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Saúde

Correr descalço pode reduzir risco de lesão no joelho

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Quando introduzida nos treinos de forma progressiva e supervisionada, prática proporciona menos impacto e possibilidade

Apesar dos calçados esportivos serem anunciados com tecnologias avançadas de amortecimento para os aficionados por corrida de rua, a incidência de lesões nas articulações ainda é bastante considerável. Baseados nesse contexto, alguns estudos recentes mostram que a corrida com pés descalços poderia ser uma estratégia para minimizar esses danos. Uma pesquisa do Laboratório de Biomecânica da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP explica melhor essa dicotomia: correr descalço realmente pode ser benéfico, mas desde que a prática seja introduzida aos treinos progressivamente. Há uma redução no impacto recebido pelo corpo e diminui a possibilidade de lesões em joelhos e quadris.

Ana Paula da Silva Azevedo, educadora física e autora do estudo, explica que a ideia não é incentivar as pessoas a correrem sem proteção, mas trazer evidências de que correr descalço possa exercer influência positiva sobre o controle de choque mecânico e na ativação muscular do corpo. Além disso, reforça a pesquisadora, “o novo hábito não deve ser feito de forma abrupta; as alterações devem ser graduadas e levando em conta o volume e a intensidade da corrida”, diz.

Para se certificar das respostas desta prática, durante 16 semanas, Ana Paula acompanhou o treino de corredores recreacionais que estavam acostumados a usar tênis, com o intuito de retirada gradual do calçado esportivo. A idade dos participantes (homens e mulheres) era entre 18 e 40 anos, com experiência de corrida de 5 a 6 anos e distância média de atividade na semana de 44 quilômetros.

Da primeira à quarta semana, foi proposto aos corredores que fizessem seus treinos descalços em torno de 5% do percurso. Da quinta à oitava semana, deveriam aumentar para 10%; da nona à décima segunda, 15%. E assim foi progressivamente até chegar aos 20%. Além da distância percorrida (volume), a pesquisadora também considerou outros parâmetros como intensidade (velocidade) e a superfície onde os corredores faziam os treinos, ou seja, se o terreno era gramado, de areia, terra fofa ou asfalto. A indicação foi de que no início do treinamento, da primeira à oitava semana, deveriam correr em superfícies macias; e depois, da nona à décima sexta semana, passariam a mesclar superfícies macias com outras mais duras, como correr em esteiras e no asfalto.

Ao final, considerando todas essas variáveis, Ana Paula observou que após ter ocorrido a adaptação, os corredores que realizaram parte do treino descalços obtiveram importantes benefícios, como alteração na técnica da corrida (flexão de joelho e geometria de pisada), redução média de 20% das forças de impacto e redução de cerca de 60% na ativação muscular. Na prática, “resultou em menos risco de lesões, especialmente no joelho e quadril, e maior desempenho”, diz a pesquisadora. No entanto, houve evidências de que as pessoas que correram descalças, sem adaptação de treino progressivo, sofreram maior risco de lesões em comparação àquelas que realizaram a adaptação progressiva.

Ana Paula comenta uma notícia que saiu na mídia ano passado sobre um soldado do corpo da guarda imperial etíope, Abebe Bikila, que foi convocado de última hora para substituir um atleta da equipe principal de atletismo para as Olimpíadas de Roma. Ele se recusou a usar o tênis recebido do patrocinador pelas bolhas que surgiram em seus pés. No final, mesmo descalço, ganhou medalha de ouro e estabeleceu recorde mundial e olímpico. Segundo a pesquisadora, foi um fato histórico relevante para mostrar que o calçado esportivo é um elemento importante, mas não determinante. “O ser humano é totalmente adaptável e o aparelho locomotor possui estratégias próprias de proteção que, se adequadamente estimuladas, podem ser tão ou mais eficientes que o calçado”, diz.

Como o corpo se comporta correndo descalço

A pesquisadora explica que, durante o exercício físico, o impacto que o corpo sofre é diferente quando se está calçado ou descalço. Com o tênis, o primeiro contato dos pés com o solo é o calcanhar, enquanto que após a adaptação descalça, são as pontas dos pés que tocam o solo primeiro. “Isso altera o padrão de movimento do corpo e influencia o impacto”, diz. Porém, Ana Paula faz um alerta quanto à migração das lesões: ao adotar a estratégia de correr descalço, há uma redução do esforço na articulação do quadril e do joelho, mas, em compensação, os músculos e as estruturas dos tornozelos e dos pés serão bem mais exigidos na atividade, diz.

Segunda a pesquisadora, precisaria de mais estudos a longo prazo para avaliar melhor as vantagens da introdução de treinos descalços nas corridas. Em sua pesquisa, foi possível apenas garantir que correr descalço poderia ser uma estratégia a ser utilizada pelos educadores físicos para melhorar o controle da carga e do choque mecânico durante a corrida. (POR NOTÍCIAS AO MINUTO)

 

 

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Saúde

Você sabe o que é labioplastia?

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A labioplastia é um procedimento cirúrgico realizado na região genital feminina para modificar o tamanho ou a forma dos lábios vaginais, também conhecidos como lábios menores ou labia minora. Essa cirurgia é frequentemente procurada por mulheres que desejam reduzir o tamanho dos lábios vaginais, corrigir assimetrias ou tratar desconfortos físicos ou emocionais causados por lábios vaginais grandes ou proeminentes.

Durante o procedimento de labioplastia, o cirurgião pode remover o excesso de tecido dos lábios vaginais, remodelar sua aparência ou realizar outras correções estéticas para alcançar o resultado desejado pela paciente. A labioplastia é realizada sob anestesia local ou geral e geralmente é considerada um procedimento ambulatorial, o que significa que a paciente pode voltar para casa no mesmo dia da cirurgia.

É importante ressaltar que a labioplastia é uma decisão pessoal e deve ser discutida detalhadamente com um cirurgião plástico ou ginecologista especializado em cirurgia íntima. Como qualquer procedimento cirúrgico, a labioplastia envolve riscos e benefícios, e a paciente deve estar bem informada antes de tomar uma decisão sobre o tratamento.

Por Noyla Denise-ginecologista

           

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Saúde

Campanha incentiva doação de leite materno para recém-nascidos

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A doação de leite humano para recém-nascidos aumentou 8% em 2023, em relação ao ano anterior, o maior aumento registrado nos últimos cinco anos. Entre janeiro e dezembro, foram doados 253 mil litros de leite humano, beneficiando 225.762 recém nascidos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Ministério da Saúde, durante o lançamento da campanha Doe Leite Materno – Vida em Cada Gota Recebida.

A meta para 2024 é ampliar em 5% a oferta de leite materno a recém-nascidos internados nas unidades neonatais do país.

“Esse aumento é importante para que cada vez mais recém nascidos sejam beneficiados. Atualmente, apenas 55% dos bebês prematuros ou de baixo peso recebem leite do Banco de Leite Humano”, ressaltou a coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente do Ministério da Saúde, Sônia Venâncio.

CAMPANHA PARA DOAÇÃO

A campanha de doação de leite humano é realizada anualmente pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Rede Global de Bancos de Leite Humano, por meio da Fiocruz, com o objetivo de ressaltar a importância da doação de leite materno e aumentar o número de doadoras e dos estoques de leite materno nos bancos de leite. A campanha marca o Dia Mundial de Doação do Leite Humano, no dia 19 de maio

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo. São 231 bancos em todos os estados e 240 postos de coleta.

A embaixadora dos bancos de leite do Brasil, a atriz Maria Paula Fidalgo, destacou os benefícios da amamentação e da doação de leite. “Quando uma mulher dá à luz e dá leite para esse bebê, junto com o leite ela está dando amor, cuidado, e está formando toda uma psique mais saudável além de todos os benefícios para o sistema imunológico”.

O leite humano é capaz de reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de cinco anos de idade por causas evitáveis.

Fonte: JC

 

           

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Saúde

Marinha envia nesta terça hospital de campanha ao Rio Grande do Sul

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A Marinha do Brasil (MB) enviará, nesta terça-feira (7), um hospital de campanha para o Rio Grande do Sul, a fim de atender a vítimas das chuvas que atingiram o estado. A unidade tem capacidade para até 40 leitos.

Os equipamentos serão levados em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), que sairá no início da tarde da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Canoas, no Rio Grande do Sul.

O navio aeródromo Atlântico também será encaminhado ao território gaúcho, com maquinários e materiais que serão utilizados em apoio humanitário à população do estado.

Junto com os equipamentos, estão sendo enviados profissionais de saúde da Unidade Médica Expedicionária da Marinha e 300 fuzileiros navais, que vão reforçar o efetivo do 5º Distrito Naval, em apoio a ações de defesa civil.

A Marinha está atuando nas regiões afetadas pelas chuvas desde o início dos trabalhos de resgate e auxílio à população, com embarcações e aeronaves.

Fonte: Agência Brasil

 

           

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