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Política

Maioria é contra atos golpistas e defende punição, aponta Datafolha

Na faixa de renda mais baixa, de quem recebe até dois salários mínimos, 81% são contrários aos protestos e 63% defendem que quem pede golpe seja punido

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Pesquisa Datafolha aponta que três quartos (75%) dos brasileiros se dizem contrários aos atos antidemocráticos que vêm sendo realizados pelo país contra o resultado da eleição, que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em disputa com o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Com um índice mais baixo, a maioria (56%) também considera que deve haver punição às pessoas que estão pedindo um golpe militar nesses protestos.

Realizado na segunda (19) e na terça (20), o levantamento foi feito presencialmente e tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O instituto ouviu 2.026 pessoas em 126 municípios.

O Datafolha perguntou aos entrevistados se eles eram a favor ou contra os protestos realizados por apoiadores de Bolsonaro em frente de quartéis e bloqueios de rodovias em que exigem uma intervenção militar contra o resultado do pleito: 75% disseram ser contrários aos atos, e 21%, favoráveis.

Esses números são bastante distintos, se considerado o voto declarado no segundo turno. Entre aqueles que dizem ter votado em Bolsonaro, 50% são contra os atos, enquanto entre os eleitores de Lula o índice chega a 96%, e a 90% entre aqueles que anularam ou votaram em branco.

Lula foi eleito com 50,9% dos votos válidos, frente aos 49,1% recebidos por Bolsonaro.

Considerando a amostra total, 56% responderam que deve haver punição às pessoas que estão pedindo um golpe militar nesses protestos, porque consideram que elas precisam respeitar a Constituição e o resultado da eleição. Enquanto 40% avaliam que elas não devem ser punidas, porque têm o direito de se manifestar contra a democracia.

Entre eleitores de Bolsonaro, menos de um terço é favorável a uma punição (29%) e 67% são contra. Os que defendem que sejam punidas são ampla maioria entre eleitores de Lula (81%) e também majoritários, ainda que em percentual menor, entre os que votaram em branco ou nulo (58%).

Na região Centro-Oeste e Norte, há mais apoio aos protestos: 29%. Enquanto no Nordeste, apenas 14% se disseram favoráveis. Os contrários são 65% e 83%, respectivamente.

Quanto à punição, a diferença entre regiões se mantém. Entre os moradores do Nordeste , os que acham que aqueles que pedem golpe devem ser punidos chega ao maior patamar, com 69% de apoio

No Centro-Oeste e Norte, o percentual fica em 45% e chega a 54% entre os respondentes da região Sul.

Dos entrevistados católicos, 80% são contrários aos atos, entre os evangélicos, 65%. Os índices caem para ambos na questão quanto a se deve ou não haver responsabilização por defesa de intervenção militar, mas a diferença de posicionamento se mantém: 60% dos católicos são favoráveis a punição, e 45% dos evangélicos.

Por faixa etária não houve variação significativa quanto à primeira pergunta –as diferenças ficaram dentro da margem de erro de cinco pontos percentuais. Já na questão sobre punição, entre aqueles com 60 anos ou mais, 59% defendem que haja punição. A faixa com menor índice nesse aspecto foi a dos que têm de 25 a 34 anos, na qual 50% disseram o mesmo.

Os contrários aos atos entre mulheres (78%) ficam um pouco acima daqueles que dizem o mesmo entre os homens (73%).

Na faixa de renda mais baixa, de quem recebe até dois salários mínimos, 81% são contrários aos protestos e 63% defendem que quem pede golpe seja punido. Entre quem ganha até dez salários (a margem de erro nesta faixa é de 14 pontos), 51% não apoiam os protestos e 33% consideram necessária punição.

Ao longo de todo o seu mandato, Bolsonaro manteve um discurso de questionamento das urnas eletrônicas, colocando sob suspeição a confiabilidade da Justiça Eleitoral. Teorias conspiratórias e mentiras alegando fraude no pleito deste ano foram amplamente divulgadas pelas redes sociais após o primeiro turno.

Assim que terminou o segundo turno, no domingo de 30 de outubro, o discurso predominante em grupos bolsonaristas era de que o pleito tinha sido fraudado.

Na mesma noite, alguns bloqueios de rodovias já começaram a ser vistos pelo país. No dia seguinte à eleição, já havia 321 pontos de bloqueios em vias de 25 estados e no Distrito Federal.

O número de pistas bloqueadas foi diminuindo ao longo dos dias, mas de modo lento, apesar de determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, referendada pelo plenário da corte, de que todas as vias deveriam ser desobstruídas.

Diferentes vídeos que circularam nas redes mostraram integrantes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) agindo de maneira leniente com as manifestações antidemocráticas.

Além dos atos em rodovias, nos diferentes estados, apoiadores também se dirigiram para frente de quartéis, onde parte está acampada. Listas com os endereços começaram a circularam intensamente em grupos de conversa no dia seguinte à derrota de Bolsonaro nas urnas.

Desde que os atos começaram, houve uma escalada da violência, incluindo agressões, sabotagem, saques, sequestro e tentativa de homicídio, como mostrou reportagem da Folha.

A tensão e a violência tiveram um pico em Brasília no dia em que Lula foi diplomado em cerimônia no TSE, em 12 de dezembro. Apoiadores de Bolsonaro tentaram invadir o prédio da Polícia Federal e após serem repelidos pela polícia, foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ônibus e em carros.

Na semana passada, em 15 de dezembro, a Polícia Federal cumpriu 81 mandados de busca e apreensão contra envolvidos em manifestações antidemocráticas, também por determinação de Moraes, no âmbito do inquérito que apura os atos antidemocráticos relacionados ao feriado de 7 de Setembro.

Por Folhapress

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Política

PL oficializa candidatura de Ramagem à Prefeitura no Rio, e vice segue indefinida

A convenção do PL não definiu nome para a vaga de vice na chapa.

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O PL oficializou nesta segunda-feira (22) a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

A convenção do PL não definiu nome para a vaga de vice na chapa, mas o deputado confirmou que o partido vai escolher uma mulher.

O evento do PL nesta segunda não contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve no Rio na última semana em agendas públicas para campanha de rua com o aliado.

A temporada das convenções partidárias começou no último sábado (20), dando início ao período de duas semanas para a formação do cenário eleitoral nas principais capitais brasileiras, incluindo o Rio.

Quanto ao posto de vice, ainda não há definição no PL quanto a se o partido irá aceitar a indicação do MDB ou se emplacará uma chapa ‘puro sangue’.

O MDB sugeriu o nome da ex-deputada estadual e pré-candidata a vereadora Rosane Félix, radialista gospel e aliada do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, presidente estadual do MDB.

Caso opte por uma vice do próprio partido, as postulantes são a deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) e a deputada estadual Índia Armelau (PL).

“A gente está trabalhando para que [a candidata a vice] esteja adequada aos nossos princípios, aos nossos valores, que seja uma mulher conservadora, que deseja as nossas pautas de família, vida e defesa do nosso Brasil”, disse Ramagem, em entrevista coletiva nesta segunda, após a convenção do partido.

Ramagem também repetiu discurso de que é alvo de perseguição ao falar sobre as investigações da Polícia Federal sobre suposto monitoramento irregular na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob sua gestão.

“Eu acredito que é uma grande perseguição que se verifica que não há crime. Elegeram a mim como alvo de investigações sem ter conduta criminosa alguma. Infelizmente, é muito negativo para nós que haja essa perseguição grande. Mas, por outro lado, eu vejo que o Carioca está notando essa perseguição.”

A campanha de Ramagem será focada na ordem pública. As críticas ao atual prefeito Eduardo Paes (PSD) serão direcionadas à pauta da segurança. O principal argumento preparado pelo PL será o de que, apesar de atribuição estadual, o município poderia contribuir com a segurança pública

“Nós queremos colocar a ordem pública e a segurança como prioridades, como prioritário para o Rio de Janeiro. Com a ordem pública chegando, o comércio e a indústria voltarão e crescerão no Rio de Janeiro”, disse Ramagem.

No sábado, o diretório municipal do PSD no Rio oficializou, por sua vez, o nome de Paes como candidato à reeleição -também sem escolher o candidato a vice na chapa, o que só deve ocorrer em agosto.

Foto Reuters

Por Folhapress

           

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Política

‘Somos muito amigas’, diz Brigitte Macron sobre Janja

Brigitte disse que Janja deve participar do almoço oferecido aos cônjuges de chefes de Estado e governo que vêm para os Jogos, nesta quinta-feira (25).

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Janja pode fazer tudo”. Para a primeira-dama da França, Brigitte Macron, sua colega brasileira não terá dificuldade em desempenhar dois papéis -representante do marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e esposa de chefe de Estado- em sua visita à França para as Olimpíadas.

Brigitte disse à Folha que Janja deve participar do almoço oferecido aos cônjuges de chefes de Estado e governo que vêm para os Jogos, nesta quinta-feira (25), no Palácio do Eliseu, residência e local de trabalho do presidente e da esposa. Brigitte tem um escritório próprio no local.

“On est très copines” (somos muito amigas), disse Brigitte sobre Janja.

Embora Janja vá à França na condição de representante de chefe de Estado, será convidada ao almoço por também ser primeira-dama. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, por exemplo, não participará da recepção por ser chefe de governo, e não cônjuge.

Acompanhada de seus cachorros, Jules, Jeanne e Némo, que brincavam nos jardins do palácio, Brigitte acompanhou o marido na recepção organizada para a imprensa que vai cobrir os Jogos.

Ela disse que pretende assistir às provas de equitação, seu esporte favorito, no Palácio de Versalhes.

A primeira-dama dos EUA, Jill Biden, também estará em Paris para o almoço. Brigitte elogiou a decisão de Joe Biden de desistir da reeleição, anunciada neste domingo (21).

Ela ainda elogiou a vice-presidente Kamala Harris, endossada por Biden para a disputa com Donald Trump, mas ressalvou que o Partido Democrata ainda não escolheu o nome para a eleição.

Foto  Reuters

Por Folhapress

           

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Política

Após ir à convenção de Dani Portela, João Paulo diz seguir PT com João Campos

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Firme nas críticas sobre a escolha de vice na chapa de João Campos (PSB) nas eleições de 2024, o deputado estadual João Paulo (PT), ex-prefeito do Recife, esteve na convenção que oficializou Dani Portela (PSOL), no sábado (20), como candidata a prefeita da cidade.

Ao comentar sobre a passagem no ato político, João Paulo destaca a sintonia que tem com o trabalho desenvolvido por Dani Portela. “Ela é uma grande companheira e tem uma identidade imensa com o que realizei enquanto prefeito do Recife (2001-2009). Dani quer, por exemplo, retomar o Orçamento Participativo e resgatar a participação popular em programas”, diz João Paulo.

“Esperava que outros companheiros, do PT e do PSB, comparecessem à convenção, até porque Dani foi líder da bancada de oposição da Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco).”

Sobre a presença de João Paulo na convenção realizada sábado (20), Dani Portela comenta que o recebeu com “muita satisfação e alegria”. Ela confirma que pretende recuperar projetos que foram criados por João Paulo quando esteve à frente da gestão da cidade. “Estamos do mesmo lado, somos do campo popular e acreditamos na gestão de esquerda. Ele é um dos políticos que mais admiro em Pernambuco; é o melhor prefeito que o Recife já teve. Tenho aprendido muito com ele.”

Ao ser questionado sobre o evento que será realizado nesta segunda-feira (22) para anuncar o vice de João Campos nas eleições, João Paulo informa que, apesar de discordar do processo que tirou o PT de cena para o cargo, participará do encontro. “Estarei lá, ao lado de Gleisi Hofmann (presidente nacional do PT). O partido tomou a decisão de apoiá-lo (João Campos), e eu acompanho essa decisão.”

Quem deve acompanhar o socialista no pleito é o ex-chefe de gabinete, Victor Marques (PCdoB). Ele foi exonerado no mês de junho, dentro do prazo de desincompatibilização, para que pudesse compor a chapa. Dias antes de deixar o governo, ele se filiou ao PCdoB.

“O prefeito tem demonstração de força, até de certa arrogância. Dar um não a Lula, que investiu tanto aqui no Recife. Mas ele se sentiu com força e com apoio de parte do PT. Não escolheu uma força política para sua chapa, mas é alguém única e exclusivamente dele. Mas tem nada de comunista”, destaca João Paulo.

Ao passo que discorda do processo de escolha do vice de João Campos (PT era um dos interessados na vaga), João Paulo espera que a chapa dê certo. “Desejo que esta estratégia seja vitoriosa e que não tenhamos um fiasco eleitoral”, frisa.

Fonte: JC

           

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