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Esporte

Falta de estrutura pode fazer nadador trocar Brasil por Holanda

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 Quando Stephan Steverink, 15, olhou para o cronômetro e viu que havia completado os 400m medley em 2min04s97 no Campeonato Brasileiro Juvenil, comemorou ter melhorado não apenas seu recorde brasileiro de categoria, mas também ter feito a melhor marca da história de um holandês nesta prova.

Nascido e criado no Brasil, o garoto paulistano é a grande joia da natação brasileira e, pelo menos até 2022, defenderá o verde-amarelo. Depois disso, porém, há o sério risco de a Holanda ganhar de bandeja um potencial multimedalhista olímpico por oferecer algo que hoje ele não tem em São Paulo: uma piscina de 50 metros para treinar.

Stephan é filho de uma médica pernambucana e de um empresário holandês, ambos radicados em São Paulo. Na natação desde os 3 anos, se acostumou a colecionar títulos e recordes brasileiros nas categorias de base. Há dois anos, passou a escrever seu nome também também na tradicional natação holandesa, por uma saudável pressão do pai, que o incentiva a competir também em seu país natal.

“Na primeira vez foi bem difícil, eu não sabia falar holandês. Eu percebia que os outros nadadores ficavam me olhando, meio que perguntando ‘o que ele está fazendo aqui?’. Logo na primeira prova eu bati um recorde do Pieter van den Hoogenband e eles ficaram meio que sem entender”, lembra o nadador, que hoje sabe dizer em holandês “bom dia”, “obrigado”, e uma série de palavrões.

Van den Hoogenband, dono de três medalhas de ouro olímpicas, ainda era, até 2017, o recordista holandês sub-13 nos 200m livre em piscina curta. Quando Stephan começou a competir na Holanda, porém, esse e muitos outros recordes nacionais de categoria foram destroçados. No sub-15, o paulistano é recordista holandês em piscina longa em três provas (200m peito, 200m e 400m medley). Nos 800m livre, seu tempo no Campeonato Brasileiro Juvenil disputado no início do mês é 21 segundos melhor que o recorde de Van den Hoogenband, que já dura 26 anos.

Não à toa, o brasileiro é, em suas palavras, “mimado” pelos dirigentes holandeses. “Sempre que eu estou lá, eles me perguntam se está tudo certo por aqui, se eu tenho tudo que eu preciso, o que eles podem fazer por mim.”

Por ter documentos holandeses, Stephan pode se inscrever normalmente para competir nos torneios nacionais da Holanda e o faz duas vezes por ano, nos campeonatos de base. Mas, internacionalmente, ele só pode defender um país, que, por enquanto, é o Brasil. Vai continuar sendo assim até pelo menos os 18 anos, até que ele complete o ensino médio, apesar da vontade diferente do pai.

“Lá na Holanda existe um instituto de esportes que obriga sua escola a te colocar em uma rotina que te ajude na natação. Eles valorizam um pouco mais o atleta. Mas sempre quis terminar o ensino médio aqui, prefiro. O que talvez aconteça é eu fazer a universidade na Holanda, porque é tudo muito perto e acaba que é melhor”, explica.

Se a questão educacional está por enquanto resolvida, até porque o garoto estuda em um dos melhores colégios de São Paulo, a falta de infraestrutura é uma preocupação presente o tempo todo. A maior promessa da natação brasileira não tem uma piscina de 50 metros para treinar na maior cidade do país.

Quando entrou na equipe de Eric Sona, seu atual treinado, Stephan treinava diariamente no Centro Olímpico, núcleo de alto-rendimento da Prefeitura de São Paulo, no Ibirapuera. Na época, eles faziam parte da ONG Novos Cielos, comandada pela família de Cesar Cielo. Quando o projeto acabou na capital paulista, Sona passou a dar treinos no Clube Esperia, na zona Norte, e depois seguiu para a AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), na zona sul.

Convites para defender grandes clubes como o Pinheiros não param de chegar, mas Stephan não abre mão de continuar sendo treinado por Sona, que o transformou no grande nadador que já é. “Muita gente que vai para o Pinheiros pelo dinheiro não melhora. É isso que eu tenho muito medo de acontecer: eu mudar de técnico, não me adaptar ao técnico e piorar.”

Sem defender uma grande equipe, Stephan não consegue autorização para utilizar as duas piscinas de ótima qualidade que costumam receber atletas de ponta em São Paulo: do Centro Paraolímpico (administrado pelo Comitê Paraolímpico) e do Centro Olímpico. Outras opções públicas seriam o Pacaembu, que costuma ter raias lotadas (inviáveis para treinamentos de alto-rendimento), e o Ibirapuera (oficialmente fechada).

As chances de Stephan chegar à seleção brasileira já nos Jogos Olímpicos de Tóquio são praticamente inexistentes, mas o garoto vai participar da seletiva brasileira em abril do ano que vem, quando já terá 16 anos. A ideia é pegar experiência e melhorar suas marcas que são consideradas fantásticas para sua idade. Não será surpresa, inclusive, se subir ao pódio do Troféu Brasil.

Nos 1.500m, por exemplo, seu tempo de 15min26s77 no Brasileiro de Verão, disputado em dezembro, representou uma melhora de 34 segundos na sua então melhor marca. Para a Olimpíada, o índice é 15min00s99. Nos 800m, ele precisa melhorar de 8min07s para 7min54s31.

Sua prova preferida, porém, é aquela tida como a mais dolorida da natação, os 400m medley. Seu ídolo, nenhuma surpresa, é Michael Phelps. “Todo mundo se inspira nele, mas eu também me inspiro muito no Brandonn Pierry, na prova que ele faz, e no Thiago Pereira, pelo jeito que entrou para ganhar do Phelps na Olimpíada”, cita.

A contabilidade de recordes mundiais de categorias abaixo do júnior é ruim, mas algumas comparações permitem colocar em perspectiva a qualidade de Stephan, que fez 4min21s35 no Brasileiro de dezembro, a dois meses de completar 16 anos. Nos Estados Unidos, em 2017, também com 15, Carson Foster fez 4min21s10. No ano seguinte, aos 16, melhorou para 4min14s92, batendo um histórico recorde nacional de Michael Phelps.

Se seguir pelo mesmo caminho, o brasileiro pode fechar 2020 nadando abaixo do índice olímpico para Tóquio, que é 4min15s84. Por enquanto, o tempo de Stephan nos 400m medley aos 15 anos já é melhor que o recorde brasileiro sub-16 de Lucas Salatta (4min21s60 em 2003) e fica a só quatro segundos dos 4min17s48 de Brandonn, recorde nacional sub-17. Já o recorde brasileiro adulto foi estabelecido por Thiago ao ganhar a prata olímpica em 2012: 4min08s86.

Na base do “um passo de cada vez”, Stephan quer ser convocado o máximo de vezes possíveis para defender a seleção brasileira daqui até 2024 e diz que seu sonho, por enquanto, é estar um uma final olímpica. “É uma ambição, um objetivo de vida, o que eu mais quero, pegar uma final olímpica. É um sonho realista. Eu penso, sim, que posso ganhar uma medalha, mas agora, para esse momento, a principal meta é pegar índice para Olimpíada de Paris.”

(POR FOLHAPRESS)

 

 

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Esporte

Copa América: Brasil encara Colômbia de olho na liderança do Grupo D

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A seleção brasileira de futebol entra em campo contra a Colômbia, na noite desta terça-feira (23), de olho na classificação às quartas de final da Copa América, nos Estados Unidos. O Brasil depende apenas de um empate no último duelo da fase de grupos para avançar na competição. Em caso de vitória, a seleção vira líder da chave D e terá o Panamá (segundo lugar no grupo C) como adversário nas quartas, escapando do Uruguai, primeiro colocado..Brasileiros e colombianos se enfrentam a partir das 22h (horário de Brasília), no Levi’s Stadium, na cidade de Santa Clara, na Califórnia.

Se por um lado a equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior chega embalada para a terceira partida da Copa América, após desencantar com placar de 4 a 1 sobre o Paraguai na última sexta (28), do outro lado do campo estará a Colômbia, que ostenta uma invencibilidade de 25 jogos. Atual líder do Grupo D, a Colômbia tem seis pontos, obtidos com vitórias sobre o Paraguai (2 a 1 ) e Costa Rica (3 a 0). Já o Brasil soma quatro pontos (um empate sem gols contra a Costa Rica e a goleada contra o Paraguai).

O embate de hoje pode ter clima de revanche, após o revés brasileiro (2 a 1), em partida das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, em novembro do ano passado..Na ocasião, a seleção estava sob comando do técnico interino Fernando Diniz.

Ciente do desafio que tem pela frente, o técnico Dorival Júnior fez suspense sobre os relacionados para o jogo desta noite, mas adiantou que não descartada mudanças no time.

“Tem alterações dentro da necessidade da partida. Nós estamos estudando bastante a equipe colombiana, aliás uma excelente equipe, vem tendo uma regularidade muito boa e alcançando resultados muito interessantes”, elogiou Dorival, durante coletiva de imprensa na segunda-feira (1º).

Quatro jogadores da seleção – Wendell, Éder Militão, Vinicius Júnior e Lucas Paquetá – não podem correr o risco de receber o segundo cartão amarelo na partida de hoje, caso contrário ficarão fora da partida das quartas de final.

“Não serão levados em conta [os cartões], vamos entrar com melhor formação possível para essa partida, independente da situação de cada um, queremos fazer nosso melhor e conquistar o melhor resultado possível”, garantiu o técnico.

Na última sexta (28),  Dorival levou a campo  Alisson; Danilo, Éder Militão (Gabriel Magalhães), Marquinhos e Wendell; João Gomes, Bruno Guimarães (Douglas Luiz) e Lucas Paquetá (Andreas Pereira); Vinicius Júnior., Savinho (Raphinha) e Rodrygo (Endrick).

           

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Esporte

CR7 chora após perder pênalti, mas goleiro salva, e Portugal avança na Euro

As seleções ficaram no 0 a 0 durante o tempo normal e prorrogação.

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Portugal sofreu, viu Cristiano Ronaldo viver uma noite de muitas emoções, mas venceu a Eslovênia por 3 a 0, nos pênaltis, e avançou às quartas de final da Eurocopa, nesta segunda-feira (1°). As seleções ficaram no 0 a 0 durante o tempo normal e prorrogação.

Diogo Costa foi o herói da noite no estádio Deutsche Bank Park, em Frankfurt. O goleiro português defendeu as cobranças de Ilicic, Balkovec e Verbic, e colocou Portugal na fase seguinte. No final da prorrogação, ele já havia feito um milagre após lambança do zagueiro Pepe.

Cristiano Ronaldo foi da irritação ao choro na partida. O astro português se mostrou bastante nervoso com os erros no primeiro tempo do duelo e foi às lágrimas na prorrogação após ter um pênalti defendido por Oblak. Na decisão por pênaltis, no entanto, converteu a sua batida e pediu desculpas à torcida.

Portugal vai encarar a França nas quartas de final da Eurocopa. As duas seleções se enfrentam na próxima sexta-feira (5), às 16h (de Brasília), no Volkspark Stadium.

PORTUGAL

Diogo Costa; João Cancelo (Rúben Neves), Rúben Dias, Pepe (Nelson Semedo) e Nuno Mendes; João Palhinha, Vitinha (Diogo Jota) e Bruno Fernandes; Bernardo Silva, Rafael Leão (Francisco Conceição) e Cristiano Ronaldo. T.: Roberto Martínez

ESLOVÊNIA

Oblak; Karnicnik, Drkusic, Bijol e Balkovec; Cerin, Stojanovic (Verbic), Mlakar (Stankovic) e Elsnik (Ilicic); Sporar (Celar) e Sesko. T.: Matjaz Kek

Local: Deutsche Bank Park, em Frankfurt (ALE)
Árbitro: Daniele Orsato (ITA)
Assistentes: Ciro Carbone (ITA) e Alessandro Giallatini (ITA)
VAR: Massimiliano Irrati (ITA)
Cartões amarelos: Drkusic, Karnicnik, Celar, Bijol (ESL).

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Esporte

Inglaterra e Espanha se classificam na Eurocopa

O domingo começou com Inglaterra e Eslováquia na Veltins-Arena, em Gelsenkirchen.

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No 17º dia da Eurocopa 2024, o futebol brilhou intensamente. Ser favorito não garante facilidades, como comprovaram Inglaterra e Espanha, à beira da eliminação. Ambas as seleções protagonizaram lances impressionantes, que podem servir de inspiração para o restante do torneio.

O domingo começou  com Inglaterra e Eslováquia na Veltins-Arena, em Gelsenkirchen. A equipe de Gareth Southgate novamente não convenceu, enfrentando dificuldades contra os eslovacos. Ivan Schranz surpreendeu ao marcar, e a Inglaterra igualou aos 95′, levando o jogo para a prorrogação com um gol de bicicleta de Bellingham. Harry Kane deu a vitória de cabeça aos ingleses.

Enquanto isso, a Espanha derrotou a Geórgia por 4-1, mas não começou bem, com um gol contra de Le Normand. Rodri liderou a virada no RheinEnergieStadion, em Colônia, com três gols na segunda etapa.

Entre os jogos, Roberto Martínez e Bruno Fernandes participaram da coletiva de imprensa antes do confronto de Portugal com a Eslovênia, marcado para segunda-feira. Martínez destacou a importância da derrota na fase de grupos para a equipe lusa, enquanto Fernandes elogiou o desempenho de Portugal até o momento.

Nesta segunda-feira, Portugal enfrenta a Eslovênia no Deutsche Bank Park, Frankfurt, em um jogo decisivo para os quartos de final. Antes, França e Bélgica se enfrentam no Merkur Spiel-Arena, Düsseldorf.

Foto Getty

Por Notíicas ao minuto

           

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