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Brasil

IPCA-15 é o maior para março desde 2015 e vai a 10,79% em 12 meses

Em março, o índice teve alta de 0,95%.

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A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) voltou a ficar acima das projeções de analistas.

Em março, o índice teve alta de 0,95%. É a maior variação para o mês desde 2015 (1,24%), informou nesta sexta-feira (25) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado foi puxado pela carestia de alimentos e já refletiu os impactos iniciais da guerra na Ucrânia, que elevou as cotações do petróleo e, assim, gerou mega-aumento de combustíveis, como a gasolina, no Brasil.

Na mediana, analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam avanço de 0,85% para o IPCA-15. Em fevereiro, o indicador havia registrado alta ainda maior, de 0,99%.

Com a entrada do novo dado, o IPCA-15 acumulou inflação de 10,79% em 12 meses até março. Nessa base de comparação, trata-se do sétimo mês consecutivo com variação de dois dígitos. Ou seja, a inflação está acima de 10% desde setembro de 2021.

A taxa de 10,79% é a maior para o acumulado desde fevereiro de 2016 (10,84%). O IPCA-15 em 12 meses estava em 10,76% até fevereiro de 2022.

ALTA GENERALIZADA DOS PREÇOS

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em março. O principal impacto (0,40 ponto percentual) e a maior variação (1,95%) vieram do segmento de alimentação e bebidas. O ramo acelerou frente ao mês anterior (1,20%).

Segundo o IBGE, fatores climáticos adversos explicam a pressão sobre o bolso dos consumidores. No começo deste ano, a seca no Sul e as chuvas fortes no Sudeste afetaram a produção de alimentos, com reflexos na oferta dos produtos e nos preços.

Em março, houve disparada da cenoura (45,65%), além de altas expressivas do tomate (15,46%) e das frutas (6,34%). Em 12 meses, a cenoura acumulou avanço de 121,64%, o mais intenso da pesquisa.

No recorte de março, as altas atingiram ainda os preços da batata-inglesa (11,81%), do ovo de galinha (6,53%) e do leite (3,41%). Do lado das quedas, o IBGE destaca o frango em pedaços (-1,82%), cujos preços já haviam recuado em fevereiro (-1,31%).

O grupo de saúde e cuidados pessoais teve a segunda maior influência (0,16 ponto percentual) no IPCA-15 deste mês. Os preços subiram 1,30%, após baixa em fevereiro (-0,02%). A alta, indica o IBGE, está relacionada com o avanço de itens de higiene pessoal (3,98%).

Logo na sequência aparece o grupo de transportes. O segmento teve impacto de 0,15 ponto percentual e alta de 0,68% no mês. Dentro de transportes, os preços da gasolina, o subitem com maior peso no IPCA-15, subiram 0,83%.

O resultado espelha o mega-aumento de combustíveis nas refinarias da Petrobras, que entrou em vigor em 11 de março.

Na ocasião, a gasolina, o óleo diesel e o gás de cozinha subiram devido aos efeitos econômicos da guerra entre Rússia e Ucrânia. É que o conflito provocou avanço das cotações do petróleo no mercado internacional, parâmetro utilizado pela Petrobras para definir os preços nas refinarias.

Em março, segundo o IPCA-15, também houve altas nos preços do diesel (4,10%) e do gás veicular (5,89%). O etanol foi a exceção, com queda de 4,70%.

Juntos, os grupos de alimentação e bebidas, saúde e cuidados pessoais e transportes representaram cerca de 75% do IPCA-15 de março, diz o IBGE.

O índice oficial de inflação no Brasil é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), também produzido pelo instituto.
Como a variação do IPCA é calculada ao longo do mês de referência, o dado de março ainda não está fechado. Será conhecido no dia 8 de abril.

O IPCA-15, pelo fato de ser divulgado antes, sinaliza uma tendência para os preços. O indicador prévio costuma ser calculado entre a segunda metade do mês anterior e a primeira do mês de referência da divulgação.

Neste caso, os preços foram coletados no período de 12 de fevereiro a 16 de março de 2022, conforme o IBGE.

EFEITOS DA GUERRA

No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 está bem acima da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central) para o IPCA. O centro da medida de referência é de 3,50% em 2022. Já o teto foi definido em 5%.

Analistas do mercado projetam estouro da meta em 2022, o que significaria o segundo ano consecutivo de descumprimento. A alta prevista pelo mercado para o IPCA é de 6,59% até dezembro, de acordo com a mediana do boletim Focus, divulgado pelo BC.

As projeções vêm sendo revisadas para cima nas últimas semanas, em meio aos efeitos econômicos da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Além de impactar os combustíveis, o conflito no Leste Europeu também pressiona commodities agrícolas -como trigo, milho e soja- e pode gerar escassez de fertilizantes no Brasil. Assim, analistas temem novos repasses para os preços finais de alimentos, o que afetaria principalmente os mais pobres.

Em uma tentativa de frear a inflação, o BC vem subindo a taxa básica de juros. Neste mês, a Selic alcançou 11,75% ao ano. O mercado vê espaço para uma taxa ainda mais alta.

A mediana do Focus indica Selic de 13% ao final de 2022. O efeito colateral dos juros elevados é inibir investimentos produtivos na economia, já que as linhas de crédito ficam mais caras no país.

Por Folhapress

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Brasil

Plano Real 30 anos: Inflação reduz poder de compra em 86,72%

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O Plano Real foi um marco na economia brasileira, implementado em 1994 para conter a hiperinflação. Com medidas como a URV e a âncora cambial, o plano foi gradual e bem-sucedido, trazendo estabilidade econômica ao país.

O Plano Real completa 30 anos com uma marca significativa: o poder de compra da moeda caiu 86,72% desde sua implementação. A inflação acumulada de 708% entre julho de 1994 e maio de 2024 significa que, para comprar o equivalente a R$ 1 de 1994, seriam necessários R$ 8,08 hoje.

O lançamento do real foi uma resposta à hiperinflação das décadas de 1980 e 1990, que superava 2.500% ao ano. Desde então, a inflação brasileira, mesmo em seus piores momentos, não ultrapassou 10% ao ano. O plano, iniciado no governo de Itamar Franco com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, estabilizou a economia e reduziu drasticamente a inflação, que chegou a quase 5.000% em 1993.

Apesar do sucesso no controle inflacionário, a desvalorização do real é evidente. Uma nota de R$ 100 de 1994, equivalente ao salário mínimo da época, hoje compra apenas R$ 13,28. A nota de R$ 50 valeria hoje R$ 404,01 e a de R$ 5, R$ 40,40. Além disso, as notas lançadas posteriormente, como a de R$ 2 em 2001 e a de R$ 20 em 2002, também sofreram perdas de poder de compra significativas, necessitando hoje de R$ 7,69 e R$ 74,56, respectivamente, para manter o valor original. *Com informações do G1 Economia e Uol Economia.

 

 

           

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Brasil

TCU avalia cancelar licitação da Secom do Governo Federal após indícios de ‘graves irregularidades’

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Após identificar indícios de “graves irregularidades” em uma licitação que visava a contratação de assessoria de comunicação e gestão de redes sociais, a Unidade de Auditoria Especializada em Contratações do Tribunal de Contas da União (TCU) avalia pedir o cancelamento de um pregão feito pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).

De acordo com o jornal O Globo, a área técnica do TCU entende que a licitação, que resultará em gastos de R$ 197,7 milhões, pode ter violado o sigilo das propostas técnicas de empresas concorrentes.

Isso porque o resultado do pregão teria sido “divulgado pela imprensa, de forma cifrada, um dia antes da data em que seriam abertos os envelopes contendo a identificação quanto à autoria de cada plano de comunicação digital”.

ENTENDA O CASO

A Secom do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou no fim de abril que quatro empresas venceram o pregão para assessoria de comunicação e gestão de redes sociais. Essa é considerada a maior licitação da história do Governo Federal para a área de comunicação digital.

A divulgação ocorreu no dia 24 de abril. No dia anterior, no entanto, o portal O Antagonista divulgou, de forma cifrada, informações sobre as empresas que seriam anunciadas vencedoras pelo Governo Federal.

“Se a subcomissão técnica conhecia antecipadamente a autoria de cada proposta técnica, como sugerem as evidências, o fato se constitui em irregularidade grave, conforme sustenta o representante, resultando em possível direcionamento do certame e maculando todo o procedimento da licitação”, pondera o relatório.

O Ministério Público, junto com o TCU, entrou com pedido de investigação, uma vez que o órgão teria “se deparado com informações publicadas na imprensa que demonstravam ter havido o descumprimento das normas editalícias que exigiam o sigilo quanto à autoria dos planos de comunicação”.

“Ou seja, em postagem do dia 23/4/2024, jornalistas já davam publicidade à informação de que as empresas Área Comunicação, Moringa, BR+ e Usina Digital seriam declaradas vencedoras da Concorrência 1/2024 da Secom. Contudo, somente em 24/4/2024 deveriam ser abertos os invólucros contendo a identificação quanto à autoria de cada plano de comunicação”, explica o pedido de investigação.

O MP alegou ainda “que entendia que se podia estar diante de irregularidades na condução do procedimento licitatório para contratação dessas empresas, porque o sigilo quanto à autoria dos planos de comunicação é pilar fundamental definido em edital para que se garanta a lisura e o respeito ao princípio da impessoalidade”.

A área técnica do TCU analisou o caso e endossou as suspeitas de irregularidades. O Tribunal disse ser necessária, também, “a atuação cautelatória do TCU, no sentido de adotar medida para determinar à Secom/PR que se abstenha de formalizar o contrato referente ao Edital 1/2024 até que haja deliberação deste TCU”.

O TCU acrescentou também que as informações trazidas pela imprensa podem demonstrar cartel entre as empresas declaradas vencedoras do certame, “de tal modo que seria também necessário enviar as informações aqui presentes, bem como das deliberações a serem adotadas pelo Tribunal, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para averiguação sobre a possível existência de cartel entre os licitantes”.

O documento também sugere que o tribunal determine a oitiva prévia da Secom “acerca da possível violação do sigilo do edital”, e também solicita que a corte “alerte a Secom quanto à possibilidade de o TCU vir a conceder medida cautelar para a suspensão” das contratações, “caso haja indicativo de afronta às normas legais e/ou possibilidade de ocorrência de prejuízos à Administração”. Fonte: Diario do Nordeste

 

 

           

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Brasil

Desemprego no Brasil recua a 7,1% em maio, menor taxa para o mês desde 2014

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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,1% no trimestre finalizado em maio de 2024, segundo dados publicados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com o recuo, o percentual de desocupados com 14 anos ou mais no país é o menor para o período desde 2014 quando a taxa de desemprego também foi de 7,1%.

O nível de desemprego caiu em maio e figura no menor nível em dez anos. Segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a atual taxa de desocupação é inferior à apurada no trimestre encerrado em abril (7,5%). No mesmo período do ano passado, o patamar de desocupados totalizava 8,3%.

Na análise de todos os meses do ano, o desemprego atual é o menor desde janeiro de 2015. No trimestre encerrado naquele mês, 6,9% da população estava a procura por uma vaga de emprego. O período, no entanto, já marcava a ascensão da piora do mercado de trabalho no Brasil, com a taxa de desemprego alcançando 13,9% em março de 2017.

Total de pessoas em busca por uma colocação no mercado é a menor desde fevereiro de 2015. O cenário mostra que 7,78 milhões de pessoas não tinham trabalho e buscaram por uma ocupação entre os meses de março e maio. No mesmo período do ano passado, o total de desocupados correspondia a 8,95 milhões de brasileiros. Já no trimestre encerrado em abril deste ano, 8,21 milhões procuravam por emprego no país.

Movimentos acompanham os resultados do início deste ano. No primeiro trimestre, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9%. Tal percentual corresponde também ao menor nível desde 2014. O recuo foi seguido pelo menor patamar de desocupação em 21 estados e no Distrito Federal. Em março, a taxa foi de 7,5%.

“O crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

Fonte: UOL

           

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