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Política

Bivar admite conversas com PT e sinaliza oposição da União Brasil a Bolsonaro

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O presidente da União Brasil, Luciano Bivar, sinalizou defender que o partido se posicione contra Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno entre o atual presidente e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Claro que a União Brasil se posiciona. Não é no segundo turno, posiciona-se hoje. Ela é a favor da democracia”, afirmou o dirigente, para quem há ameaça de ruptura institucional no país.
Em entrevista à reportagem, Bivar admitiu ter mantido conversas com o PT, mas refutou que a aproximação tenha sido a razão que o levou a desistir da disputa pela Presidência.

O deputado federal foi pré-candidato ao Palácio do Planalto até 31 de julho, quando anunciou que deixaria a corrida e buscaria a reeleição à Câmara dos Deputados. Em seu lugar, lançou a senadora Soraya Thronicke.

Integrantes da cúpula da União Brasil dizem que Bivar chegou a negociar internamente o endosso do partido a Lula sob promessas de apoio do petista para a reeleição do deputado e para a busca de uma posição de destaque no Congresso. Bivar nega.

A União Brasil é resultado da fusão entre o DEM, um adversário histórico do PT, e o PSL, sigla fundada por Bivar e pela qual Bolsonaro foi eleito em 2018.
*
PERGUNTA – Por que o sr. desistiu de disputar a Presidência?

LUCIANO BIVAR – Não é que eu desisti. A União Brasil continua com uma candidatura própria, como sempre falei. Até então a gente tinha um nome a definir. Soraya é uma mulher qualificada, competente, senadora da República. A gente já vinha caminhando pelo Brasil todo. Talvez foi um sentimento da União Brasil que seria melhor eu na Câmara do que como candidato à Presidência.P – Essa decisão foi tomada, segundo relatos de bastidores, após conversas do sr. com o PT.

O sr. chegou a conversar internamente sobre a possibilidade de a União apoiar Lula?

LB – Isso tudo é especulação. A conversa que tive com o PT tive com todos os partidos, inclusive com o partido do presidente [Bolsonaro, o PL]. Isso não faz nenhuma diferença. Não posso entender que isso tenha algum vínculo com a minha desistência. Muito pelo contrário. A União Brasil continua, e, como sempre disse, será protagonista desta eleição.

P – Como foi a conversa que o sr. teve com Lula?

LB – A conversa que eu tive com o PT, como com o PL, como com o presidente atual, com todos, é sempre em cima de coisas propositivas para o Brasil. Nada diferente disso. Cada um tem sua candidatura. Temos que nos preocupar com o Brasil.

P – Mas ele chegou a pedir para o sr. retirar a candidatura ou fazer gestões no partido para apoiar a candidatura dele?

LB – Jamais ele me pediu isso. Não é da personalidade dele me fazer uma proposta dessa. Eu não tive conversas só com Lula, eu tive conversas com interlocutores. A minha família é muito grande. São 56 deputados, dez senadores, 13 candidatos ao governo, eles conversam entre si.

P – Com o Lula o sr. não esteve pessoalmente?

LB – Já estive várias vezes com o Lula pessoalmente. Recentemente, não. Durante todo esse período de campanha a gente tem tido contato.

P – Mas o sr. conversou com Lula no último mês?

LB – Se um dia chamar vocês para jantar em São Paulo e alguém perguntar se estive com vocês, quem tem que falar isso é vocês. Não sou inconfidente.

P – Não ficou uma chateação do sr. pela forma como Bolsonaro saiu do partido?

LB – Isso foi há três anos. Ele saiu porque nós temos diferenças. Eu entendo que a gente tem que preservar a democracia no Brasil a qualquer preço. Qualquer coisa que possa arranhar isso não soa bem.

P – O sr. tentou levar a União a apoiar o Lula?

LB – Não, em nenhum momento. A União Brasil brigou internamente e externamente para ter sua candidatura própria, mas tem setores da imprensa que querem eleger até quem é a terceira via. É inadmissível. A candidata mais qualificada chama-se Soraya Thronicke, tem um projeto econômico sem igual. Tem um vice-presidente, o Marcos Cintra, que é um economista irretocável.

Nós temos projeto próprio para tudo, de educação, de saúde pública, segurança pública, com [Sergio] Moro [ex-ministro da Justiça]. Minas e Energia com [o deputado] Fernando [Coelho] Filho [União-PE]. Não tem ninguém que tenha algo parecido com o nosso plano de governo. E nosso projeto econômico, o imposto único, é a solução desse país. Quero brigar pelo imposto [único], pela simplificação tributária.

P – Caso o sr. seja reeleito, avalia a possibilidade de disputar a presidência da Câmara?

LB – Não, isso é uma questão da Câmara. O partido que vai definir isso.

P – Na eventualidade de um segundo turno, qual posição defenderia?

LB – Eu posso dizer que, se der um pouco de atenção ao projeto da senadora Soraya, ela estará no segundo turno.

P – Caso isso não ocorra, com quem a União Brasil deve seguir?

LB – Se minha avó fosse mais nova, andava de bicicleta. Meu projeto é o Brasil. Eu sou democrata e preservo as instituições a qualquer preço. A União Brasil nasceu para fortalecer as instituições. A fusão do PSL com o DEM foi para criar não só uma musculatura na nossa democracia, mas para defender nossos ideais.

P – Essa posição, então, é contrária ao que é associado hoje ao presidente Bolsonaro [e suas ameaças golpistas]?

LB – É claro que é preocupante. Todas as fustigações que ele faz às instituições nos assustam, mas isso é uma decisão do eleitor.

P – No segundo turno, é preciso que a União Brasil se posicione ou pode adotar neutralidade?

LB – Claro que a União Brasil se posiciona. Não é no segundo turno, posiciona-se hoje. Ela é a favor da democracia. Esse é o laço mais forte que nós fizemos com a fusão, para defender as instituições e a democracia.

P – Então podemos depreender que, entre um e outro, vocês têm posição mais contrária a Bolsonaro pelo que ele expressa hoje?

LB – Você, como jornalista, tem todas as ferramentas possíveis e imagináveis para depreender de acordo com a coletânea de informações e entrevistas. A União Brasil não se furta também à liberdade de imprensa.

P – ​O sr. vê algum risco de ruptura institucional no país?

LB – Eu me preocupo. Não é à toa que estou aqui, na minha idade, brigando pela minha democracia.

P – Por que a candidatura do Sergio Moro não deu certo?

LB – O Podemos [ex-partido de Moro, que ingressou depois na União Brasil] não deu condições de ele ser candidato a presidente.

P – Mas e na União Brasil?

LB – Quando veio, ele já não era mais candidato a presidente. Veio como candidato ao Senado pelo estado de São Paulo [a Justiça barrou sua transferência de domicílio eleitoral, e ele deve ser candidato ao Senado pelo Paraná]. Essa foi a conversa pessoal que eu tive com ele. Ele veio com essa condição. Ele gostaria de saber se tinha legenda para ele ser candidato ao Senado.

P – Ele chegou a falar com o sr. nos últimos dias sobre as conversas da União Brasil com Lula?

LB – Não. Ele está centrado na disputa no Paraná, e as pesquisas mostram ele à frente, quando nem começou a propaganda em canal aberto.

P – O sr. considera integrar o governo Lula?

LB – Não considero. O nosso projeto é estar na Câmara e defender o imposto único, a nossa bandeira é destravar o país.

P – Para aprovar isso, vai precisar de entendimento com o governo. Caso não seja a União Brasil, o partido vai estar aberto para conversar ou compor esse governo?

LB – O que quero é o projeto Brasil, qualquer que seja o governo. E preservar a democracia. Se quiser acabar com esse manicômio tributário, conte com a União Brasil.

P – A expectativa é eleger quantos deputados, senadores e governadores?

LB – A gente passa de 60 deputados federais, acho que faz dez senadores e ao menos uns sete governadores.

P – Em Pernambuco, uma preocupação dos políticos locais é a União não conseguir eleger três deputados…

LB – A União Brasil está brigando para eleger três deputados federais. Hoje estou em Pernambuco, a minha terra, pedindo votos, dando duro para que a gente consiga ter votos suficientes para eleger três federais.

P – Em 2018, o PSL ficou marcado pelas candidaturas laranjas, a situação de mulheres que foram lançadas com muito dinheiro e quase nenhum voto. O que o sr. tirou de lição desse episódio e o que o partido pretende fazer agora?

LB – Primeiro, quero dizer que não fui nem indiciado. As três candidatas que foram indiciadas foram absolvidas. Porque não pode fazer uma relação direta de quanto investe e [quanto o eleitor] vota. Se tivesse isso, já sabia o eleito agora.

P – Mas era uma discrepância muito grande entre o valor investido e o voto obtido.

LB – Um dado nesta eleição agora, no TSE [Tribunal Superior Eleitoral]: quase 3% das candidatas tiveram de zero a um voto, [em] todos os partidos, exceto o PSL. A verdade factual é que você tem dificuldade de ter candidaturas em cima de cotas. Isso não é um problema só da União Brasil. A gente tem um compliance [normas para evitar fraudes ou crimes]. Acho que nenhum partido tem tanta preocupação com isso quanto a União Brasil, e a gente vai seguir à risca aquilo que determina a lei.

P – Alguns adversários do sr. afirmam que a Soraya foi colocada nessa posição exatamente para conseguir alcançar a cota das mulheres. Como o sr. responde a isso?

LB – É um preconceito muito grande. Por que esse preconceito com mulher? Ela é competente, mais do que 90% dos homens naquele Congresso. Não sou sexista, mas acho que a mulher é tão competente quanto o homem.
*
RAIO-X
LUCIANO BIVAR, 77
Formado em direito, fundou o PSL em 1994. Deputado federal em três mandatos, já presidiu o Sport Clube do Recife, time de futebol de Pernambuco, seu estado natal. É empresário do ramo de seguros.

Por Folhapress

 

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Política

Sem previsão de alta do hospital, Bolsonaro recebe visita de Tarcísio e processo de Boulos

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) esteve no hospital ainda na noite de segunda-feira, 6, pouco depois da sua chegada na capital paulista..

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Com agendas canceladas e sem previsão de alta no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu a visita de um de seus principais aliados políticos esta semana e continuou ativo nas redes sociais. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) esteve no hospital ainda na noite de segunda-feira, 6, pouco depois da sua chegada na capital paulista. O encontro foi discreto, mas é lido como sinal de fidelidade de Tarcísio a Bolsonaro após questionamentos sobre a sua atuação política e o diálogo mantido pelo governador com opositores.

O prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), ainda não fez o mesmo gesto. Segundo a sua assessoria, ele pretende visitá-lo nesta sexta-feira, 10, caso o ex-presidente continue internado em São Paulo. Nunes conseguiu consolidar o apoio de Bolsonaro e do PL na disputa pela sua reeleição, mas costuma ser cobrado por apoiadores do ex-presidente, que não observam nele um político completamente alinhado com seus valores. Para uma ala bolsonarista do partido que preferia a candidatura do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), o prefeito age com pragmatismo.

Enquanto segue internado em São Paulo, Bolsonaro também virou alvo de um processo judicial em razão de uma postagem na internet feita no sábado, dia 5, quando ainda estava em Manaus, no Amazonas. Nesta quinta-feira, 9, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) pedindo mais de R$ 1 milhão por danos morais e a exclusão imediata de uma publicação de Bolsonaro que o associa a uma notícia sobre o sigilo imposto pelo governo federal a dados sobre fugas em presídios brasileiros.

O post, feito no dia 5, insere uma fotografia de Boulos ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, material este que não consta na notícia do portal Metrópoles. “O maior mentiroso da história do Brasil em sua rotina diária. Claro que esse sigilo é apenas mais uma cabulosa coincidência!”, escreveu Bolsonaro junto a um print da manchete e a foto da dupla.

Boulos alega que não tem qualquer relação com a peça e, dessa forma, estaria sendo caluniado para atrelar a sua imagem a fugas em presídios ou a um sigilo de dados de que supostamente visaria acobertar criminosos. Segundo a ação, Bolsonaro teria causado “dano grave e de difícil reparação na imagem e na honra” do deputado, com o objetivo de influenciar nas eleições deste ano.

A eventual indenização seria cobrada com base na quantidade de visualizações e compartilhamentos da postagem, com 95% do montante direcionado ao Projeto Comprova, uma iniciativa colaborativa entre veículos jornalísticos para checagem de fatos liderada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Procurado, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, declarou ainda não ter conhecimento do processo.

Bolsonaro está ‘evoluindo bem’, diz boletim médico

O boletim médico mais recente sobre o estado de saúde do ex-presidente, divulgado ao meio-dia desta quinta, 9, afirma que ele está “evoluindo clinicamente bem” e “segue em tratamento com antibióticos e fisioterapia”. O material aponta ainda que “não há previsão de alta hospitalar neste momento”.

O tratamento da erisipela na perna esquerda envolve a aplicação de antibióticos na veia e estaria dando resultado, com melhora gradual no quadro infeccioso. Bolsonaro é acompanhado pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, que o operou após a facada sofrida na campanha eleitoral de 2018, e pelo cardiologista Leandro Echenique.

Após três dias sem atualizar a situação nas redes sociais, Bolsonaro fez um vídeo enquanto caminhava no corredor do hospital ao lado de uma profissional de saúde na manhã desta quarta-feira, 8. “Estou bem, graças a Deus. A erisipela está sob controle”, declarou Bolsonaro. “Brevemente voltaremos às atividades.”

Foto Reuters

Por Estadão

           

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Política

Procuradoria defende que TSE rejeite recursos e mantenha mandato de Moro

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A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantenha o mandato do senador Sérgio Moro (União-PR). O parecer foi enviado nesta terça-feira, 7, ao gabinete do ministro Floriano de Azevedo Marques, relator de recursos do PT e do PL contra o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná que absolveu o senador.

Com a PGE jogando a seu favor, após a absolvição, Sérgio Moro entra no julgamento menos pressionado. A defesa ainda terá a oportunidade de apresentar seus argumentos.

A Procuradoria-Geral Eleitoral contraria o posicionamento do Ministério Público do Paraná, que foi a favor da cassação. A palavra final cabe agora ao TSE.

O tribunal ainda não tem data para julgar o caso, o que depende essencialmente do relator, que precisa liberar a ação para julgamento quando estiver com relatório e voto prontos, e da presidência, a quem compete acomodar o processo na pauta.

Defesa tem esperança em resultado antes das eleições

Advogados envolvidos no caso têm esperança de ver um desfecho antes das eleições, apesar da proximidade do pleito. Se for pautado ainda neste mês, o processo pode ser o último de grande repercussão na gestão do ministro Alexandre de Moraes.

Sérgio Moro responde por abuso de poder econômico, arrecadação ilícita e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022. O pano de fundo é sua frustrada pré-candidatura a presidente. O TSE precisa decidir se as despesas no período deixaram o ex-juiz em posição desigual em relação aos concorrentes ao Senado.

Um dos pontos-chave do julgamento é o parâmetro que será usado para calcular os gastos de campanha. A definição sobre quais despesas seriam ou não de pré-campanha, para avaliar se houve ou não desequilíbrio na eleição, é controversa. O critério dividiu os desembargadores do Paraná.

A natureza dos gastos também vai influenciar a votação. Os ministros precisam decidir se despesas que não estão diretamente relacionadas com a campanha para obter votos têm ou não caráter eleitoral. É o caso, por exemplo, de valores desembolsados com segurança pessoal e escolta.

Outro ponto em aberto é se as despesas fora do Paraná, na pré-campanha a presidente, devem entrar no montante. Há um debate sobre a influência de eventos externos no eleitorado estadual.

O Podemos foi o primeiro partido a filiar Sérgio Moro quando o ex-juiz entrou oficialmente na vida político-partidária. Ele migrou ao União Brasil, após ver derreterem suas chances de vitória na corrida presidencial, para lançar candidatura ao Senado.

Entre os desembargadores do Paraná, prevaleceu a tese de que Moro só poderia ser condenado se ficasse provado que o movimento foi intencional, ou seja, que ele lançou pré-candidatura a presidente para ganhar maior visibilidade na campanha ao Senado. Os partidos, no entanto, defendem que o efeito da pré-campanha existe, independente de eventual premeditação.

O que diz a PGE?

A Procuradoria-Geral Eleitoral afirma no parecer enviado ao TSE que há um vácuo legislativo na regulamentação dos gastos pelos candidatos e partidos no período da pré-campanha e que o caso tem contornos particulares que, na avaliação do órgão, tornam desaconselhável a cassação.

Para o vice-procurador-geral Eleitoral Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, o TSE deve preferir uma “postura de menor interferência na escolha soberana das urnas”.

A PGE também descarta que Sérgio Moro tenha, deliberadamente, simulado uma pré-candidatura presidencial para se beneficiar de um aumento artificial do limite de gastos eleitorais. Na avaliação do vice-procurador, a mudança de rumos se deu mais por “atabalhoamento” do que por estratégia.

“Desse modo, não é dado cogitar de uma intenção preordenada de downgrade na candidatura, sobretudo porque a incapacidade de articulação política ou o insucesso no lançamento da candidatura não pode ser dimensionado como dolo eventual”, diz um trecho da manifestação.

A Procuradoria defende que gastos fora do Paraná não devem ser considerados no julgamento, salvo de ficar provado que houve finalidade específica de convencer eleitores do Estado. O raciocínio deixa de fora a maior parte das despesas da pré-campanha.

“A interpretação indica que apenas devem ser considerados os gastos que envolveram a circunscrição do Paraná e foram individualizados ao pré-candidato ou, ainda, que tiveram finalidade de preparação do candidato para uma atividade de convencimento do eleitorado da circunscrição na qual o registro foi efetivado.”

A PGE conclui dizendo que não há indicativos seguros de que houve excesso de gastos ou desvio e omissão de recursos.

Fonte: JC

           

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Política

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, anuncia data para deixar a política

O anúncio de Pacheco foi feito ao lado de políticos como o ex-presidente Michel Temer (MDB), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), entre outros.

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a sua carreira na política está perto do fim. Em um jantar na casa do ex-governador de São Paulo João Doria, realizado nesta segunda-feira, 6, ele disse que não vai se candidatar para cargos públicos a partir de 2026, quando terminará o seu mandato no Legislativo federal.

A informação foi publicada pela Coluna Radar, da revista Veja, e confirmada pelo Estadão. À reportagem, políticos que estavam na reunião disseram que Pacheco, em discurso, afirmou que pretende deixar a política, quando terminar o seu mandato de senador, com o “sentimento de dever cumprido”. O presidente do Senado disse ainda que o poder público é carente de “homens públicos de bom senso” que não aceitam ser guiados por extremismos e pela polarização.

O anúncio de Pacheco foi feito ao lado de políticos como o ex-presidente Michel Temer (MDB), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o ex-governador de São Paulo Rodrigo Garcia (sem partido), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o ex-ministro da Secretaria de Governo Antônio Imbassahy e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD).

Essa não foi a primeira vez que Pacheco citou a possibilidade de não se candidatar mais a cargos públicos. Em novembro do ano passado, em entrevista à BandNews, o presidente do Senado disse que não tinha a pretensão de disputar novas eleições.

“Eu vou reservar o futuro para um momento propício, mas confesso que não tenho pretensão de ocupar novos cargos públicos, seja ministro de Estado, seja governador de Minas. Embora, obviamente, quem disser que não tenha o sonho de governar Minas, sendo mineiro, está mentindo”, disse Pacheco.

Pacheco é cotado para disputar o governo de Minas em 2026

O presidente do Senado é cotado para se candidatar ao governo de Minas Gerais em 2026. De acordo com aliados do parlamentar, ele trabalha com a hipótese de se lançar candidato contra um aliado do governador Romeu Zema (Novo), que não poderá se reeleger.

Em fevereiro, em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o presidente do Senado tem que ser “levado em conta” em qualquer discussão sobre as eleições de 2026 em Minas Gerais.

“Pacheco é, possivelmente, a grande personalidade pública de Minas Gerais hoje no cenário nacional. Eu acho que ele é uma figura que tem que ser levada em conta em qualquer discussão eleitoral em Minas Gerais”, disse.

Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) já elogiaram o protagonismo de Pacheco no debate sobre a dívida dos Estados, um assunto crucial para Minas Gerais. “Em relação à dívida dos Estados, vocês sabem que o presidente Pacheco tem sido talvez o maior promotor de que as negociações avancem”, afirmou Haddad no início do mês passado, com reforço de Padilha.

Foto Getty

Por Estadão

           

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