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Política

Reviravolta de Leite sobre reeleição gera crítica e muda xadrez da disputa no RS

O Rio Grande do Sul nunca reelegeu governadores e, no período democrático, um mesmo partido nunca venceu duas eleições seguidas.

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A sinalização de que Eduardo Leite (PSDB) pode concorrer à reeleição no Rio Grande do Sul gerou surpresa e crítica em adversários e em partidos da base que já trabalhavam com a ideia de candidatura própria no estado.

Depois de se dizer contra a reeleição em diversas ocasiões, inclusive em campanha, o tucano admitiu a possibilidade de tentar um segundo mandato durante evento do PSDB em Porto Alegre, no último sábado (12). “Eu não me furtarei de cumprir o meu papel neste processo”, disse na ocasião.

O Rio Grande do Sul nunca reelegeu governadores e, no período democrático, um mesmo partido nunca venceu duas eleições seguidas. É o único estado no país que não reconduziu um governante ao cargo desde que a reeleição foi instituída, em 1998. Essa é uma estatística que poderia afastar Eduardo Leite da ideia.

A tentativa de reeleição tem “queimado” políticos gaúchos. Em 2006, Germano Rigotto (MDB) ficou em terceiro lugar, de fora da disputa pelo segundo turno. E o mesmo ocorreu com a sucessora Yeda Crusius (PSDB).

Tarso Genro (PT), eleito em primeiro turno em 2010, perdeu para José Ivo Sartori (MDB) quando tentou o segundo mandato em 2014. E o emedebista foi derrotado por Eduardo Leite, que, contrariando expectativas, chega na disputa com força.

Depois de regularizar o pagamento dos servidores após 57 meses de salários parcelados, Leite está entre os 13 governadores que concederam, neste ano de eleições, reajuste salarial a uma categoria ou mais de servidor estadual, segundo levantamento da Folha.

Pré-candidato do PT ao governo do RS, deputado estadual Edegar Pretto disse que a mudança de opinião do tucano não o surpreende.

“Na campanha, quando candidato, um discurso que ele fez no segundo turno para pegar votos do nosso campo democrático foi garantir que ele não privatizaria a Corsan [Companhia Riograndense de Saneamento, privatizada no ano passado]”, disse Pretto. “Então, tem esse calote eleitoral na palavra. Não me surpreende agora ele de novo voltar atrás e dizer que pode concorrer. Vindo dele, é compreensível”.

O petista disse ter já garantido o apoio formal do PV e que está em tratativas com PCdoB, PSOL, PDT e PSB. Este último que fez parte da base do governo Leite e que tem pré-candidato.

O ex-deputado Beto Albuquerque (PSB) criticou publicamente a possibilidade de o tucano ter mudado de ideia. “Então temos agora uma nova vertente na política do RS. Movimento e pressão, inclusive da mídia, para que seu político descumpra a sua palavra! É incrível a normalização da perda dos valores em se tratando de poder”, escreveu no Twitter.

“Eduardo Leite MENTE! Depois das promessas vazias de campanha, ele está cogitando voltar atrás em outra promessa: não tentar a reeleição. Depois que não conseguiu ser pré candidato à presidência, agora interessa tentar mais um mandato no RS. Como confiar em uma pessoa sem palavra?”, postou em uma rede social a deputada estadual Juliana Brizola (PDT).

Os partidos da base que trabalham com a ideia de candidatura própria foram pegos de surpresa. “Surpreendeu porque ele era o primeiro a dizer que era contra o instituto da reeleição”, explicou Celso Bernardi, presidente do Progressistas no estado.

Mas a notícia não muda os planos da sigla, que deve apostar na candidatura do senador bolsonarista Luis Carlos Heinze (PP-RS) para o governo do estado. “Nossa decisão é irreversível”, afirmou Bernardi. Segundo ele, o que separa as duas candidaturas é o projeto nacional. “Nós temos compromisso com a candidatura do Presidente Bolsonaro.”

Já o MDB, outro partido importante da base de Eduardo Leite, pode abrir mão da candidatura própria, embora essa não seja a posição oficial. Há poucas semanas, a sigla estava dividida entre os nomes do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) e do deputado estadual Gabriel Souza, mas decidiu-se que uma disputa racharia o partido.

O presidente em exercício da sigla no estado e prefeito de Rio Grande, Fábio Branco, disse que a convenção do partido foi antecipada para o próximo domingo (20) para que o novo diretório possa conduzir esse processo. Segundo ele, é cedo para comentar as declarações do governador. “Eu vejo mais como um apelo do que uma manifestação dele”, disse.

Internamente, porém, as falas de Eduardo Leite já causam burburinhos e a opinião que prevalece é a de que o MDB não consegue vencer as eleições sem o apoio do PSDB, o que reforça a possibilidade de o partido, possivelmente, indicar o vice.

O presidente do PSDB no estado, deputado federal Lucas Redecker (PSDB-RS), afirma que o partido vai trabalhar até o último momento para que Leite concorra a reeleição.

“A gente respeita a posição dele, de não concordar com o instituto da reeleição, mas ele não tem poder de mudar isso, quem muda é o Congresso Nacional. E se a reeleição é válida, ela se torna importante para a continuidade do trabalho” disse.

Eduardo Leite deve decidir se concorre, ou não, até o final de março. A assessoria do governador disse que o tucano “não falou em nenhum momento sobre concorrer à reeleição”.

“Leite tem recebido, de parcela representativa da sociedade e dos seus apoiadores, manifestações e apelos para que concorra. O governador apenas referiu que não se eximirá no processo e atuará, como líder político, em favor da continuidade da gestão que superou a crise e que está transformando o estado”, encerra a assessoria.

Por Folhapress

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Política

Temos uma semana para avisar órgãos quanto vai se gastar e de onde vai cortar, diz Tebet

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A distribuição dos cortes nos gastos públicos, que somam R$ 15 bilhões, será informada em decreto presidencial, no próximo dia 30, após o relatório bimestral que avalia o comportamento de receitas e despesas, assegurou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

“A gente tem uma semana para avisar os órgãos setoriais de quanto vai gastar, de onde vai cortar, de onde vai conseguir e quem vai ter o maior corte”, afirmou a ministra. “Isso vai ser anunciado na data certa, com decreto presidencial, no dia 30”.

Tebet disse que, com o detalhamento, alguns gastos não terão retorno e alguns outros, “a depender da receita ou da revisão de gastos ainda neste ano”, poderão ser descontingenciados. “O bloqueio é um pouco mais difícil.”

Na segunda-feira, 22, o Ministério do Orçamento e Planejamento confirmou o congelamento de gastos da ordem de R$ 15 bilhões, sendo R$ 11,2 bilhões em bloqueio em verbas do Orçamento e contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. Após a divisão de bloqueio e contingenciamento por ministério, as pastas definirão programas e obras afetados.

A ministra enfatizou que é preciso fechar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 com meta zero. “Disso depende nós termos uma revisão de gastos da ordem de R$ 9 bilhões. Isso estava no nosso cronograma. Vai ficar mais claro no segundo semestre.”

Ainda sobre o detalhamento dos cortes, Simone Tebet destacou que na semana que vem será divulgado “onde vai cada ponto do Atestmed, ProAgro, Seguro Defeso e todas políticas e algumas outras que não estavam na LOA de 2024”.

“Vamos mostrar por A mais B onde estarão as economias na revisão de gastos de R$ 9 bilhões para este ano”, afirmou, acrescentando que o detalhamento se trata de um pedido do presidente Lula. “Isso foi um pedido do próprio presidente Lula: quando explica, a sociedade compreende”.

“De onde e como virão a revisão de gastos e o corte dos R$ 25 bilhões para o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) 2025, o detalhamento será feito pela equipe econômica”, comentou a ministra. “No mesmo dia e local, teremos a equipe econômica, o Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento, e o professor Sérgio Firpo, secretário de Avaliação de Políticas Públicas, detalhando como se dará e como está acontecendo a revisão de gastos de R$ 9 bilhões deste ano, para que nós possamos chegar com a meta zero ainda no ano de 2024.”

Fonte: Estadão Conteúdo

           

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Política

Eleições 2024: Justiça Eleitoral divulga limites de gastos de campanha por município

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Na última sexta-feira (20), a Justiça Eleitoral divulgou portaria com os limites de gastos de campanha para os cargos eletivos em disputa nas Eleições 2024. Os valores variam de acordo com cada município e correspondem aos praticados nas eleições municipais de 2016, atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho de 2016 até junho de 2024.

Em Pernambuco, Recife é a cidade com o maior teto, sendo até R$ 9.776.138,29 no primeiro turno para o cargo de prefeita ou prefeito e até R$ 1.313.263,10 para o cargo de vereadora ou vereador. Em um eventual segundo turno, até R$ 3.910.455,32 poderão ser gastos na campanha para o Executivo municipal.

Além da capital pernambucana, outros cinco municípios aparecem com possibilidade de ter segundo turno por concentrarem mais de 200 mil eleitoras e eleitores. São eles: Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Petrolina.

Veja abaixo o limite de gastos nas seis cidades com possibilidade de segundo turno:

Eleições 2024: Justiça Eleitoral divulga limites de gastos de campanha por município; confira

Clique aqui e confira qual o limite de gastos de campanha em seu município.

Por Wellington Ribeiro

           

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Política

Cotada a vice, Mariana Melo já fala como membro da chapa de Daniel Coelho no Recife

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A ex-secretária da Mulher do governo Raquel Lyra (PSDB), Mariana Melo (PSDB), nome mais cotado para a vice de Daniel Coelho (PSD) na disputa pela prefeitura do Recife, já vem se posicionando como integrante da chapa.

No último domingo (21), Mariana esteve junto a Daniel em uma comunidade do bairro de Tejipió, zona Oeste da capital, para uma plenária realizada com moradores. A ex-secretária ouviu moradoras a respeito de políticas públicas para mulheres.

“Elas comentaram sobre segurança, iluminação pública e nós sabemos que esse tipo de demanda afeta as mulheres de uma forma diferente. Tem mulheres aqui que fazem faculdade, voltam à noite e ficam com medo de chegar em casa. Estamos aqui para ouvir de perto o que elas realmente precisam e que isso esteja no nosso programa de governo“, relatou a ex-secretária nas redes sociais.

O nome de Mariana é cotado para a vice de Daniel desde o mês de junho, quando foi exonerada pela governadora Raquel Lyra na mesma data em que o ex-secretário de Turismo e Lazer deixou a gestão estadual.

Na época, Daniel publicou uma foto ao lado da administradora e elogiou o trabalho feito por ela: “Mariana tem me ensinado muito sobre a superação através do estudo, da disciplina e do conhecimento. Que venham novos desafios!”.

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