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Saúde

Mulheres contam como é viver com doença que provoca queda de cabelo

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“Hoje, não ter pelo, pra mim, é uma escolha”. A frase é da educadora social e artista Lídia Rodrigues, 36 anos, que exibe sem medo a cabeça sem os fios de cabelo. Mas nem sempre foi assim. Entre 2010 e 2011, ela recebeu o diagnóstico de alopecia areata, uma doença autoimune que provoca a queda de pelos – não apenas no couro cabeludo como, em alguns casos, em todo o corpo, incluindo sobrancelhas e cílios.

28/09/2023, Matéria Sobre Alopecia areata. Na foto a personagem Lídia Rodrigues. Foto: Arquivo Pessoal
 Lídia Rodrigues. Foto: Arquivo pessoal

Na época, Lídia vivia um relacionamento abusivo e ainda não havia recebido um segundo diagnóstico, que também teria grande impacto em sua vida: o de transtorno do espectro autista. Ela somente percebeu os efeitos de todo o estresse no corpo quando os fios começaram a cair.

“Lembro que começou a cair um pouquinho de cabelo, uma falha que parecia uma moeda de R$ 1. Foi quando eu soube que era alopecia areata. No começo, tentei cuidar bastante, fiz o processo de retomada dos pelos e fui descobrindo algumas coisas. É uma doença autoimune agravada pelo estresse. Então, se eu não aniquilasse os elementos de estresse que, na época, eu nem conseguia entender bem quais eram, os fios iam continuar caindo”, conta.

O tratamento, à base de corticoide, deixou Lídia inchada e ela resolver raspar por completo a cabeça. “Hoje em dia, eu meio que sou uma mulher careca. Os cabelos vêm, mas eu continuo tirando. Incorporei minha identidade.”

28/09/2023, Matéria Sobre Alopecia areata. Na foto a personagem Lolla Angelucci. Foto: Arquivo Pessoal
Lolla Angelucci: queda se tornou acentuada aos 18 anos. Foto:  Arquivo pessoal

A ilustradora Lolla Angelucci, 43 anos, sempre conviveu com a queda de cabelo – desde a infância. Durante muito tempo, achou que conseguia esconder as falhas no couro cabeludo, mas, quando completou 18 anos, a queda dos fios se tornou mais acentuada.

“Aos prantos, entendi que já quase não tinha mais cabelo”, conta. “Minha mãe passou a vida inteira procurando o melhor especialista e o melhor tratamento. Nenhum foi fácil, nem barato, nem eficaz. Quando estava em casa, aos prantos, porque não dava mais pra esconder a alopecia, ela encontrou a melhor loja de peruca – e também a mais cara. Minha primeira peruca era muito desconfortável e custou três salários mínimos”.

“Essa primeira peruca era tão desconfortável que o passo seguinte, de parar de usar peruca, foi relativamente fácil. Acho que o fato de eu ter entendido desde o começo que a minha peruca não enganava ninguém também facilitou muito”, lembra.

“Eu me gostava careca. Olhava no espelho e me achava bonita. O resto do mundo não achava, mas, como eu achava, estava bem. Não foi fácil. Meus professores de faculdade vinham perguntar por que eu não estava mais usando peruca. Uma mulher fora do padrão que se sente confortável na própria pele causa estranhamento. E as pessoas eram meio agressivas. Como se eu tivesse obrigação de alterar a minha aparência para o que fosse agradável para o outro, não pra mim.”

Diagnóstico tardio

No caso da influencer Yasmin Torquato, 28 anos, o diagnóstico tardio de alopecia areata desencadeou um quadro depressivo que terminou por agravar ainda mais a queda de cabelo. Aos 23 anos, ela percebeu uma falha no couro cabeludo do tamanho de um fundo de copo na altura da nuca.

28/09/2023, Matéria Sobre Alopecia areata. Na foto a personagem Yasmin Torquato. Foto: Arquivo Pessoal
Yasmin Torquato. Foto: Arquivo Pessoal – Arquivo pessoal

“Eu assustei bastante. Não sabia o que estava acontecendo comigo. O quadro emocional foi afetado demais e eu entrei em depressão. Demorou seis meses pra ter um diagnóstico. Seis meses de muita luta, indo a vários médicos. Infelizmente, há muito despreparo. Doença autoimune, de certa forma, ainda é doença nova. Nem todos conhecem”.

“Foi um choque pra mim, mas, ao saber do diagnóstico, fiquei um pouco mais tranquila, pelo menos por saber que não era uma doença contagiosa ou uma doença terminal. Esses são os maiores medos que a gente sente ao saber que está doente”, conta.

“Contra todas as vontades, eu mesma criei coragem e resolvi raspar. Raspei, consegui ficar carequinha, comecei a falar sobre a doença, ajudar outras pessoas. No final do ano passado, meu cabelo começou a nascer sozinho, o que me deu muita esperança. Começou a crescer bem os fios mas, depois de sete meses, tive uma crise de sinusite, tomei medicamentos fortes e o quadro evoluiu pra alopecia universal, quando caíram os cílios, as sobrancelhas e o pelo do corpo todo.”

28/09/2023, Matéria Sobre Alopecia areata. Na foto a personagem Lolla Angelucci. Foto: Arquivo Pessoal
 Lolla Angelucci. Foto: Arquivo Pessoal – Arquivo pessoal

“Foi como se tivesse perdido meu cabelo pela primeira vez de novo. Me vi novamente bem abalada, mas, como já estava mais fortalecida, passei um mês mais amuadinha e já estou bem melhor e lidando super bem. Mesmo na fase mais crítica da doença, não parei de trabalhar. É o que me dá força.”

Entenda

No mês de conscientização sobre a alopecia areata, a dermatologista e tricologista Patricia Damasco alerta para os principais sinais da doença e para a importância do diagnóstico precoce.

“É como se o organismo atacasse o próprio folículo, mas de uma forma que não destrói aquele folículo e, com isso, tem chance de voltar a ter pelo naquele local”, explica.

“Pode ser bastante incômodo porque, na maior parte das vezes, as pessoas ficam com uma placa pequena sem cabelo e o tratamento é com injeção local de medicamento. Há alguns casos em que a pessoa perde o pelo do corpo todo, inclusive cílios, sobrancelhas. São quadros bastante desafiadores pros pacientes”.

Segundo a tricologista, por um processo autoimune, o anticorpo ataca o folículo, fazendo com que mesmo os fios em fase de crescimento se desprendam e caiam. É bem característico ocorrerem áreas arredondadas, sem pelo nenhum.

“O paciente fica bem angustiado porque, muitas vezes, ele tem medo que aquele cabelo não volte a crescer naquele local. O interessante é que, mesmo havendo um processo inflamatório, ele não atinge a célula tronco do folículo. Por isso, sempre há chance de retornar aquele fio ao local. Tem relação com estresse muito grande. A gente vê também relação com a descompensação de problemas de tireoide, anemia. Isso tudo pode fazer com que aquela pessoa que já tem pré-disposição genética manifeste a doença.”

Parícia explica que é comum o paciente nem saber que tem a doença. Na maior parte do tempo, ele não sente que o cabelo caiu naquela plaquinha. “

Quem nota é o cabelereiro ou alguém que esteja manuseando o cabelo da pessoa. É importante o tratamento específico porque a gente consegue controlar aquela atividade evitando que a perda de cabelo seja excessiva. É interessante, assim que notar que há uma área de falha, procurar um dermatologista porque pode aumentar muito e a gente consegue, com o tratamento, frear um pouco.”

Fonte: Agência Brasil

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Saúde

Iniciativa disponibiliza consultas virtuais com médicos e psicólogos às vítimas

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Vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul vão poder acessar consultas virtuais com médicos e psicólogos para manutenção da saúde física e mental. A iniciativa é do grupo Ser Educacional com parceria de diversas empresas, como o Instituto Êxito e UP Saúde, que liberou a ferramenta de telemedicina.

Os profissionais interessados podem acessar ao endereço upsaudeapp.uninassau.edu.br/ para se cadastrar e realizar atendimentos gratuitos aos cidadãos do RS. O CRM e do CRP de todos os profissionais serão verificados.

As Clínicas-Escola de Psicologia das Instituições de Ensino Superior mantidas pelo Grupo Ser Educacional também ofertam atendimentos on-line gratuitos.

“Por meio de uma série de iniciativas destinadas a fornecer suporte prático e emocional às vítimas, estamos agindo rapidamente para ajudar aqueles que foram impactados”, compartilha Jânguie Diniz, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional e presidente do Instituto Êxito.

Vagas de emprego

O grupo Ser Educacional também liberou o acesso da plataforma de emprego Peixe30 para que empresas se inscrevam gratuitamente e ofereçam vagas durante o período de reestruturação e profissionais cadastrem seus currículos. A plataforma também será utilizada para o cadastro nacional de voluntários que desejam atuar na linha de frente no Rio Grande do Sul.

Arrecadações

O Ser Educacional também mobilizou todas as instituições de ensino superior para arrecadação de donativos, como água potável, agasalhos, roupas, itens de higiene pessoal e alimentos não perecíveis, assim como rações para cães e gatos. O Grupo é mantenedor das marcas UNINASSAU, UNAMA, UNINORTE, UNG, UNI7 e UNIFAEL.

A triagem é realizada por alunos, colaboradores e voluntários e, em seguida, as doações serão levadas em carretas até o Rio Grande do Sul.

Além disso, por meio da parceria com o Instituto Êxito, o Grupo está montando kits de higiene com itens comprados pela empresa. Medicamentos para pessoas e animais também estão sendo arrecadados junto a empresas farmacêuticas.

“Diante dessa crise humanitária e ambiental, é essencial que atuemos com empatia e urgência. Estamos trabalhando em colaboração com diversas empresas para identificar as maiores necessidades e desenvolver soluções eficazes e sustentáveis”, comenta Jânyo Diniz, Presidente do grupo Ser Educacional.

Fonte: JC

           

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Saúde

Quando é Hora de Fazer o Rastreamento de Câncer de Ovário?

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1-Histórico Familiar: Mulheres com histórico familiar de câncer de ovário ou mutações genéticas hereditárias, como BRCA1 e BRCA2, podem considerar o rastreamento a partir dos 35 a 40 anos de idade, ou até mesmo antes, conforme orientação médica.

2-Sintomas Persistentes: Se você apresentar sintomas persistentes, como inchaço abdominal, dor pélvica, dificuldade para comer ou sensação de plenitude após comer rapidamente, é importante procurar um médico para avaliação, mesmo que não esteja na faixa etária recomendada para rastreamento.

3- Discussão com o Médico: Converse com seu ginecologista sobre o rastreamento de câncer de ovário, especialmente se você tiver fatores de risco conhecidos, como histórico familiar ou mutações genéticas, para determinar a melhor abordagem para o seu caso específico.

4-Limitações do Rastreamento: É importante reconhecer que o rastreamento de câncer de ovário tem suas limitações, e nem todas as mulheres se beneficiam desse tipo de monitoramento. Seu médico pode ajudá-la a avaliar os benefícios e riscos do rastreamento com base em sua história médica e fatores de risco individuais.

A decisão de realizar o rastreamento de câncer de ovário deve ser feita em conjunto com seu médico, levando em consideração sua história médica pessoal e familiar, bem como quaisquer preocupações específicas de saúde.

Por Giannini Carvalho-Ginecologista

           

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Saúde

Dengue pode deixar sequelas no corpo

Cansaço no pós-dengue é devido ao desgaste do corpo para combater a doença.

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O Brasil já registra mais de 4,8 milhões de casos prováveis de dengue em 2024, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde da última sexta-feira (17).

Apesar disso, a pasta da Saúde vê tendência de queda em 24 estados e no Distrito Federal desde a última semana.

Desde o final de abril, houve um aumento nas buscas do termo “sequela de dengue”, segundo o Google Trends, plataforma que reúne as principais tendências de buscas na plataforma.

Além dos sintomas clássicos da doença, como dores no corpo e nas articulações, febre e manchas vermelhas, a dengue pode deixar sequelas no organismo? Entenda abaixo.

Quais as manifestações de dengue?

A dengue pode se manifestar de três formas: clássica, com sinais de alarme e grave. Carla Kobayashi, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, explica que a dengue é uma doença infecciosa febril aguda, ou seja, nos primeiros cinco dias, a pessoa pode ter febre alta, dor de cabeça, dor muscular, dores nas articulações, dor atrás dos olhos, náuseas e manchas no corpo. “Alguns desses sintomas, podem persistir por até duas semanas, mas ainda caracterizando aquela dengue clássica”, conta.

Para Luis Fernando Aranha, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, cansaço e mal-estar no pós-dengue acontecem pelo “desgaste do organismo durante o quadro da dengue e o requerimento energético”. Kobayashi destaca que a maior parte das pessoas que têm dengue não terão sintomas intensos, complicações ou sequelas.

Quais as sequelas mais comuns da dengue?

Segundo a infectologista, algumas pessoas podem ter sintomas mais intensos e outras vão desenvolver complicações da dengue, mas existem diferenças entre complicações e sequelas. “A complicação da doença é uma forma de gravidade que já é esperada da doença, que pode acontecer em algumas pessoas. A sequela é muito mais crônica e tardia”, afirma.

Kobayashi explica que, dentre as complicações, a dengue pode acometer o fígado, o coração, o sistema nervoso. “Por exemplo, a pessoa pode ter uma hepatite decorrente da dengue, pode ter complicações neurológicas, como meningite, encefalite. Você pode ter complicações cardíacas, então o vírus pode invadir a membrana do coração e causar a inflamação dessa membrana, que é o que a gente chama de pericardite, ou até mesmo o músculo do coração, que aí é a neocardite. Essas são as complicações”, conta.

Já as sequelas, segundo a infectologista, podem tem gravidade menor ou maior. Sequelas mais graves seriam, por exemplo, “sequelas neurológicas, de alteração de comportamento, perda de memória, naqueles pacientes que tiveram um quadro mais grave no início da complicação neurológica”, declara.

Se tive dengue grave, terei sequelas? Como elas se manifestam?

Kobayashi ainda destaca que é difícil relacionar as sequelas das complicações com a dengue. Muitos desses casos nem conseguem ser relacionados com o vírus, uma vez que são necessários exames específicos para associar a sequela com o vírus, afirma. “Mas existem sequelas por essas complicações.”

Já a sequela de gravidade menor é chamada pelos profissionais de saúde de fadiga crônica, que pode ocorrer após qualquer infecção viral, explica a infectologista.

Na síndrome de fadiga crônica, o sistema imunológico entende que a inflamação causada pelo vírus persiste e mantém a liberação de substância químicas, de acordo com Kobayashi. “Isso pode provocar aquela fadiga, uma dor de cabeça mais intensa, ou até a queda de cabelo, que se justifica porque o organismo entende que você tá num processo de inflamação”, afirma.

Aranha ressalta que a dengue “não é que nem a Covid longa, não tem dengue longa”. O infectologista também afirma que a dengue é “muito complicada, mas a mortalidade é baixa. É muito desgastante para o paciente, mas poucas pessoas morrem. Não tem muita gente falando sobre isso. Há um certo pânico na população por conta disso”.

Posso ter sequelas na 1ª vez que pego dengue?

Segundo Aranha, o risco de desenvolver complicações é maior na segunda vez que a pessoa se infecta com a dengue. “Os anticorpos que não geram imunidade na primeira vez, vão facilitar a entrada do vírus nas células numa segunda dengue”, explica. Com essa facilidade, a replicação viral é amplificada e, consequentemente, a resposta inflamatória também. O fenômeno já foi comprovado em estudos.

Ter outras doenças agrava a possibilidade de desenvolver sequelas da dengue?

De acordo com o Ministério da Saúde, todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, mas idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, assim como aquelas com predisposição a hemorragias, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Aranha lembra que, após ter dengue, a pessoa fica imune “ao sorotipo que ela teve. Se teve o tipo um, ela fica resistente ao tipo um, mas continua suscetível aos outros tipos de dengue”, diz.

Foto Shutterstock

Por Folhapress

           

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