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Número de refugiados venezuelanos desabrigados explode na fronteira brasileira

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O número de venezuelanos desabrigados em Pacaraima, cidade no estado de Roraima, na divisa com a Venezuela, explodiu -já são 4.015, alta de 243% em relação a maio, mês anterior à reabertura da fronteira.

Segundo levantamento da Organização Internacional para as Migrações (OIM) referente a agosto, entre os desabrigados há 2.065 migrantes e refugiados do país vizinho dormindo nas ruas do município de 18 mil habitantes -seria como se a cidade de São Paulo tivesse 1,32 milhão de refugiados vivendo nas calçadas.

Há, ainda, 1.695 em ocupações em espaços públicos e 255 em locais privados cedidos. Os dois abrigos da Operação Acolhida, liderada pelo Exército, estão lotados, de acordo com a Casa Civil -o BV-8, com capacidade para 2.000 pessoas, abriga 1.985, e o Janokoida, no qual cabem 400, tem 497 indígenas.

“Infelizmente o processo de resolução de documentação e de casos de atendimento humanitários mais graves não está compatível com a grande demanda”, afirma Wellthon Leal, assessor de monitoramento da Cáritas, organização católica que apoia refugiados.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) citou a situação de Pacaraima recentemente para criticar o regime do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e elogiar o acolhimento oferecido pelo Brasil. “Vou, nas próximas semanas, para Pacaraima, em Roraima, para mostrar as mulheres chegando ali, fugindo da ditadura, com filho na barriga, dois ou três no braço, fugindo da fome, da miséria e da ditadura.”

Ele também afirmou que as mulheres, “ao longo do caminho a pé, se prostituem para poder se alimentar”. “Isso está acontecendo em um dos países mais ricos do mundo, a Venezuela.”

A Secretaria de Comunicação do governo, na esteira das declarações do presidente, vem veiculando campanhas nas redes sociais com o mote “Operação Acolhida, o socialismo segrega, o Brasil acolhe”. Bolsonaro deve ir a Roraima no dia 29 de setembro.

Segundo o Acnur, a agência da ONU para refugiados, o aumento na quantidade de migrantes e refugiados venezuelanos vivendo nas ruas deve-se a dois motivos: a demanda represada após meses de fronteira fechada, e o fato de a Operação Acolhida e seus parceiros estarem com equipes reduzidas durante a pandemia de coronavírus. Agora, afirma a Casa Civil, elas estão sendo gradualmente ampliadas.

A fronteira foi fechada para a entrada de migrantes e solicitantes de refúgio venezuelanos em março de 2020, com portarias que alegavam motivos sanitários devido à crise da Covid. Assim, venezuelanos ficaram proibidos de entrar por terra, e os que entrassem de forma irregular estavam sujeitos a deportação sumária, medida que viola os tratados internacionais de refúgio.

A decisão só foi revogada em 23 de junho deste ano. Nesse período, todos que entravam de maneira ilegal, pelas chamadas “trochas”, estavam proibidos de solicitar refúgio, segundo o governo brasileiro.

Agora, a fronteira está aberta do lado brasileiro, mas não no da Venezuela. Por isso, segundo venezuelanos em Pacaraima, militares do país exigem entre US$ 50 e US$ 100 (R$ 262 a R$ 524) para autorizar a passagem pela entrada oficial, o que faz com que muitos recorram aos caminhos irregulares.

“Entrei pelas ‘trochas’ porque pude pagar em reais, e foi muito mais barato. R$ 30 para vir de moto”, diz Y., que estava em Boa Vista e voltou à Venezuela quando a fronteira abriu, em junho, para buscar o filho.

As mais de 2.000 pessoas que estão nas ruas de Pacaraima têm à disposição apenas 16 banheiros químicos e oito duchas, construídos pela Cáritas com financiamento da Usaid, agência americana para desenvolvimento internacional. O governo municipal, por sua vez, não oferece infraestrutura de higiene para os venezuelanos que estão fora dos abrigos.

“Nosso projeto de garantia de banheiros, chuveiros e lavagem de roupas tem suprido uma parte dessa demanda, mas não é o suficiente”, diz Leal, assessor da Cáritas. “Ele nos mostra na prática que é preciso mais investimento em políticas públicas e preocupação com a questão sanitária dos migrantes, não apenas devido à pandemia do Covid-19, mas pensando no fluxo migratório que tende a se intensificar, o que impacta diretamente a saúde coletiva, seja de migrantes ou não.”

Os venezuelanos desabrigados recebem senhas da Polícia Federal e esperam atendimento para se regularizarem, com pedido de refúgio ou autorização de residência. A prioridade é para as pessoas que entram pela fronteira oficial, atendidas de imediato. Já os venezuelanos que chegam pelas “trochas” enfrentam filas. São atendidas apenas 300 pessoas por dia em Pacaraima, e 300 em Boa Vista.

De Pacaraima, os refugiados e migrantes vão para abrigos em Boa Vista, capital de Roraima, e alguns entram no programa de interiorização, que os envia para outros estados brasileiros.

O barbeiro Luis Miguel Marcano, 23, veio do estado venezuelano de Monagas, a cerca de 750 km de Pacaraima, com a mulher, Maria Orfeli, 22, os filhos, Miguel Angel, 1, e Rosmary, 4, e o cunhado, também barbeiro. Demoraram dois dias para chegar ao município brasileiro.

Percorreram o primeiro trecho de ônibus e depois pagaram US$ 10 a um caminhoneiro para levá-los à fronteira. O motorista, porém, pediu que eles descessem para ele arrumar o veículo e foi embora. Eles então tiveram de andar seis quilômetros sob sol forte até conseguirem uma carona.

No Brasil, Maria Orfeli e os filhos conseguiram uma vaga no abrigo da irmã Ana Maria, que acolhe mulheres e crianças. Marcano, por sua vez, está há 16 dias na rua, debaixo da marquise de uma loja. Usa as duchas da Cáritas e corta cabelo para sobreviver. “Corto por R$ 5, R$ 15, quanto puderem pagar”, diz ele, que espera a conclusão do processo de interiorização para deixar Pacaraima com a família. “Não reclamo de dormir na rua, daqui a pouco vamos seguir viagem e conseguir um emprego.”

De acordo com Elena Graglia, coordenadora médica do projeto da ONG Médicos Sem Fronteiras em Roraima, muitos migrantes andam durante dias na Venezuela até conseguirem cruzar a fronteira. Chegam com queimaduras, e, em razão das condições sanitárias, muitos têm escabiose, doença de pele contagiosa que provoca muita coceira. “Outro problema é que muitas pessoas têm doenças crônicas, como câncer e diabetes, não conseguiram encontrar atendimento médico na Venezuela e ficaram impedidas de vir ao Brasil durante o período em que a fronteira estava fechada”, afirma ela.

O MSF vai duas vezes por mês a Pacaraima, onde atua em abrigos, como o da irmã Ana Maria, em ocupações e nas ruas. O volume cresceu tanto que a ONG planeja fazer atendimentos semanais.

Desde o início da crise política e econômica na Venezuela, cerca de 5,4 milhões de cidadãos deixaram o país. Segundo o dado mais recente da R4V, plataforma que reúne organizações da sociedade civil e da ONU para imigração, há 261.441 refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil.

Os números elevados em municípios próximos à fronteira entre os países já geraram confrontos. Em agosto de 2018, nas ruas de Pacaraima, grupos perseguiram venezuelanos e queimaram seus pertences após um comerciante local levar uma surra durante uma tentativa de assalto. Agredidos com pedaços de pau, os refugiados foram expulsos das tendas que ocupavam.

De acordo com a Polícia Federal, 184.659 venezuelanos entraram no Brasil em 2018, e 193.150, em 2019. No ano seguinte, com a pandemia e as restrições impostas, esse número despencou para 32.823. Agora, em 2021, até o início de setembro, foram 15.726, mas a cifra pode ser maior, já que, com o fechamento da fronteira, muitos migrantes entraram e não foram se regularizar, com medo de serem deportados.

A revogação do fechamento da fronteira fez com que o número mensal de entradas de venezuelanos registradas pela polícia saltasse de sete, em maio, para 6.763, em agosto.

Questionado sobre os preparativos para a visita de Bolsonaro, o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (Republicanos), afirmou por mensagem que pretende “mostrar a realidade vivida pela nossa população, sem mascarar tal realidade, de modo que haja mais sensibilidade do governo federal no que tange a segurança na fronteira, a fluidez da interiorização e demais temas pertinentes a imigração”.

A OIM informou que estava interiorizando, em média, 1.700 venezuelanos por mês -número que saltou para 2.443 em agosto e deve ficar entre 2.400 e 2.800 mensais até o fim do ano. Segundo a Casa Civil, 22.228 venezuelanos foram interiorizados em 2019; 19.389 em 2020 e 12.126 em 2021.

(Fonte Mundo ao Minuto)

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‘Sou a garantia de paz e estabilidade’, diz Maduro em pronunciamento na TV

A declaração pareceu mais uma tentativa de se distanciar da ideia de violência que Maduro projeta na oposição.

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O ditador Nicolás Maduro fez um pronunciamento nesta quinta-feira (25) -último dia de campanha na Venezuela antes das eleições no próximo domingo (28)- cheio de referências à paz, após subir o tom contra seus adversários.

“Sou a garantia de paz e estabilidade”, afirmou o líder ao apresentar seu plano de governo composto pelo que chama de sete transformações -dentre elas, “mais democracia”. “Este plano articula sete dimensões de uma Venezuela pujante e tem um só objetivo: consolidar a paz e um novo modelo econômico.”

A declaração pareceu mais uma tentativa de se distanciar da ideia de violência que Maduro projeta na oposição.

“Os anos de bloqueio levaram nossa pátria a situações extremas, como tentativas de magnicídio e guarimbas [tipo de protesto com barricadas usado pela oposição]”, afirmou o ditador, associando seus adversários a “tendências fascistas” e à extrema direita, como costuma fazer.

“Sou o único candidato que tem um plano feito na Venezuela”, declarou. A insinuação de que as propostas da oposição tenham sido feitas do exterior também fez parte da sua retórica. “[O plano] é produto de um encontro de todos os setores e de todos os territórios e, mais importante ainda, entre homens e mulheres venezuelanos que são os únicos protagonistas desta história.”

O pronunciamento, ao meio-dia local (13h de Brasília), foi feito do Palácio Miraflores, sede da Presidência, e contou com vários elementos caros ao chavismo. A abertura do vídeo mostra um quadro do herói nacional Simón Bolívar (1783-1830) para, em seguida, Maduro apresentar espadas do líder que encabeçou o movimento de independência da Venezuela.

Na mesa daquele local, Maduro disse ter se reunido com o ex-líder Hugo Chávez (1954-2013) em dezembro de 2012. “Foi aqui que ele me disse: ‘Se por alguma razão eu não puder continuar, você segue'”, afirmou. Na cadeira presidencial, afirmou, sentaram por 168 anos “marionetes das oligarquias” até seu antecessor chegar ao poder. “E aqui estou pela vontade do povo.”

Nos últimos dias, referências de Maduro a um “banho de sangue” em uma suposta guerra civil caso a oposição ganhe provocou rusgas até mesmo com políticos dos quais já foi próximo na região, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente da Argentina Alberto Fernández.

“Fiquei assustado com as declarações […]. Quem perde as eleições toma um banho de votos, não de sangue. Maduro tem de aprender: quando você ganha, você fica. Quando você perde, você vai embora e se prepara para disputar outra eleição”, disse o petista, posteriormente ecoado por Fernández.

Nesta quinta, o presidente do Chile, Gabriel Boric, também mencionou o brasileiro ao falar da Venezuela. “Apoio as afirmações de Lula de que aqui não podemos ameaçar banhos de sangue sob nenhum ponto de vista. O que os dirigentes e candidatos recebem são banhos de votos”, afirmou o chileno em uma entrevista coletiva ao lado de seu chanceler.

A escalada de tensão com o Brasil envolveu declarações de Maduro que colocaram em xeque o sistema eleitoral brasileiro, seguidas da desistência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de enviar observadores para a votação.

“Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o TSE não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país e acompanhar o pleito do próximo domingo”, disse o tribunal em nota divulgada na noite desta quarta (24).

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Vale da Morte: Belga é hospitalizado após perder tênis e andar sobre fogo

O caso aconteceu no Vale da Morte, na Califórnia, onde as temperaturas foram além dos 50ºC.

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Um turista belga sofreu queimaduras de terceiro grau depois de ter ficado sem os seus calçados enquanto estava no Vale da Morte, um vale desértico no estado norte-americano da Califórnia conhecida pelas altas temperaturas.

De acordo com um comunicado citado pela imprensa local, tudo aconteceu durante o fim de semana, quando as autoridades foram alertadas para a situação, em que um turista belga de 42 anos tinha perdido ou partido o seu calçado.

A queimadura de 3.º grau é a mais grave, levando a lesões que podem destruir os nervos, glândulas sudoríparas, capilares sanguíneos, estruturas ósseas e até podem levar à morte, dependendo da extensão das feridas e da idade do paciente.

“A família do homem pediu ajuda e recrutou outros turistas do parque que carregaram o homem até o estacionamento”, explicam os responsáveis dos Parques Nacionais dos EUA.

“Os guardas florestais determinaram que o homem precisava de ser transportado rapidamente para um hospital devido às suas queimaduras e nível de dor”, lê-se na nota, que dá ainda relata que as temperaturas estavam acima dos 51ºC. Segundo os especialistas, apesar de estas temperaturas se sentirem no ar, o solo deveria ainda marcar temperaturas mais altas.

O calor que se sentia impossibilitou que um helicóptero pousasse no local onde o homem estava, já que as temperaturas podiam criar problemas ao motor.

O homem foi então transportado para um outro local, onde as temperaturas estavam mais baixas (cerca de 42ºC), e daí levado para o hospital, onde está internado.

Os responsáveis pelos parques nacionais alertam que no verão os turistas que estão neste parque não devem ficar a mais de dez minutos a pé de veículos com ar condicionado, não devem caminhar depois das 10 horas locais e usar protetor solar e chapéus.

Foto Brian van der Brug / Los Angeles Times via Getty Images

Por Notícias ao Minuto

           

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Forças israelenses avançam no sul de Gaza, tanques atuam em Rafah

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As forças israelenses avançaram mais profundamente em algumas cidades do lado leste de Khan Younis, no sul de Gaza, nesta quinta-feira, horas depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse aos parlamentares norte-americanos que estava ativamente empenhado em trazer reféns para casa.

Nos últimos dias, os combates se concentraram nas cidades orientais de Bani Suaila, Al-Zanna e Al-Karara, onde o Exército afirmou na quarta-feira ter encontrado os corpos de cinco israelenses que foram mortos no ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro e mantidos em Gaza desde então.

Os militantes do Hamas fizeram mais de 250 reféns no ataque matutino ao sul de Israel e mataram 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses.

Israel retaliou, prometendo erradicar o Hamas em Gaza em uma guerra de nove meses que matou mais de 39.000 palestinos, segundo autoridades de saúde de Gaza.

Vários ficaram feridos nas cidades do leste durante os bombardeios aéreos e de tanques israelenses, enquanto um ataque aéreo a leste de Khan Younis matou quatro pessoas, segundo autoridades de saúde palestinas.

O bombardeio israelense se intensificou em várias áreas de Rafah, perto da fronteira com o Egito, com tanques operando no norte, oeste e no centro da cidade, disseram moradores e médicos. Vários palestinos também foram feridos por disparos israelenses no início da quinta-feira.

Os militares israelenses disseram que as forças que operam em Khan Younis mataram dezenas de militantes e desmantelaram cerca de 50 infraestruturas militares, enquanto continuaram as atividades em Rafah, matando dois militantes.

Em um discurso para o Congresso dos EUA, Netanyahu disse que seu governo estava ativamente envolvido na busca pela libertação dos reféns restantes e estava confiante de que teria sucesso.

O Hamas descreveu os comentários de Netanyahu como “puras mentiras”, acusando-o de frustrar os esforços para acabar com a guerra.

Fonte: Agência Brasil

           

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