Cabe destacar que já existe outra vacina contra a dengue aprovada no Brasil, da farmacêutica Sanofi. No entanto, essa, sim, só é indicada para quem já se infectou ao menos uma vez. Essa e outras restrições fizeram com que o governo não a incorporasse no SUS anos atrás.
A vacina contra a dengue é segura e quais as reações adversas?
Sim. A vacina Qdenga foi aprovada para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023.
A decisão foi tomada com base nos resultados dos testes clínicos que confirmaram o perfil de segurança, qualidade e a capacidade de indução da resposta imunológica contra a doença.
O imunizante também foi avaliado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, em inglês). A comercialização na União Europeia foi aprovada em 2022.
Ainda assim, como toda vacina, ela pode gerar reações adversas, em sua grande maioria leves. Entre elas, estão:
- Dor no local da injeção
- Dor de cabeça
- Fraqueza e sonolência
- Febre
- Diminuição do apetite
Posso tomar a vacina da dengue junto com outras?
A vacina contra a dengue pode ser aplicada simultaneamente com os imunizantes inativados do Calendário Nacional de Vacinação do Adolescente, segundo o Ministério da Saúde.
Quem não faz parte dos critérios do ministério deve se vacinar na rede privada?
A vacina Qdenga está disponível em clínicas particulares e farmácias com valores a partir de R$ 350 por dose. E, de novo, são duas doses por pessoa.
“É uma vacina que está licenciada para pessoas de 4 a 60 anos, então quem não tem a idade determinada no programa do ministério pode recorrer aos serviços privados de vacinação. É um imunizante recomendado nos calendários da SBIm”, diz Flávia.
Quais os sintomas da dengue e como se proteger
O Brasil enfrenta um aumento significativo de dengue em 2024. Dados do Ministério da Saúde apontam que, neste ano, foram registrados mais de 217 mil casos prováveis no país.
Os sintomas mais comuns da doença são:
- febre alta (acima de 38°C)
- dor no corpo e articulações
- dor atrás dos olhos e de cabeça
- mal-estar
- falta de apetite
- manchas vermelhas no corpo
No entanto, a infecção também pode ser assintomática ou apresentar quadros leves. Diante de sinais suspeitos, é recomendado buscar atendimento médico para o tratamento adequado dos sintomas.
Embora a chegada da vacina ao sistema público seja considerada um avanço, a limitação de doses e as restrições de uso do produto reforçam a necessidade de não abandonarmos outras medidas de prevenção.
“As pessoas devem seguir com medidas individuais de proteção, como o uso de repelentes de longa duração, de roupas claras e que protejam áreas expostas e de mosquiteiros e telas”, afirma o médico infectologista Evaldo Stanislau de Araújo, assistente-doutor da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Ele destaca ainda a possibilidade de recorrer a inseticidas ambientais (como os de parede) e, evidentemente, eliminar quaisquer criadouros do mosquito em casa. No mais, Stanislau de Araújo aponta que manter a temperatura dentro de casa mais baixa (com ar condicionado, se possível) reduz a atividade do mosquito, o que pode minimizar o risco de uma picada.
Ou seja, evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue e de vírus como Zika e chikungunya, permanece a estratégia mais eficaz.
“Vacinando um percentual tão pequeno da população, é difícil termos um impacto grande no que diz respeito ao controle de doença. A vacina é mais uma ferramenta, não a única”, arremata Flávia.
O ciclo de reprodução do inseto dura de sete a dez dias, podendo ser encurtado em dias de calor intenso. Quanto mais quente, maior a proliferação.
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) recomenda a verificação semanal do ambiente doméstico em busca de quaisquer recipientes que possam acumular água.
A lista inclui caixa d’água, calhas, galões e tonéis, pneus, garrafas, baldes, bandeja de ar condicionado e da geladeira, vasos de plantas, vasos sanitários fora de uso, lonas e piscinas.
Fonte:Veja Saúde
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