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Pernambuco

Avanço do mar ameaça o Recife, uma das cidades mais suscetíveis à crise climática no planeta

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“Cidade aquacêntrica de alguns milhões de habitantes”. É assim que o projeto colaborativo Recife Exchanges chama a capital pernambucana, a mais vulnerável das capitais brasileiras às mudanças climáticas e ao avanço do nível do mar. No ranking global, a “Veneza Brasileira”, cortada por rios e mangues e banhada pelo Oceano Atlântico, ocupa o 16º lugar, segundo relatório mais recente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em agosto.

As próprias características geográficas do território do Recife, que cresceu dando as costas para as suas águas, potencializam o seu status de risco. A combinação de baixa topografia, intensa urbanização, alta densidade demográfica, histórico de ocupação desordenada e elevados valores ecológicos, turísticos e econômicos transformam a cidade em um caso raro de suscetibilidade à crise climática, com a possibilidade, até mesmo, de ficar submersa caso nada seja feito.

O IPCC indicou que a atividade humana está provocando alterações no clima do planeta de forma sem precedentes e, além disso, algumas das mudanças já atingiram um patamar irreversível. Entre as principais considerações apontadas pelo relatório, estão o aumento do nível médio do mar, que subiu mais rápido desde 1900 do que em qualquer outro século nos últimos 3 mil anos; e a elevação da temperatura da superfície terrestre, mais rápida desde 1970 do que em qualquer outro período de 50 anos visto nos últimos 2 mil anos.

O professor Marcus Silva, do Departamento de Oceanografia e vice-coordenador do Centro de Estudos Avançados da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), destaca que uma das principais preocupações para o Recife neste contexto de mudanças climáticas é que a cidade está muito próxima do nível do mar e todas as soluções precisam partir desse ponto.

“O Recife tem uma densidade demográfica muito alta e a ocupação é muito próxima da costa. Isso gera um estresse muito grande, porque toda a infraestrutura da cidade está muito próxima do mar, o que causa problema de abastecimento, geração de energia e tratamento de esgoto”, cita o professor, que ainda sentencia: “A gente tem muito ribeirinho, uma população pobre que mora nessa situação. Temos toda uma planície que acompanha os rios e a economia da cidade gira em torno de ilhas”.

O professor também destaca que não será uma solução única que irá resolver os problemas do Recife, mas a busca por um conjunto de fatores para avaliar e adaptar a cidade ao longo dos anos. Trata-se, portanto, de uma realidade que precisa ser pensada e encarada pelos diversos atores da sociedade.

Além disso, o alerta de entidades e autoridades para as mudanças climáticas e seus transtornos não é algo tão novo, como lembra Marcus Silva. Desde a década de 1970, pelo menos, existe uma tentativa mundial de virar a chave para redução das emissões de CO2, mas muitas nações do mundo não tinham noção da corresponsabilidade.

“Não podemos perder a esperança. Estamos recebendo a consequência da imprudência de gerações anteriores, mas essa geração da gente tem o poder de transformar e não adianta jogar a responsabilidade para frente. Ninguém quer arcar com qualquer custo e termina transferindo a responsabilidade para outra gestão, outro momento. A gente ocupou um território que era marinho e agora a gente está pagando esse preço”, alertou o professor.

Intrinsecamente costeira e com uma planície central pouco acima do nível do mar, o Recife tem uma população estimada em 1.653.461 pessoas, segundo dados de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cidade é, inclusive, a capital de estado mais antiga do País, pois sua fundação remonta a 1537, quase 500 anos atrás.

O geólogo e pesquisador do Climate Lab da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Fábio Pedrosa reitera a necessidade de urgência para um novo olhar sobre o Recife e suas problemáticas de origem natural, geológica e topográfica.

“A cidade precisa se preparar melhor revendo e discutindo de forma muito séria e elaborada a diferença entre crescimento econômico e desenvolvimento. Se não tivermos competência técnica e social de entender, não temos condição, enquanto cidade, de enfrentarmos a questão da elevação do nível do mar”, alertou.

O professor lembra que o Recife é uma cidade muito baixa – a altitude média da capital pernambucana é de cerca de 4 metros acima do nível médio do mar – e em, alguns pontos, inclusive, a topografia indica que a rua ou o quarteirão está um pouco abaixo do nível da maré mais alta. “Se você caminhar por ruas de Santo Antônio ou São José, você vai ver que quando a maré está muito alta, a rua tem um pequeno alagamento e nem está chovendo”, acrescenta o professor Fábio, lembrando que a cidade também é rodeada de morros densamente povoados.

(Fonte Folha PE)

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Pernambuco

Prefeitos se apressam para entregar obras antes de prazo eleitoral

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A partir deste sábado (6) – 3 meses antes do 1º turno das eleições -, os prefeitos e demais agentes públicos ficam proibidos de tomar certas condutas públicas que venham a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais, como diz o Art. 73, da Lei Federal 9.504, de 30 de setembro de 1997. Uma delas é a proibição dos prefeitos de participarem de eventos de entregas de obras públicas.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também ficam vedadas por parte de agentes públicos promover nomeações, exonerações e contratações, dentre outras vedações antes das eleições.

A Prefeitura do Recife, por exemplo, já informou em suas redes sociais que os perfis oficiais serão desativados na sexta-feira (5), com o retorno das atividades digitais nas contas da Prefeitura somente após o término do período eleitoral.

Diante dessa normal eleitoral, o prefeito João Campos (PSB), que concorrerá a reeleição, se apressou para apresentar algumas obras antes da proibição. Nesta quinta-feira (4), foram entregues duas obras de contenção de encostas em Dois Unidos, além da inauguração do primeiro Serviço Integrado de Saúde Mental do Recife, no bairro da Boa Vista.

Já nesta sexta-feira (5), último dia permitido para os agentes públicos participarem de eventos de entregas de obras públicas, João Campos vai inaugurar, às 16h, a 1ª etapa do Parque Tamarineira, na Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no antigo Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano.

Em Caruaru

No município de Caruaru, no Agreste do Estado, o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB), que também concorrerá nas eleições municipais, entregou nesta quinta-feira (5) a Clínica de Tratamento Multidisciplinar de Autistas.

Na sexta-feira (6), Rodrigo Pinheiro comparecerá, às 15h, em evento no bairro José Carlos de Oliveira para a assinatura dos contratos de regularização fundiária para os moradores. Às 19h, participará da entrega das escrituras dos moradores do Bairro Deputado José Antônio Liberato.

Fonte: JC

           

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Pernambuco

João Campos promete armar Guarda Municipal do Recife de forma ‘gradual’ e com câmera corporal

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Nas vésperas da eleição municipal, o prefeito do Recife João Campos (PSB) disse, pela primeira vez, que irá iniciar um plano de armamento da Guarda Municipal da capital. A confirmação ocorreu durante sabatina promovida pelo UOL/Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira (4).

De acordo com Campos, o processo será gradual, começando por grupos específicos para um “teste”. Também ocorrerá simultaneamente à implementação de câmeras corporais acopladas no fardamento (bodycam).

“Vamos começar um estudo para poder ter um novo ciclo de grupamento tático da Guarda, com cursos de formação específicos”, disse. “Com uma equipe treinada, um protocolo específico e reforço da Corregedoria, vamos fazer um processo seguro. Esse é um compromisso para um segundo governo”, disse.

“Quero deixar claro que não podemos confundir o papel da Guarda Municipal com o papel da Polícia Civil ou militar. Existem componentes totalmente distintos”, reforçou.

2026

João Campos evitou confirmar se será candidato ao Governo do Estado em 2026. “Não podemos falar de uma eleição lá na frente sem ter enfrentado uma agora. O meu pai (Eduardo Campos) dizia que cada eleição é uma eleição. O meu foco é a eleição de 2024 e não vou falar de 2026.”

Sobre a almejada vaga de vice em sua chapa de reeleição, o prefeito reforçou que a discussão está ocorrendo com a Frente Popular. “Essa discussão não é feita apenas por dois partidos (PSB e PT), mas por mais. Ela está sendo feita de forma muito tranquila, muito equilibrada. O dia da decisão será o das convenções partidárias”.

O prefeito ainda foi questionado sobre suas possíveis ambições a cargos nacionais no futuro: “Fico feliz pelo reconhecimento que a gente tem tido aqui na cidade, no convívio com as pessoas. […] Mas não sou uma personalidade que fica pensando lá na frente, em cinco ou dez anos. Vivo cada dia de uma forma intensa”.

Derrota do PSB no Estado

“De maneira geral, a política passa por um momento de transformação muito rápida. Isso tem ocorrido no mundo todo. […] O nosso partido tem um programa reformulado, com uma estratégia partidária importante. Temos interesse em ter um partido que não é só feito de tamanho, mas que guarda coerência e sobretudo capacidade de construção”.

Sobre um possível afastamento do eleitor de direita devido à relação com Lula (PT), Campos disse que a população já sabe que “sou um eleitor do presidente”. “É difícil tirar projetos do papel sozinho. É uma honra poder contar com o apoio de um presidente da República, algo absolutamente natural”.

Também amenizou as ferrenhas críticas que fez ao Partido dos Trabalhadores em 2020, quando concorreu contra Marília Arraes no segundo turno para a Prefeitura: “Se deu por um contexto acirrado. As decisões políticas que levaram à conjuntura daquelas duas candidaturas no segundo turno não foram as mais acertadas. Isso naturalmente elevou a temperatura da eleição para um ambiente de muita disputa.”

Empréstimos

O prefeito também rebateu críticas da oposição sobre os empréstimos realizados para obras públicas. De acordo com um levantamento, o valor já chegou a R$ 3,3 bilhões.

“As operações têm sido feitas com aval da União. O empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por exemplo, teremos 20 anos para amortizar, com seis anos de carência e taxas de juros internacionais, bem reduzidas. A Prefeitura tem capacidade de endividamento para isso.”

Chuvas

O gestor argumentou que essas obras são essenciais para conter os desastres causados pelas chuvas – sua gestão enfrentou um período intenso de mortes por deslizamento, em 2022.

“O presidente Lula nos repassou algo em torno de R$ 60 milhões e tivemos a maior operação do BID com uma cidade, com R$ 1,5 bilhão, aproximadamente, para a proteção de encostas. Temos em execução mais de 3 mil obras.”

Centro

O gestor também defendeu as ações do Recentro, gabinete criado para recuperação econômica e da área central. “A gente mergulhou tudo o que tinha de imposto municipal para poder viabilizar essa área: Imposto Sobre Serviços (ISS) de 2% para hotelaria e para retrofits; IPTU zero para moradia”.

“Porém, aqui no Brasil não temos impostos únicos: ainda existe carga tributária federal a estadual. Você precisa pagar taxas absurdas para fazer um retrofit em um prédio de 300 anos, que conta com várias exigências diferenciadas. Acho que isso não está certo. É preciso de modelos de incentivo e a reforma tributária precisa liderar esse debate.”

Trânsito

“Avançamos em diversas frentes, desde a mobilidade ativa, com obras de requalificação em calçadas, implantação de ciclovias e urbanismo tático. Temos mudanças do sistema viário, pois localizamos pontos críticos de cada localidade. Implantamos semáforos adaptativos, que abre de acordo com o fluxo de carros. Construímos pontes: estamos na reta final da Ponte da Iputinga e temos a Ponte Areias-Imbiribeira”.

Cultura

João Campos também defendeu os altos investimentos em ciclos festivos, sobretudo no Carnaval – na terça-feira (2), nessa mesma sabatina, o pré-candidato Gilson Machado disse que “reduziria a verba”.

O socialista também garantiu acabar com a inadimplência da Prefeitura com o ECAD, escritório que recolhe verbas para compositores que tiveram músicas executadas em eventos públicos.

“São mais de 24 anos de litígio judicial, mas virou um tema recente e que está no nosso radar. Para mim, é uma pauta nova que está sendo trazida, de imediato, para a equipe começar o diálogo. Vamos respeitar e buscar esse acordo. A nossa equipe está instruída a intensificar o diálogo”.

Mais temas

  • Câmera em uniformes da Polícia: a favor
  • Guarda municipal armada: a favor
  • Subsídio a empresas de ônibus: a favor, desde com controle e transparência
  • Tarifa zero para transporte: contra pela ‘falta de fonte de receita’
  • PEC das Praias: contra
  • Restrição de porte de armas: a favor da atual legislação
  • Legalização da maconha: contra
  • Liberação de jogos de azar: a favor, com regulamentação e política anti-vício

Fonte: JC

           

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Pernambuco

Veja as vagas de emprego para hoje, 05 de julho de 2024

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As agências do Trabalho de Pernambuco divulgam, diariamente, quadros das vagas com oportunidades de trabalho em unidades espalhadas pelo estado, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Agreste e Sertão.

Para se candidatar, é necessário agendar previamente o atendimento através do site da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq), onde também há os endereços e telefones de todas as agências.

Confira o quadro de vagas completo clicando aqui

Agende atendimento através do  site da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação.Quadro26.06.2024

 

           

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