Uma nódoa que pode virar uma mancha muito maior. 14 anos depois do escândalo com notas fiscais frias em shows pagos pela Empetur, quando era Secretário de Turismo do Governo Eduardo Campos, o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos) se meteu em outro escândalo.
Ele é acusado de abastecer carros da própria família com dinheiro público no valor de mais de R$ 100 mil.
Desde ontem quando a notícia foi publicada em O Globo e replicada em vários sites, tentamos falar com o ministro mas sem sucesso.
Sua assessoria também não deu nenhuma resposta nem ao G1 e nem ao NE TV, que, há pouco, deu mais uma notícia desastrosa para o ministro.
Leia:
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) pediu ao TCU que investigue o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), por suspeita de abastecer carros de parentes com verba de gabinete enquanto ele ocupava o cargo de deputado federal, antes de assumir um posto no governo federal.
O pedido se baseia numa reportagem do jornal O Globo, que teve acesso a notas fiscais que mostram que Silvio Costa Filho usou dinheiro da cota parlamentar para abastecer veículos da esposa, Cristina Lemos, do irmão, Carlos Costa, da cunhada, Hildiany Kelly, e do pai, o ex-deputado e suplente de senador Silvio Costa (Republicanos).
O pedido de investigação foi feito na quinta-feira (11), por meio de uma representação assinada pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado. Segundo o TCU, ainda não foi aberto processo e não há prazo determinado para que a denúncia seja apreciada. O g1 procurou a assessoria de Silvio Costa Filho, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
No documento, ao qual o g1 teve acesso, consta que Silvio Costa Filho gastou R$ 105,1 mil para abastecer 48 veículos diferentes entre abril de 2022 e agosto de 2023. Entre eles, estavam os carros dos parentes.
Para o subprocurador-geral, a conduta, se comprovada, “atenta contra a moralidade administrativa e constitui evidente desvio de finalidade no uso de recursos públicos”.
A reportagem do jornal apontou que os abastecimentos aconteceram em um único posto de gasolina, no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. Dos R$ 105,1 mil gastos nesse local, foram pagos 10,8 mil litros de gasolina, 6,7 mil litros de diesel e 793,91 litros de etanol, segundo O Globo.
Por André Beltrão
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