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Política

Ministério do Bolsa Família trava emendas sob críticas de Lula e cobiça do Centrão

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Um dos coordenadores da campanha presidencial de Lula (PT) no ano passado, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) tem acumulado críticas dentro do Palácio do Planalto e também no Congresso Nacional.

O próprio presidente Lula tem dito a aliados que está decepcionado com o desempenho do ministro. A pasta, que cuida do Bolsa Família, tem R$ 276 bilhões de orçamento, mais do que Saúde e Educação.

O presidente tem reclamado a aliados que Dias precisa estar mais focado e apresentar mais agendas positivas. Por ser o ministério com uma das principais vitrines do governo, Lula esperava que a pasta fosse celeiro de anúncios benéficos para a imagem do presidente, mas não vê isso acontecendo.

Em outra frente, Dias entrou na mira do centrão por não ter, até agora, liberado emendas cobiçadas pelo bloco de partidos de centro e de direita.

Líderes do centrão, que deram apoio a Jair Bolsonaro (PL), cobram articuladores políticos do Palácio do Planalto para que o dinheiro possa ser distribuído e atender a projetos e obras em redutos eleitorais de aliados do governo e da cúpula do Congresso.

Ana Moser (Esporte) também é visada na artilharia desse grupo de deputados e senadores.

Ela e Dias são os dois únicos ministros que seguem travando a verba das antigas emendas de relator, principal moeda de troca nas negociações entre Bolsonaro e o Congresso e extintas pelo Supremo Tribunal Federal. O Planalto tem usado essa fatia do Orçamento para tentar ampliar a base política.

Procurado, o Ministério do Desenvolvimento Social disse que abriu um processo para prefeituras e governos estaduais cadastrassem projetos que podem receber as emendas. O prazo de seleção se encerrou nesta quarta-feira (05) e agora as propostas serão analisadas para que os recursos sejam distribuídos.

O Ministério do Esporte ainda não respondeu sobre o motivo para deixar os recursos travados. Nenhuma das duas pastas não se manifestou sobre a pressão do centrão contra os ministros.

Nesta semana, Nísia Trindade (Saúde) começou a distribuir o dinheiro na base de acordos políticos. A pasta dela está no foco da pressão política do centrão para que Lula faça uma reforma ministerial.

Cardeais do Congresso mantêm vivo o desejo de comandar o Ministério da Saúde, cujo orçamento anual é de R$ 188 bilhões. Mas, diante da forte resistência de Lula a mexer na cadeira de Nísia, o centrão agora tem centrado fogo na pasta do Bolsa Família e em Ana Moser.

A insatisfação do presidente em relação a Dias não significa, porém, que o ministro corre risco iminente de cair. Ex-governador do Piauí, ele é um dos petistas mais próximos a Lula.

No entanto, a ala política do governo acredita que, se o ministro não melhorar a relação com o Congresso e a capacidade de gerar imagem positiva a Lula na área social, ele poderá ser substituído numa reforma ministerial até o fim do ano.

Integrantes do PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), visam o Ministério do Desenvolvimento Social, e indicaram ao governo que escolheriam um nome de fora do partido para apadrinhar em caso de comandarem a pasta.

Para tentar blindar o ministro de mais ataques, a ala política do governo pretende acionar um plano de liberação mais rápida das emendas do Ministério do Desenvolvimento Social.

Lula herdou R$ 9,9 bilhões após o fim das emendas de relator. O ministério de Wellington Dias ficou com R$ 1,5 bilhão desse dinheiro, e mantém esse valor travado. No caso de Ana Moser, são cerca de R$ 200 milhões, que também estão totalmente parados.

No Ministério do Esporte, os recursos estão reservados para obras, como quadras poliesportivas, além de realização de eventos de esporte, lazer e inclusão social.

O dinheiro alocado no Desenvolvimento Social é para construção e reforma de centros de atendimento a pessoas que participam de programas sociais ou que querem se tornar beneficiários.

Wellington Dias foi escalado por Lula, ainda na transição, para coordenar as negociações com o Congresso para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que abriu espaço no Orçamento para ampliar o Bolsa Família.

Depois, ele foi nomeado para o ministério e recebeu a missão de reformular o programa de transferência de renda. O Bolsa Família tem atingido valores recordes nos repasses para as famílias beneficiadas, chegando a uma média de R$ 705 por família em junho.

O governo esperava mais destaque para essas marcas positivas. No entanto notícias como a volta da fila de espera, apesar do orçamento recorde do programa neste ano, ganhou notoriedade, frustrando a expectativa de Lula.

Em maio, quase três meses após o relançamento do Bolsa Família, 438 mil famílias tiveram o cadastro aprovado pelo governo, mas não receberam o benefício, ou seja, estavam na fila de espera.

O ex-governador do Piauí entrou na Esplanada na cota do PT. Já Ana Moser foi escolha pessoal de Lula. A pasta da ex-jogadora de voleibol tem um dos menores orçamentos. Portanto, a pressão é maior sobre Dias.

Integrantes do Palácio do Planalto afirmam que, para atrair mais partidos para a base de Lula, será necessário abrir espaço no primeiro escalão. Há pedidos, por exemplo, do PP e de ala do Republicanos.

Para isso, segundo articuladores de Lula, é mais provável que o PT perca ministérios –a serem cedidos para o centrão. A fim de conter a pressão do centrão, aliados de Lula cogitam negociar mudanças em secretarias de ministérios visados por partidos, mas não a vaga de ministros. (Da Folha de São Paulo)

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Política

PL oficializa candidatura de Ramagem à Prefeitura no Rio, e vice segue indefinida

A convenção do PL não definiu nome para a vaga de vice na chapa.

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O PL oficializou nesta segunda-feira (22) a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

A convenção do PL não definiu nome para a vaga de vice na chapa, mas o deputado confirmou que o partido vai escolher uma mulher.

O evento do PL nesta segunda não contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve no Rio na última semana em agendas públicas para campanha de rua com o aliado.

A temporada das convenções partidárias começou no último sábado (20), dando início ao período de duas semanas para a formação do cenário eleitoral nas principais capitais brasileiras, incluindo o Rio.

Quanto ao posto de vice, ainda não há definição no PL quanto a se o partido irá aceitar a indicação do MDB ou se emplacará uma chapa ‘puro sangue’.

O MDB sugeriu o nome da ex-deputada estadual e pré-candidata a vereadora Rosane Félix, radialista gospel e aliada do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, presidente estadual do MDB.

Caso opte por uma vice do próprio partido, as postulantes são a deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) e a deputada estadual Índia Armelau (PL).

“A gente está trabalhando para que [a candidata a vice] esteja adequada aos nossos princípios, aos nossos valores, que seja uma mulher conservadora, que deseja as nossas pautas de família, vida e defesa do nosso Brasil”, disse Ramagem, em entrevista coletiva nesta segunda, após a convenção do partido.

Ramagem também repetiu discurso de que é alvo de perseguição ao falar sobre as investigações da Polícia Federal sobre suposto monitoramento irregular na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob sua gestão.

“Eu acredito que é uma grande perseguição que se verifica que não há crime. Elegeram a mim como alvo de investigações sem ter conduta criminosa alguma. Infelizmente, é muito negativo para nós que haja essa perseguição grande. Mas, por outro lado, eu vejo que o Carioca está notando essa perseguição.”

A campanha de Ramagem será focada na ordem pública. As críticas ao atual prefeito Eduardo Paes (PSD) serão direcionadas à pauta da segurança. O principal argumento preparado pelo PL será o de que, apesar de atribuição estadual, o município poderia contribuir com a segurança pública

“Nós queremos colocar a ordem pública e a segurança como prioridades, como prioritário para o Rio de Janeiro. Com a ordem pública chegando, o comércio e a indústria voltarão e crescerão no Rio de Janeiro”, disse Ramagem.

No sábado, o diretório municipal do PSD no Rio oficializou, por sua vez, o nome de Paes como candidato à reeleição -também sem escolher o candidato a vice na chapa, o que só deve ocorrer em agosto.

Foto Reuters

Por Folhapress

           

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Política

‘Somos muito amigas’, diz Brigitte Macron sobre Janja

Brigitte disse que Janja deve participar do almoço oferecido aos cônjuges de chefes de Estado e governo que vêm para os Jogos, nesta quinta-feira (25).

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Janja pode fazer tudo”. Para a primeira-dama da França, Brigitte Macron, sua colega brasileira não terá dificuldade em desempenhar dois papéis -representante do marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e esposa de chefe de Estado- em sua visita à França para as Olimpíadas.

Brigitte disse à Folha que Janja deve participar do almoço oferecido aos cônjuges de chefes de Estado e governo que vêm para os Jogos, nesta quinta-feira (25), no Palácio do Eliseu, residência e local de trabalho do presidente e da esposa. Brigitte tem um escritório próprio no local.

“On est très copines” (somos muito amigas), disse Brigitte sobre Janja.

Embora Janja vá à França na condição de representante de chefe de Estado, será convidada ao almoço por também ser primeira-dama. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, por exemplo, não participará da recepção por ser chefe de governo, e não cônjuge.

Acompanhada de seus cachorros, Jules, Jeanne e Némo, que brincavam nos jardins do palácio, Brigitte acompanhou o marido na recepção organizada para a imprensa que vai cobrir os Jogos.

Ela disse que pretende assistir às provas de equitação, seu esporte favorito, no Palácio de Versalhes.

A primeira-dama dos EUA, Jill Biden, também estará em Paris para o almoço. Brigitte elogiou a decisão de Joe Biden de desistir da reeleição, anunciada neste domingo (21).

Ela ainda elogiou a vice-presidente Kamala Harris, endossada por Biden para a disputa com Donald Trump, mas ressalvou que o Partido Democrata ainda não escolheu o nome para a eleição.

Foto  Reuters

Por Folhapress

           

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Política

Após ir à convenção de Dani Portela, João Paulo diz seguir PT com João Campos

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Firme nas críticas sobre a escolha de vice na chapa de João Campos (PSB) nas eleições de 2024, o deputado estadual João Paulo (PT), ex-prefeito do Recife, esteve na convenção que oficializou Dani Portela (PSOL), no sábado (20), como candidata a prefeita da cidade.

Ao comentar sobre a passagem no ato político, João Paulo destaca a sintonia que tem com o trabalho desenvolvido por Dani Portela. “Ela é uma grande companheira e tem uma identidade imensa com o que realizei enquanto prefeito do Recife (2001-2009). Dani quer, por exemplo, retomar o Orçamento Participativo e resgatar a participação popular em programas”, diz João Paulo.

“Esperava que outros companheiros, do PT e do PSB, comparecessem à convenção, até porque Dani foi líder da bancada de oposição da Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco).”

Sobre a presença de João Paulo na convenção realizada sábado (20), Dani Portela comenta que o recebeu com “muita satisfação e alegria”. Ela confirma que pretende recuperar projetos que foram criados por João Paulo quando esteve à frente da gestão da cidade. “Estamos do mesmo lado, somos do campo popular e acreditamos na gestão de esquerda. Ele é um dos políticos que mais admiro em Pernambuco; é o melhor prefeito que o Recife já teve. Tenho aprendido muito com ele.”

Ao ser questionado sobre o evento que será realizado nesta segunda-feira (22) para anuncar o vice de João Campos nas eleições, João Paulo informa que, apesar de discordar do processo que tirou o PT de cena para o cargo, participará do encontro. “Estarei lá, ao lado de Gleisi Hofmann (presidente nacional do PT). O partido tomou a decisão de apoiá-lo (João Campos), e eu acompanho essa decisão.”

Quem deve acompanhar o socialista no pleito é o ex-chefe de gabinete, Victor Marques (PCdoB). Ele foi exonerado no mês de junho, dentro do prazo de desincompatibilização, para que pudesse compor a chapa. Dias antes de deixar o governo, ele se filiou ao PCdoB.

“O prefeito tem demonstração de força, até de certa arrogância. Dar um não a Lula, que investiu tanto aqui no Recife. Mas ele se sentiu com força e com apoio de parte do PT. Não escolheu uma força política para sua chapa, mas é alguém única e exclusivamente dele. Mas tem nada de comunista”, destaca João Paulo.

Ao passo que discorda do processo de escolha do vice de João Campos (PT era um dos interessados na vaga), João Paulo espera que a chapa dê certo. “Desejo que esta estratégia seja vitoriosa e que não tenhamos um fiasco eleitoral”, frisa.

Fonte: JC

           

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