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Saúde

Chegada do verão e idas à praia e piscina facilitam casos de micoses

Tratamento pode durar de 14 dias a 18 meses; exames de biologia molecular facilitam o diagnóstico do fungo causador e identificam resistências medicamentosas.

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Nesta época de final de ano e verão, grande parte das pessoas aproveita para ir à praia e às piscinas, dois lugares que, além de receberem um grande número de pessoas, fazem com que o corpo fique úmido e torne-se um ambiente perfeito para a proliferação de fungos. Entre as doenças que podem ser confundidas com infecções fúngicas, estão a psoríase, dermatites e até mesmo alergias. Esses fungos podem surgir nas unhas, cabelos ou na pele e são divididos basicamente em duas categorias: os dermatófitos, que são os maiores causadores de micoses em seres humanos, e os não dermatófitos. Os primeiros são aqueles que se alimentam de queratina, e podem vir do solo, de animais e também de outros seres humanos.

De acordo com a dermatologista Layla Comel, os principais fatores que influenciam no aparecimento de fungos são a idade, imunidade e áreas do corpo com maior umidade. “O envelhecimento predispõe às infecções por fungos nas unhas. Em cabelos, os casos são mais frequentes em crianças. Já na pele, ocorrem bastante em locais onde há muita umidade, por exemplo, em áreas de dobras, entre os dedos dos pés e na virilha, que são áreas quentes e úmidas. Outro fator bem importante é em relação à imunidade: quanto menor a imunidade, maior o risco de infecção por fungos”, destaca.

Embora os fungos sejam geralmente considerados inofensivos, eles podem causar complicações mais graves em pacientes debilitados, internados, acamados ou com problemas de saúde mais sérios, especialmente aqueles que afetam a imunidade. Já em pacientes saudáveis, eles podem causar apenas pequenos desconfortos.

Identificar o fungo com rapidez é um dos maiores problemas

Um dos principais problemas relacionados às infecções fúngicas é conseguir chegar a um diagnóstico correto e à identificação do fungo causador do problema. “Os fungos têm um crescimento muito lento, então isso dificulta bastante o diagnóstico pelos métodos que a gente tem hoje em dia. Por exemplo, com o método de cultura, geralmente, o diagnóstico demora muito tempo, então, muitas vezes, acabamos perdendo tempo até fechar o diagnóstico correto, ou inicia-se o tratamento antes de ter o resultado final do fungo causador para depois trocar a medicação”, explica a Dra. Layla.

Os resultados negativos também são um problema no tratamento das infecções, de acordo com a dermatologista. “O dia a dia do dermatologista são as culturas negativas. Muitas vezes a gente acaba pedindo cultura, seja de unha, de pele ou de cabelo e o que a gente vê é que, por mais que nós tenhamos quase certeza que é uma infecção fúngica, a cultura muitas vezes acaba vindo negativa. Isso prejudica tanto a condução do caso, quanto o próprio diagnóstico e tratamento da doença, pois muitas vezes não conseguimos identificar o fungo que está provocando a infecção e fazer o tratamento correto”.

Biologia molecular facilita a identificação do fungo com rapidez

A identificação correta do fungo é importante por diversos fatores, entre eles o tratamento certeiro e ágil. Segundo a dermatologista, saber a patologia do paciente é uma maneira de evitar fungos mais resistentes aos medicamentos disponíveis. Alguns pacientes já debilitados e que contraem o fungo, necessitam mais ainda de remédios assertivos, pois o tratamento prolongado pode prejudicar sua recuperação e trazer efeitos colaterais. 

Os exames convencionais de cultura demoram entre 21 dias a três meses para informarem um resultado. Porém, em casos mais graves, não se pode esperar, então a conduta médica é iniciar o tratamento medicamentoso. Além do tempo de espera, os resultados não avaliam possíveis resistências aos tratamentos, conforme explica a Dra. Layla. “Na grande maioria das vezes o exame identifica somente o fungo causador, mas não contempla a quais medicamentos esse fungo é resistente, o que é bastante importante para fazer o tratamento correto”. 

Para facilitar a identificação correta do fungo, mas também suas resistências e uma melhora rápida dos pacientes, a Mobius, empresa que desenvolve e comercializa produtos destinados ao segmento de medicina diagnóstica focada na biologia molecular, lançou os produtos da empresa parceira PathoNostics.

A linha é constituída de uma variedade de kits de diagnóstico, através da tecnologia de PCR em tempo real, para o diagnóstico de dermatofitoses, mucormicoses, detecção e identificação de Aspergillus sp, e tem como principal objetivo detectar rapidamente o fungo causador da doença e, simultaneamente, identificar a resistência antifúngica, permitindo que os médicos iniciem uma terapia assertiva.

Para a dermatologista, exames moleculares facilitam a conduta médica. “Os testes moleculares são muito mais sensíveis, porque eles vão detectar a presença do material genético do fungo na amostra. Na cultura, existe essa demora e muitas vezes não conseguimos identificar o fungo causador, devido ao seu crescimento lento.”

Tratamento pode durar até 18 meses

O tratamento indicado contra micoses é feito, na maioria das vezes, com remédios antifúngicos orais, mas também com soluções tópicas, como: cremes, géis, loções, pomadas, entre outros, e aplicados diretamente no local. “O tratamento de micoses nas unhas das mãos, por exemplo, dura, em média, de três a seis meses, já nas unhas dos pés se prolonga um pouco mais, de seis a 18 meses de tratamento. Nas infecções de pele superficiais, o tempo de tratamento varia, durando em média de 14 a 30 dias”, explica a Dra. Layla.

Apesar das resistências medicamentosas, os tratamentos se mostram eficientes, mas ainda assim há efeitos colaterais. Um dos principais, citados pela dermatologista, são as alterações no fígado. Se o paciente já tiver problemas com o órgão, a medicação irá sobrecarregar ainda mais, podendo alterar ainda o colesterol e triglicerídeos.

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Saúde

Estado confirma morte de paciente internada com Candida Auris

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A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou, nesta segunda-feira (1º), o óbito da paciente de 64 anos de idade que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Agamenon Magalhães (HAM). A causa do óbito foi choque séptico com foco respiratório, sem relação direta com o fungo Candida Auris.

 A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HAM reforçou as medidas de limpeza e isolamento da área, e a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) monitora 17 pacientes internados na unidade.

A secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, ressaltou que todas as medidas foram tomadas para controle e prevenção do fungo na unidade. “Intensificamos as ações de desinfecção na unidade hospitalar e passamos a regular a porta de emergência de clínica médica e cardiologia do Hospital Agamenon Magalhães para diminuir o fluxo de pessoas”, explicou a titular da pasta.

A paciente que veio a óbito nesta segunda-feira deu entrada na unidade no último dia 13 de junho, por conta de uma infecção respiratória, e estava na UTI desde o dia 18, onde continuava recebendo os cuidados médicos pelo seu caso clínico.

De acordo com a Apevisa, foram colhidas amostras de material biológico de 17 pessoas que estavam no mesmo ambiente da paciente afetada pelo fungo. Todas as amostras estão sendo encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen/PE), onde estão sendo realizados exames de testagem.

Regulação

Os pacientes que precisarem de atendimento de urgência e emergência clínica e cardiologia devem procurar os serviços de pronto atendimento. Se houver maior complexidade permanecerão sendo encaminhados pela Central de Regulação de Leitos para o próprio Hospital Agamenon Magalhães ou outras unidades da rede assistencial. A regulação da entrada de pacientes na unidade é uma estratégia que visa diminuir a demanda de pacientes na unidade com direcionamento exclusivo de pacientes de alta complexidade.

Prevenção

Entre outras medidas de controle de infecção para prevenção da transmissão de C. auris que podem ser executadas em ambientes de saúde, temos: higiene das mãos, uso apropriado de equipamento de proteção e outras precauções e a limpeza e desinfecção do ambiente de atendimento do paciente e de equipamentos reutilizáveis com produtos recomendados.

Fonte: JC

           

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Saúde

Mais Médicos terá novo edital com 3.184 vagas e direito a cotas

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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, divulgou, nesta segunda-feira (1º), que o programa Mais Médicos terá novo edital com 3.184 vagas. O anúncio ocorreu pelo X.

“Quando assumimos, eram menos de 13 mil médicos pelo programa. Hoje, temos cerca de 25 mil”, afirmou a ministra pela rede social.

Nas postagens, Nísia Trindade afirmou que o novo edital vai permitir a reposição de vagas com vista a chegar à meta de 28 mil médicos.

“O Mais Médicos é uma realidade, e faz diferença, numa Saúde da Família que hoje permite horários de atendimento estendidos, como na Bahia, onde já temos 80% de cobertura”.

Cotas

A ministra da Saúde acrescentou que, pela primeira vez, o edital seguirá a política de cotas. “São 20% das vagas para grupos étnico-raciais, e 9% para pessoas com deficiência. Seguimos assim nossa visão de inclusão. Vamos divulgar o edital! Temos muitos médicos aguardando essa oportunidade”.

A assessoria do ministério da Saúde informou que outras informações, como datas de inscrição, devem ser anunciadas ainda nesta noite de segunda.

Fonte: Agência Brasil

           

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Saúde

Escola municipal de Santos fecha por aumento de casos de sarna humana

Foram registrados, entre os 458 alunos, 40 casos de escabiose de pessoas que frequentam a unidade, sendo 32 estudantes e oito profissionais.

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Depois de vistoria feita pela Secretaria Municipal de Saúde de Santos, a Unidade Municipal Escolar Emília Maria Reis, no bairro do Campo Grande, em Santos, no litoral de São Paulo, foi fechada por precaução após a identificação de novos de casos de escabiose (sarna humana) no local. Segundo as informações, todos os casos eram de pessoas que deveriam ter buscado tratamento e ter permanecido em resguardo.

Até a sexta-feira (28), data de encerramento de todas as atividades na unidade, foram registrados, entre os 458 alunos, 40 casos de escabiose de pessoas que frequentam a unidade, sendo 32 estudantes e oito profissionais.

“Todos foram encaminhados para as policlínicas de referência dos munícipes, assistidos pela rede pública de saúde, para o devido tratamento médico. Vale frisar que, anteriormente ao fechamento, a escola já tinha orientado os pais de alunos e funcionários sobre como prevenir a doença. o fechamento da escola, que não é previsto em protocolo, tornou-se opção para proteger todos os alunos e funcionários”, diz a prefeitura por meio de nota.

A secretaria ressaltou que, durante este período, a escola passará por limpeza para desinfecção. Com o fechamento da unidade e as aulas presenciais suspensas, a partir desta segunda-feira (1) até o dia 10 de julho, as aulas serão remotas. Neste período a rede municipal de educação entrará em período de recesso escolar.

A escabiose não é uma doença grave nem de notificação compulsória, exceto em casos de surto, o que não é o caso até o momento no município de Santos. É uma doença contagiosa causada por um tipo de ácaro e causa coceira pelo corpo, podendo provocar infecção na pele com vermelhidão e bolhas.

A transmissão ocorre facilmente de pessoa para pessoa, principalmente em ambientes fechados. A sarna humana é benigna e o tratamento é feito com pomadas, loções ou sabonetes e medicamentos indicados pelo médico.

Para evitar a proliferação é preciso ter uma rotina de higienização no ambiente com água sanitária diluída em água, higienizar itens como colchões e sofás, que são locais de proliferação de ácaros e lavar, separadamente, roupas lençóis e toalhas utilizados pelas pessoas contaminadas.

Foto  Shutterstock

Por Agência Brasil

           

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