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Saúde

Pacientes paraplégicos voltam a andar após tratamento com estimulação nervosa

Três homens com graves lesões na medula espinhal conseguiram também andar de bicicleta e nadar comandando seus movimentos a partir de um tablet

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Três pacientes cujos membros inferiores ficaram completamente paralisados após lesões na medula espinhal conseguiram andar, andar de bicicleta e nadar usando um dispositivo de estimulação nervosa controlado por um tablet com tela sensível ao toque, relataram pesquisadores nesta segunda-feira.

Eles foram capazes de dar seus primeiros passos dentro de uma hora depois que os neurocirurgiões implantaram os primeiros protótipos de um dispositivo de estimulação nervosa controlado remotamente por software de inteligência artificial.

Nos seis meses seguintes, os pacientes recuperaram a capacidade de se envolver nas atividades mais avançadas — caminhar, andar de bicicleta e nadar em ambientes comunitários fora da clínica — controlando os próprios dispositivos de estimulação nervosa usando um tablet com tela sensível ao toque, disseram os pesquisadores.

Os pacientes — homens de 29, 32 e 41 anos — ficaram paraplégicos após acidentes de moto.

Grégoire Courtine e Jocelyne Bloch, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne, lideraram o estudo publicado na revista Nature Medicine. Eles ajudaram a estabelecer uma empresa de tecnologia com sede na Holanda chamada Onward Medical, que está trabalhando para comercializar o sistema.

A empresa espera lançar um teste em cerca de um ano envolvendo 70 a 100 pacientes, principalmente nos Estados Unidos, disse Courtine.

Não há tratamento existente para permitir que a medula espinhal se cure, mas os pesquisadores buscaram maneiras de ajudar as pessoas paralisadas a recuperar a mobilidade por meio da tecnologia.

Se os primeiros resultados deste estudo forem confirmados em estudos maiores, pessoas imobilizadas por lesões na medula espinhal poderão um dia abrir um smartphone ou conversar com um smartwatch, selecionar uma atividade como “andar” ou “sentar” e enviar uma mensagem para um dispositivo implantado que estimulará seus nervos e músculos para fazer os movimentos apropriados acontecerem, disseram os pesquisadores.

Normalmente, para iniciar o movimento, o cérebro envia uma mensagem à medula espinhal, dizendo-lhe para estimular um conjunto de células nervosas que, por sua vez, ativam os músculos necessários, disse Bloch.

— É algo em que nem pensamos — disse Bloch. — Ele vem automaticamente.

Após a lesão completa da medula espinhal, as mensagens do cérebro não podem chegar aos nervos. Outros pesquisadores tentaram ajudar pacientes paralisados a andar estimulando os nervos na parte de trás da coluna, usando amplos campos elétricos emitidos por dispositivos implantados originalmente projetados para controlar a dor crônica, disse Courtine.

Courtine e Bloch e sua equipe reprojetaram os dispositivos para que os sinais elétricos entrassem na coluna pelos lados, e não pelas costas. Essa abordagem permite direcionamento e ativação muito específicos das regiões da medula espinhal, disse Courtine.

Eles então criaram algoritmos de inteligência artificial que instruem eletrodos no dispositivo a emitir sinais para estimular, na sequência adequada, os nervos individuais que controlam os músculos do tronco e das pernas necessários para várias atividades, como levantar de uma cadeira, sentar e caminhar.

O software é adaptado à anatomia de cada paciente, disse Courtine.

Quando o dispositivo foi implantado, os pacientes puderam “ativar imediatamente suas pernas e passos”, disse Bloch.

Mas como seus músculos estavam fracos por desuso, eles precisavam de ajuda com o suporte de peso e precisavam aprender a trabalhar com a tecnologia, disseram os pesquisadores.

Os cientistas observaram que, embora os pacientes tenham recuperado a capacidade de realizar várias atividades, incluindo o controle dos músculos, por “períodos extensos”, eles não recuperaram os movimentos naturais.

— Quanto mais eles treinam, quanto mais eles começam a levantar seus músculos, mais fluido se torna — disse Bloch.

Estudo em camundongos

Outro artigo revisado por uma equipe de pesquisa separada em Israel publicado na segunda-feira na revista Advanced Science descreve uma abordagem experimental para reparar lesões na medula espinhal. Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv tentaram reparar a medula espinhal em camundongos feridos usando células humanas adultas que foram projetadas para se comportar como células-tronco embrionárias, que podem se desenvolver em qualquer tipo de célula do corpo.

As medulas espinhais dos animais formaram tecido cicatricial, o que impediu qualquer benefício dessas células em estudos anteriores. Os pesquisadores primeiro permitiram que as células-tronco florescessem em um ambiente especial de tubo de ensaio, apenas transplantando-as para os camundongos depois que as células amadureceram em uma pequena rede de células nervosas e depois que o tecido cicatricial foi removido cirurgicamente.

Eles relataram alcançar uma taxa de sucesso de 80% na restauração do movimento e da sensação dos camundongos paralisados. Os pesquisadores disseram que pretendem lançar testes em humanos dentro de alguns anos.

Os esforços para usar essas células-tronco para ajudar a coluna a se reparar e restaurar a função de órgãos e membros ainda não produziram um tratamento aprovado em humanos.

— Há um longo caminho para provar que funciona também em humanos, mas este é o nosso objetivo — disse Tal Dvir, que liderou a equipe do Centro Sagol de Biotecnologia Regenerativa.

Fonte: O Globo

 

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Saúde

Fígado gordo: sintomas que não pode ignorar (antes que seja tarde demais)

Geralmente, ela se manifesta quando já está em estágio avançado, podendo evoluir para cirrose e câncer.

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Existem duas sensações que podem ser sintomas de uma doença grave que requer tratamento imediato. A esteatose hepática, conhecida como “fígado gordo”, é uma condição de saúde séria que costuma permanecer “silenciosa” por muito tempo e progride lentamente. Geralmente, ela se manifesta quando já está em estágio avançado, podendo evoluir para cirrose e câncer, chegando até mesmo à necessidade de um transplante na vida adulta.

Dores de estômago e náuseas estão entre as queixas mais comuns e podem indicar que a doença está se agravando, de acordo com a Hawaii Pacific Health, citada pelo jornal Daily Express. À medida que a capacidade do fígado de eliminar toxinas diminui, o desconforto digestivo provavelmente aumentará. A náusea constante é uma reação ao acúmulo de produtos residuais no corpo, e vômitos inexplicáveis estão frequentemente relacionados a problemas no fígado.

Além dessas complicações, os pacientes também podem relatar perda de apetite. Esse sintoma geralmente é resultado de níveis anormais de leptina (um hormônio que regula o apetite) e grelina (o hormônio da fome).

O mesmo jornal relata que estudos publicados no World Journal of Gastroenterology revelam que os sintomas gastrointestinais mais comuns incluem inchaço abdominal (49,5%), dor abdominal (24%), arrotos (18,7%), diarreia (13,3%) e constipação (8%). Distúrbios gastrointestinais são frequentes na cirrose hepática e tendem a aumentar à medida que a doença avança.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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Saúde

Talco classificado como “provavelmente cancerígeno” para humanos pela OMS

Talco foi colocado no nível 2A.

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O talco foi classificado pela a Agência Internacional de Investigação sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), órgão que pertence à Organização Mundial da Saúde (OMS), como “provavelmente cancerígeno” para os seres humanos

As conclusões dos especialistas foram divulgadas, esta sexta-feira, num artigo divulgado na revista científica The Lancet Oncology.

O talco, que é um mineral natural utilizado em cosméticos, foi colocado no nível 2A, o segundo nível mais elevado da pirâmide de identificação de risco, e que diz respeito a itens cujas evidências de relação com tumores são mais robustas entre animais, mas também provas limitadas entre humanos. Neste caso, os estudos indicam um risco aumentado de câncer dos ovários. 

“Vários estudos mostraram consistentemente um aumento na incidência de câncer de ovário em seres humanos que relataram o uso de talco na região perineal”, informou a IARC, em comunicado. 

O órgão recorda ainda que o mineral é extraído em várias partes do mundo. Além da exposição profissional ao talco, a população pode entrar em contato com o mesmo através da utilização de cosméticos.

Esta avaliação, note-se, foi concluída, em junho. O grupo de trabalho foi composto por 29 cientistas de 13 países, reunidos na França.

Vale notar que a IARC também classificou a acrilonitrila, um composto orgânico volátil usado principalmente na produção de polímeros – usados em fibras de vestuário e outros têxteis, mas também em plásticos para produtos de consumo ou peças para automóveis – como “carcinogênico” para seres humanos, na categoria 1A.

A decisão baseia-se em “evidências suficientes de câncer de pulmão” e “evidências limitadas” de câncer de bexiga em humanos. 

Foto  iStock

Por Noticias ao minuto

           

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Saúde

HCP atende mais da metade dos pacientes com tumores de cabeça e pescoço do Estado

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O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), referência em oncologia no Estado, mobiliza-se neste Julho Verde, campanha de conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço. Com o mote Não dê chance ao câncer de cabeça e pescoço, o HCP faz um alerta para os fatores de risco que provocam câncer região – o principal é o tabagismo.

Ao longo do mês, conteúdos relacionados ao tema podem ser conferidos no site exclusivo hcp.org.br/julhoverde e redes sociais @sigahcp.

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