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Brasil patina para completar vacinação de crianças a idosos contra Covid-19

O levantamento aponta que, até o dia 24 deste mês, 4 de cada 10 crianças na faixa de 5 a 11 anos não haviam recebido nem a primeira dose.

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Em meio ao arrefecimento da pandemia, a vacinação contra a Covid-19 no Brasil enfrenta desafios em todas as faixas etárias. O país registra dificuldades para completar os ciclos recomendados, com cobertura infantil estagnada, reforço baixo entre jovens e apenas 10% dos idosos com a quarta dose.

É o que mostra análise feita pela reportagem com dados do Ministério da Saúde e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento aponta que, até o dia 24 deste mês, 4 de cada 10 crianças na faixa de 5 a 11 anos não haviam recebido nem a primeira dose.

Após um pico de aplicações entre janeiro e fevereiro, a cobertura parcial caiu de ritmo e freou antes de alcançar dois terços do público infantil com a primeira injeção (61%).

Mesmo se levado em conta o intervalo de espera entre as doses -oito semanas no caso da Pfizer pediátrica-, o retorno para o complemento está muito aquém do esperado: somente 34% das crianças concluíram o ciclo vacinal primário.

Entre os jovens, o gargalo está na terceira dose. A cobertura com o primeiro ciclo -duas doses ou dose única da Janssen- atingiu 81,5% entre os brasileiros de 18 a 29 anos.

No entanto, a maioria deles não voltou depois de quatro meses para receber o primeiro reforço, indicado pelo Ministério da Saúde a todos os adultos desde novembro do ano passado.

As aplicações não decolaram nesta faixa etária e estão em queda desde março. Segundo o levantamento, apenas um terço dos jovens tomou a terceira dose (33%).

A quarta dose entre os idosos também apresenta baixa adesão. A cobertura com este segundo reforço é de somente 18% entre os brasileiros de 80 anos ou mais, elegíveis desde março em todo o território nacional.

Epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin, Denise Garrett classifica como “lástima” o atual cenário. Ela observa que o Brasil repete ondas semelhantes às dos Estados Unidos, que atualmente enfrenta um aumento no número de casos e de subnotificação em razão dos autotestes.

Isabella Ballalai, pediatra e vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), afirma que a situação é preocupante e que um aumento de casos vem sendo observado nas últimas semanas.

“Não é esperada uma nova grande onda, mas podemos ter uma variante com maior escape da vacina”, alerta.

Enquanto os EUA já autorizaram a terceira dose da vacina para pessoas entre 5 e 11 anos, destaca a pediatra, o Brasil ainda não conseguiu fazer o dever de casa e imunizar as crianças com duas doses.

A falta de campanhas de vacinação de peso e os ruídos entre Ministério da Saúde e estados são mencionados por especialistas como possíveis causas da dificuldade que o país enfrenta para completar os ciclos de imunização das crianças e reforços entre os adultos.

“A comunicação não é direta com a pessoa. Quando dizem ‘todos têm que se vacinar’, o jovem de 20 anos não acha que é ele, mas só para os mais velhos”, diz Ballalai. “A informação é dita, mas não impacta a população.”

Desde o dia 18 de maio, o Ministério da Saúde passou a recomendar a quarta dose para todas as pessoas a partir dos 60 anos. Antes disso, muitos estados já haviam iniciado a vacinação nessa faixa etária.

O estado de São Paulo, por exemplo, começou a campanha no dia 21 de março para pessoas de 60 anos ou mais, além dos adultos imunossuprimidos.

O levantamento da reportagem aponta que, em toda a população brasileira, somente 14% dos septuagenários e 6,5% dos sexagenários já atualizaram a imunização. No geral, apenas 1 a cada 10 idosos de 60 anos ou mais recebeu a quarta dose da proteção (10,5%).

Ballalai comenta que, com o arrefecimento da pandemia, a maioria dos cuidados foram deixados de lado. Ela acredita que o movimento antivacina no Brasil convenceu parte da população de que o risco da doença não era tão grande, e isso diminuiu a procura pelo imunizante.

Uma análise epidemiológica divulgada pela Fiocruz na quinta-feira (26) aponta que 48% dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registrados nas últimas quatro semanas ocorreram em função da Covid-19. O número representa um aumento de casos em todas as regiões do país.

Em relação à falta de adesão à quarta dose, ela a atribui a um cansaço geral e a uma sensação de que a vacina não funciona. “Não é verdade. Em todas as idades existe uma nítida diferença entre quem está vacinado e quem não está.”

A pediatra compara a imunização da Covid-19 com a da gripe e afirma que poucas pessoas sabem que a primeira protege de 4 a 6 meses.

“A gripe tem uma sazonalidade bem marcada. Ela circula o ano inteiro, mas o pico é agora, por isso é necessária a vacinação agora. Já a Covid não tem essa sazonalidade, e o pico pode acontecer a qualquer momento”, diz.

A Prefeitura de São Paulo encaminhou, nesta quarta-feira (25), um ofício ao Ministério da Saúde em que solicita a autorização da quarta dose para todos os profissionais de saúde e para pessoas de 50 a 59 anos sem comorbidade, conforme noticiado pela coluna Painel. Na noite desta sexta (27), a pasta anunciou a liberação da terceira dose para todos os adolescentes de 12 a 17 anos no país.

Até o momento, porém, não há previsão para que a segunda dose do reforço seja disponibilizada para toda a população. Por isso, é comum que aqueles que já receberam a terceira dose há seis meses considerem que estariam menos protegidos contra a Covid.

A análise da reportagem aponta que, atualmente, cerca de 4,4 milhões de adultos entre 18 e 59 anos (3,4%) integram essa parcela da população. Até o fim do mês que vem, esse número deve chegar a 12,4 milhões (9,6%).

No entanto, especialistas afirmam que ainda não existem estudos que sustentem a necessidade da quarta dose para a população geral.

Julio Croda, infectologista da Fiocruz, diz que há poucos dados a respeito do benefício extra e de quanto tempo ele dura. “O que sabemos é que pode ter um ganho importante de proteção em idosos. Mas, em relação à população geral, os dados são escassos e contraditórios.”

Segundo o infectologista, nenhum país está adotando a quarta dose indiscriminadamente, “mesmo porque temos que diminuir a desigualdade vacinal entre os países que não têm esse acesso”.

Croda acrescenta que a principal estratégia precisa ser baseada na prevenção de internação e de óbito. Por isso, por enquanto, a segunda dose de reforço não deve ser motivo de preocupação para a maioria da população.

“Vamos ter repiques sim, relacionados a ocasionalidade, inverno, relaxamento de medidas preventivas. Mas, até que ponto isso vai impactar no aumento de hospitalização e óbito é o que precisamos observar”, diz o médico.

Raquel Stucchi, professora da Unicamp e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), concorda com Croda. “As pessoas [imunizadas com as três doses e abaixo de 60 anos] podem ficar tranquilas em relação ao risco de adoecimento mais grave”, afirma ela.

Como o vírus segue circulando, ela recomenda que no caso de exposição em locais com aglomeração, quem tiver contato nos dias seguintes com idosos e pessoas com comorbidade deve usar máscara.

Por Folhapress

 

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Brasil

Caminhoneiro morre após pneu explodir durante calibragem em GO

Edson Rodrigues de Jesus calibrava o pneu do caminhão quando houve a explosão.

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Um caminhoneiro morreu na terça-feira (3) após ser atingido por um pneu que estourou em Padre Bernardo (MG).

Edson Rodrigues de Jesus, de 40 anos, calibrava o pneu do caminhão quando houve a explosão. Conhecido como ”Breno” pelos moradores da cidade, ele estava em uma borracharia no momento do acidente.

Ao explodir, o pneu foi arremessado contra o homem. Segundo a delegada Alessandra Oliveira, o motivo da explosão pode ter sido uma solda que fragilizou a estrutura do objeto.

Ele morreu no local. De acordo com a Polícia Civil, as circunstâncias do caso ainda são apuradas e uma perícia está sendo aguardada.

A Prefeitura de Padre Bernardo publicou uma nota de pesar pela morte de Edson. O evento ”Arraiá do Grupo Melhor Idade” também foi adiado em solidariedade à vítima, que havia participado da organização.

Foto Sergio Flores/Getty Images

Por Folhapress

           

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Brasil

Pantanal poderá ter crise hídrica histórica em 2024, aponta estudo

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O Pantanal enfrenta desde 2019 o período mais seco das últimas quatro décadas e a tendência é que 2024 tenha a pior crise hídrica já observada no bioma, de acordo com um estudo inédito lançado nesta quarta-feira (3). Os resultados apontam que, nos primeiros quatro meses do ano, quando deveria ocorrer o ápice das inundações, a média de área coberta por água foi menor do que a do período de seca do ano passado.

O estudo foi encomendado pelo WWF-Brasil e realizado pela empresa especializada ArcPlan, com financiamento do WWF-Japão. O diferencial em relação a outras análises baseadas em dados de satélite é o uso de dados do satélite Planet.

“Graças à alta sensibilidade do sensor do satélite Planet, pudemos mapear a área que é coberta pela água quando os rios transbordam. Ao analisar os dados, observamos que o pulso de cheias não aconteceu em 2024. Mesmo nos meses em que é esperado esse transbordamento, tão importante para a manutenção do sistema pantaneiro, ele não ocorreu”, ressalta Helga Correa, especialista em conservação do WWF-Brasil que é também uma das autoras do estudo.

“De forma geral, considera-se que há uma seca quando o nível do Rio Paraguai está abaixo de 4 metros. Em 2024, essa medida não passou de 1 metro. O nível do Rio Paraguai nos cinco primeiros meses deste ano esteve, em média, 68% abaixo da média esperada para o período”, afirma Helga. “O que nos preocupa é que, de agora em diante, o Pantanal tende a secar ainda mais até outubro. Nesse cenário, é preciso reforçar todos os alertas para a necessidade urgente de medidas de prevenção e adaptação à seca e para a possibilidade de grandes incêndios.”

Na Bacia do Alto Rio Paraguai, onde se situa o Pantanal, a estação chuvosa ocorre entre os meses de outubro e abril, e a estação seca, entre maio e setembro. De acordo com o estudo, entre janeiro e abril de 2024, a média da área coberta por água foi de 400 mil hectares, em pleno período de cheias, abaixo da média de 440 mil hectares registrada na estação seca de 2023.

De acordo com os autores do estudo, os resultados apontam uma realidade preocupante: o Pantanal está cada vez mais seco, o que o torna mais vulnerável, aumentando as ameaças à sua biodiversidade, aos seus recursos naturais e ao modo de vida da população pantaneira. A sucessão de anos com poucas cheias e secas extremas poderá mudar permanentemente o ecossistema do Pantanal, com consequências drásticas para a riqueza e a abundância de espécies de fauna e flora, com grandes impactos também na economia local, que depende da navegabilidade dos rios e da diversidade de fauna.

“O Pantanal é uma das áreas úmidas mais biodiversas do mundo ainda preservadas. É um patrimônio que precisamos conservar, por sua importância para o modo de vida das pessoas e para a manutenção da biodiversidade”, ressalta Helga.

Além dos eventos climáticos que agravam a seca, a redução da disponibilidade de água no Pantanal tem relação com ações humanas que degradam o bioma, como a construção de barragens e estradas, o desmatamento e as queimadas, explica Helga.

De acordo com a especialista em conservação do WWF-Brasil, diversos estudos já indicam que o acúmulo desses processos degradação, acentuados pelas mudanças climáticas, pode levar o Pantanal a se aproximar de um ponto de não retorno – isto é, perder sua capacidade de recuperação natural, com redução abrupta de espécies a partir de um certo percentual de destruição.

Outra preocupação é que as sucessivas secas extremas e as queimadas por elas potencializadas afetam a qualidade da água devido à entrada de cinzas no sistema hídrico, causando mortalidade de peixes e retirando o acesso à água das comunidades. “É preciso agir de forma urgente e mapear onde estão as populações tradicionais e pequenas comunidades que ficam vulneráveis à seca e à degradação da qualidade da água”, diz ela.

A nota técnica traz uma série de recomendações como mapear as ameaças que causam maiores impactos aos corpos hídricos do Pantanal, considerando principalmente a dinâmica na região de cabeceiras; fortalecer e ampliar políticas públicas para frear o desmatamento; restaurar áreas de Proteção Permanente (APPs) nas cabeceiras, a fim de melhorar a infiltração da água e diminuir a erosão do solo e o assoreamento dos rios, aumentando a qualidade e a quantidade de água tanto no planalto quanto na planície, e apoiar a valorização de comunidades, de proprietários e do setor produtivo que desenvolvem boas práticas e dão escala a ações produtivas sustentáveis.

Fonte: Agência Brasil

           

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Brasil

Gasolina fica mais cara no primeiro semestre e chega a R$ 6,02, aponta índice

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O preço da gasolina subiu 5% no primeiro semestre de 2024, de acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O aumento foi impulsionado pela alta de 11% no preço do petróleo no mercado internacional e pela inflação, resultando em um preço médio de R$ 6,02 por litro em junho.

O etanol teve uma alta ainda maior, de 11%, atingindo um preço médio de R$ 3,99. Regionalmente, o Norte apresentou a gasolina mais cara, com uma média de R$ 6,40 por litro, enquanto o Nordeste registrou o etanol mais caro, a R$ 4,64.

Comparado ao primeiro semestre de 2023, os motoristas estão pagando 9% a mais pela gasolina e 2% a mais pelo etanol.

O Acre teve o preço mais alto da gasolina, R$ 6,88 por litro, e Sergipe registrou o etanol mais caro, a R$ 5,08. São Paulo apresentou os menores preços para ambos os combustíveis, com a gasolina a R$ 5,77 e o etanol a R$ 3,77, empatado com o Mato Grosso.

Por Conexão Política

           

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