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O Blog da Noelia Brito apurou que as ameaças de morte reveladas pelo “Blog Visão da Gente” contra a empresária Maria do Socorro dos Santos Medeiros, por seu ex-marido, José Américo Barbosa de Medeiros Filho, irmão da prefeita de Cumaru, Mariana Medeiros (PTC), ninguém menos que a esposa do atual presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Eriberto Medeiros (PP), teriam sido motivadas por um relatório da Auditoria do Tribunal de Contas de Pernambuco, que apurou graves desvios de recursos públicos oriundos de emendas parlamentares para o Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, por meio de uma Cooperativa ligada ao presidente da Alepe e a seus familiares, segundo depoimentos colhidos pela Auditoria do TCE, nos locais onde as obras deveriam ter sido realizadas. Os dados societários da cooperativa e de pelo menos três empresas contratadas por esta para prestar os serviços que foram pagos com os recursos das emendas parlamentares atestam a vinculação de cooperativa e empresas entre si e entre todas e familiares do presidente da Alepe e sua esposa, a prefeita de Cumaru.
As ameaças e agressões que resultaram num processo criminal contra o cunhado de Eriberto Medeiros, de quem também é primo, teriam sido motivadas pela irresignação de Maria do Socorro Medeiros com o fato de estar sendo responsabilizada por atos praticados pelo marido, Américo Medeiros, que seria o verdadeiro dono da empresa em que ela aparece como sócia, tanto que o cunhado de Eriberto Medeiros teria, inclusive, procurações para gerir a empresa em que Maria do Socorro aparece como sócia e que foi apontada pelo TCE como participante dos desvios.
Os desvios e irregularidades encontrados pela Auditoria foram considerados tão graves que o TCE determinou a suspensão, em junho de 2017, de novas contratações e despesas com essas entidades, em cautelar do Conselheiro Valdecir Paschoal, que foi referendada, à unanimidade, pela 2ª Câmara daquela Corte, determinando-se a instauração de Auditoria Especial no IPA, que está a cargo da Conselheira Substituta Alda Magalhães: “Em referendar a Cautelar suscitada para determinar ao Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA a Suspensão de todos os atos administrativos tendentes a novas contratações e despesas com as entidades IPDI, Coopmáquinas, Associação dos Agricultores do Assentamento Favela II, Associação de Caprinovinocultores de Araripina e Região – ACOAR e Associação dos Pequenos Produtores de URÚAS”.
Do acórdão exarado no Processo TCE-PE Nº 1724143-1, relatado pelo Conselheiro Valdecir Paschoal, conclui-se que “a ampla análise do Relatório Preliminar de Auditoria, fls. 8.015 a 8.231, bem como os Despachos que o ratificam tanto do Chefe da DIES – Divisão de Contas das Empresas Estatais, quanto da Diretora do DCE – Departamento de Controle Estadual deste Tribunal de Contas, fls. 8.236 a 8.238, que, ao examinaram diversos convênios, contratações e despesas de entidades contratadas pelo Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA a partir de recursos advindos de emendas parlamentares, indicaram graves irregularidades e vultoso dano ao Erário, no montante de R$ 8.983.269,87”.
O TCE ainda vislumbrou que o caso deveria ser encaminhado, de imediato, pelo Ministério Público de Contas, ao Ministério Público do Estado, para investigar o caso: “Encaminhe-se, de início, cópia desta Deliberação e do Relatório Preliminar de Auditoria, fls. 8.015 a 8.238, ao Ministério Público de Contas para remessa ao Ministério Público do Estado de Pernambuco, nos termos da Carta Magna, artigo 71, caput e XI, c/c o artigo 75.” O Blog consultou o site do TCE e constatou que os dois processos que analisam o caso se encontram com vistas ao Ministério Público de Contas, desde o final do ano passado.
(Por PE notícias)
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