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Protestos na África do Sul após prisão de ex-presidente deixam ao menos 6 mortos

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Ao menos seis pessoas morreram e 200 foram presas durante os protestos e a onda de saques em lojas e violência generalizada relacionados à prisão do ex-presidente da África do Sul Jacob Zuma. Nesta segunda-feira (12), o Exército do país anunciou o envio de tropas às ruas de duas das principais províncias para ajudar as forças de segurança locais a conter a escalada.

Durante o fim de semana, milhares de pessoas foram às ruas em atos a favor de Zuma, concentrados principalmente na província de KwaZulu-Natal, onde nasceu o ex-presidente.

Emissoras locais mostraram imagens de um incêndio em um shopping de Pietermaritzburgo e pessoas deixando o local com carrinhos cheios de mercadorias. As circunstâncias do incêndio ainda não foram esclarecidas, mas a principal hipótese é de que o prédio tenha sido alvo de saques. Uma rodovia que leva à cidade foi fechada como forma de tentar conter a violência.

O órgão de inteligência do governo sul-africano divulgou comunicado em que afirma que intensificou o deslocamento de agentes em todas as áreas afetadas por protestos violentos, danos a propriedades e saques de lojas de KwaZulu-Natal e de Gauteng, província que abriga a capital econômica do país, Joanesburgo.

Segundo relatório da agência, quatro corpos foram encontrados em Gauteng, e pelo menos dois tinham marcas de ferimentos à bala. Outras duas mortes ocorreram em KwaZulu-Natal. Os seis óbitos estão sendo investigados.

As manifestações se intensificaram durante o fim de semana. No domingo (11), grupos marcharam pelas ruas de Joanesburgo portando bastões, tacos de golfe e pedaços de madeira. Segundo as autoridades, parte dos manifestantes quebrou vitrines e saqueou lojas de bebidas alcoólicas -a venda de álcool está proibida no país devido às restrições para conter a propagação do coronavírus.

Atos semelhantes também foram registrados na noite de sábado (10) em cidades como Katlehong, Alexandra, Jeppestown e Durban. Para um porta-voz da polícia de KwaZulu-Natal, os saques indicam que há “muitos criminosos ou indivíduos oportunistas tentando enriquecer durante este período”, usando a agitação social como pretexto para roubar e causar danos.

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa -que foi vice de Zuma-, disse no domingo que não há justificativa para a violência dos últimos dias e que os atos estão prejudicando os esforços para a reconstrução da economia do país em meio à pandemia de Covid-19.

Até esta segunda, a África do Sul registra quase 2,2 milhões de casos e 62 mil mortes por coronavírus, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. A vacinação avança lentamente: apenas 6,38% dos mais de 59 milhões de habitantes receberam a primeira dose do imunizante, e 2,29%, as duas.

Zuma, 79, entregou-se às autoridades e passou a primeira noite na cadeira na semana passada, depois de ter sido condenado a 15 meses de prisão por desacato à Justiça -ele deixou de comparecer a audiências convocadas por uma comissão que investiga acusações de corrupção contra seu governo.

A defesa de Zuma começou nesta segunda a apresentar sua contestação à decisão judicial. Durante uma audiência virtual, um advogado do ex-presidente pediu ao tribunal que retirasse a pena de prisão com base em uma regra segundo a qual os julgamentos podem ser reconsiderados se feitos na ausência da pessoa afetada ou se contiverem algum erro. Para especialistas jurídicos, no entanto, as chances de sucesso desse argumento são mínimas.

Na última sexta-feira, os advogados de Zuma já haviam sofrido uma derrota com a rejeição de um pedido de anulação da condenação com base na alegada saúde frágil do ex-presidente e no risco de contaminação por coronavírus.

O juiz presidente da Suprema Corte de Pietermaritzburgo, no entanto, indeferiu o pedido e afirmou que “as preocupações do sr. Zuma sobre sua saúde não são apoiadas por nenhuma evidência”.

Zuma foi deposto da Presidência em 2018, em uma ação orquestrada por aliados de Ramaphosa, seu sucessor. O ex-presidente tem enfrentado medidas legais e acusações de crimes de corrupção cometidos antes e durante seu mandato.

Uma delas se refere à chamada “comissão Zondo”, caso no qual estão sendo examinadas alegações de suborno envolvendo três magnatas indianos -os irmãos Atul, Ajay e Rajesh Gupta. Zuma nega qualquer irregularidade, mas até agora não cooperou com as investigações.

Os irmãos Gupta, que também negam as acusações, deixaram a África do Sul após a deposição do hoje ex-presidente. Em outro processo, ele enfrenta 16 acusações de fraude, corrupção e crime organizado relacionadas à compra de equipamento militar de cinco empresas europeias em 1999, quando era vice.

Segundo as denúncias, Zuma teria embolsado mais de quatro milhões de rands (cerca de R$ 1,4 milhão, na cotação atual) em subornos pagos pela empresa francesa Thales, um dos grupos que ganhou um contrato com o governo da África do Sul avaliado em mais de US$ 3,3 bilhões (R$ 16,3 bilhões). (Por FolhaPress)

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Israel vai invadir Rafah se Hamas não aceitar acordo em até 1 semana, diz jornal

O fim do prazo sem uma resposta significaria o início da invasão de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

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Israel deu uma semana para o Hamas aceitar algum acordo sobre cessar-fogo em troca da libertação de reféns, segundo o jornal americano The Wall Street Journal, citando autoridades do Egito que mediam a negociação. O fim do prazo sem uma resposta significaria o início da invasão de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

De acordo com jornal, sempre citando autoridades egípcias, o grupo terrorista ainda não respondeu à proposta mais recente de Tel Aviv, que sugere uma primeira trégua temporária de 40 dias em troca de 33 reféns, com a possibilidade de extensão do cessar-fogo.

De acordo com os egípcios, a ala política da facção que participa das conversas teria dito que ainda não recebeu uma resposta de Yahya Sinwar, líder militar de Gaza que se supõe estar escondido nos túneis do território palestino.

Tanto o governo de Israel como o Hamas se recusaram a comentar o prazo dado por Israel, segundo o WSJ.

Autoridades egípcias dizem ainda que o grupo terrorista mostrou preocupação com termos vagos da proposta mais recente e busca uma trégua de longo prazo com garantias dos Estados Unidos de que o cessar-fogo será respeitado por Tel Aviv. O diretor da CIA (agência de inteligência americana), William Burns, chegou ao Cairo nesta sexta para reuniões, segundo a agência Reuters.

O Hamas tem postergado desde o fim da semana passada, quando recebeu a proposta de Israel, a data para responder ao trato –também uma tentativa de ganhar tempo em meio aos diálogos e à condenação internacional da antecipada ofensiva em Rafah.

Nesta semana, após se encontrar com o primeiro ministro israelense, Binyamina Netanyahu, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que Israel não tem um plano eficaz para garantir a segurança de civis em Rafah e não deveria invadir a cidade. Sem um plano que Washington julgue eficiente, Israel não teria apoio do aliado, afirmou Blinken.

O local no sul da Faixa, na fronteira com o Egito, é o último grande centro urbano sem tropas israelenses em solo e abriga cerca de 1,5 milhão de palestinos, segundo a ONU, grande parte deles deslocados de outras cidades do território conforme a ação militar de Tel Aviv devastou outras áreas densamente povoadas, como a Cidade de Gaza e Khan Yunis.

O ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, registrou 26 mortos e 51 feridos nas últimas 24 horas no território palestino.

A invasão iminente de Rafah, confirmada diversas vezes por Netanyahu e membros de seu governo, tem mobilizado agências das Nações Unidas para a criação de planos de emergência à possível ofensiva da cidade.

“Poderia ser um massacre de civis e um golpe inacreditável para a operação humanitária em toda a Faixa, pois ela é administrada principalmente a partir de Rafah”, afirmou Jens Laerke, porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU (OCHA), em uma entrevista coletiva em Genebra.

As operações de ajuda humanitária em Rafah incluem clínicas médicas, armazéns abastecidos com suprimentos, pontos de distribuição de alimentos e 50 centros para crianças gravemente desnutridas, disse Laerke.

Ele acrescentou que a OCHA faria tudo o que fosse possível para garantir que as operações de ajuda continuassem, mesmo em caso de uma incursão, e estava estudando como fazer isso.

Um funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na mesma entrevista que um plano de contingência para Rafah havia sido preparado e incluía um novo hospital de campanha. Ele ressaltou que isso não seria suficiente para evitar um aumento substancial no número de mortos, caso a ofensiva aconteça.

“Quero enfatizar que este plano de contingência é um paliativo”, disse Rik Peeperkorn, representante da OMS para o território palestino. “Absolutamente não irá impedir a substancial mortalidade e morbidade adicionais esperadas para ocorrerem em uma operação militar.”

Outros preparativos incluem o pré-posicionamento de suprimentos médicos em hospitais mais ao norte no caso de os três hospitais de Rafah se tornarem disfuncionais, como aconteceu outras vezes nos sete meses de conflito devido a ataques e bombardeios israelenses.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Turquia suspende comércio com Israel até cessar-fogo permanente

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 A Turquia anunciou na sexta-feira que não retomará o comércio com Israel, no valor de 7 bilhões de dólares por ano, até que um cessar-fogo permanente e ajuda humanitária sejam garantidos em Gaza, o primeiro dos principais parceiros de Israel a interromper o comércio por causa do conflito.

A “atitude intransigente” de Israel e a piora da situação na região de Rafah, no sul de Gaza – onde Israel ameaçou lançar uma nova ofensiva – levaram a Turquia a suspender todas as exportações e importações, disse o ministro do Comércio, Omer Bolat.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou a medida do presidente turco, Tayyip Erdogan, anunciada na noite de quinta-feira, dizendo que ela viola os acordos comerciais internacionais e é “como um ditador se comporta”.

O grupo militante Hamas, que governa Gaza, elogiou a decisão como corajosa e favorável aos direitos palestinos.

“Decidimos interromper as exportações e importações de e para Israel até que um cessar-fogo permanente seja alcançado (em Gaza) e a ajuda humanitária seja permitida sem interrupção”, disse o ministro Bolat.

A Turquia está negociando “com nossos irmãos palestinos sobre acordos alternativos para garantir que eles não sejam afetados por essa decisão”, acrescentou ele ao anunciar os números do comércio de abril.

No mês passado, a Turquia restringiu as exportações de aço, fertilizantes e combustível de aviação, entre 54 categorias de produtos, devido ao que disse ser a recusa de Israel em permitir que Ancara participasse das operações de lançamento aéreo de ajuda para Gaza.

Todo o comércio remanescente, que totalizou 5,4 bilhões de dólares em exportações turcas e 1,6 bilhão de dólares em importações israelenses no ano passado, está agora interrompido.

As principais exportações turcas para Israel são aço, veículos, plásticos, dispositivos elétricos e maquinário, enquanto as importações são dominadas por combustíveis, com 634 milhões de dólares no ano passado, segundo dados do comércio turco.

 

 

           

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Criança salva pais durante tornado nos EUA: “Por favor, não morram”

Branson conseguiu sair da carrinha dos pais para procurar ajuda, tendo corrido mais de um quilómetro no escuro, por entre cabos elétricos caídos e entulho.

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Uma criança de 9 anos conseguiu evitar o pior durante o tornado que assolou o estado norte-americano de Oklahoma e que vitimou pelo menos quatro pessoas, no fim de semana passado. De fato, os pais de Branson, que se encontram internados em uma UTI, têm o seu filho agradecendo por estarem vivos, depois de o carro da família ter batido contra árvores.

Wayne e Lindy Baker seguiam com o filho para Dickson, em busca de refúgio, quando foram atingidos pelo tornado.

O homem perdeu parte de um dedo e sofreu fraturas nas costas, no pescoço, no esterno, nas costelas e no braço, enquanto a mulher sofreu uma perfuração no pulmão e ficou com as costas, o pescoço, a mandíbula, as costelas e a mão direita quebradas.

Branson conseguiu sair do carro dos pais para procurar ajuda, tendo corrido mais de um quilômetro no escuro, por entre cabos elétricos caídos e entulho. Ainda assim, o menino encontrou um vizinho e pediu-lhe auxílio.

“Só encontrou o caminho de volta devido aos raios que iluminavam a estrada. Correu o mais depressa que conseguiu; fez um quilômetro e meio em 10 minutos. É impressionante para uma criança. […] A última coisa que disse aos pais foi, ‘Mãe, pai, por favor, não morram. Voltarei’”, recordou o tio do menor, Johnny Baker, citado pela CBS News.

Tanto Wayne como Lindy são construtores independentes, pelo que não têm rendimentos enquanto estão internados.

Observando a situação, a equipa de basebol de Branson organizou um jogo e uma angariação de fundos, onde até ao momento, a família e amigos do casal conseguiu arrecadar 10 mil dólares (cerca de 50 mil reais).

Foto Reuters/Bryan Terry/The Oklahoman

Por Notícias ao Minuto

           

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