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Educação

‘Chorei demais’, revela ex-cortador de cana que se formou em medicina

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Ex-cortador de cana com a prima na formatura dele em medicina pela UPE (Foto: Arquivo pessoal/Flaviana Maria)

Ex-cortador de cana com a prima na formatura dele em medicina pela UPE (Foto: Arquivo pessoal/Flaviana Maria)

Um dos sete filhos do pedreiro José Lopes, de 63 anos, e da dona de casa Edileusa Maria, de 59, o agora médico Jonas Lopes trabalhou como cortador de cana até os 15 anos. Nascido em Palmares, Mata Sul de Pernambuco, Jonas morou até 2006 em Joaquim Nabuco. Hoje com 30 anos, o futuro cardiologista garante ao G1: “o que me move é o conhecimento e ajudar as pessoas”.

Ele é o primeiro da família a ter curso superior, mas acredita que no futuro os irmãos irão seguir o mesmo caminho. “Agora eu só quero ajudar meus pais, dar orgulho a eles e aos meus irmãos e continuar exercendo meu amor pela medicina, distribuir esse amor para os meus pacientes. Também quero estudar, estudar e nunca parar”, afirmou.

Jonas se tornou médico de fato e direito na quarta-feira (29) – dia da colação de grau. Ele disse que não conseguiu segurar a emoção no momento em que foi homenageado pelos colegas.

“Tivemos uma colação antecipada no dia 17 de junho, que foi para pegar o registro do Cremepe [Conselho Regional de Medicina de Pernambuco]. Na solenidade oficial, na hora do discurso da oradora, ela disse: ‘Jonas, levante’. Em seguida, falou um breve histórico da minha vida, me parabenizou e todos os meus colegas me aplaudiram. Não aguentei e chorei demais”, revelou.

O médico, que desde de criança ajudava a mãe a cortar cana, trabalhou na zona rural de Joaquim Nabuco dos 12 aos 15 anos. Foi também durante a infância que veio o sonho de cursar medicina. Desde pequeno Jonas gostava de ciências. Devido às dificuldades pelas quais a família passava, pensou em ser professor, porque – para ele – seria mais fácil. “Mas eu ficava admirando o trabalho de médico. Sempre tive a medicina no coração”, falou.

Entre os anos de 1998 e 1999, o médico parou de estudar. Ao G1, ele disse que esta “parada” nos estudos foi um momento de rebeldia. “Eu recomecei em 2000. Na verdade, eu caí na real. Ver minha mãe trabalhando no engenho, sofrendo… Ela tinha que comprar os meus cadernos e dos meus irmãos ou comida para dentro de casa. Quando eu vi esse sofrimento dela, decidi que jamais iria parar de estudar. O céu não é nem o meu limite. Eu amo estudar”, explicou Jonas.

O recém-formado também trabalhou dando aulas de de reforço, em casas de jogos e carregando frete na feira. No ano de 2006 ele fez o vestibular de medicina e passou só na primeira fase.

Em 2007, Jonas começou a se preparar para o vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE), que oferecia vagas exclusivas para estudantes de escolas públicas. “Eu conheci o sistema de cotas da instituição e vi que tinha como entrar por ele, já que eu sempre estudei por escola pública. Esse sistema de cotas foi minha esperança”, lembrou o médico.

Aprovação na UPE

Jonas tentou entrar na universidade por três anos. Em 2006 ele estudou sozinho e não conseguiu a aprovação. No mesmo ano ele juntou o dinheiro do trabalho para ir morar no Recife com a irmã. De 2007 até 2009 – ano no qual foi aprovado – ele cursou pré-vestibular e estudava de dez a 12 horas por dia.

O médico recém-formado conseguiu assistência moradia e alimentação como bolsa da UPE e morou durante seis anos na Casa do Estudante de Pernambuco. “Fui monitor de inglês na casa, ganhei bolsa de iniciação científica e extensão universitária”, disse.

Em 2014 Jonas começou a estagiar em uma unidade de saúde de Joaquim Nabuco. Com o estágio ele ajudava na renda dos pais. “Eu ficava atendendo e passava os casos para o médico plantonista, que é como é regulamentado pelo código de ética médica”, lembrou.

(Do G1 Caruaru)

Educação

IFSertãoPE seleciona bolsistas para o projeto Supera São Francisco Bahia

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Foi publicado nessa quinta-feira, 25, o edital do IFSertãoPE de número 052/2024, que tem como finalidade a seleção de bolsistas para o projeto “Supera São Francisco Bahia: Resgatando a viabilidade da ovinocultura no Sertão nordestino”.

O instituto abriu 27 vagas para atuação nos municípios de Juazeiro-BA, Casa Nova-BA e Petrolina-PE. As inscrições podem ser feitas neste site entre os dias 29 de julho e 2 de agosto. A bolsa é de R$ 700, com atividades entre agosto de 2024 e julho de 2025.

Podem concorrer estudantes de cursos técnicos da área de Ciências Agrárias do Campus Petrolina Zona Rural do IFSertãoPE ou de graduação em Agronomia. A seleção será feita a partir de análises do Coeficiente de Rendimento Escolar e currículo, além de uma entrevista. O resultado preliminar deve ser divulgado no dia 12 de agosto.

Por Alvinho Patriota

           

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Educação

MEC alerta para golpes e ressalta que inscrição no Prouni é gratuita

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou nota nesta quarta-feira (24) enfatizando que as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) são gratuitas e que o canal oficial e exclusivo para inscrição online  para o segundo semestre de 2024 é o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Desde 2004, o programa do governo federal oferta bolsas de estudo, integrais e parciais, em cursos de graduação em instituições de educação superior privadas.

As afirmações do MEC foram feitas após um site falso para inscrições no processo seletivo ser retirado do ar, na manhã desta quarta-feira. A página falsa tinha a mesma identidade visual da página oficial para induzir o internauta a erro. Porém, o endereço da rede mundial de computadores, conhecido como URL, era diferente.

Golpe

Antes de ser derrubado, o site falso solicitava a inserção de dados do candidato para então direcioná-lo a uma mensagem falsa que dizia ser necessário o pagamento da taxa de inscrição de R$ 100 para finalizar o cadastro no programa.

A mensagem do golpe ainda ameaçava o inscrito de ser desclassificado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano e de todas as futuras edições, caso não pagasse o valor.

No entanto, a cobrança de qualquer valor para inscrição no Prouni é indevida e ilegal.

Brasília (DF), 24.07.2024 - Reprodução de tela de falso site do Prouni. Foto: Reprodução de internet
Reprodução de tela de falso site do Prouni. Foto: Reprodução de internet – Reprodução de internet

Inscrições oficiais

As inscrições foram abertas pelo MEC nesta terça-feira (23) e os candidatos podem se inscrever até sexta-feira (26), somente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Nessa segunda edição de 2024, o Ministério da Educação (MEC) oferece 243.850 bolsas, sendo 170.319 integrais (100%) e 73.531 parciais (50%), distribuídas em 367 cursos de 901 instituições participantes do programa.

Para se inscrever, o candidato precisa ter acesso ao portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br, com login de Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha cadastrados.

No momento da inscrição, é preciso informar endereço de e-mail e número de telefone válidos; preencher dados cadastrais próprios e referentes ao grupo familiar; e selecionar, por ordem de preferência, até duas opções de instituição, local de oferta, curso, turno, tipo de bolsa e modalidade de concorrência dentre as disponíveis, conforme a renda familiar bruta mensal per capita do candidato.

Os interessados em fazer as inscrições podem fazer a consulta detalhada das bolsas, por curso, turno, instituição e local de oferta também no mesmo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Entre os critérios para participar do processo seletivo, é necessário que o candidato tenha participado do Enem nas edições de 2022 ou 2023, obtendo nota mínima de 450 pontos na média das cinco provas e nota acima de zero na redação.

Outra condição é ter renda familiar per capita que não exceda um salário mínimo e meio para bolsas integrais e três salários mínimos para bolsas parciais.

O público-alvo do programa federal é o estudante sem diploma de nível superior.

Fonte: Agência Brasil

           

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Educação

Nova lei garante licença para mães e pais concluírem graduação e pós; veja quem tem direito

Quando a mãe ou a criança passarem por internação de mais de duas semanas, a contagem para início do prazo de prorrogação é a alta, ou do bebê ou da mãe, o que vier por último.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, no último dia 17, uma lei que permite ampliar prazos para mães e pais concluírem seus cursos de graduação e pós-graduação quando em caso de parto, nascimento de filhos, adoção ou adoção liberada por via judicial. A nova norma entrou em vigor no dia da publicação.

Segundo a lei 14.925/2024, as instituições de ensino devem garantir que pais e mães tenham seu suporte educacional garantido, bem como devem fazer ajustes administrativos para prorrogar os prazos por, no mínimo, 180 dias. Além disso, a prorrogação vale para alguns casos antes do nascimento, como gravidez de risco e atuação em pesquisa que implique risco à gestante ou ao feto.

Quando a mãe ou a criança passarem por internação de mais de duas semanas, a contagem para início do prazo de prorrogação é a alta, ou do bebê ou da mãe, o que vier por último.

No caso de o filho recém-nascido ou adotado – ou ainda criança ou adolescente que tiver passado à guarda de pai ou mãe – ser uma pessoa com deficiência, o prazo de prorrogação pode ser maior, de pelo menos 360 dias.

Para pais ou responsáveis de criança ou adolescente que estiverem passando por internação hospitalar de um filho por prazo superior a 30 dias, a lei permite a prorrogação que deverá ter, no mínimo, o mesmo período de internação.

Além disso, a lei prevê outra situação que permite a prorrogação de bolsas: caso fortuito ou de força maior. Para conseguir o benefício, o estudante precisará comprovar a necessidade da prorrogação e a instituição de fomento terá de fazer uma análise técnica conforme seu regulamento.

A lei sancionada sem vetos teve origem no Projeto de Lei 1741/2022, da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) e foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Foto  Shutterstock

Por Estadão

           

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