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Saúde

Nova lente de contato libera remédio contra alergia no olho

O fármaco que é utilizado nesse modelo de lente de contato é o cetotifeno.

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Um novo modelo de lente de contato que libera um fármaco se mostrou útil contra alergias oculares. Recentemente, o produto recebeu autorização do FDA, a agência reguladora de remédios e alimentos dos Estados Unidos. Ele foi desenvolvido pela Johnson & Johnson Vision, braço da empresa voltado para a área dos olhos, e pode ser um passo importante no avanço da medicina.

O fármaco que é utilizado nesse modelo de lente de contato é o cetotifeno. “É uma droga já muito bem estabelecida para tratamento de alergia, já existindo colírios com esse fármaco e que funcionam muito bem”, afirma Emerson Castro, oftalmologista do Hospital Sírio-Libanês.

A Folha de S.Paulo questionou a Johnson & Johnson do Brasil se há interesse em trazer o produto -chamado oficialmente de acuvue theravision com cetotifeno- para o país e a empresa disse que já foram iniciadas “conversas com os órgãos regulatórios e no momento não há mais informações adicionais a serem compartilhadas”.

Um artigo foi publicado em 2019 na revista Cornea a fim de mensurar se o uso da lente de contato com esse remédio poderia ter um resultado positivo e seguro para pacientes que sofrem de conjuntivite alérgica. O estudo é assinado por cientistas ligados a Johnson & Johnson Vision e também foi financiado pela empresa.

Castro explica que a conjuntivite alérgica envolve vários sintomas que impactam o cotidiano das pessoas que sofrem com o problema.

“Mais do que coçar, o olho fica vermelho, lacrimeja, fica desconfortável e inflama nesses quadros de conjuntivite. Para quem não usa lente, já incomoda, mas para quem utiliza é pior porque a lente pode embaçar e sair do lugar. É bastante desagradável”, afirma.

Para a pesquisa, os cientistas seguiram o modelo convencional de um grupo experimental que utilizou o produto e outro grupo placebo que teve acesso a uma lente de contato comum. Além desses dois, um terceiro utilizou a lente em um dos olhos e no outro era um equipamento sem o cetotifeno. No total, quase 250 pessoas participaram de dois estudos que foram feitos separadamente, mas que adotavam essa mesma metodologia e que compuseram a análise de eficácia do equipamento no artigo publicado.

Com os grupos definidos, os participantes deveriam utilizar a lente de contato e qualificar o estado de conjuntivite alérgica 15 minutos após colocarem o produto. A partir daí, as pessoas avaliavam o nível de coceira no olho, começando num ponto em que não havia incômodo até um estágio em que o problema era persistente.

Além dos participantes, os investigadores precisavam indicar de modo semelhante a sua avaliação acerca do incômodo nos participantes.

Também houve medição parecida feita 12 horas após a inserção do produto -tempo máximo em que uma pessoa deve manter uma lente de contato nos seus olhos. Nesse caso, a ideia era observar qual a duração do efeito das lentes nos participantes.

Com esses dados, os grupos foram comparados entre si a fim de averiguar o efeito do produto no grupo experimental em comparação ao grupo controle. Foi observado um efeito positivo naqueles que utilizaram a lente de contato com o fármaco tanto nos 15 minutos após a aplicação quanto nas 12 horas depois do início do uso.

O estudo também avaliou o efeito da lente de contato em relação à vermelhidão nos olhos. Nesse caso, foi observada uma vantagem no grupo experimental, mas as diferenças com os participantes controle não foram tantas a ponto de trazer um significado clínico contra esse problema.

Desse modo, os pesquisadores afirmam que os resultados do estudo demonstram uma eficácia semelhante à aplicação tópica do cetotifeno.

Mesmo assim, para Castro, mais do que a liberação dessa lente de contato em si, o mais interessante é o avanço que ela representa para a medicina.

“Há 20 anos se fala de liberação de remédio por lente de contato. Esse futuro nunca chegava, mas agora chegou. Então mais do que uma medicação liberada por lente de contato, é um passo que se deu para ter a perspectiva de ter outras medicações [nesse mesmo modelo] no futuro”, afirma o oftalmologista.

Um exemplo que ele cita é o tratamento de infecções na córnea, em que às vezes é preciso colocar o colírio de hora em hora. “Ou seja, o paciente precisa acordar de madrugada para pingar. De repente, ter uma lente de contato que libera a medicação é uma maravilha.”

Mesmo com essas perspectivas positivas, o oftalmologista ressalta que o estudo contou com um grupo amostral pequeno e que, por isso, novas pesquisas com uma participação maior são importantes.

“É um estudo de fase três, mas não tem um grande número amostral. Mesmo assim, isso é um caminho interessante e que pode trazer um conhecimento para novas possibilidades”, conclui.

Por Folhapress

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Saúde

Dengue: pediatra aponta cuidados especiais com bebês abaixo de dois anos

Mães, pais e/ou responsáveis precisam estar atentos para identificar possível quadro de dengue em bebês, que têm dificuldade em expressar sintomas relacionados à dor.

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Com recordes alarmantes de casos de dengue em todo o país, a preocupação se volta especialmente para os públicos com maior fragilidade, que são os bebês e os idosos. No caso dos menores de dois anos, que geralmente ainda não sabem se comunicar, o olhar atento dos pais e responsáveis precisa ser redobrado. A médica pediatra Juliana Okuyama, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), destaca alguns pontos de atenção, para um diagnóstico e tratamento oportunos, evitando assim o agravamento dos sintomas.

“Os sinais de dengue são febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele, que geralmente aparecem por volta do quarto ao quinto dia da doença. Como os bebês não sabem ainda falar, é importante estar alerta para alguns destes sintomas e ficar atento se o bebê está mais choroso ou apresenta mudança de comportamento, além da presença da febre”, explica.

Os sintomas da dengue são comuns a outras infecções virais benignas na infância e é necessário um olhar atento do pediatra. Os sinais de gravidade e que exigem avaliação médica imediata são vômito persistente, dor abdominal, pele fria e pálida, sonolência ou agitação, sangramento, diminuição da urina e dificuldade para respirar.

De acordo com a especialista, para o diagnóstico até o terceiro dia do início dos sintomas pode ser realizado um teste rápido de sangue (NS1 dengue) e o hemograma, que apresentam alterações típicas da doença e podem auxiliar na confirmação. Uma vez diagnosticada a dengue, a criança deve fazer acompanhamento clínico e laboratorial a cada 48 horas até plena recuperação.

“O tratamento, no caso dos bebês, geralmente inclui as medicações para controle da febre, do vômito e hidratação calculada de acordo com o peso da criança. Do volume total de hidratação, 1/3 será dado com soro de hidratação oral. Uma dica pra melhorar a aceitação desse soro é fazer picolé ou gelatina sem sabor”, sugere.

A médica ainda alerta que, sob nenhuma hipótese, em caso de suspeita de dengue, deve-se administrar medicamentos anti-inflamatórios. “Jamais usar o ibuprofeno, que pode aumentar o risco de sangramento”, explica. Por isso, o importante é não tentar amenizar os sintomas por conta própria, mas, sim, com a ajuda e a orientação de uma equipe médica.

A recuperação ocorre por volta de sete dias com resolução completa dos sintomas e melhora dos exames laboratoriais. Quando o tratamento é instituído oportunamente, não há sequelas.

Prevenção

Diante deste cenário, a melhor alternativa é prevenir para que os pequenos não sejam picados pelo mosquito transmissor (Aedes aegypti). A pediatra sugere repelentes conforme a faixa etária:

A partir de dois meses – repelente a base de icaridina, com baixa concentração do produto (10%), com reaplicação conforme orientação do fabricante.

A partir de seis meses – repelente a base de IR3535 (etil butilacetilaminopropionato), que deve ser reaplicado a cada 4 horas.

A partir de dois anos – repelente a base de DEET (N,N-Dietil-m-toluamida), com baixa concentração do produto (10%), com reaplicação conforme instruções da embalagem.

“Outras medidas de proteção são telas em portas e janelas, uso de repelentes de ambiente contendo citronela, como velas e óleos aromáticos. Roupas longas que protegem maior parte do corpo do bebê, quando possível”.

Vacina

Recém criada, a vacina contra a dengue, por enquanto, é liberada para a faixa etária de 4 a 60 anos e baseia-se em estudos de eficácia e segurança. Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) está disponível nos postos de saúde para crianças com idade de 10 a 14 anos. No entanto, na rede particular é possível vacinar outras faixas etárias.

“O esquema vacinal completo inclui duas doses, porém, a primeira já atinge 80% de proteção. A vacina é contraindicada para gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência primária ou adquirida e para pessoas que tenham tido reação de hipersensibilidade à dose anterior”, orienta.

Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Menstruação segura ainda é desafio no Brasil, indica Unicef

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Uma enquete do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), concluiu “que o direito de menstruar de maneira digna, segura e com acesso a itens de higiene ainda é um desafio para adolescentes e jovens, o que inclui meninas, mulheres, homens e meninos trans e pessoas não binárias que menstruam”.

A pesquisa feita pela plataforma U-Report, em parceria com a Viração Educomunicação, indicou que dos 2,2 mil participantes, 19% já enfrentaram a dificuldade de não possuir dinheiro para comprar absorventes e 37% já enfrentaram dificuldades de acesso a itens de higiene em escolas e outros locais públicos.

 No Dia Internacional da Dignidade Menstrual, celebrado nesta terça-feira (28), o Unicef mais uma vez alerta de que a pobreza menstrual ainda persiste no Brasil, uma vez que pessoas que menstruam têm necessidades de saúde e higiene menstrual negligenciadas devido ao acesso limitado à informação, educação, produtos, serviços, água, saneamento básico, bem como a variáveis de desigualdade racial, social e de renda.

A oficial de participação do Unicef no Brasil, Gabriela Monteiro, disse que a Unicef tem como um de seus compromissos garantir esses direitos, como “resposta à pobreza menstrual, que afeta negativamente parte das pessoas que menstruam no país e contribui para manter ciclos transgeracionais de iniquidades, principalmente a de gênero. Uma vez que crianças e adolescentes não têm seus direitos à água, saneamento e higiene garantidos, também são violados outros direitos, como o direito à escola de qualidade, moradia digna e saúde, incluindo menstrual, sexual e reprodutiva”.

O levantamento também mostrou que seis entre cada dez pessoas ouvidas disseram que já deixaram de ir à escola ou ao trabalho por causa da menstruação e 86% já abstiveram de fazer alguma atividade física pelo mesmo motivo.

Além disso, a questão ainda se mantém envolta em tabus, escassez de dados e desinformação, pois 77% dos ouvidos já sentiram constrangimento em escolas ou lugares públicos por menstruarem, e quase a metade nunca teve aulas, palestras ou rodas de conversa sobre menstruação na escola.

“A falta de informação contribui para o estigma e gera situações de constrangimento. Precisamos desmistificar a menstruação e criar um ambiente acolhedor para pessoas que menstruam. Os dados da enquete reforçam a necessidade de fortalecer as práticas de educação menstrual, sobretudo nas escolas, e construir políticas que promovam a dignidade menstrual para combater desigualdades e empoderar esta e as futuras gerações”, avaliou Ramona Azevedo, analista de comunicação na Viração Educomunicação.

 O Unicef promove estratégias de garantia de acesso à água, saneamento e higiene, incluindo a instalação de estações de lavagens de mãos em escolas, apoio a adolescentes e jovens no desenvolvimento de competências para a vida, no empoderamento de meninas e na saúde menstrual, além da distribuição de kits de higiene, como forma de enfrentar os desafios impostos pela pobreza.

Sobre a enquete

O U-Report é um programa global do Unicef que promove a participação cidadã de adolescentes e jovens em mais de 90 países, implementado em parceria com a Viração Educomunicação no Brasil. Não são pesquisas com rigor metodológico, mas de consultas rápidas por meio de redes sociais entre pessoas, principalmente de 13 a 24 anos, cadastradas na plataforma. Esta enquete apresenta a opinião de 2,2 mil adolescentes e jovens e não pode ser generalizada para a população brasileira como um todo. Os resultados da enquete e informações sobre como participar da plataforma estão disponíveis em: https://brasil.ureport.in/opinion/3788/.

Unicef: Rio Grande do Sul

Devido às fortes chuvas e inundações que atingiram o Rio Grande do Sul no início do mês, a pedido do governo federal, o Unicef vem realizando ações voltadas a assistência técnica a órgãos dos governos, a criação de espaços seguros para crianças e adolescentes em abrigos, em parceria com a sociedade civil, e a distribuição de kits de higiene.

Entre os kits a serem distribuídos há um voltado à dignidade menstrual, icom absorventes, coletores menstruais, calcinhas e itens de higiene pessoal, lanterna e apito de segurança, para apoiar pessoas que menstruam, no contexto da emergência. Os kits chegam ao Rio Grande do Sul na próxima semana, para serem entregues aos abrigos.

“Olhar para a pobreza menstrual sob a perspectiva de um fenômeno multidimensional e transdisciplinar é essencial. Por isso, em uma situação emergencial como essa, que tem exposto pessoas a diversas vulnerabilidades, não poderíamos deixar de agir em relação ao direito à dignidade menstrual. Esse é um direito básico que exige estratégias de enfrentamento específicas”, acrescenta Gabriela Monteiro, representante do Unicef no Brasil.

 

           

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Saúde

Saúde: Perder a virgindade dói mesmo?

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Perder a virgindade é uma transição marcante na vida de muitas mulheres, e é natural que haja apreensão e perguntas sobre o processo. É importante lembrar que a experiência pode variar de pessoa para pessoa, e não há uma regra definitiva sobre se será dolorosa ou não.

É fundamental priorizar o conforto, o respeito aos próprios limites e a comunicação aberta com o parceiro. O relaxamento, a lubrificação adequada e a escolha do momento certo são elementos que podem contribuir para uma experiência mais positiva.

Mais do que isso, é essencial desmistificar a ideia de que a dor é inevitável ou necessária para a perda da virgindade. A etapa para a sexualidade é pessoal e única para cada mulher.

Por Noyla Denise-Ginecologista

           

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