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“Não vamos tratar aqui no Connection Experience da receita do queijo de minas ou da de bolo de rolo. E sim da receita de inovação, de transformação digital para o crescimento do Brasil. É importante debater TI entre os que desenvolvem tecnologia e os que a consome. Precisamos colocar as pessoas no centro para enxergar as melhorias e mudanças que esse recurso pode trazer para o desenvolvimento de serviços e empresas”. Recado dado pelo Presidente Executivo da Sucesu Minas Gerais, Harlem Duque, no Connection Experience, realizado na quinta (28/11), na Arcádia do Paço Alfândega. Eis a discussão do maior evento de transformação digital do país, promovido pela Sociedade dos Usuários de Tecnologia – Sucesu Nacional e pela Fumsoft, e realizado Sucesu PE, que atraiu mais de 400 pessoas, entre empresários, gestores de TI, e gestores governamentais.
“Elaboramos com muito carinho um conteúdo de muita qualidade para que houvesse um debate enriquecedor entre os polos. São experiências distintas, mas enriquecedoras para todos nós. Inovação digital é fazer diferente e pensar diferente. Nosso objetivo é fazer essa provocação. E nada melhor que a Sucesu para fomentar essa inovação, fazendo jus à nossa missão, que é fazer essa conexão entre fornecedores e usuários de tecnologias”, disparou o presidente da Sucesu Nacional, Joaquim Costa. Para o presidente da Sucesu PE, Romero Guimarães, o objetivo principal do Connection Experience foi despertar a sensibilidade de governos, empresas e pessoas para que fiquem prontas para a inovação digital que já está acontecendo. “A gente precisa se preparar, usar a tecnologia para alavancar os negócios, nenhuma empresa nem governo vão conseguir sobreviver na era digital sem se transformar”, sentenciou.
“O país ainda não possui nenhum projeto que catalise a transformação digital, muito menos inovação na área. Os Estados Unidos, Alemanha, Japão, China, entre outros, já estão muito à frente. O grande problema que vivenciamos aqui é a falta de mão-de-obra qualificada. Ou o Brasil começa a desenvolver um trabalho de captação de mão-de-obra para nos incorporarmos a essas potencias de forma definitiva, ou vamos continuar nas periferias do desenvolvimento tecnológico”, advertiu o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena. O presidente da Fumsoft concordou com Pierre, “Estamos na periferia mundial com relação à tecnologia. Diante disso, devemos mirar onde esses ecossistemas deram certo, como é o caso do Vale do Silício e nos espelharmos. Temos que sair da periferia. Lá fora uma startup consegue captar R$3 milhões. Aqui essa realidade ainda é distante. Mas acredito que se conseguirmos encontrar uma ação comum que fortaleça nossas empresas e o processo de transformação digital de Minas e Pernambuco, teremos dado um passo na direção certa”, concluiu Menhem.
No evento que contou com grandes nomes como Sílvio Meira, cientista-chefe do The Digital Strategy Company; Ricardo Yogui, professor do Centro Técnico-Científico da PUC; Teco Sodré, conselheiro de Inovação da Moura Baterias e da Avantia Tecnologia; Roberto Arteiro, um dos idealizadores e fundadores do MPLABS; dentre outros, tratou ainda de Inteligência Artificial e Blokchain. O Fundador da AION e Vice Presidente em IA da Sucesu Minas, Sérgio Viegas, abordou Inteligência Artificial (IA). Segundo ele, a IA enxerga, escuta e consegue dar soluções. “Machine learning (um tipo de IA), está muito em voga e trata-se de aprendizado através dos dados, sem precisar de algoritmo, apenas informações. O problema da IA são os filmes de Hollywood que colocam a IA como algo ruim. Mas afirmo para vocês que o dado é o novo petróleo. A inteligência artificial é um motor. Mas, para se tornar perfeita, como um humano, é necessário uma quantidade imensurável de dados. Ela é ideal para funções específicas como repetições, por exemplo, onde o humano irá cansar. Reconhecimento facial também é uma ótima usabilidade da IA. Com ela podemos reduzir custos e crises, além de criar novos postos de trabalho, auferir mais segurança e desenvolver serviços personalizado”, incentivou.
E Otávio Soares, sócio-diretor da empresa Goledger, apresentou a tecnologia BlockChain, um banco de dados distribuídos com registro compartilhado e imutável. Segundo Otávio, o uso de dados está cada vez mais em evidência e a proteção das informações é imprescindível para uma evolução tecnológica eficaz. Com a nova Lei Geral de Proteção de Dados, já em vigor próximo ano, se faz urgente o debate do tema. “Menos de 50% das pessoas e empresas conhecem a lei de proteção de dados. Daí a importância de ser eliminar, cada vez mais a burocratização e fraudes em nosso país. Para combater esse excesso é preciso resguardar as informações. Não é somente sincronizar, consultar e integrar os processos. É preciso criar diferenciais instantâneos, sem autoridade centralizada. Criar uma sistema totalmente distribuído, aumentar a capacidade transacional global, sem barreiras de entrada, sem dupla despesa e baixo custo de implementação”, exemplificou Soares. (Por Magno Martins)
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