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Saúde

Confinados, casais lutam contra dificuldades da hiperconvivência

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Todos os serviços não essenciais serão fechados. Com isso, a temporada de recolhimento de muitos casais pode se estender

EMILIO SANT’ANNASÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dois meses após se casarem, Amanda Santana Portela, 23, e Ricardo Kaluan de Oliveira, 27, estão, desde quarta-feira (18), 24 horas por dia juntos em casa. Ela é analista de comunicação. Ele, analista de compras. Ambos passaram a fazer home office devido à pandemia causada pelo novo coronavírus.

Em sua opinião, o casal:

a) Ganhou uma nova lua de mel e a oportunidade de se conhecer ainda melhor.

b) Ganhou um grande problema e a oportunidade de descobrir o que um não suporta no outro.Por ora, a reposta do casal parece ser a primeira alternativa. “Estamos ocupando a mesa da sala [para trabalhar] e ‘brigando’ por espaço. Fora isso, estamos bem, por enquanto”, diz Ricardo em tom de brincadeira.

“Casamos recentemente e não tínhamos ainda ficado assim, os dias inteiros juntos.””Ele deve estar me odiando, mas não sabe ainda. Como é muito recente está ok”, completa Amanda. “

“Mas na segunda e na terça passei o dia inteiro aqui sozinha trabalhando e foi muito mais difícil”, diz ela.Ao fim da primeira semana trabalhando de casa, os dois se divertem com as novas dificuldades como a adaptação do espaço de trabalho e da rotina do casal.

“A algumas coisas nós vamos nos adaptar. Com outras vamos aprender”, diz Ricardo. “Já botei na minha cabeça que serão de dois a três meses para as coisas começarem a voltar ao normal.”A partir de terça-feira (24), o estado de São Paulo, que concentra o maior número de mortes por Covid-19, entra em quarentena oficial por 15 dias, anunciada pelo governador João Doria (PSDB) no último sábado (21).

Todos os serviços não essenciais serão fechados. Com isso, a temporada de recolhimento de muitos casais pode se estender.

Assim como os dois, o casal Isabelle Poltronieri, 30, e Daniel Poltronieri, 31, está em fase de adaptação à rotina a dois 24 horas durante os sete dias da semana. Ela é analista de marketing de uma empresa do setor de saúde; ele é gerente comercial de uma fabricante de bebidas. Casados há quatro anos, o único contratempo que tiveram na semana foi em decorrência do trabalho.

“O maior problema foi quando tivemos que fazer duas videoconferências ao mesmo tempo, ela num cômodo e eu no outro, nenhum dos dois com fones de ouvido”, diz Daniel. “No relacionamento, vamos ter que criar regras profissionais.

“Um dos primeiros pontos para fazer a convivência dar certo, de acordo com Isabelle, é reconhecer que algumas situações que geram tensão serão inevitáveis. “Os conflitos vão existir. É impossível não ter, mas eles se resolvem com base na conversa e no entendimento”, diz ela.

Sobre isso, o psicanalista Flávio Carvalho Ferraz, professor do Instituto Sedes Sapientiae, dá uma dica importante para manter a convivência a dois saudável: “Agora é hora de lembrar do que é essencial, de não se preocupar com detalhes, pequenos prazeres e confortos. É hora de dividir tudo”, afirma.

Na última semana, Flávio passou atendendo seus pacientes em sessões pela internet, e os relatos de seus pacientes passaram pelas dificuldades de manter a vida do casal e da casa em harmonia. Ao mesmo tempo em que redes de solidariedade se formam, por exemplo, em vizinhanças e condomínios -com pessoas jovens se oferecendo para fazer e levar as compras de idosos-, dentro de casa as coisas podem não ir tão bem, diz o psicanalista.

Segundo Flávio, problemas de relacionamento e neuroses que já existem tendem a se manifestar na atual situação de quarentena. Os tipos de conflito que podem surgir também se relacionam com a classe social das pessoas.

Para algumas, assumir as funções domésticas da empregada dispensada em tempos de pandemia é uma fonte de estresse e origem de brigas.Para outras, porém, o estresse surge de fatores mais inevitáveis. “Dentro de casa há problemas de todos os tipos, como as pessoas que vivem em casas muito pequenas em que não há espaço. Já soube de situações em que o casal está se revezando entre quem fica no apartamento e quem vai para a garagem trabalhar de dentro do carro”, afirma.

Veja também: Site pesquisa sobre os motivos que levam o fim de um relacionamento

A vida dos casais em home office e com filhos tem desafios a mais. No caso de Gabriela Lobianco, 38, e Erin Egan, 32, pais de Cecília, 5, as dificuldades se somam ao fato de estarem em outro país, longe da família.Ela trabalha como gerente de atendimento e ele é engenheiro sênior de empresas de tecnologia, em Cork, na Irlanda. Ambos estão trabalhando de casa desde o dia 9 deste mês. “A dificuldade maior é associar a agenda de trabalho aos cuidados com a nossa filha”, diz Gabriela.

Erin está trabalhando no escritório, e Gabriela tem usado a mesa da sala de estar. “Acabo atendendo as demandas dela, de ajeitar algo para ela comer até trabalhar com ela no colo”, diz.

Flávio Ferraz explica que às tensões normais de um período de convivência fora dos padrões, mesmo para casais, se soma um fator completamente novo: o medo. “Os casais estão experimentando um convívio inédito junto com o temor do contágio”, diz o psicanalista.

Excesso de convivência e medo do coronavírus à parte, há quem encare essa situação de forma positiva e veja uma oportunidade para cuidar mais de quem se ama.Em Belo Horizonte, a arquiteta Paula Pedrosa, 34, vinha sentindo a necessidade de desacelerar sua rotina de trabalho e passar mais tempo com a família desde o final de 2019.

Em casa, as responsabilidades de limpeza e arrumação foram divididas ela, o marido e a filha de 11 anos, e todos têm cooperado. Para se manter firme, e ser uma espécie de centro emocional da família, ela evita acompanhar as notícias sobre a pandemia na televisão e internet, mas se mantém bem informada com o auxílio de todos.

“Claro que não queria que isso estivesse acontecendo, mas estou tentando focar na família e em coisas boas”, afirma.

POR EMILIO SANT’ANNA – FOLHAPRESS

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Saúde

Com avanço da febre oropouche em Pernambuco, Saúde reforça cuidados para gestantes

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Após o caso do feto morto com 30 semanas de gestação (sete meses) por possível infecção da mãe causada pelo vírus oropouche, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) alerta sobre a importância das precauções básicas para minimizar os perigos às mulheres grávidas e aos seus bebês.

A preocupação com os efeitos pouco conhecidos da febre oropouche nos dias atuais levou a SES-PE a compartilhar também, em nota técnica lançada nesta quarta-feira (17), orientações relativas à assistência às gestantes e que são direcionadas aos profissionais de saúde que cuidam diretamente da mulher na gravidez.

O documento foi elaborado pelas gerências de Atenção à Saúde da Mulher (Geasm) e Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Geasc) da pasta. A nota técnica está disponível no site do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE).

A publicação Arboviroses e os Cuidados na Gestação destaca como medidas de prevenção:

  • O uso de repelentes especiais para grávidas e crianças nas áreas expostas do corpo;
  • Uso de roupas compridas de cor clara;
  • Mosquiteiros e telas nas residências;
  • Uso de inseticida e larvicida;
  • Vedação de caixas de água e outros recipientes;
  • Garrafas sempre emborcadas;
  • Limpeza de quintal e calhas, além de descarte de lixo em sacolas fechadas e locais adequados.

“A gente ressalta que as arboviroses, ao adoecerem pessoas com útero gestantes, podem trazer complicações. Esse grupo merece um acompanhamento próximo, principalmente nas situações de vulnerabilidade. Não há tratamento antiviral específico, sendo o manejo sintomático (cuidados para aliviar os sintomas). Os impactos gerados pelo adoecimento podem atingir o binômio gestante e feto, o que aumenta os desafios na Saúde Pública”, alerta a médica ginecologista Cleonúsia Vasconcelos, gerente da Geasm.

Na nota técnica, além do reforço à necessidade de as pessoas, principalmente as gestantes, procurarem ajuda nas unidades de saúde a partir sintomas sugestivos (febre súbita, mal-estar, dor de cabeça, dor na parte profunda dos olhos, dor abdominal intensa e manifestações hemorrágicas, entre outros), foram pontuadas orientações para os profissionais da ponta. Entre elas, avaliação de sinais vitais, de hidratação de pele e mucosa, assim como ausculta pulmonar.

Como os sintomas fisiológicos da gravidez podem mascarar e retardar o diagnóstico de gravidade, os profissionais devem se embasar principalmente pela confirmação laboratorial da doença, com a realização de testes moleculares (RT-PCR).

Mulheres grávidas, sem quadro de risco, em acompanhamento ambulatorial, devem ser instruídas a repousar, reforçar a hidratação, fazer hemograma de plaquetas para controle basal e manter monitoramento até 48 horas de queda da febre. Para gestantes com risco, deve-se fazer encaminhamento para internamento.

“O fato de a febre oropouche ser uma doença autolimitada, seus efeitos durante a gravidez não são totalmente compreendidos, o que gera a necessidade de monitoramento cuidadoso e gestão adequada. Os profissionais de saúde devem estar atentos para fazer avaliação clínica, ofertar exames diagnósticos e medicações sintomáticas, além de realizar a notificação compulsória”, frisa Cleonúsia Vasconcelos.

Fonte: JC

           

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Saúde

Mioma Uterino: a importância de conhecer e tratar essa condição feminina

Veja algumas informações com a Dra. Bianca Bernardo, que é ginecologista e especialista em reprodução.

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Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 80% das mulheres em idade fértil possuem miomas uterinos. Embora seja um tema recorrente em conversas entre mulheres, muitas dúvidas ainda pairam sobre essa condição e seus impactos na saúde feminina.

Recentemente, a apresentadora Cariúcha foi internada de emergência para a retirada de 17 miomas. Ela revelou que chegou a ficar quatro meses menstruada, vivendo à base de antibióticos e anti-inflamatórios.

A Dra. Bianca Bernardo, ginecologista e especialista em reprodução da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, explica que o mioma uterino, ou fibroma uterino, é um tumor benigno originado de uma célula alterada do miométrio, a camada muscular do útero. “O mioma surge de uma célula modificada que perde sua capacidade de controle de divisão celular e, sob estímulo dos hormônios esteroides, começa a crescer. Eles possuem receptores para estrogênio e progesterona, que induzem esse crescimento formando nódulos”, explica Bianca.

Em 2023, de acordo com o Ministério da Previdência Social, os miomas foram a principal causa de afastamento de mulheres do trabalho no primeiro semestre, afetando mais de 21 mil pessoas.

Fatores de risco, como genética e raça, podem favorecer o aparecimento de miomas. Estudos mostram que mulheres negras são mais propensas a desenvolver miomas do que mulheres de outros grupos raciais. Outros fatores incluem hábitos de vida, consumo de álcool, obesidade e hipertensão.

Enquanto 75% das mulheres não apresentam sintomas e só descobrem a doença em exames de rotina, 25% sofrem com sintomas como sangramentos, cólicas, dores, alterações no ciclo menstrual, volume abdominal, dores durante o ato sexual, prisão de ventre, incontinência urinária e infertilidade. “O tratamento do mioma depende da gravidade dos sintomas de cada paciente. Se os sintomas forem leves, é possível apenas acompanhar com o ginecologista. Mas, se forem intensos e afetarem a qualidade de vida, é preciso tratá-los”, afirma Bianca.

Para mulheres que não desejam engravidar, o uso de medicamentos, como pílulas contraceptivas, DIU ou anti-inflamatórios, pode ser recomendado para alívio dos sintomas. Caso o tratamento conservador não melhore o quadro clínico, cirurgias como retirada do útero, laparotomia, laparoscopia, cirurgia robótica, histeroscopia, ablação dos miomas por radiofrequência ou embolização das artérias que nutrem esses tumores podem ser opções.

Para mulheres com sintomas de infertilidade, onde o mioma pode atrapalhar uma possível gestação, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. “Não há uma relação direta entre mioma uterino e infertilidade feminina, mas a condição pode dificultar uma gestação dependendo do tamanho e localização dos miomas, especialmente os maiores que 5 cm ou aqueles que afetam a cavidade endometrial. Eles podem gerar abortos de repetição ao distorcer a anatomia uterina e impedir a implantação adequada do embrião no endométrio”, aponta Bianca.

Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Dicas de Saúde: Infecções Vaginais Comuns

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1️⃣ Candidíase: Causada pelo fungo Candida, provoca coceira, corrimento branco e espesso, além de ardor ao urinar.

2️⃣ Vaginose Bacteriana: Caracterizada por um corrimento cinza e um odor forte. O desequilíbrio das bactérias vaginais é o principal responsável.

3️⃣ Tricomoníase: Uma infecção sexualmente transmissível causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode provocar corrimento amarelado ou esverdeado e coceira.

4️⃣ Clamídia: Outra IST que pode ser assintomática, mas também pode causar dor pélvica, corrimento e desconforto ao urinar.

5️⃣ Gonorreia: Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, pode provocar corrimento, dor ao urinar e sangramento entre as menstruações.

Se você suspeitar de alguma infecção, procure um ginecologista para diagnóstico e tratamento adequado.

Por Dra. Giannini Carvalho  – Ginecologista e Obstetra

 

           

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