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Saúde

Vacina da Covid reduz risco de morte, mesmo com queda de anticorpos após 6 meses, diz estudo

A avaliação de especialistas é que a vacinação continuada contra Covid é uma estratégia que deve ser adotada para diferentes grupos etários.

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As vacinas contra a Covid protegem contra hospitalização e morte e salvaram, em todo o mundo, milhares de vidas. Mesmo que a taxa de anticorpos medida no sangue apresente uma queda após seis meses -considerada natural pelos especialistas, uma vez que a imunidade humoral (de anticorpos) tem um tempo de vida mais curto no organismo-, indivíduos vacinados e, mais importante, com vacinação em dia têm em geral menor risco de morte pela doença comparado aos não vacinados.

Na comparação de risco relativo, pessoas mais velhas, com idade superior a 80 anos, têm maior risco de morte e, portanto, devem receber um esquema vacinal novo a cada seis meses, quando essa proteção tende a cair.

Estes foram os principais achados de um estudo publicado nesta quinta-feira (14) na revista Journal of the Royal Society of Medicine (publicada pela sociedade de mesmo nome).

A avaliação dos pesquisadores da divisão de Epidemiologia e Vacinas da Covid, da Agência de Saúde Nacional inglesa, é, assim, que a vacinação continuada contra Covid é uma estratégia que deve ser adotada para diferentes grupos etários.

Para avaliar a proteção das vacinas da Covid contra o risco de morte, os pesquisadores fizeram uma análise do chamado risco de caso fatal (CFR, na sigla em inglês). O cálculo desta taxa é dado pelo número de óbitos relacionados à Covid dividido pelo total de casos positivos registrados (com exames PCR) e depois cruzando os dados com a faixa etária e número de doses de vacina de cada indivíduo.

Os dados foram obtidos pelo Sistema de Notificação de Paciente de Covid da Inglaterra e as mortes relacionadas à infecção pelo coronavírus foram coletadas de três sistemas diferentes, ligados ao Sistema Nacional de Saúde britânico.

Ao final, os pesquisadores analisaram 10.616.148 casos de Covid de 28 de maio de 2020 a 28 de fevereiro de 2022, incluindo 90.542 óbitos, totalizando em um CFR geral de 0,85%. Analisando por faixa etária, os indivíduos de 18 a 29 anos tinham o menor CFR (0,01%), enquanto aqueles com 80 anos ou mais apresentavam o maior risco (16,3%).

Como a vacinação contra Covid só teve início no dia 8 de dezembro de 2020 na Inglaterra, os pesquisadores procuraram então avaliar o risco de mortalidade também relacionado ao início da imunização no país.

Enquanto no começo da pandemia a CFR era elevada, em torno de 15%, houve uma queda no verão europeu daquele mesmo ano seguida de uma subida até o início de dezembro devido à chegada da variante alfa (CFR = 9,6%).

Com o início da vacinação, os pesquisadores viram uma queda acentuada da mortalidade, chegando a um platô de 0% a 2% em maio de 2021. O grupo que apresentou a menor taxa de risco de morte foram os adultos de 50 a 59 anos (0,02%), recém-vacinados em maio de 2021, enquanto os indivíduos com mais de 80 anos tinham o maior risco em janeiro de 2021, bem no início da vacinação (30,6%).

Ainda em 2021, o risco de morte em indivíduos vacinados caiu até o final do mesmo ano, quando começaram a ser aplicadas as terceiras doses (1º reforço) das vacinas em todo o mundo. O período coincide também com a chegada da variante ômicron que, apesar de altamente transmissível e dominante em relação às demais, possui uma menor letalidade.

Segundo os autores, o aumento do risco de mortalidade no final do período estudado (fevereiro de 2022) decorre de, naquela época, indivíduos mais velhos, de mais de 70 anos, já estarem há mais de seis meses sem a nova dose, o que reforça a necessidade de imunização contínua neste grupo.

Recentemente, o Ministério da Saúde afirmou que vai manter a campanha de vacinação contra Covid anual e para grupos prioritários, que incluem os idosos e profissionais de saúde, com maior risco para óbito. A mesma política é defendida pela OMS (Organização Mundial da Saúde), com a exceção que no Brasil serão incluídas no calendário de vacinação também as crianças de seis meses a 5 anos.

O Reino Unido deve adotar a mesma estratégia de vacinação anual gratuita para a população de risco, como é feito também para a imunização contra influenza.

No estudo, os autores concluem que a comparação com aqueles não vacinados, mesmo no final do período estudado, quando houve uma queda na proteção devido ao tempo desde a última dose, pessoas com mais de 70 anos vacinadas tiveram um risco de morte significativamente menor do que aquelas da mesma faixa etária não vacinadas. Isso reforça a importância da vacinação como uma ferramenta para redução da mortalidade por Covid.

De acordo com os pesquisadores, não foi possível avaliar a queda de proteção a partir de seis meses desde a última dose, mas é esperado que haja esse chamado decaimento de imunidade, por dois motivos: 1) o tempo de circulação dos anticorpos no organismo é menor; 2) a adaptação de novas variantes em circulação às vacinas utilizadas.

Apesar disso, o estudo demonstrou como a vacinação teve um papel importante na redução das mortes por Covid, como foi visto em todo o mundo, e continua a reduzir o risco de hospitalização e óbito pelo coronavírus.

Foto Shutterstock

Por Folhapress

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Saúde

Confira hábitos que causam escurecimento na área íntima

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Confira hábitos que causam escurecimento na área íntima:

Depilação com Lâmina: O atrito da lâmina pode irritar a pele e causar escurecimento.

Produtos Perfumados: O uso de sabonetes ou cremes perfumados na região íntima pode irritar a pele e levar ao escurecimento.

Roupas Apertadas: O atrito constante de roupas apertadas pode escurecer a pele sensível da área íntima.

Fricção Durante o Exercício: Atividades físicas que causam atrito constante, como ciclismo, podem levar ao escurecimento.

Falta de Hidratação: A falta de hidratação adequada da pele pode contribuir para o escurecimento da área íntima.

Evitar esses hábitos e manter uma boa higiene íntima pode ajudar a prevenir o escurecimento e manter a saúde da região.

Por Giannini Carvalho-Ginecologista

           

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Saúde

Wegovy, remédio injetável para obesidade, chega às farmácias brasileiras no 2º semestre

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, aprovado para o tratamento do diabetes mas que, por seu efeito emagrecedor, vem sendo prescrito por médicos também para obesidade de forma off label (quando é indicado para uma indicação diferente daquela para a qual o remédio foi aprovado).

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O medicamento Wegovy, que tem como princípio ativo a semaglutida e é indicado para tratar a obesidade e o sobrepeso, começará a ser vendido nas farmácias brasileiras no segundo semestre deste ano, segundo comunicado divulgado na quinta-feira, 25, pela farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do produto.

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, aprovado para o tratamento do diabetes mas que, por seu efeito emagrecedor, vem sendo prescrito por médicos também para obesidade de forma off label (quando é indicado para uma indicação diferente daquela para a qual o remédio foi aprovado).

O remédio foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2023, passou pelo processo de precificação na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) no meio do ano passado e era aguardado para chegar ao mercado ainda em 2023. Em julho, porém, a farmacêutica afirmou que o remédio estaria disponível somente neste ano, sem detalhar em qual mês.

A Novo Nordisk não explicou o porquê da demora na disponibilização da droga, mas, em 2023, um representante da empresa afirmou que o produto seria lançado somente quando a farmacêutica pudesse garantir que os pacientes teriam acesso ao tratamento sem interrupções. Nos Estados Unidos, onde o Wegovy já é vendido, há desabastecimento do produto.

A farmacêutica não divulgou o preço que o Wegovy deverá chegar às farmácias, mas a CMED já definiu o seu preço máximo: nas doses mais altas, poderá chegar a R$ 2.484, a depender do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado. Em São Paulo, por exemplo, essa versão pode custar até R$ 2.383,43.

Mas os pacientes poderão encontrar preços menores nos pontos de vendas, além de contar com eventuais descontos oferecidos por programas de suporte ao paciente. Vale lembrar que o preço também varia de acordo com a apresentação do remédio, que será vendido em versões de 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg.

O medicamento, administrado por meio de aplicação injetável subcutânea, é geralmente prescrito para ser usado uma vez por semana.

O remédio é indicado a pacientes com índice de massa corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (sobrepeso) quando acompanhado de ao menos uma comorbidade relacionada ao peso, como diabetes ou hipertensão.

A semaglutida age como se fosse o GLP-1, um hormônio que sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade.

Ela também reduz a velocidade do esvaziamento gástrico. Em estudos clínicos, a dosagem semanal de 2,4 mg de semaglutida levou a uma perda média de peso de 15,2%, ante 2,6% no grupo de pacientes que não tomaram a medicação.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Saúde

Vírus sincicial respiratório supera covid-19 em óbitos de crianças pequenas

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O Brasil passa por aumento crescente no número de internações por síndrome respiratória aguda grave (srag), especialmente em função do vírus sincicial respiratório (VSR), da influenza A e do rinovírus.

É o que mostra o Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (25).

O levantamento destaca que a covid-19, mesmo apresentando sinal de queda ou estabilidade em patamares relativamente baixos de acordo com a região do País, ainda é a maior responsável pela mortalidade de srag nos idosos.

Nas crianças, no entanto, a covid-19 já é superada pelos números do VSR.

No agregado nacional, há sinal de crescimento de srag na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilização na de curto prazo (últimas três semanas).

Os dados são referentes à semana epidemiológica (SE) 16, de 14 a 20 de abril, e têm como base os números inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 22 de abril.

A crescente circulação do VSR é o que tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de srag nas crianças de até 2 anos de idade e ultrapassa os óbitos associados à covid-19 nessa faixa etária nas últimas oito semanas epidemiológicas.

O VSR já responde por 57,8% do total de casos recentes de srag com identificação de vírus respiratório. Outros vírus respiratórios que merecem destaque nas crianças pequenas são o rinovírus e o coronavírus.

Entre a totalidade de óbitos, o crescimento da influenza A já faz com que o percentual associado a esse vírus comece a se aproximar do observado para a covid-19 nas últimas quatro semanas, com base nos registros atuais.

Apesar disso, a covid-19 ainda tem amplo predomínio na mortalidade dos idosos, que também é a faixa etária que mais se destaca em relação a mortes por srag.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (23%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (57,8%) e coronavírus (10,7%).

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%) e coronavírus (53,9%).

Pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes reforça a importância da vacinação, como também do uso de máscara para qualquer pessoa que for a uma unidade de saúde e para quem estiver com sintomas de infecção respiratória.

Na presente atualização, 23 Estados apresentam crescimento de srag na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Em relação aos casos de srag por covid-19, há a manutenção do sinal de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, e de estabilidade em patamares relativamente baixos nas demais regiões.

Entre as capitais, 21 mostram indícios de aumento de srag: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Gioania (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Fonte: JC

 

           

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