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Brasil

Amazônia bate novo recorde de desmatamento no 1º semestre de 2022

O desmatamento deste primeiro semestre é o maior já registrado para esse período desde 2016, início da série histórica realizada pelos sistemas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

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A Amazônia viu 3.988 quilômetros quadrados de sua floresta tombar nos seis primeiros meses de 2022. O desmatamento deste primeiro semestre é o maior já registrado para esse período desde 2016, início da série histórica realizada pelos sistemas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Para se ter uma ideia, o que ocorreu no primeiro semestre de 2022 é praticamente o triplo do volume registrado no mesmo intervalo de 2017, quando o desmatamento chegou a 1.332 km² na região. É o quarto ano consecutivo com recordes de desmatamento no período e supera em 10,6% a área devastada nos primeiros seis meses de 2021. O governo Jair Bolsonaro tem sido alvo de cobranças no Brasil e no exterior por causa do aumento do desmate.

“Mês após mês, ano após ano estamos assistindo à consolidação da destruição da Amazônia em um novo patamar. Não estamos falando do desmatamento feito por pequenos produtores ou comunidades locais, mas do avanço de grileiros, garimpeiros, madeireiros e outras organizações criminosas sobre áreas públicas, terras indígenas e unidades de conservação, ou seja, sobre nosso patrimônio”, diz Raul do Valle, especialista em políticas públicas do WWF-Brasil.

A velocidade e a intensidade do desmatamento, comenta Valle, não seriam possíveis sem um grande aporte financeiro para pagar por máquinas. Nesta semana, a Polícia Federal fez operações em sete Estados contra uma quadrilha que criou até criptomoeda para lavar ouro de garimpo ilegal e devastou área igual a 212 campos de futebol na floresta. A Justiça mandou investigar cerca de R$ 2 bilhões em bens dos investigados pelos crimes.

Valle também atribui a alta do desmate ao “clima de impunidade” criado no governo Jair Bolsonaro, com o enfraquecimento da fiscalização ambiental, e à expectativa de que o Congresso aprove leis que favoreçam a grilagem e o garimpo. Conforme estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgado em 2021, o número de multas pagas por crimes ambientais na Amazônia caiu 98% nos dois primeiros anos do governo (2019 e 2020).

O mês de junho também teve a pior marca da série histórica. Foram devastados 1.120 km² no mês na Amazônia, 5% a mais que em junho de 2021. Os Estados mais desmatados em junho de 2022 foram o Amazonas (401 km²) e o Pará (381 km²).

Desmatamento no Cerrado

No Cerrado, foram desmatados 1.026 km² só no mês de junho, mais que o dobro do registrado em 2021 (485 km²) e 2020 (427 km²), um aumento de 111,5% em comparação a junho do ano passado.

No acumulado do ano, entre o início de janeiro e o fim de junho, foram devastados 3.638 km² no Cerrado, um aumento de 44,5% em comparação aos seis primeiros meses de 2021, quando foram destruídos 2.518 km².

“Esse resultado reforça a tendência de crescimento do desmatamento na Amazônia, percebida desde 2019. O enfraquecimento institucional dos órgãos de fiscalização, a ausência de ações planejadas e integradas de combate aos crimes ambientais e o discurso de autoridades públicas opondo a proteção da floresta ao desenvolvimento da região são as causas dessa tragédia anunciada”, diz Beto Mesquita, membro da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e diretor de Relações Institucionais do BVRio. “Como boa parte desse desmatamento ocorre em terras públicas, temos a combinação de dois crimes contra o patrimônio público: o patrimônio fundiário, pela grilagem de terras, e o patrimônio natural, pelo desmatamento e queimadas.”

O Greenpeace chama a atenção para o fato de que o primeiro semestre deste ano teve quatro meses com recordes de alertas de desmatamento. Isso significa muita matéria orgânica morta. Com o verão amazônico começando, período mais quente, esse material serve como combustível para as queimadas e incêndios florestais criminosos que assolam a região. “É mais um triste recorde para a floresta e seus povos”, diz Rômulo Batista, porta-voz da Campanha Amazônia do Greenpeace Brasil.

Procurada pela reportagem, a Vice-Presidência da República informou, em nota, que “efetivamente se observa um crescimento da taxa de desmatamento no período”. “Entretanto, não há impunidade ou omissão aos crimes ambientais apurados. Ao contrário, a legislação é aplicada com o devido rigor que a lei proporciona. E no tocante a fiscalização das ações, esta tem acontecido com a participação dos órgãos ambientais responsáveis e envolvidos na questão”.

Já a pasta do Meio Ambiente reforçou, em nota conjunta com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que os números consolidados de desmatamento são divulgados anualmente, sempre no segundo semestre, por meio do Prodes.

“Neste sentido, temos os dados de queda de 3,8% nos alertas de desmatamento registrados pelo DETER-B nos últimos 12 meses. Estes dados tratam-se de alertas para fins de combate a crimes ambientais”, disse a pasta, sem responder de forma direta ao questionamento do Estadão sobre a queda na fiscalização apontada por especialistas.

A nota reforçou ainda que o governo “tem sido extremamente contundente” no combate aos crimes ambientais com a Operação Guardiões do Bioma, que visa a coibir crimes ambientais nos Estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre e Rondônia. A ação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem a participação do Ministério do Meio Ambiente e de órgãos como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). (COlaborou Ítalo Lo Re)

Por Estadão Conteúdo

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Brasil

Polícia investiga dupla que imitou macaco durante roda de samba no Rio

O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância; testemunhas estão sendo ouvidas.

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A Polícia Civil do RJ começou a investigar um homem e uma mulher que aparecem em um vídeo imitando macacos durante uma roda de samba na sexta-feira (19), no centro da capital.

O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
Testemunhas estão sendo ouvidas. Os policiais também tentam identificar e intimar os dois para prestarem esclarecimentos na delegacia.

Eles imitaram os animais durante a apresentação do grupo musical Pede Teresa, na Praça Tiradentes, região central do Rio de Janeiro. Nas imagens, o homem a mulher andam em círculos, fazem gestos de coçar a cabeça e imitam sons de macaco.

O músico Alex Oliveira dos Santos, dono do grupo, afirmou à reportagem no domingo (21) que registraria um boletim de ocorrência nesta segunda-feira (22). “Parece que eles são argentinos que estão aqui a passeio. Nós vamos tomar as providências para investigar esse crime que eles cometeram”.

Nas redes sociais, a vereadora Mônica Cunha (PSOL), presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara do Rio, cobrou respeito. “Porque quando for para frequentar os nossos espaços, nos respeite. Porque nós não vamos admitir o racismo sob as nossas vidas nunca mais”.

O grupo Pede Teresa disse que seguirá com denúncia “até as últimas consequências”. “Racismo é crime e não vamos tolerar”, afirmou o grupo musical, em post no Instagram.

Por Folhapress

           

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Brasil

Tempo seco deve predominar na maior parte do Brasil, diz alerta do Inmet

A umidade relativa do ar deve variar entre 20% e 30% em todo o Centro-Oeste e em parte das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou alertas de perigo potencial devido ao tempo seco na maior parte do território brasileiro nesta segunda-feira, 22. A umidade relativa do ar deve variar entre 20% e 30% em todo o Centro-Oeste e em parte das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.

Algumas áreas têm previsão de umidade ainda mais baixa, com riscos de incêndios florestais e à saúde. Os estados mais afetados serão Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com suas capitais dentro da área de alerta, o que também inclui parte dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rondônia.

Nessas áreas, a umidade relativa do ar deve ficar entre 12% e 20% no período das 14h às 17h, segundo

o Inmet. O tempo seco acende alertas para a saúde das pessoas, já que está relacionado à maior incidência de doenças respiratórias e outros problemas, como desconforto nos olhos, boca e nariz, além de ressecamento na pele.

A baixa umidade do ar está relacionada à passagem de uma grande massa de ar seco pelo Brasil, que tem sido responsável pela elevação das temperaturas principalmente no Centro-Oeste e Norte do País.

Veja a previsão do tempo nas capitais brasileiras nesta segunda-feira:

Aracaju (SE): temperatura mínima de 23°C e máxima de 28°C;

Belém (PA): temperatura mínima de 23°C e máxima de 36°C;

Belo Horizonte (MG): temperatura mínima de 12°C e máxima de 27°C;

Boa Vista (RR): temperatura mínima de 24°C e máxima de 31°C;

Brasília (DF): temperatura mínima de 15°C e máxima de 25°C;

Campo Grande (MS): temperatura mínima de 20°C e máxima de 32°C;

Cuiabá (MT): temperatura mínima de 20°C e máxima de 37°C;

Curitiba(PR): temperatura mínima de 7°C e máxima de 25°C;

Florianópolis (SC): temperatura mínima de 13°C e máxima de 24°C;

Fortaleza (CE): temperatura mínima de 23°C e máxima de 32°C;

Goiânia (GO): temperatura mínima de 13°C e máxima de 30°C;

João Pessoa (PB): temperatura mínima de 21°C e máxima de 29°C;

Macapá (AP): temperatura mínima de 24°C e máxima de 35°C;

Maceió (AL): temperatura mínima de 20°C e máxima de 28°C;

Manaus (AM): temperatura mínima de 23°C e máxima de 35°C;

Natal (RN): temperatura mínima de 21°C e máxima de 29°C;

Palmas (TO): temperatura mínima de 19°C e máxima de 34°C;

Porto Alegre (RS): temperatura mínima de 13°C e máxima de 24°C;

Porto Velho (RO): temperatura mínima de 22°C e máxima de 37°C;

Recife (PE): temperatura mínima de 23°C e máxima de 28°C;

Rio Branco (AC): temperatura mínima de 21°C e máxima de 35°C;

Rio de Janeiro (RJ): temperatura mínima de 13°C e máxima de 27°C;

Salvador (BA): temperatura mínima de 20°C e máxima de 27°C;

São Luís (MA): temperatura mínima de 24°C e máxima de 34°C;

São Paulo (SP): temperatura mínima de 12°C e máxima de 26°C;

Teresina (PI): temperatura mínima de 18°C e máxima de 35°C;

Vitória (ES): temperatura mínima de 17°C e máxima de 26°C.

Foto  PixaBay

Por Estadão

           

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Brasil

Estudo da Nasa aponta que Brasil pode ficar ‘inabitável’ em 50 anos; entenda

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As alterações climáticas são situações que afetam a população global. Nesse sentido, as diferentes nações, especialmente em algumas partes do mundo, não estão isentas da consequência que a aceleração desse fenômeno pode ter. É o que aponta relatório recente da Nasa (agência espacial americana) que desatou alarde ao alertar que em 50 anos, ou seja, aproximadamente no ano 2070, haveria algumas áreas do mundo que poderiam se tornar inabitáveis devido ao aquecimento global.

A Nasa indica que esse relatório foi feito com dados de satélite que alertam sobre o aumento das temperaturas e da umidade, que podem inviabilizar a vida humana em determinadas regiões. O estudo ressalta também que, entre as próximas três e cinco décadas, algumas áreas da Terra já não terão as condições adequadas para o desenvolvimento da vida humana. Esse importante dado foi obtido através de um indicador térmico específico: bulbo úmido.

A temperatura de bulbo úmido, também conhecida como temperatura úmida, é uma medida da temperatura do ar que leva em consideração a temperatura ambiente e a umidade relativa. Ou seja, é a temperatura sentida na pele quando ela está molhada e exposta ao ar em movimento, segundo o portal Sencrop.

A Nasa menciona que o bolbo húmido permite identificar as zonas do planeta que estão em risco e destaca os cinco locais que poderão ficar “inabitáveis” ​​num período máximo de cinco décadas:

– Sul da Ásia: esta região, onde vivem milhares de milhões de pessoas, poderá registar temperaturas de bulbo húmido superiores a 35 graus Celsius até 2070. Isto significa que a combinação de calor e humidade poderá atingir níveis perigosos para a saúde humana, mesmo para pessoas saudáveis.

– Golfo Pérsico e Mar Vermelho: as temperaturas nessas regiões também já são extremamente elevadas e a previsão é a de que aumentem ainda mais nas próximas décadas. A combinação de calor e umidade poderá tornar a região inabitável até 2070.

– Partes da China, Sudeste Asiático e Brasil: essas regiões também poderão enfrentar condições inabitáveis ​​nas próximas décadas, embora o prazo exato seja mais incerto; porém, a derrubada de árvores e o consumo irresponsável de recursos naturais podem provocar uma aceleração no aumento da temperatura ambiental.

Fonte: Exame

           

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