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Ataque em Nice: três brasileiros continuam desaparecidos

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 Dezesseis vítimas fatais do atentado ainda não foram identificadas (Foto: REUTERS/Eric Gaillard)

Dezesseis vítimas fatais do atentado ainda não foram identificadas (Foto: REUTERS/Eric Gaillard)

Três brasileiros que estavam em Nice no momento do atentado que matou pelo menos 84 pessoas, na noite de quinta-feira, continuam desaparecidos, disse à BBC Brasil a cônsul-geral do Brasil em Paris, Maria Edileuza Fontenele Reis.

O número de desaparecidos era antes de sete pessoas, mas quatro haviam simplesmente deixado de informar às famílias que estavam bem. Um deles já havia até viajado para outro país europeu.

Entre os três brasileiros desaparecidos está a carioca Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, que mora na Suíça e é mãe de Kayla, menina de seis anos, que faleceu no atentado.

A morte da criança, de nacionalidade suíça e que não tinha passaporte brasileiro, já foi confirmada pela família, mas seu nome ainda não consta nas duas listas de vítimas fatais do atentado divulgadas entre sábado e a manhã deste domingo pelo ministério francês das Relações Exteriores.

Isso porque a identificação dos corpos exige uma série de exames, como o de DNA, para atestar oficialmente o óbito, até para efeitos jurídicos, como pedidos de indenização junto a seguradoras.

Kayla, de 6 anos, morreu durante atentado em Nice (Foto: Reprodução/Facebook)

Kayla, de 6 anos, morreu durante atentado em Nice (Foto: Reprodução/Facebook)

“Não há brasileiros nestas listas de vítimas fatais. Estamos acompanhando isso de perto, em contato permanente com as autoridades francesas”, completou a cônsul.

A Interpol participa do processo de identificação das vítimas. Um membro brasileiro da Interpol, com sede em Lyon, na França, integra a equipe no centro de crise em Nice.

 Até o momento, 16 vítimas fatais do atentado, cometido com um caminhão frigorífico pelo tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel ainda não foram identificadas.

Dos cerca de 300 feridos, segundo novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde neste domingo, 85 permanecem hospitalizados, sendo que 18 deles estão entre a vida e a morte.

Elizabeth foi vista sendo levada por bombeiros após o ataque.

As autoridades brasileiras ainda não obtiveram a informação sobre o hospital onde ela poderia estar internada, afirma a cônsul.

Esse problema não ocorre apenas nos casos dos brasileiros desaparecidos até o momento. Muitos têm enfrentado dificuldades para localizar seus familiares nos hospitais em Nice e seus arredores.

Há inúmeros relatos na imprensa francesa de pessoas que passam o dia à busca de parentes nos hospitais da cidade.

“Explicações”
Em uma entrevista à rede TV BFM no sábado, Inês, mãe de Elizabeth, protestou contra a demora das autoridades francesas em fornecer informações e identificar as vítimas.

“Sabemos que a Kayla faleceu, mas não conseguimos recuperar o corpo, não sabemos onde ela está. Minha filha, que também estava no acidente, foi transportada pelos bombeiros e ninguém sabe onde ela está”, disse Inês.

 Em cartazes, parentes pedem informações sobre paradeiro de vítimas (Foto: AP Photo/Frank Jordans)

Em cartazes, parentes pedem informações sobre paradeiro de vítimas (Foto: AP Photo/Frank Jordans)

“Quero explicações. Disseram que é preciso esperar até terça-feira. Se o problema é que os hospitais e o necrotério estão lotados, eles deveriam pegar uma pessoa de cada vez para reconhecer o corpo”, disse Elizabeth.

Elizabeth e a família estavam a passeio em Nice. Seu marido, o suíço Sylian, e as outras duas filhas do casal, de quatro anos e de seis meses, não ficaram feridos no ataque.

Segundo a cônsul, os outros dois brasileiros desaparecidos até o momento, cujos nomes não foram revelados, podem ter se esquecido de avisar a família, como nos ocorreu nos outros casos.

 

(Da BBC)

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Biden liga para Lula e confirma vinda ao Rio para Cúpula do G20

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presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou na tarde desta quinta-feira (7), por telefone, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ligação durou cerca de 30 minutos, informou o Palácio do Planalto. A iniciativa da conversa foi do norte-americano, que confirmou sua vinda para Cúpula de Líderes do G20, nos dias 18 e 19 deste mês, no Rio de JaneiroO G20 é formado pelos ministros de Finanças e chefes dos Bancos Centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e União Europeia.

Ainda segundo o Planalto, Biden confirmou a decisão do governo americano de aderir à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Os dois trataram ainda da visita prevista do presidente Biden a Manaus, antes da cúpula, e acertaram a realização de reunião bilateral no Rio de Janeiro. Os detalhes da agenda no Amazonas não foram divulgados até o momento, mas a visita envolverá ações de enfrentamento à mudança climática e proteção das florestas. 

“Lula reiterou a amizade e admiração pelo presidente Biden e observou o excelente momento das relações Brasil-EUA nos últimos anos. Ambos destacaram a importância da iniciativa bilateral pela promoção do trabalho decente no mundo – a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores – e a convergência de prioridades entre os dois governos para a promoção da transição energética. Biden enalteceu a importância do Brasil para a preservação das florestas tropicais e para o combate à mudança do clima”, informou o Palácio do Planalto, em nota à imprensa.

Também em nota, a Casa Branca informou sobre a conversa entre Lula e Biden sobre os preparativos da reunião do G20. “O presidente Biden parabenizou o presidente Lula pelo sucesso da presidência do Brasil no G20 e destacou o progresso alcançado na promoção dos direitos dos trabalhadores e no combate à fome e à pobreza. O presidente Biden também desejou ao presidente Lula uma recuperação total da recente lesão. Os dois líderes concordaram em manter contato estreito sobre questões regionais e globais e manifestaram o seu compromisso de se reunirem no G20”, diz a nota.

Aliança Global

Lançada pelo Brasil em julho, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza visa canalizar recursos para programas e projetos que visam ao enfrentamento a esses dois problemas persistentes no planeta.

Até o momento, 18 países, além da União Africana e da União Europeia, aderiram formalmente à Aliança Global, por meio da apresentação, revisão e posterior ratificação de suas Declarações de Compromisso, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A expectativa é que todos os países do G20 e os convidados para a Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro, confirmem a participação na aliança.

Foto GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Por Agência Brasil

           

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Presidente da AstraZeneca na China é preso acusado de venda ilegal de medicamento

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O presidente da AstraZeneca na China, Leon Wang, foi preso na semana passada pelas autoridades chinesas. A informação foi confirmada pela gigante farmacêutica ao Financial Times e à agência de notícias AFP.

Além de Wang, dois executivos e outros dois ex-executivos da empresa na região estão sendo investigados por coleta de dados potencialmente ilegais e importação e venda irregular de medicamento contra câncer. O Financial Times não conseguiu contato com representantes de Wang para comentar.

A China é um mercado-chave para o grupo farmacêutico, que desenvolveu uma vacina contra a Covid-19 amplamente vendida em todo o mundo durante a pandemia do coronavírus.

Em setembro, a empresa confirmou que vários de seus funcionários estavam sob investigação na China, depois que surgiram notícias de que eles estavam sendo questionados sobre coleta de dados e importação de medicamentos potencialmente ilegais.

De acordo com o Financial Times, a investigação envolve a importação ilegal do remédio Imjudo, usado para tratamento de câncer. O medicamento é aprovado em outras partes do mundo, mas não na China. A suspeita é que o Imjudo chegou ao território chinês vindo de Hong Kong.

O medicamento é regularmente prescrito junto com o Imfinzi, outra terapia contra o câncer que é feito pela AstraZeneca, como uma terapia combinada para pacientes com câncer de fígado avançado.

No passado, a AstraZeneca já enfrentou problemas na China. Cerca de cem vendedores da farmacêutica no país foram punidos por fraude entre 2020 e 2021 por falsificar resultados de testes genéticos de pacientes que, de outra forma, não se qualificariam para o seguro estatal para o medicamento.

Na semana passada, a AstraZeneca já havia anunciado que Wang estava sendo investigado pelas autoridades chinesas e que cooperava com a investigação.

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Reino Unido registra primeiras transmissões locais de Mpox, diz OMS

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Duas pessoas contraíram a nova variante do vírus Mpox no Reino Unido após entrarem em contato com uma pessoa infectada que havia retornado da África, anunciou nesta terça-feira (5) a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Ambas vivem na mesma casa em que uma pessoa que testou positivo pouco depois de uma viagem a vários países africanos, disse a agência de saúde da ONU.

– Anvisa faz campanha contra Mpox em portos e aeroportos
Esses são os “primeiros casos de transmissão local na Europa e inclusive os primeiros fora da África” desde agosto deste ano, acrescentou.

A OMS ativou seu nível máximo de alerta internacional em resposta ao ressurgimento de casos de Mpox na África.

“O risco geral para a população do Reino Unido e da região segue sendo baixo”, declarou Hans Kluge, diretor-geral da OMS para Europa, em comunicado.

“Mas a transmissão local de Mpox do clado 1b deve incentivar as autoridades de saúde a intensificar suas medidas de vigilância e a se preparar para o rastreamento rápido dos contatos de casos suspeitos e confirmados”, acrescentou.

Anteriormente conhecida como varíola do macaco, a Mpox foi detectada pela primeira vez em humanos em 1970 na atual República Democrática do Congo (RDC, ex-Zaire).

É uma doença viral transmitida de animais para humanos, bem como por contato físico estreito com uma pessoa infectada pelo vírus. Provoca febre, dores musculares e lesões na pele.

Nos últimos meses, uma nova epidemia tem afetado a África, com números de infecção mais altos na RDC, em Burundi e na Nigéria.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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