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Política

Avança na Câmara proposta de Eduardo da Fonte que garante seguro pago por empresas de aplicativo para motoristas

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A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou a proposta do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) que torna obrigatória a contratação para motoristas de transporte de passageiro, por parte das empresas de aplicativo, de seguro por morte, invalidez e despesas de assistência médica e suplementares. Pela proposta, o seguro também deverá oferecer cobertura para os passageiros e só poderá ser acionado quando o acidente ocorrer durante a prestação dos serviços.

“Esta é uma maneira de atendermos a uma demanda dos motoristas de aplicativo e corrigirmos uma distorção do mercado que tem precarizado as condições de trabalho do profissional autônomo. Não é justo a empresa faturar alto e não garantir o mínimo de condições de trabalho e suporte para o trabalhador que diariamente se arrisca nas ruas”, afirmou Eduardo da Fonte.

A proposta ainda prevê a proibição de repasse desses custos aos profissionais. O PL 5795/19 tramita junto ao PL 3498/19 e segue para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça.

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Política

Bolsonaro diz que vitória de Trump é ‘passo importantíssimo’ para volta ao Planalto e cita Temer vice

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Brasília Jair Bolsonaro (PL), 69, afirmou nesta quarta-feira (6) considerar a eleição de Donald Trump à Casa Branca um “passo importantíssimo” para seu “sonho” de disputar a eleição de 2026 e voltar ao Palácio do Planalto.

“É igual a uma caminhada de mil passos, você tem que dar o primeiro, tem que dar o décimo. E o Trump é um passo importantíssimo”, disse à Folha o ex-presidente, para quem o republicano representará um recado de que sua inelegibilidade seria uma armação para tirá-lo da disputa.

Bolsonaro foi condenado no ano passado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação sob a acusação de difundir mentiras sobre o processo eleitoral em reunião com embaixadores e utilizar eleitoralmente o evento de comemoração do Bicentenário da Independência.

Ele é ainda alvo de outras investigações, entre elas, a que apura tratativas para golpe de Estado.

*PERGUNTA – Qual a sua avaliação sobre a vitória de Trump? 
JAIR BOLSONARO – Sempre tive um bom relacionamento [com Trump], ele tinha uma preocupação de que o Brasil não virasse uma Venezuela. Começamos a nos entender melhor sobre aço, etanol e outras questões. Falava com ele que um comércio norte-sul seria muito bom. Eu pedi e ele botou as Forças Armadas nossas como um grande aliado extra da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], onde passamos a ter tecnologia e material mais barato, mais rápido.

E ele tinha interesse de fazer o Brasil como irradiador de democracia na América do Sul. A intenção maior dele era essa aí.

P – E como acha que essa vitória dele irá refletir por aqui? 
JB – Vai refletir no mundo. É um país que é a maior democracia do mundo, projeta poder, que fez valer a sua força, não tivemos conflito no mundo enquanto o Trump estava lá. E ele gosta de mim.

Acredito que só o fato da eleição dele, o que ele tem falado, de liberdade, Elon Musk [empresário e dono do X] está do lado dele, é um sinal para todo mundo de que ele quer uma democracia para o mundo. Aqui no Brasil talvez fique um recado da própria eleição que queremos, cumprimento das leis, Estado democrático de Direito não da boca para fora, mas na prática.

P – Que comparação o sr. faz entre a sua situação e a dele? 
JB – Quase tudo o que acontece lá acontece aqui. Lá teve o Capitólio, que teve mortes. Tentaram de todas as maneiras colocar na conta dele.

Lógico, ele é uma pessoa de uma diferença enorme em relação a mim, foi presidente de um país muito rico, fantástico, tem boas amizades com todo mundo, o cara é bilionário. Enfrentou a perseguição do Judiciário. Eu aqui me esquivo.

Mas não deixa de ser uma sinalização para cá de “faça as coisas direito”. Você conhece quem está do seu lado quando perde o poder. Alguns chefes de Estado ficaram na amizade. Um foi ele. Fui o último chefe de Estado a reconhecer a vitória do [Joe] Biden, ele não esquece isso. E eu sei o meu lugar perto dele. Eu estou para ele como o Paraguai está para o Brasil.

P – O resultado fortalece o desejo de o sr. voltar a ser presidente? 
JB – Ser presidente é uma merda. Eu não sei como é que cheguei à Presidência. Aconteceu. Dei o melhor de mim. Estava preparado? Não estava. Apesar de 28 anos de Parlamento, quando você vê aquela cadeira lá, cai para trás.

Agora a minha pretensão [é a] de voltar. Eu tenho um sonho. Qual é o sonho? De ajudar o Brasil.

P – Esse seu sonho fica mais forte? 
JB – Passa por ele. É igual uma caminhada de mil passos, você tem que dar o primeiro, tem que dar o décimo. E o Trump é um passo importantíssimo.

Eleger uma boa bancada. Hoje teria 20% da Câmara e 15% do Senado. É muito pouco. Acredito que vem uma bancada enorme em 2026 [no Senado].

P – Se essa bancada se confirmar, há alguma intenção de revanche com o Judiciário? 
JB – O simples fato de estar forte, não precisa ameaçar. O Parlamento, no meu entender, tem que ser o Poder de última palavra, o poder vem de lá, que tem o voto. Depois, o Executivo. Quem não tem o poder de se intrometer em nada é o Judiciário, o Judiciário é para resolver conflitos.

O ser humano gosta de mandar e apareceu a brecha… Para o Lula está muito bom. Comigo tinha no mínimo uma intervenção do Supremo por semana.

P – O sr. disse que pretende ir à posse do Trump, mas por ora não pode [está com o passaporte retido devido às investigações da trama golpista de 2022]. Como pretende fazer? 
JB – Vou peticionar ao Alexandre [de Moraes, ministro do STF]. Ele decide. O Eduardo [Bolsonaro] tem amizade enorme com ele [Trump]. Tanto é que, de 85 convidados [Trump recebeu convidados em Mar-a-Lago, na Flórida, para acompanhar a apuração], ele foi e botou mais dois para dentro, o Gilson [Machado, ex-ministro de Bolsonaro] e o filho do Gilson. Ele me tem como uma pessoa que ele gosta, é como você se apaixonar por alguém de graça, né? Essa paixão veio da forma como eu tratava ele, sabendo o meu lugar.

P – E se o Moraes negar? 
JB – Se o Trump me convidar, vou peticionar ao TSE, ao STF. Agora, com todo o respeito, o homem mais forte do mundo… Você acha que ele vai convidar o Lula? Talvez protocolarmente. Quem vai convidar do Brasil? Talvez só eu. Ele vai falar não para o cara mais poderoso do mundo? Eu sou ex. O cara vai arranjar uma encrenca por causa do ex? Acha que vou para os Estados Unidos e vou ficar lá?

Há dois anos querendo me incriminar como golpista, vai à merda, porra. O cara está há dois anos com a mulher, tô desconfiando que está me traindo e tô há dois anos dormindo com ela. E tô investigando, me traiu, não me traiu… Resolve essa parada logo, tenha altivez. Manda soltar esses coitados que estão presos a 17 anos de cadeia.

P – O próximo passo então é a anistia? 
JB – Anistia para o 8 de janeiro. A minha [anistia] tem um prazo certo para tomar certas decisões. Acredito que o Trump gostaria que eu fosse elegível. Ele que vai ter que dizer isso aí, mesmo que tivesse conversado com ele, não falaria. [Mas] tenho certeza de que ele gostaria que eu viesse [a ser] candidato. Está na mídia, não sei se é verdade ou não, eu não falo sobre esse assunto, é o [Michel] Temer [MDB] de vice [texto de um blog tratou desse assunto recentemente].

P – Seria um bom nome para o sr.? 
JB – Não sei, não falo sobre esse assunto. Não descarto conversar com ninguém, até com você. Não sei… Ele é garantista, é um ex-presidente. O impeachment [de Dilma Rousseff em 2016] abriu uma brecha para eu me candidatar. Não existe impeachment sem vice.

P – O sr. reconhece algum erro, como não ter reconhecido a vitória do Lula? 
JB – Eu jamais iria passar faixa para uma pessoa como o Lula. Mas o que faria diferente? Os ministros do Palácio [Casa Civil e articulação política, entre outros] teriam que ser políticos, não os que eu coloquei [militares]. Na relação com a imprensa, eu fui muito impetuoso muitas vezes.

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Política

Lula: Batida foi forte, achei que tinha rachado o cérebro, mas estou bem

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista à RedeTV divulgada pelo portal Uol há pouco que o acidente doméstico que sofreu em 19 de outubro foi grave, mas que está bem. Lula bateu a cabeça depois de cair de um banco no banheiro do Palácio da Alvorada. Está passando por uma série de exames de acompanhamento e cancelou diversas viagens por ordem médica.

“Foi uma batida muito forte, saiu muito sangue. Eu achei que tinha rachado o cérebro, rachado o casco. Eu fui direto para o Sírio-Libanês, achei que era uma coisa muito mais grave”, disse o presidente da República. Segundo ele, haverá um novo exame no domingo para ver se está 100% recuperado. A entrevista foi conduzida pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF).

“Os médicos me aconselharam a não viajar em voo prolongado. Então, suspendi todas as viagens de avião. Ao mesmo tempo, estou tomando alguns remédios para prevenção. Eu vou me cuidar até os médicos dizerem ‘você está apto outra vez’, porque batida na cabeça é uma coisa sempre muito delicada”, declarou Lula. “Os médicos me dizem que é preciso uns 15 dias, 20 dias, até 30 dias para a gente saber os efeitos que o tombo causou. Eu estou bem, trabalhando normalmente”, afirmou ele.

O presidente da República também explicou em que circunstâncias se machucou. Ele disse que chegou à residência oficial por volta das 16h30 daquele sábado depois de uma viagem a São Paulo e foi cortar as unhas.

“Cortei minha unha, lixei minha unha, sentando num banquinho em que sempre sentei. Atrás do banco em que eu estava sentado tem um espelho, a gaveta onde guarda as coisas e tem uma hidromassagem grande, com um metro e pouco de altura. Eu estava sentado. Quando eu fui guardar o estojo, ao invés de eu mexer com o banco eu mexi só com o corpo. O dado concreto que não teve mais espaço, e a minha bunda não levitou. Eu caí e bati com a cabeça”, declarou ele.

Foto Notícias ao Minuto

Por Estadão

           

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Política

Raquel Lyra diz que saída do PSDB é especulação: ‘qualquer decisão será publicizada por mim’

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A governadora Raquel Lyra afirmou que os rumores de que ela deixará o PSDB para migrar para o PSD não passam de especulação. A declaração foi dada em entrevista à imprensa durante o segundo Feirão de Empregos do governo de Pernambuco, nesta terça-feira (5), na Escola Técnica Estadual Professor Agamenon Magalhães (Etepam), no bairro da Encruzilhada, no Recife.

O velho burburinho ganhou força no último domingo (3), após o jornal O Globo cravar que a governadora estaria “de malas prontas” para o PSD de Gilberto Kassab.

Nesta terça, a tucana confirmou que recebeu convites de vários partidos e teve conversas com diferentes siglas, afirmando tratar isso como natural dentro do processo político. Ela também elogiou o PSD, dizendo que a legenda se tornou importante dentro da sua gestão.

Apesar disso, garantiu que qualquer decisão sobre uma mudança partidária será anunciada por ela mesma. “Qualquer decisão vai ser publicizada por mim. Tenho feito discussões muito importantes com o meu partido, acabamos de fazer do PSDB o partido com mais prefeitos em Pernambuco. Sou grata ao partido por tudo que me permitiu construir até aqui”, declarou Raquel Lyra.

“Partidos como o PSD têm sido grande parceiro da nossa gestão e do nosso apoio político, mas não tem nenhum anúncio feito por mim. Por enquanto, o que eu posso lhe dizer é que existe apenas especulação”, acrescentou a governadora.

Embora tenha conseguido potencializar o desempenho do PSDB nas eleições municipais em Pernambuco, conquistando 32 prefeituras, a perda de força do partido no restante do país tem desagradado a governadora.

“A conversa com diversos partidos políticos existe sempre e é natural que isso aconteça na política. São nossos aliados e cada vez mais fortemente isso acontecendo. O nosso conjunto político está crescendo, está se fortalecendo. Recebi, sim, convite de diversos partidos políticos para poder estar lá. Mas qualquer anúncio, ele é feito por mim”, concluiu a tucana.

Os motivos da mudança

Uma possível saída de Raquel do PSDB é ventilada há meses nos corredores do alácio do Campo das Princesas. Segundo os rumores, o desejo da governadora é migrar para um partido com maior musculatura política e que integre a base do governo Lula.

A decisão também pode ter relação com a disputa pela reeleição de Raquel, em 2026. O PSD tem maior tempo de TV do que o PSDB, o que poderia dar mais chance à governadora numa possível disputa direta com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), tido como seu maior adversário no próximo pleito estadual.

Na última segunda-feira (4), o mesmo jornal O Globo afirmou que a mudança de partido de Raquel Lyra será consolidada nas próximas duas semanas. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, disse ter sido pego de surpresa pela notícia.

“Não tenho qualquer informação sobre esta especulação. Na última conversa que tivemos, após o segundo turno, ela demonstrou muito entusiasmo com o resultado do PSDB nas eleições municipais, quando o partido, sob o comando dela, se tornou a maior força política no estado”, disse à reportagem.

Fonte: JC

           

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