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Saúde

Novo teste é capaz de identificar anticorpos de sete coronavírus humanos

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Uma nova forma de avaliar com precisão, e de maneira simultânea, a reatividade dos anticorpos que combatem o vírus da Covid-19 (SARS-CoV-2) e outros seis coronavírus humanos, foi desenvolvida pela empresa científica norte-americana Thermo Fisher, inicialmente preocupada com pacientes transplantados e imunossuprimidos, que estão mais vulneráveis à doença por terem o sistema imunológico debilitado.
O teste, chamado de Protect Covid, ou de LABScreen Covid Plus, seu nome técnico, é um ensaio multiplex semiquantitativo capaz de acompanhar minuciosamente a intensidade da resposta imune após a vacinação ou infecção de Covid-19. Seu diferencial em relação às outras formas de exame da resposta imune está na maior capacidade de evitar falsos positivos ou falsos negativos.
Devido à sua alta sensibilidade e à capacidade de avaliar simultaneamente 11 alvos, sendo cinco alvos proteicos do SARS-CoV-2, quatro outros Coronavírus causadores de resfriados comuns, além das viroses MERS e SARS, o exame torna-se muito mais preciso do que a maioria dos testes regulares ao aumentar sua especificidade. Essa maior precisão é importante para diagnosticar se a resposta vacinal está gerando os efeitos esperados em um paciente, ou se o mesmo ainda apresenta um nível de atividade anticórpica aceitável após determinado tempo de imunização.
Para explicar melhor o assunto, Dr Fernando Vinhal, médico nefrologista com doutorado em Imunologia e Parasitologia Aplicadas pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e diretor técnico do Laboratório de Imunologia de Transplantes de Goiás (HLAGyn), concedeu uma entrevista ao Diario de Pernambuco. De acordo com Dr Fernando, a possibilidade de evitar falsos positivos e falsos negativos devido à alta sensibilidade do Protect Covid e sua capacidade de avaliação simultânea de 11 alvos é o que torna o teste tão inovador e importante para o acompanhamento da atividade anticórpica dos pacientes.
“Falar de uma resposta imune com base em um único alvo para uma doença de baixa prevalência gera um sério risco em que, na melhor das hipóteses, está informando um resultado falso positivo ou falso negativo. Outro fator é a baixa sensibilidade desses exames, que exigem anticorpos demais para conseguir identificar. No Protect Covid avaliamos cinco diferentes alvos exclusivos para SARS-CoV-2,com uma sensibilidade na ordem de fentograma (fração decimal do quilo)”, explicou.
Outra questão apontada pelo médico é a homologia compartilhada pela família dos coronavírus humanos, que em certas regiões estruturais alcança uma média de 80% de semelhança, detalhe que dificulta a obtenção de resultados precisos nos exames convencionais. Ele argumenta que o Protect Covid, ao aumentar a sensibilidade dos exames, pode ver melhor a intensidade da resposta humoral e evitar reações cruzadas com outros coronavírus, o que leva a maior especificidade e, por consequência, maior precisão nos resultados.
“As estruturas dos coronavírus humanos têm uma identidade muito parecida na proteína externa, que facilita falsos positivos nos resultados. No Protect Covid, além dos antígenos alvos principais do SARS-CoV 2, temos as Proteínas S dos outros seis coronavírus, quatro deles bem prevalentes, totalizando 11 alvos, sendo um deles o anticorpo conhecido como neutralizante (anti-S1-RBD)”.
Erro de resultado pode ser caso de vida ou morte
Para os pacientes idosos e imunossuprimidos, principalmente, um erro de resultado pode ser um caso de vida ou morte, já que a taxa da mortalidade da doença é mais elevada nesses grupos. Pacientes transplantados, por exemplo, têm uma dificuldade de mais de 40% de apresentar uma resposta imune adequada, quando comparado com a imunização feita em outros pacientes.
“Esse ensaio nos norteia para compreensão da presença da resposta imune, principalmente em imunossuprimidos ou imunodeprimidos por doença ou idade. Além disso, nos orienta sobre compreensão da fisiopatologia do vírus em reinfecção e pode nos orientar quanto à capacidade de resposta humoral em diferentes populações, bem como sua sustentação ao longo do tempo e nos diferentes grupos etários ou especiais”, esclareceu Dr Fernando Vinhal.
Segundo ele, a resposta imune é uma linha de proteção bastante complexa, dividida em duas: resposta humoral, feita por modo de substâncias sintetizadas como anticorpos e proteínas inflamatórias; e resposta celular, que pode atuar diretamente ou através dessas substâncias sintetizadas por elas e que se interagem para evitar invasões virais através de anticorpos específicos, ou protegendo células ou ativando suas multiplicações.
“A resposta imune é um misto de acontecimentos. Avaliar a produção de anticorpos é um mecanismo importante e devemos ter cuidado, pois podemos, dependendo da ferramenta, ter interpretação errônea”.
O médico informou que há estudos de vigilância genômica que evidenciam uma queda dos anticorpos produzidos em determinados grupos de pacientes após um longo tempo de vacinação ou infecção (que é uma forma natural de imunização), e que esse cenário é comum na família dos coronavírus. “Isso se deve ao fato que as vacinas são frutos da informação das variantes iniciais do vírus, portanto novas variantes do vírus podem escapar dessa defesa inicial”.
Por:Diario de Pernambuco

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Saúde

Campanha Nacional de Vacinação Influenza contra é ampliada

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A vacinação contra a Influenza foi ampliada e agora todas as pessoas com idade a partir 6 meses já podem se vacinar.

A vacina está disponível em todos os municípios pernambucanos. Não perca tempo e proteja-se contra a gripe e também de possíveis complicações que podem surgir com a doença.

           

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Saúde

Recife amplia vacinação para todas as pessoas acima de seis meses

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A Secretaria de Saúde do Recife expandiu a oferta da vacina contra a Influenza para a população não imunizada a partir dos seis meses de idade nesta quinta-feira (2). Antes, o imunizante estava disponível somente para pessoas com comorbidades e grupos prioritários.

As vacinas já estão disponíveis em 170 salas, que estão nas unidades de saúde da família, unidades básicas tradicionais e policlínicas, e em cinco centros de vacinação instalados nos shoppings centers Recife, RioMar, Tacaruna e Boa Vista, além do Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes, em Casa Forte. Confira todas as salas de vacinação no link: bit.ly/SalasDeVacinação.

A ampliação foi autorizada pelo Ministério da Saúde nessa quarta-feira (1º). “Essa medida busca não apenas fortalecer a imunização da população em geral, mas também contribuir significativamente na redução da morbidade e mortalidade associadas à gripe, especialmente durante períodos sazonais de maior incidência de doenças respiratórias”, explica a gerente do programa de imunização do Recife, Nádia Carneiro.

Contudo, a recomendação é que seja mantida a prioridade para os grupos mais vulneráveis a complicações da gripe: gestantes, puérperas, idosos, crianças menores de cinco anos e pessoas com comorbidades ou condições clínicas especiais.

A vacina contra influenza é atualizada anualmente para proteger contra as cepas mais recentes do vírus da gripe, demonstrando eficácia contra os tipos H3N2, H1N1 e Influenza tipo B neste ano. É importante ressaltar que indivíduos com doenças febris agudas, moderadas ou graves, assim como casos confirmados de covid-19, devem adiar a vacinação até a total recuperação, seguindo as recomendações médicas.

O esquema vacinal varia de acordo com a faixa etária. Para essa primeira fase da campanha, ela é administrada em dose única. Já para crianças de 6 meses a menor de 6 anos, que serão incluídas na campanha posteriormente, são necessárias duas doses, a depender do esquema vacinal do ano anterior. Crianças nessa faixa etária que já tomaram esse imunizante antes só precisam de uma aplicação.

A Secretaria de Saúde do Recife recomenda que os usuários levem um documento de identificação, a carteira de vacinação e o cartão SUS (se tiverem esses dois últimos).

Atualmente a cobertura da campanha, que iniciou com grupos prioritários no dia 13 de março, está em 28,58%. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 90% da população até o fim da campanha, 31 de maio de 2024.

SINTOMAS E ORIENTAÇÕES

Fonte: JC

 

           

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Saúde

Cigarros eletrônicos e agrotóxicos são desafios na prevenção do câncer

De acordo com o Inca, são estimados 32.560 casos novos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão para cada ano do triênio de 2023 a 2025. Eles ocupam a quarta posição entre os tipos de câncer mais frequentes.

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De acordo com projeção do Inca (Instituto Nacional do Câncer), em cerca de dez anos o país deverá chegar a um milhão de novos casos de câncer. A estimativa atual, para cada ano do triênio 2023-2025, está em 704 mil.

Para inverter a tendência e diminuir a incidência da doença no país, que é uma das metas da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer -lei 14.758, sancionada em dezembro de 2023-, é necessária a prevenção. Roberto de Almeida Gil, diretor geral do Inca, conversou com jornalistas sobre o tema na 3ª edição do Global Fórum, promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida. O evento aconteceu nos dias 24 e 25 de abril, em Brasília.

Segundo Gil, que também é oncologista, membro da American Society of Clinical Oncology, da European Society of Clinical Oncology e do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais, somente de 10% a 12% dos cânceres são hereditários. A maioria é de causas esporádicas, mutações adquiridas ao longo da vida.

“A gente quer diminuir a incidência com a lei. Como é que faz isso? Com prevenção. Por isso que enfatizamos tanto a prevenção. Como é que eu reduzi a incidência e mortalidade por câncer de pulmão? Com a diminuição da prevalência do tabagismo. Caímos de 35% para 10%. Qual é o nosso risco agora? Os vapes”, afirma Gil.

“Se eu me exponho mais precocemente aos fatores que provocam câncer, por exemplo, se eu começo a fumar os dispositivos eletrônicos com idade mais precoce, como aos 14 anos, esses anos de carcinogênese ocorrem muito mais cedo. Eu acumulo as mutações mais precocemente”, explica o oncologista.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) manteve, no dia 19 deste mês, a proibição da comercialização de DEFs (Dispositivos Eletrônicos para Fumar), conhecidos como vapes ou cigarros eletrônicos. Também são proibidos propaganda, fabricação, importação, distribuição, armazenamento e transporte dos dispositivos eletrônicos para fumar.

Não há campanhas de conscientização sobre os riscos dos vapes, como ocorre com os cigarros normais, observa o médico. Cada vez mais jovens se sentem atraídos pelos formatos coloridos e cheiros de frutas, café, doce ou outros. Não se sabe ao certo se a nicotina é a única substância no dispositivo.

“O ideal é que ninguém utilize. Ele é um produto de tabaco como os cigarros comuns e vai escravizar o jovem na dependência da nicotina.” Por outro lado, o especialista afirma que não há uma explosão do consumo no país. A prevalência está estabilizada.

“Há uma percepção de que os jovens estão consumindo mais e são os maiores consumidores, mas quando pegamos os dados de prevalência no Vigitel [Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico], vimos que não aumentou. Então a lei que faz a proibição da comercialização e da propaganda está conseguindo manter essa taxa. Ela não teve aumento e é muito menor do que nos países que fizeram essa regulação. É de 7,5% contra menos de 1% que a gente tem no Brasil”, explica.

De acordo com o Inca, são estimados 32.560 casos novos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão para cada ano do triênio de 2023 a 2025. Eles ocupam a quarta posição entre os tipos de câncer mais frequentes.

“Quando a gente pensa em promoção da saúde e prevenção, existe uma escolha pessoal, a escolha de fumar ou não. Os programas e as políticas, quando bem implementadas e conduzidas, fazem com que as pessoas mudem esse desejo particular”, afirma Marcia Sarpa de Campos Mello, responsável pela Conprev (Coordenação de Prevenção e Vigilância do Câncer) do Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde.

Estudo realizado pelo Inca/Conprev em 2023 indica que, para tratar as enfermidades associadas ao uso do tabaco, o Brasil gasta em torno de R$ 125 bilhões por ano. No entanto, os impostos que o país arrecada com a venda dos produtos de cigarro estão em torno de R$ 13 bilhões de reais.

O aumento dos casos de câncer também tem outros fatores, como o envelhecimento da população. “O Brasil envelheceu em 40 anos o que a Europa demorou 400. A gente não fala mais em pirâmide populacional, mas em moringa populacional”, diz o oncologista.

Entram na conta a concentração em grandes centros urbanos dos fatores que provocam câncer, com maior número de casos, a poluição ambiental e o tipo de alimentação.

O consumo de ultraprocessados está relacionado com o desenvolvimento de pelo menos 14 tipos diferentes de câncer. Um deles é o colorretal.

“Mudamos a indicação de colonoscopia dos 50 anos para os 45 anos, e provavelmente vai ter que mudar para os 40.”

Estima-se que o Brasil tenha 45.630 casos novos de câncer colorretal para cada ano do triênio de 2023 a 2025 -é o terceiro entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil.

Roberto de Almeida Gil afirmou, durante a conversa com os jornalistas, que há políticas a serem implantadas para melhorar a qualidade de alimentação -taxação dos ultraprocessados, merenda escolar melhor, programas de incentivo à agricultura familiar com alimentos mais baratos.

O combate ao sedentarismo é outro desafio. No mundo moderno, é impactado pela violência. As pessoas têm medo de sair de casa para praticarem caminhada ao ar livre e serem assaltadas. “Superar a violência nos grandes centros urbanos não é uma política fácil”, comenta o especialista.

Em algumas cidades do Brasil, o câncer de mama precoce foi relacionado com o uso de alguns agrotóxicos. “É absurdo que o Brasil ainda use agrotóxicos que já estão contraindicados em outras partes do mundo. É claro que a gente é uma potência do agro, mas exatamente por isso temos que ser uma potência também do agro bom, do agro que hoje não precisa utilizar defensivos agrícolas de péssima qualidade que já foram proscritos em outros lugares.”

“Você vai ter no mundo inteiro um aumento dos casos de câncer, mas será muito maior nos países em desenvolvimento, pela melhora da capacidade de diagnóstico e porque a gente tem uma transição epidemiológica. À medida que você controla as doenças infecciosas, vive mais e vai tendo outras doenças crônicas não transmissíveis. O local onde mais vai aumentar o câncer é na África, porque lá estão tentando fazer o diagnóstico -o câncer passa a ser um problema para eles- e eles têm muitos fatores que já foram superados em outros locais”, explica o diretor do Inca.

Um exemplo é a vacinação contra o HPV. “No Brasil, já atingimos 76% de uma dose nas meninas. A Organização Mundial de Saúde falou que só com uma dose do HPV a gente já consegue a imunização. Os casos de câncer de colo uterino ainda são muito frequentes na África.”

“O câncer será a primeira causa de mortalidade, superando as doenças cardiovasculares, num futuro que não vai demorar muito”, afirma Gil.

Foto  iStock

Por Folhapress

           

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