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China ordena fechamento de consulado americano em Chengdu

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A determinação de Pequim é uma resposta à ordem dada pelos EUA na última quarta-feira (22) de fechar o consulado chinês em Houston

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Guerra Fria 2.0 entre Estados Unidos e China ganhou novos contornos de crise diplomática nesta sexta-feira (24). Cumprindo a promessa de retaliação ao governo de Donald Trump, o Ministério das Relações Exteriores chinês ordenou o fechamento do consulado americano em Chengdu, no sudoeste do país.

A determinação de Pequim é uma resposta à ordem dada pelos EUA na última quarta-feira (22) de fechar o consulado chinês em Houston, no estado do Texas. Para Pequim, uma reação “legítima e necessária ao ato injustificado” do governo americano.

O prazo de 72 horas estabelecido pelo Departamento de Estado americano para o fim das atividades diplomáticas chinesas no consulado se encerra nesta sexta.

“Os EUA violaram seriamente o direito internacional, as normas básicas das relações internacionais e os termos da Convenção Consular China-EUA”, diz o comunicado do ministério chinês. “Prejudicaram gravemente as relações China-EUA.”

“A situação atual nas relações China-EUA não é o que a China deseja ver, e os EUA são responsáveis por tudo isso. Mais uma vez, pedimos aos EUA que retirem imediatamente sua decisão errada e criem condições necessárias para trazer o relacionamento bilateral de volta aos trilhos.”

O porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, acrescentou que alguns membros do consulado em Chengdu estavam “realizando atividades que não estavam de acordo com suas identidades”.

Além disso, os funcionários americanos teriam, segundo Wang, interferido em assuntos da China e prejudicado interesses de Pequim na área da segurança.

De acordo com uma publicação de Hu Xijin, editor do Global Times, jornal controlado pelo Partido Comunista Chinês, o prazo para o fechamento da unidade diplomática em Chengdu é de 72 horas, mesmo período estabelecido pelo governo americano para o fim das atividades do consulado chinês em Houston.

Na ocasião, Hu considerou o prazo abrupto uma “manifestação de pânico” do governo Trump.

Inaugurado em 1985, o consulado americano em Chengdu tem quase 200 funcionários, incluindo cerca de 150 contratados localmente, de acordo com seu site. Parte dos diplomatas americanos, contudo, deixaram a China nos estágios iniciais da pandemia do coronavírus.

Os EUA mantêm unidades também em Cantão, Shenyang, Wuhan e Xangai, além de mais um consulado em Hong Kong e a embaixada em Pequim.

Já a diplomacia chinesa nos EUA segue representada por outros quatro consulados localizados em Chicago, Los Angeles, Nova York e San Francisco, além da embaixada na capital, Washington.

Em comparação, o Brasil possui dez consulados em território americano, além da embaixada. Na China, são dois consulados, em Cantão e Xangai, e a embaixada em Pequim.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o regime de Xi Jinping considerava o fechamento do consulado americano em Wuhan, cidade onde foi confirmado o primeiro caso da Covid-19. A unidade em Chengdu, porém, tem um significado diferente para a estratégia americana em território chinês.

“O consulado de Chengdu é mais importante que o consulado de Wuhan porque é onde os EUA reúnem informações sobre o desenvolvimento do Tibete e da China de armas estratégicas nas regiões vizinhas”, disse Wu Xinbo, professor e especialista em estudos americanos da Universidade Fudan, em Xangai.

Para Jeff Moon, que foi cônsul-geral dos EUA em Chengdu entre 2003 e 2006, a decisão da China indica uma opção “por continuar aumentando o conflito, em vez de pausar ou acalmar as tensões”.

“Se a China tivesse fechado o consulado de Wuhan, o assunto poderia ter sido encerrado, porque o problema em Wuhan era a China impedindo que diplomatas americanos retornassem ao país após o surto de Covid-19”, disse Moon à CNN americana.

Na prática, com o fechamento em Chengdu, os EUA ficam com dois consulados a menos, já que a unidade em Wuhan foi quase totalmente esvaziada no início da pandemia.

O novo coronavírus acirrou ainda mais a Guerra Fria 2.0 entre China e Estados Unidos.

Na terça-feira (21), o Departamento de Justiça dos EUA acusou dois hackers chineses de roubar informações sobre projetos de vacina contra a Covid-19 e de violar a propriedade intelectual de empresas nos EUA e em outros países.

Os americanos, com Donald Trump à frente, passaram meses insinuando que os chineses haviam liberado o novo coronavírus, acidentalmente ou não, de um laboratório em Wuhan.

Já autoridades de Pequim chegaram a afirmar que uma delegação militar americana havia dispersado o patógeno durante competição esportiva na cidade onde a Covid-19 surgiu.

Hoje os EUA são o país mais afetado pela pandemia, com mais de 4 milhões de casos, enquanto a China estacionou e conta pouco mais de 86 mil infecções.

Em um discurso nesta quinta-feira (23), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que Washington e seus aliados devem usar “maneiras mais criativas e assertivas” para pressionar o Partido Comunista Chinês a mudar de atitude. Disse ainda que essa era a missão dos EUA.

“Devemos admitir uma dura verdade que deve nos guiar nos próximos anos e décadas: se queremos ter um século 21 livre, e não o século chinês com o qual Xi Jinping sonha, o velho paradigma do compromisso cego com a China simplesmente não será feito”, disse Pompeo. “Não devemos continuar e não devemos voltar a ele.”

No Twitter, Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, acusou o secretário de Estado americano de “lançar uma nova cruzada contra a China”.

“O que ele está fazendo é tão fútil quanto uma formiga tentando sacudir uma árvore”, escreveu Hua. “Está na hora de todas as pessoas que amam a paz avançaram para impedi-lo de causar mais danos ao mundo.”

As relações entre Washington e Pequim deterioraram-se acentuadamente neste ano em uma série de questões, desde comércio e tecnologia, reivindicações territoriais chinesas no mar da China Meridional e a repressão a Hong Kong por meio de uma nova lei de segurança nacional, criticada dentro e fora do território por ameaçar as liberdades individuais.

CRONOLOGIA DAS DESAVENÇAS RECENTES ENTRE EUA E CHINA

2.mar – EUA limitam a cem o número de jornalistas chineses que podem trabalhar em cinco organizações de mídia chinesas no país

16.mar – Trump chama novo coronavírus de ‘vírus chinês’ no Twitter

7.mar – China anuncia que irá expulsar jornalistas do New York Times, Wall Street Journal e Washington Post e exige detalhamento sobre operações desses e de mais dois veículos americanos no país

3.mai – Sem mostrar evidências, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirma ter provas de que coronavírus surgiu em laboratório de Wuhan

15.mai – China pede aos EUA que paguem dívidas com ONU, acrescentando que o país é o maior devedor às Nações Unidas

18.mai – Em assembleia geral da OMS, China promete mais fundos para entidade. Trump ameaça interromper permanentemente os pagamentos e reavaliar a permanência dos Estados Unidos no órgão

20.mai – EUA anunciam ter realizado um exercício militar de 32 horas com quatro bombardeiros supersônicos B-1B sobre o mar do Sul da China, área que Pequim considera sua

20.mai – Trump diz que incompetência da gestão chinesa na crise do coronavírus foi o que causou um “massacre global”

24.mai – Chanceler chinês diz que vírus político utilizado para atacar e manchar a China se espalha pelos EUA

29.mai – Trump anuncia fim de relação especial com Hong Kong, incluindo tratados de extradição e relações comerciais, e corta relações com a OMS, afirmando que a entidade é controlada pela China

22.jun – Embaixador americano diz que China se esconde sobre incremento de arsenal nuclear, durante negociações para acordo de limitação de armas nucleares com a Rússia

8.jul – Trump ameaça bloquear o aplicativo chinês TikTok nos EUA em retaliação ao modo como Pequim respondeu à pandemia de coronavírus

12.jul – Embaixadores de China e EUA no Brasil trocam farpas em rede social

14.jul – Pompeo afirma que reivindicações da China sobre o mar do Sul são “em sua maioria, ilegais”

14.jul – Trump assina decreto e põe fim a tratamento especial a Hong Kong

21.jul – EUA acusam hackers chineses de roubar dados de pesquisa para vacina contra Covid-19

22.jul – EUA ordenam fechamento de consulado chinês em Houston

24.jul – Em retaliação aos EUA, China ordena fechamento de consulado americano em Chengdu

Por Folhapress

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Mundo

Vacinas salvaram aproximadamente 154 milhões de vidas nos últimos 50 anos, segundo OMS

Segundo a pesquisa, realizada entre 1974 e 2024, 64% das vidas salvas foram de bebês;

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De acordo com um estudo conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os esforços globais de imunização salvaram aproximadamente 154 milhões de vidas ao longo dos últimos 50 anos – o equivalente a seis vidas por minuto anualmente. Segundo a pesquisa, realizada entre 1974 e 2024, 64% das vidas salvas foram de bebês.

O estudo considerou vacinas que combatem 14 tipos de doenças: difteria, Haemophilus influenzae tipo B (Hib), hepatite B, encefalite japonesa, sarampo, meningite A, coqueluche, doença pneumocócica, poliomielite, rotavírus, rubéola, tétano, tuberculose e febre amarela, que contribuíram diretamente para a redução das mortes infantis em 40% globalmente e em mais de 50% na África.

Entre as vacinas avaliadas no estudo, a vacinação contra o sarampo foi a que teve o impacto mais significativo na redução da mortalidade infantil, representando 60% das vidas salvas devido à imunização.

Em um comunicado, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, descreveu as vacinas como as invenções mais poderosas da história, tornando doenças antes temidas em preveníveis. “Com pesquisa, investimento e colaboração contínuos, podemos salvar outras milhares de vidas hoje e nos próximos 50 anos”, ressaltou Tedros.

Outra descoberta da pesquisa, que será divulgada na revista científica The Lancet, é que, para cada uma vida salva, uma média de 66 anos de saúde plena foram ganhos, totalizando 10,2 bilhões de anos de saúde plena ao longo dos 50 anos analisados.

“Esses ganhos na sobrevivência infantil destacam a importância de proteger o progresso da imunização em todos os países do mundo e acelerar os esforços para alcançar os 67 milhões de crianças que perderam uma ou mais vacinas durante os anos de pandemia”, destacou a OMS.

Brasil

Após anos de queda na adesão às vacinas, o Brasil conseguiu melhorar as coberturas vacinais de 13 dos 16 imunizantes do calendário infantil em 2023, mas, apesar do avanço, os índices ainda estão abaixo das metas preconizadas pelo governo federal, que variam de 90% a 95%. Os dados foram apresentados pelo Ministério da Saúde na última terça-feira, 23, na sede do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em Brasília.

Tiveram melhora nos índices as seguintes vacinas:

– Poliomielite versão oral

– Poliomielite versão inativada

– Febre amarela

– Hepatite A

– Meningocócica C (1ª dose)

– Meningocócica C (reforço)

– Pentavalente (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae b – Hib e hepatite B)

– Rotavírus

– Pneumocócica 10 (1ª dose)

– Pneumocócica 10 (reforço)

– Tríplice viral (1ª dose)

– Tríplice viral (2 dose)

– Reforço da tríplice bacteriana (DTP)

O aumento variou de 4 a 9 pontos percentuais. No caso da vacina contra a poliomielite, doença popularmente conhecida como paralisia infantil, o índice passou de 77,2% em 2022 para 84,7% em 2023. A vacina que teve a maior alta em pontos percentuais foi o reforço da tríplice bacteriana (DTP), que passou de 67,4% em 2022 para 76,8% no ano passado.

Apesar do avanço, Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), destaca a importância de considerar melhorias nos sistemas de informação da saúde pública, que podem ter contribuído para uma precisão maior nos registros de vacinação.

Além disso, ela alerta que a cobertura média atual das 13 vacinas infantis que apresentaram aumento é um pouco acima de 70%, ainda consideravelmente abaixo da meta de 95% necessária para manter as doenças eliminadas.

Outro ponto mencionado pela especialista é a necessidade de considerar os dados por região – recorte não apresentado pelo Ministério da Saúde. “Os índices vacinais variam consideravelmente no país, o que pode criar áreas de risco, onde coberturas vacinais baixas tornam uma região mais suscetível a determinadas doenças”, explicou Isabella.

“Nós vemos com bons olhos e sabemos dos esforços do Ministério da Saúde. A aproximação com os Estados e municípios, por meio do microplanejamento, é um exemplo disso. Entretanto, os dados recentemente divulgados precisam ser olhados levando em consideração as metas vacinais e as disparidades por regiões”, afirma a diretora da SBIm.

Foto Shutterstock

Por Estadão

           

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Mundo

Gripe aviária: OMS quer rede mundial e alerta para “potencial epidêmico”

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, esta quarta-feira (25), para a importância de criar redes mundiais de detenção do vírus H5N1, que causa a gripe aviária, e que tem vindo criar alertas.

Segundo a epidemiologista Maria Van Kerkhove, apesar de a rede de vigilância das aves já estar muito desenvolvida, “o que realmente precisamos é de uma forte vigilância das diferentes espécies de animais”.

De acordo com o que a responsável pela prevenção de epidemias da OMS disse, citada pela agência France-Presse (AFP), a vigilância deve ser alargada ao leite e produtos lácteos para garantir que “as pessoas estão protegidas”.

A responsável explicou em Genebra, na Suíça, que a pasteurização, que consiste no aquecimento do leite para matar o micróbios é muito importante. Apesar de não haver provas da transmissão desta gripe entre humanos, os especialistas receiam que as mutações possam causar problemas.

“Todas as oportunidades que este vírus tem de continuar circulando, de continuar se misturando com espécies animais, tem o potencial de causar uma epidemia e um surto e de se tornar um vírus com potencial endêmico”, acrescentou Maria Van Kerkhove.

Desde 2023 até ao início deste mês, a OMS disse que registou 463 mortes relacionadas com o vírus em causa, em 23 países.

A recente detecção de surtos de gripe aviária no gado bovino e caprino nos Estados Unidos, onde foi identificado um primeiro contágio de vaca para humano, aumentou a preocupação da comunidade médica face às possíveis mutações do vírus, que, segundo a OMS, tem potencial epidémico e pandémico.

Na semana passada, a agência da ONU recomendou o consumo de leite pasteurizado após a descoberta de fortes concentrações do vírus H5N1 no leite de vacas nos Estados Unidos.

Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

 

           

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Mundo

Mulher fica em estado grave após beber café com insetos em aeroporto

A ingestão produziu uma reação semelhante à de beber veneno, tendo a saúde dela se degradado “rapidamente”.

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Uma funcionária de uma companhia aérea ficou em estado considerado grave depois de beber café de uma máquina de venda automática, que continha insetos no seu interior. O caso ocorreu na segunda-feira (22), no aeroporto de Palma, em Espanha.

O sucedido foi denunciado à delegacia policial no aeroporto, de acordo com a imprensa espanhola.

A mulher comprou o café numa máquina automática e, assim que o provou, percebeu que tinha um gosto estranho. Assim, começou a mexer com uma colher e percebeu que haviam insetos no fundo do copo.

Mais tarde, a mulher teve de ser socorrida de urgência pela equipa médica do aeroporto, acabando por ser transportada em estado grave para o hospital, onde ficou internada na unidade de cuidados intensivos.

A vítima teria sofrido um choque anafilático, uma vez que a ingestão dos insetos provocou uma reação semelhante à de veneno, fazendo com que a sua saúde se “degradasse rapidamente”.

Foto  Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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