrição (CFN), a nutricionista Natalia Oliveira, comemorou o anúncio da redução da insegurança alimentar grave no Brasil, em 2023, mas destacou que, em termos de acesso a alimentos de qualidade, o país ainda está aquém do desejado.

“O relatório da FAO aponta que houve uma melhora do acesso e do consumo dos alimentos em geral. Isso se deve a vários aspectos, como aumento da renda, disponibilidade de alimentos e melhoria das políticas públicas, que possibilitaram alguns avanços em programas de alimentação escolar e no estímulo à agricultura familiar. Ao mesmo tempo, ainda estamos muito aquém do que preconizamos em termos de uma alimentação adequada e saudável Temos que melhorar bastante neste sentido. Porque o acesso [aos alimentos em geral], por si só, pode significar um acesso a alimentos ultraprocessados. E não é isso que desejamos.”

Recomendações

De acordo com o Ministério da Saúde, uma alimentação saudável está baseada em “práticas que assumam a significação social e cultural dos alimentos”, estimulando a produção e o consumo de alimentos saudáveis regionais, como legumes, verduras e frutas. Entre outras características, para ser considerada saudável, a dieta deve ser quantitativa e qualitativamente “harmoniosa” e segura do ponto de vista de contaminação físico-química e biológica.

Neste sentido, é recomendável que, se possível, as pessoas façam ao menos três refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar) e procure consumir ao menos seis porções diárias de cereais (arroz, milho, trigo pães e massas), três porções de legumes e verduras frescas, além de frutas, tubérculos e raízes (batatas, mandioca, macaxeira, aipim), dando preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais.

Também é recomendável consumir diariamente ao menos três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos, retirando a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes de prepará-las. Também é bom evitar refrigerantes, sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas, e é recomendado reduzir a quantidade de sal na comida e ingerir ao menos dois litros de água por dia. Mais recomendações podem ser consultadas na página da Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde.

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Brasil

Fome no Brasil cai, mas ainda atinge 8,4 milhões de pessoas

Publicado

em

Cerca de 8,4 milhões de brasileiros foram atingidos pela fome entre 2021 e 2023, aponta o Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial divulgado na última quarta-feira (24/7). O mesmo estudo destaca que, no mesmo período, 39,7 milhões de pessoas viveram em insegurança alimentar, sendo mais de 14 milhões em estado severo.

O levantamento indicou que 10,1 milhões de pessoas estavam em estado de desnutrição, ou seja, com dieta abaixo de níveis mínimos de consumo de energia. A falta de acesso adequado à alimentação afetava de forma moderada ou grave 70,3 milhões de brasileiros entre os anos de 2020 e 2022.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!