Conecte-se Conosco

Mundo

Aliados não se acertam, e Ucrânia segue sem tanques alemães contra a Rússia

O Reino Unido segue sozinho na promessa de enviar tanques, sendo 14 modelos Challenger-2.

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

Os países que apoiam o esforço de guerra da Ucrânia contra a invasão russa, liderados pela Otan (aliança militar do Ocidente), não chegaram a uma conclusão sobre o envio de tanques para Kiev em uma muito antecipada reunião ocorrida na Alemanha nesta sexta (20).

O balde de água fria veio do novo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, o dono da chave que pode abrir a porta para o fornecimento do modelo deste tipo de blindado mais usado na Europa, o Leopard-2. Tecnicamente, operadores do tanque germânico têm de pedir permissão a Berlim para exportá-los a outro país.

“Há bons motivos a favor e contra as entregas, e tendo em vista a situação global de uma guerra que já dura quase um ano, todos os prós e contras têm de ser pesados muito cuidadosamente”, afirmou Pistorius, para horror de outros ministros reunidos na principal base americana na Alemanha, em Ramstein.

Pistorius disse que defesa antiáerea, como as baterias Patriot que Berlim, Washington e Amsterdã se comprometeram a enviar, é a prioridade do momento. Tudo indica que os alemães seguem evitando provocar os russos, por temer uma escalada no conflito que possa levar à Terceira Guerra Mundial -a dependência energética, motivo da cautela anterior, já foi praticamente cortada.

Participaram autoridades dos 30 países da Otan, dos dois candidatos a entrar na aliança, Finlândia e Suécia,, e de outras nações aliadas. Antes, ministros haviam feito pedidos explícitos para que Berlim cedesse.

Eles ouviram, por vídeo, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, praticamente implorar. “A guerra não permite atrasos. Eu posso agradecer a vocês centenas de vezes, mas centenas de obrigados não são centenas de tanques. O tempo precisa ser nossa arma comum”, afirmou. Presente, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, repetiu o apelo.

O secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, dourou a pílula. “Temos também de lembrar não apenas em focar nas novas plataformas, mas também assegurar que todas as que já estão lá sigam funcionando”, disse à agência Reuters.

Ao longo da guerra, o temor de escalada e o as limitações de arsenais próprios têm ditado o tamanho do apoio a Kiev, que já cresceu muito. Aviões de caça, por exemplo, são tabu ainda maior do que os tanques -a Otan vetou a transferência de MiG-29 poloneses, por exemplo.

A montanha em Ramstein, contudo, não chegou a parir apenas o rato da frustração de Kiev. Onze países apresentaram sua colaboração para um novo megapacote de ajuda militar, com vários armamentos que poderão fazer a diferença no campo de batalha.

A mais vistosa ajuda virá dos Estados Unidos, que com mais US$ 2,5 bilhões (R$ 13 bilhões) em armas chega a US$ 26,7 bilhões (R$ 140 bilhões) de apoio militar desde o começo da guerra -o maior no planeta, quase sete vezes o orçamento de defesa ucraniano de 2021.

O pacote americano inclui 59 veículos blindados de infantaria Bradley, 90 blindados leves Stryker e 18 obuseiros autopropulsados Paladin -que farão companhia a um número incerto do mesmo tipo de armamento Archer, doado pela Suécia.
A França designou um número ainda incerto de tanques leves AMX. Nesta sexta, o presidente Emmanuel Macron afirmou em uma base em seu país que o orçamento de defesa francês subirá quase 30% a partir de 2024, para quase US$ 75 bilhões (R$ 390 bilhões).

A Finlândia anunciou US$ 434 milhões (R$ 2,2 bilhões) em ajuda militar, mas ficou só na intenção de enviar alguns de seus 200 Leopard-2, 100 deles em estoque. O tanque é usado por 12 nações europeias, com uma frota de cerca de 2.300 unidades no continente.

Por ora, o Reino Unido segue sozinho na promessa de enviar tanques: 14 modelos Challenger-2 deverão chegar à Ucrânia em algum momento, nada que fará diferença no balanço da guerra. Especialistas do IISS (sigla inglesa para Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, de Londres) dizem que ao menos 100 tanques são necessários para impactar o conflito.

Zelenski queria 300. Antes da guerra, segundo o anuário Balanço Militar, do IISS, Kiev tinha 987 tanques, a maioria modelos soviéticos T-64 com graus diversos de modernização. Após o início do conflito, recebeu 230 T-72 soviéticos da vizinha Polônia, o mais beligerante membro do Leste Europeu da Otan. Até quinta (19), havia perdido 449 tanques na guerra, segundo o site de monitoramento Oryx.

O foco dos ucranianos é segurar o avanço russo no leste do país, que tem sido lento, mas constante. Nesta sexta, Moscou anunciou ter capturado Klischiivka, cidadezinha vizinha de Bakhmut, centro da ofensiva na região de Donetsk -a menos controlada pelos russos das quatro que Vladimir Putin anexou ilegalmente em setembro.

A reação russa à reunião alemã foi previsível. Após uma reunião do Conselho de Segurança liderado por Putin, o Kremlin disse que o eventual envio de tanques “não irá mudar nada fundamentalmente”.

“Nós estamos vendo um crescimento indireto, e às vezes direto, do envolvimento de países da Otan no conflito. Vemos uma devoção à ilusão dramática de que a Ucrânia pode vencer. Isso será motivo para arrependimento, nós temos certeza”, disse o porta-voz Dmitri Peskov.

Na véspera, o número 2 do conselho, o ex-presidente Dmitri Medvedev, havia retomado as ameaças atômicas que de tempos em tempos marcam a retórica de Moscou. Disse que o Ocidente só vê uma saída para a crise, a derrota da Rússia, mas se esquece que tal cenário pode levar a uma guerra nuclear -os russos têm o maior arsenal do tipo no mundo, ao lado dos EUA.

Por Folhapress

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.

Mundo

Papa Francisco alerta contra legalização das drogas e chama traficantes de ‘assassinos’

Publicado

em

O Papa Francisco alertou contra a legalização das drogas e chamou traficantes de “assassinos” em discurso durante sua audiência semanal na praça de São Pedro, no Vaticano, nesta quarta-feira, 26. A fala do pontífice se deu no contexto do Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1987 e celebrado nesta quarta-feira.

“A redução da dependência de drogas não pode ser alcançada através da liberalização do seu consumo, isto é uma ilusão, como foi proposto por alguns, ou já implementado, em alguns países. Se for liberalizada o consumo será maior”, disse.

O religioso comentou sobre a necessidade de prevenção, ensinando aos jovens os “valores que constroem a vida pessoal” e dando suporte as pessoas que já estão em vício.

“Não podemos ignorar as intenções e más ações dos distribuidores e traficantes de drogas. Eles são assassinos”, disse o Papa, que deu continuidade a fala sobre traficantes pouco depois, chamando-os de “traficantes da morte”.

“Quantos traficantes de morte existem, porque os traficantes de drogas são traficantes de morte! – quantos traficantes de morte existem, movidos pela lógica do poder e do dinheiro a qualquer custo! Esta praga, que produz violência e semeia sofrimento e morte, exige um ato de coragem de toda a nossa sociedade”, disse

Francisco também destacou o impacto da produção e do tráfico das substâncias no meio ambiente. “Isto tem se tornado cada vez mais evidente na bacia amazônica”.

O Papa não falou especificamente sobre nenhuma droga e nem fez diferenciação entre as drogas consideradas “pesadas”, como cocaína, ou drogas consideradas “leves” como a maconha, legalizada em diversos países par uso recreativo.

Nesta terça-feira, 25, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu descriminalizar o porte da maconha para uso pessoal no Brasil. Mesmo com a maioria para extinguir a penalidade já formada, a Corte ainda vai decidir alguns critérios que terão impacto em decisões judiciais futuras.

Com o resultado, fumar maconha continua proibido, porém sua penalidade se dará no âmbito administrativo, ou seja, não pode render penas criminais.

 Fonte: Estadão Conteúdo

 

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Mundo

Tentativa de golpe na Bolívia: especialistas explicam crise no país

Publicado

em

Tanques e soldados do Exército invadem a entrada do palácio presidencial em La Paz, na Bolívia. Roteiro e imagens lembram as décadas de 1960 e 1970, quando ditaduras militares se espalharam pela América do Sul. Mas a cena ocorreu nesta quarta-feira (26) no país sul-americano. Acontecimento surpreendente ou desfecho para um governo em crise? Especialistas em Relações Internacionais explicaram à Agência Brasil o cenário que levou à tentativa fracassada de golpe na Bolívia.

Ato isolado

Em primeiro lugar, existe um entendimento comum de que o episódio desta quarta-feira (26) foi muito mais um ato isolado do general Juan José Zúñiga do que um movimento bem planejado, com apoio de diferentes forças sociais. O general foi demitido nesta terça-feira (25) do cargo de comandante do Exército, depois de ameaçar o ex-presidente Evo Morales.

“O general teve um erro de cálculo político. Achou que receberia algum respaldo ao ameaçar o Evo Morales. Mas o atual presidente boliviano bancou a aposta e tirou o general do comando do Exército. E aí ele se viu numa situação de isolamento e tentou o golpe de uma maneira muito improvisada, sem participação de outras lideranças das Forças Armadas. E foi importante ver que ele não teve apoio significativo de nenhum grupo social do país”, diz Maurício Santoro, cientista político e professor de Relações Internacionais.

Bolivian President Luis Arce speaks as Bolivia is facing a coup attempt, in La Paz, Bolivia, June 26, 2024, in this screen grab taken from a social media video. LUCHO ARCE VIA FACEBOOK/via REUTERS  THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. MANDATORY CREDIT. NO RESALES. NO ARCHIVES.  UNPROCESSED VERSION HAS BEEN PROVIDED SEPARATELY.
Presidente Luis Arce (ao centro), junto com equipe de governo, denuncia tentativa de golpe no país. Foto: Reuters/LUCHO ARCE VIA FACEBOOK/Proibida Reprodução

“O Evo Morales já convocou uma greve geral e tem os movimentos sindicais muito alinhados com ele. O próprio presidente Luis Arce também veio a público para pedir que a sociedade boliviana se junte contra esse golpe. E setores da oposição se colocaram contra o golpe. A própria Jeanine Añez, que já foi presidenta e opositora do Evo, disse que não aceita o que aconteceu. O Luís Camacho, importante líder contra o Evo Morales em 2019 falou que não aceita também. Então, esse movimento de golpe parece isolado. Muito mais uma tentativa do Exército e do próprio Zúñiga de demonstrar poder, do que de fato querer impor um novo governo”, diz Arthur Murta, professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.

general Zúñiga foi preso após liderar a tentativa de golpe.

Crise econômica e disputas políticas

Em segundo lugar, o ato do general pode ser entendido a partir de problemas mais estruturais que o país enfrenta, como a dimensão econômica.

“A Bolívia está vivendo uma situação econômica muito difícil. O principal setor é o de gás natural, que está enfrentando uma série de problemas. Isso levou a uma queda nas exportações, e as reservas internacionais da Bolívia estão muito pequenas, em torno de US$ 3 bilhões. O que é nada para as necessidades de um país. Para comparar, o Brasil que tem uma situação bastante confortável em termos de reservas tem hoje mais de US$ 350 bilhões. Isso significa que a Bolívia está com muita dificuldade de importar mesmo produtos básicos para o dia a dia: alimentos, remédios, combustíveis”, diz Maurício Santoro.

“Os países andinos estão baseados no extrativismo pesado e com os preços nas alturas. O Estado quer se apropriar de uma parte desse excedente econômico. E grupos nacionais e multinacionais querem pegar absolutamente tudo. Mas não é como Salvador Allende. na década de 70, que estava mantendo a companhia do cobre sob o controle, ou estatizando empresas. Agora é o contrário, é uma administração que quer se apropriar de parte desses excedentes para a realização de políticas públicas. A classe dominante e as multinacionais nem isso topam. Então nós ficamos sempre numa situação limite entre o Estado e essas forças sociais”, explica o professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Nildo Ouriques.

Do ponto de vista das disputas políticas, as tensões entre diferentes líderes e partidos do país contribuem para aumentar os riscos à democracia.

“O componente político dessa crise é o fato de que no ano que vem a Bolívia vai ter eleições presidenciais e o general que tentou o golpe hoje disse ontem que se o Evo Morales se apresentar como candidato à presidência, as Forças Armadas iriam intervir e prender o Evo. Há poucos anos aconteceu uma crise política semelhante na Bolívia, em 2019, que terminou com a deposição do Evo e a intervenção dos militares. Então, é uma ferida que ainda está aberta”, diz Maurício Santoro.

“Se voltarmos mais no tempo, a década de 1990 é relativamente estável na Bolívia. As tensões começam com a chegada ao poder do Evo Morales em 2006, que provoca fraturas de poder. Ele começa a fazer política redistributiva de renda, nacionalizar os hidrocarbonetos, entre outras questões, que geram insatisfações com a elite. A Bolívia ela entra num cenário de piora dessa estabilidade democrática, porque o Evo desestabiliza um sistema anterior de poder, em que a população pobre indígena estava sub-representada. Isso faz crescer o movimento reacionário, que se manifesta até hoje”, diz Arthur Murta.

Contexto regional

Para os pesquisadores, é preciso considerar também um contexto mais amplo na América do Sul, com avanço de grupos e lideranças de extrema-direita, que representam o crescimento de movimentos autoritários e antidemocráticos. Em alguns casos recentes, houve tentativas de golpe igualmente fracassadas.

“Essa tentativa de golpe faz parte de um contexto mais amplo de crise da democracia na América Latina. Esse ano a gente teve na Guatemala uma tentativa de impedir a posse de um presidente eleito. Manifestantes invadiram o Congresso no Brasil no ano passado em tentativa de golpe. Bom que a democracia está resistindo e mostrando ter anticorpos e ser mais resiliente. Mas é preocupante que todas essas crises estejam ocorrendo na região nos últimos anos”, diz Maurício Santoro.

“O que foi positivo hoje é que a resposta internacional foi muito forte na defesa da democracia boliviana. Todos os países da América do Sul se manifestaram em maior ou menor grau em defesa da democracia. Isso foi uma coisa importante. A Organização dos Estados Americanos também respondeu de modo muito rápido e contundente”, acrescentou.

Fonte: Agência Brasil

 

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Mundo

Polícia prende general após tentativa de golpe de Estado na Bolívia

Publicado

em

O comandante deposto do Exército boliviano, Juan José Zúñiga, foi preso na noite desta quarta-feira (26) após liderar uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente Luis Arce.

Zúñiga foi capturado e conduzido até um veículo policial do lado de fora de um quartel militar. “Está preso, meu general!”, indicou o vice-ministro de Governo (Interior), Jhonny Aguilera, segundo imagens da emissora estatal.

Foto: Divulgação/Exército da Bolívia

Por JC

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!