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Saúde

Anvisa aprova medicamento contra doença rara que destrói a retina e provoca cegueira

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, nesta quinta-feira (06), o registro do primeiro produto de terapia gênica no Brasil, indicado para o tratamento de doença rara. Trata-se do Luxturna (voretigene neparvoveque), produzido pela Novartis Biociências. A liberação foi publicada no Diário Oficial da União.

O medicamento é utilizado em crianças acima de 12 meses e em adultos com perda de visão, para o tratamento da distrofia hereditária da retina, causada pela mutação do gene humano RPE65. Entre as distrofias hereditárias da retina estão a amaurose congênita de Leber e a retinose pigmentar.

Segundo a Anvisa, a mutação do gene RPE65 causa a ruptura gradual das células localizadas na parte de trás do olho que formam a retina, causando perda gradual da visão, geralmente na infância ou na adolescência, que progride para cegueira. Até o momento, não havia alternativa terapêutica para a doença.

A agência explica que o produto, elaborado por engenharia genética, é composto por um vírus no qual se inseriu cópia do gene humano RPE65, responsável pela produção de uma enzima necessária para o funcionamento normal da retina. Essa enzima, acrescenta o órgão, permite um melhor funcionamento das células da retina, diminuindo o progresso da doença. O vírus utilizado na fabricação deste produto não causa doença em humanos.

Para a Anvisa, contudo, é importante esclarecer que se trata de um produto de uso hospitalar e sob supervisão médica especializada e administrado via injeção sub-retiniana. Mais “Devem ser adotadas precauções, como a obrigatoriedade de o paciente passar por testes capazes de comprovar que sua perda de visão foi provocada por mutações no gene RPE65, sobre o qual a substância ativa do Luxturna atua, além de outros critérios laboratoriais e clínicos que devem ser avaliados pelo médico”, ressalta, em nota. 

Regras muito rígidas para aprovação

A aprovação do medicamento foi possível depois da definição, pela Anvisa, do recente marco regulatório para o registro de produtos de terapia avançada no Brasil, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 338/2020. “Essa norma criou um ambiente regulatório seguro para a aprovação de produtos dessa natureza no país”, frisa.

O processo de registro de um produto de terapia avançada, por exemplo, de terapia gênica, envolve a análise da comprovação de segurança por meio de dados robustos de experimentos pré-clínicos, bem como de segurança e eficácia por meio de resultados de estudos clínicos capazes de evidenciar os benefícios ao paciente em determinada dose e posologia terapêutica.

Foram 232 dias úteis até a aprovação do remédio pela Anvisa, considerando desde a submissão dos documentos e os prazos de análise da equipe da Agência até as respostas ao cumprimento das exigências por parte da empresa. Nos Estados Unidos e na Europa, os órgãos reguladores levaram 372 e 331 dias para a aprovação, respectivamente.

Segundo a Anvisa, para a comprovação da eficácia de um medicamento, é necessário a comprovação de produção com requisitos de qualidade e boas práticas de fabricação, de estudos de mecanismos de estabilidade e distribuição do produto.

Cuidados especiais com pacientes pediátricos

Também são exigidos cuidados especiais ao paciente, previsão de eventos adversos possíveis, orientações ao profissional da saúde, definição de monitoramento e gerenciamento de risco pós-uso, além de análises pertinentes para garantir que o remédio e o processo a serem registrados na agência estejam adequados ao uso terapêutico, principalmente nos casos que envolve pacientes pediátricos.

De acordo com a Anvisa, considerando as especificidades dos produtos de terapia gênica e as suas características inovadoras,  foi firmado um termo de compromisso com a empresa detentora do registro do medicamento no país a fim de assegurar a realização de estudos complementares com pacientes brasileiros, de forma a acompanhar o perfil de segurança e de eficácia do produto em longo prazo.

Por se tratar de um organismo geneticamente modificado, o medicamento foi avaliado em relação à sua biossegurança pela Comissão Nacional Técnica de Biossegurança (CTNBio), que também se manifestou favorável à sua aprovação.

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Saúde

Talco classificado como “provavelmente cancerígeno” para humanos pela OMS

Talco foi colocado no nível 2A.

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O talco foi classificado pela a Agência Internacional de Investigação sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), órgão que pertence à Organização Mundial da Saúde (OMS), como “provavelmente cancerígeno” para os seres humanos

As conclusões dos especialistas foram divulgadas, esta sexta-feira, num artigo divulgado na revista científica The Lancet Oncology.

O talco, que é um mineral natural utilizado em cosméticos, foi colocado no nível 2A, o segundo nível mais elevado da pirâmide de identificação de risco, e que diz respeito a itens cujas evidências de relação com tumores são mais robustas entre animais, mas também provas limitadas entre humanos. Neste caso, os estudos indicam um risco aumentado de câncer dos ovários. 

“Vários estudos mostraram consistentemente um aumento na incidência de câncer de ovário em seres humanos que relataram o uso de talco na região perineal”, informou a IARC, em comunicado. 

O órgão recorda ainda que o mineral é extraído em várias partes do mundo. Além da exposição profissional ao talco, a população pode entrar em contato com o mesmo através da utilização de cosméticos.

Esta avaliação, note-se, foi concluída, em junho. O grupo de trabalho foi composto por 29 cientistas de 13 países, reunidos na França.

Vale notar que a IARC também classificou a acrilonitrila, um composto orgânico volátil usado principalmente na produção de polímeros – usados em fibras de vestuário e outros têxteis, mas também em plásticos para produtos de consumo ou peças para automóveis – como “carcinogênico” para seres humanos, na categoria 1A.

A decisão baseia-se em “evidências suficientes de câncer de pulmão” e “evidências limitadas” de câncer de bexiga em humanos. 

Foto  iStock

Por Noticias ao minuto

           

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Saúde

HCP atende mais da metade dos pacientes com tumores de cabeça e pescoço do Estado

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O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), referência em oncologia no Estado, mobiliza-se neste Julho Verde, campanha de conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço. Com o mote Não dê chance ao câncer de cabeça e pescoço, o HCP faz um alerta para os fatores de risco que provocam câncer região – o principal é o tabagismo.

Ao longo do mês, conteúdos relacionados ao tema podem ser conferidos no site exclusivo hcp.org.br/julhoverde e redes sociais @sigahcp.

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Saúde

Estudo revela os antidepressivos que têm mais (e menos) impacto no peso

Mudanças no peso são muitas vezes associadas a este tipo de fármacos e, agora, investigadores descobriram qual o impacto dos antidepressivos mais utilizados no mundo.

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Todos os medicamentos têm efeitos secundários e, claro, os antidepressivos não são exceção, apesar de sua importância para a saúde mental. Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, analisou o impacto de oito dos antidepressivos mais prescritos no peso corporal dos pacientes.

Publicado no Annals of Internal Medicine, o estudo utilizou dados de quase 200 mil adultos norte-americanos que iniciaram tratamento com um desses medicamentos. Os pesquisadores acompanharam as mudanças de peso após seis, 12 e 24 meses de tratamento.

Entre os antidepressivos estudados, como sertralina, citalopram, bupropiona, escitalopram, fluoxetina, venlafaxina, paroxetina e duloxetina, foram observadas diferenças significativas no ganho de peso induzido pela medicação. Após seis meses, os usuários de escitalopram, paroxetina e duloxetina ganharam em média 0,3 a 0,4 kg a mais e tinham de 10% a 15% mais chances de ganhar pelo menos 5% do peso inicial em comparação com os usuários de sertralina.

Por outro lado, o uso de fluoxetina não mostrou associação com alterações de peso significativas aos seis meses em comparação com a sertralina. Usuários de bupropiona, por sua vez, ganharam em média 0,22 kg a menos e tiveram 15% menos probabilidade de ganhar pelo menos 5% do peso inicial do que os usuários de sertralina, indicando menor impacto no peso.

Este estudo é crucial porque o ganho de peso é um efeito secundário importante que frequentemente leva os pacientes a interromperem a medicação, destacou Jason Block, um dos pesquisadores envolvidos. Isso permite que pacientes e médicos façam escolhas mais informadas no tratamento da depressão.

Foto Shutterstock

Por Noticias ao Minuto

           

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