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Política

Aldo Rebelo reconfigura gestão Nunes com aceno a bolsonarismo e amplitude

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A posse de Aldo Rebelo, 67, como secretário de Relações Internacionais na Prefeitura de São Paulo, marcada para esta segunda-feira (19), dá início à reconfiguração do secretariado de Ricardo Nunes (MDB) com vistas à eleição municipal e ajuda o prefeito em duas tarefas -acenar ao bolsonarismo e sinalizar amplitude em seu arco de apoiadores.

Ex-ministro dos governos Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT) e ex-deputado federal (1991-2015), Rebelo tem uma trajetória que permite as duas leituras contraditórias. Por um lado, o militante comunista, que fez carreira no PC do B, é listado por Nunes e aliados entre os nomes da esquerda que o apoiam, o que seria uma evidência da frente ampla que o prefeito reivindica, que tem Jair Bolsonaro (PL) na outra ponta.

Ao mesmo tempo, a escolha de Rebelo por Nunes foi elogiada por bolsonaristas, inclusive Fabio Wajngarten, que se identificam com valores que o ex-ministro prega, como nacionalismo, soberania da Amazônia e direito de defesa. O futuro secretário também tem boa relação com os militares (foi ministro da Defesa) e com o agronegócio.

Em um sinal da aproximação entre Rebelo e Bolsonaro, o ex-presidente publicou no sábado (17) um trecho de uma entrevista em que o ex-ministro diz que não se pode “atribuir nenhum tipo de seriedade” à tentativa de golpe bolsonarista que está no alvo do STF (Supremo Tribunal Federal).

Na tarde desta segunda, uma cerimônia vai marcar a posse de Rebelo na pasta que era comandada por Marta Suplicy (PT) e também oficializar a entrada de José Renato Nalini, ex-secretário estadual de Educação e ex-presidente do TJ-SP, na chefia da Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas.

Desde 5 de janeiro, Nalini substitui o ex-vereador Gilberto Natalini, que aceitou outra proposta de trabalho e deixou a pasta. Novas mudanças no secretariado serão motivadas pela eleição, já que ao menos quatro secretários devem sair até 6 de abril para concorrer à Câmara Municipal.

O prefeito também buscou abrir espaço ao bolsonarismo na sua gestão ao convidar o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos) para a Secretaria de Urbanismo e Licenciamento, cujo titular quer se afastar por razões pessoais. Indicado com o aval do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), Abduch ainda não deu resposta a Nunes, já que também é cotado para integrar a chapa do prefeito como vice e aguarda essa definição.

Aldo Rebelo e Bolsonaro foram colegas na Câmara dos Deputados, jogaram futebol juntos e mantiveram convergência em pautas como o questionamento da atuação de ONGs estrangeiras na Amazônia.

Como registrou a Folha de S.Paulo em dezembro de 2002, Bolsonaro foi atrás de Lula na Granja do Torto para defender o nome de Rebelo para o Ministério da Defesa. Durante o governo de Bolsonaro, porém, o ex-ministro não teve contato com o então presidente.

Segundo emedebistas, Rebelo divide com eles a avaliação de que Bolsonaro deve agir como mais um apoiador de Nunes e não como o dono da candidatura, para evitar a nacionalização pretendida pelo rival Guilherme Boulos (PSOL) e Lula. Ele também minimiza a contaminação do prefeito pela operação da PF que mira o golpismo de Bolsonaro.

De acordo com interlocutores, Rabelo argumenta que uma verdadeira tentativa de golpe de Estado exigiria mais preparo, sofisticação e apoios de peso do que a atribuída pela PF a Bolsonaro, e Lula usaria a ameaça à democracia como plataforma política.

“Atribuir uma tentativa de golpe a aquele bando de baderneiros é uma desmoralização da instituição do golpe de Estado”, disse ao Poder 360 sobre o 8 de janeiro.

Para aliados de Rebelo, que chegou a ir ao congresso do MBL no ano passado, o ex-ministro defende as mesmas bandeiras da sua juventude: nacionalismo, democracia e direitos sociais. Só que a agenda da esquerda teria se deslocado em direção ao identitarismo, abrindo caminho para a aproximação do conservadorismo de direita com o pensamento dele.

O partido atual de Rebelo, o PDT, declarou apoio a Boulos. O futuro secretário, porém, se recusou a embarcar na campanha do psolista e, em 16 de janeiro, fez uma visita ao prefeito, que lhe convidou para integrar a gestão.

Rebelo, então, se licenciou do PDT. Sua divergência com Boulos vem da época em que era ministro do Esporte, e o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) promovia protestos contra a realização da Copa no Brasil.

“Era um movimento que promovia quebra-quebra, sabotagem da Copa. Não tenho como apoiar uma pessoa dessas”, declarou Rebelo ao Painel.

Segundo aliados, Rebelo aceitou o convite pela necessidade de reunir forças para derrotar Boulos. Ele, inclusive, trabalhou para que o PDT integrasse a gestão de Nunes e o apoiasse, mas a articulação não deu certo.

Na visão do ex-ministro, enquanto Boulos não foi testado na gestão pública, Nunes seria favorito por não ter grande rejeição, ter uma aliança com capilaridade e dar visibilidade a sua administração por meio de investimentos.

A ideia de convidar Rebelo partiu do ex-chanceler Aloysio Nunes (PSDB), que chefiava a SP Negócios (agência de investimentos e exportações da prefeitura), mas deixou o cargo neste mês após ser nomeado por Lula para ocupar uma diretoria da Apex (agência nacional de exportação) na Bélgica. O tucano diz que segue apoiando a reeleição de Nunes.

Entraram em campo para convencer Rebelo, que estava de mudança para Maceió e com planos de escrever novos livros, o presidente do MDB, Baleia Rossi, e o ex-presidente Michel Temer (MDB).

Na Secretaria de Relações Internacionais, Rebelo quer dar continuidade aos projetos de Marta, incluindo a agenda antirracismo, mas também pretende incluir o tema do desenvolvimento na pauta ambiental e tratar de segurança alimentar e combate à fome.

O futuro secretário quer impulsionar São Paulo nos eventos mundiais que serão sediados no Brasil: o G20, no Rio, em novembro, e a COP30, em Belém, em 2025. Rebelo planeja criar um fórum paulistano para discutir a COP.

A ex-prefeita deixou a gestão Nunes em janeiro, após aceitar um convite de Lula para voltar ao PT e ser vice na chapa de Boulos, o que foi considerado uma traição no entorno do prefeito. A justificativa da agora petista foi a aliança de Nunes com Bolsonaro, que ela repudia.

Como resposta, aliados de Nunes trabalharam para que Rebelo fizesse o caminho inverso -se afastasse do PDT aliado a Boulos para encorpar a campanha de Nunes. Além de substituir Marta no gabinete do 7º andar da prefeitura, Rebelo tomou seu lugar como símbolo da chamada frente ampla de Nunes.

Enquanto Boulos prega representar uma frente ampla democrática e antibolsonarista, Nunes diz que a frente ampla é a dele, que pretende ter 12 partidos na coligação e costuma citar apoiadores diversos como Bolsonaro, Rebelo, Tarcísio e Paulinho da Força (Solidariedade).

Fonte:FOLHAPRESS

           

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Política

PF encontra com Ramagem roteiro para Bolsonaro pôr sob suspeita urnas eletrônicas

A PF também achou documentos com “informações difamatórias” sobre o ministro Alexandre de Moraes.

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A Polícia Federal encontrou com o ex-chefe da Agência de Inteligência Brasileira (Abin) Alexandre Ramagem e-mails contendo um roteiro de orientações para o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre ataques a urnas eletrônicas. A PF também achou documentos com “informações difamatórias” sobre o ministro Alexandre de Moraes, relator no STF das investigações mais sensíveis ao ex-chefe do Executivo e seus aliados.

A informação foi divulgada pelo jornal O Globo nesta sexta, 26, e confirmada pela reportagem do Estadão junto à fontes na Polícia Federal. Esse dado foi usado para confrontar Ramagem durante o depoimento que ele prestou na semana passada, sobre os achados que levaram à quarta fase da Operação Última Milha – investigação sobre a ‘Abin paralela’, esquema de bisbilhotagem e monitoramento de políticos, ministros do Supremo e jornalistas no governo Bolsonaro.

Quando depôs, Ramagem tentou atribuir a responsabilidade da suposta arapongagem em dois ex-integrantes da ‘Abin paralela’, um policial federal e um sargento do Exército cedidos na época para ocuparem cargos estratégicos na Agência. Documentos encontrados com Ramagem já haviam sido citados na representação da PF pela abertura da mais recente fase da ‘Última Milha’.

Como mostrou o Estadão, os arquivos intitulados ‘presidente’ citavam a “família Bolsonaro” e detalhavam orientações sobre o caso Fabrício Queiroz – o inquérito das ‘rachadinhas’, que mirou o filho mais velho do ex-presidente, Flávio, quando este exercia o mandato de deputado estadual no Rio.

A PF diz que os documentos corroboram a premissa investigativa de que as informações da ‘Abin paralela’ abasteciam o “núcleo-político” da organização criminosa sob suspeita.

Os arquivos também são usados pelos investigadores para atribuir a Ramagem ‘domínio do fato’, ou seja, que ele tinha conhecimento da arapongagem.

‘Domínio do fato’ – usado pela PF para imputar envolvimento de Ramagem com os crimes supostamente praticados pelos ex-integrantes da Agência -, tem relação com uma teoria jurídica que foi utilizada cabalmente durante o julgamento do Mensalão.

Na ocasião, essa teoria foi citada pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para embasar a acusação e condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Depois, a tese também foi evocada na Operação Lava Jato.

A tese foi aprofundada pelo jurista alemão Claus Roxin, citado em meio ao julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal, em 2012.

Roxin entendia que ocupantes de um ‘aparato organizado de poder’ que ordenassem a execução de crimes teriam de responder como ‘autores’ do delito. Ele admitiu que aprofundou a tese em razão da preocupação com a possível impunidade do alto escalão do nazismo, generais de Adolf Hitler que alegaram não ter ligação com atrocidades nos campos de concentração.

A teoria, importada da Alemanha, usada no Mensalão e na Operação Lava Jato – escândalos durante o governo Lula – agora é aplicada a Ramagem.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Política

Chapa Nininho e Tácio será oficializada nesta sexta-feira (26), em Parnamirim

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A Coligação Avança Mais em Parnamirim, no Sertão, está se preparando para um importante evento político que marcará o início de sua campanha para as próximas eleições municipais. A convenção será realizada nesta sexta-feira (26), com concentração às 13h, na Quadra Municipal Carlos Cabral. Durante o evento serão oficializados os nomes dos pré-candidatos da coligação. Nininho (Ferdinando Lima de Carvalho), atual prefeito, é candidato à reeleição em Parnamirim. Já o ex-prefeito Tácio Pontes disputará o cargo como vice na chapa.

Em suas redes sociais, a coligação, que envolve quatro partidos (MDB, PSD, PT e Rede) convidou apoiadores e filiados a participarem da convenção.

Fonte: Fala PE

           

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Política

Petrolândia e Santa Cruz são os primeiros municípios do Sertão pernambucano com candidaturas já registradas para as Eleições Municipais de 2024

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Desde o dia 20 de julho, quando começou o prazo de realização das convenções partidárias, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou sistema para solicitação do registro de candidaturas. A partir do registro, que segue até 15 de agosto, o postulante a prefeito ou vereador deixa de ser pré-candidato e passa a ser efetivamente candidato.

Até a manhã de hoje, 26, Petrolândia e Santa Cruz da Venerada eram os dois únicos municípios do Sertão pernambucano com candidaturas já registradas, tanto para prefeito quanto para vereador. Outros municípios do Estado com inscrições de candidaturas são Barreiros, Camaragibe, Feira Nova e Recife.

Segundo informações da plataforma DivulgaCand, do TSE, Petrolândia conta com o registro da candidatura de Fabiano Marques, que concorrerá à reeleição para prefeito, e de 38 candidatos à Câmara de Vereadores. Já Santa Cruz tem a candidatura de Cachoeira para prefeito, com apoio da atual prefeita Eliane Soares, e 17 candidatos ao legislativo. Todas aguardam julgamento da Justiça Eleitoral.

Fonte: Blog Alvinho Patriota

           

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