Rio de Janeiro lidera registros.
O Brasil já soma neste ano 91.387 casos prováveis de infecção pelo vírus da zika, segundo novo boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (26) pelo Ministério da Saúde. O relatório aponta ainda 7.584 casos de gestantes atendidas com sintomas da doença. Destas, 2.844 já tiveram o diagnóstico confirmado após exames. É a primeira vez que os dados da doença são divulgados no país. Até então, o país não tinha um sistema de notificação de casos suspeitos de infecção por zika, identificado no Nordeste em abril de 2015.
A opção por tornar a notificação obrigatória ocorreu em fevereiro, quatro meses após o vírus ser associado ao aumento de casos de bebês com microcefalia, situação que levou o país a decretar emergência em saúde. Os novos dados mostram que o vírus continua a circular no Brasil, mas agora com possível intensidade maior em outras regiões além do Nordeste, onde foi confirmado pela primeira vez. Ao todo, os casos estão distribuídos em 1.359 municípios.
No mapa, a região Sudeste lidera em número de registros, com 35.505 casos prováveis. Em seguida, está o Nordeste, com 30.286 notificações, e o Centro-Oeste, com 17.504. Já na comparação entre os Estados, o Rio de Janeiro lidera em número de casos, com 25.930 atendimentos de pacientes com quadro provável de zika. O total é semelhante ao registrado na Bahia, com 25.061 casos.
Terceiro em número de casos, Mato Grosso chama a atenção por ter a maior incidência de casos de zika no país: são 491,7 casos a cada 100 mil habitantes. Essa proporção é dez vezes maior do que a média nacional, de 44,7 casos a cada 100 mil habitantes, e fica acima do parâmetro adotado pela Organização Mundial de Saúde para definir epidemia no que se refere a outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue.
CLASSIFICAÇÃO
As notificações ocorrem após diagnóstico clínico nas unidades de saúde de pacientes com sintomas de zika, como manchas vermelhas no corpo, coceira e febre baixa ou ausência de febre, entre outros -daí a definição dos casos como “prováveis”, já que nem todos passaram por exames laboratoriais em seguida. Do total de 91.387 casos prováveis, 31.616 já foram confirmados também por exame laboratorial, de acordo com o Ministério da Saúde. Além de uma maior intensidade de circulação, outra possibilidade é que os dados sejam superiores em locais onde há melhor organização do sistema de vigilância e, assim, maior notificação dos casos.
Com informações da Folhapress.