Novas pesquisas apontaram que a democrata Hillary Clinton perdeu vantagem em vários Estados decisivos, elevando as incertezas dos investidores.
A quatro dias da eleição presidencial americana, as Bolsas mundiais mantiveram a trajetória de queda nesta sexta-feira (4). Os temores são de uma possível vitória do candidato republicano, Donald Trump, considerado muito radical e protecionista.
Novas pesquisas apontaram que a democrata Hillary Clinton perdeu vantagem em vários Estados decisivos, elevando as incertezas dos investidores.
Na Bolsa de Nova York, após uma sessão volátil, o índice S&P 500 terminou com perda de 0,17%. Foi a nona queda consecutiva do índice, e a sequência negativa mais longa desde 1980.O índice Dow Jones caiu 0,24%; o índice da Bolsa eletrônica Nasdaq também perdeu 0,24%.
As Bolsas da Europa e da Ásia também echaram majoritariamente em queda.
No Brasil, o Ibovespa chegou a subir mais de 1%, mas fechou o pregão com recuo de 0,25%, aos 61.598,39 pontos. Foi a terceira sessão seguida de baixa. O giro financeiro foi de R$ 8,6 bilhões. No acumulado da semana, o índice perdeu 4,2%.
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN avançou 0,82%; Bradesco PN, estável; Banco do Brasil ON, +1,01%; e Santander unit, +0,98%.
Pressionados pela queda do petróleo, os papéis PN da Petrobras caíram 0,86% e os ON caíram 0,11%. Vale PNA ganhou 0,24%, mas Vale ON perdeu 1,59%.
CÂMBIO
O dólar comercial fechou em baixa de 0,12%, a R$ 3,2320. Na semana, a moeda americana acumulou alta de 1,09%.
Apesar de os dados sobre a criação de empregos nos EUA em outubro terem reforçado as apostas de um aumento dos juros americanos em dezembro, a moeda americana não subiu em todo o mundo.
Segundo Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, a alta das taxas em dezembro já está precificada pelo mercado.
“O foco dos investidores agora são as eleições americanas. Se Trump vencer, a alta dos juros em dezembro pode até ser postergada, o que enfraqueceria o dólar”, comenta.
José Faria Júnior, diretor-técnico da Wagner Investimentos, também avalia que há possibilidade de de o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), não elevar os juros no mês que vem, “dependendo do que ocorrer nas eleições nos EUA e da reação do mercado ao resultado”.
Pela manhã, o Banco Central leiloou 5.000 de contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 250 milhões.
O mercado de juros futuros, os contratos terminaram em queda, seguindo o movimento no câmbio.
Com informações da Folhapress.