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Saúde

Circuncisão: ‘Meu pênis é causa de dor constante’

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Avon sente dor a cada passo que dá. Mas quando tem relações sexuais, quase não tem sensibilidade.

“As pessoas devem se informar mais antes de arruinar a vida de um recém-nascido dessa maneira”, diz ele à BBC. Avon foi circuncidado logo após o nascimento e buscou ajuda médica para tentar reverter o procedimento.

“É repugnante que isso ainda aconteça hoje. Realmente é”, diz o britânico, acrescentando que ficaria feliz apenas em poder andar na rua confortavelment

“Minha experiência de ter sido circuncidado combina transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) com desconforto físico real”, explica.

Pontadas e formigamento

Na circuncisão, o prepúcio – que protege a cabeça do pênis – é removido cirurgicamente. Isso faz geralmente com que a cabeça do pênis, também chamada de glande, fique mais sensível, embora com o passar do tempo essa sensação acabe sendo reduzida.

No caso de Avon, não foi bem assim. E ele tampouco tinha essa informação.

“Só no fim da minha adolescência descobri que havia uma coisa chamada prepúcio”, diz ele.

“Me fizeram um corte C1, que é o tipo mais baixo de circuncisão”, explica.

bebê é preparado para procedimento

“O pênis está muito exposto, não tem pele cobrindo a coroa da glande que circunda a cabeça do pênis ou a parte da pele que fica logo depois dela.”

Avon descreve sua dor como “uma pontada muito incômoda ou formigamento sob a pele que sente a cada passo que dá”.

“Mas quando tenho relações sexuais com alguém, simplesmente não tenho sensibilidade.”

“Atualmente estou saindo com uma pessoa, mas ser circuncidado trouxe alguns problemas para nosso relacionamento.”

“E isso é apenas uma parte de como alguém pode ser afetado após cortarem parte de um órgão sem o seu consentimento.”

Avon acredita que o “efeito dominó psicológico” que esse procedimento pode ter não é levado em conta.

“Eu senti muita dor e lacerações na pele enquanto crescia. Percebi que isso afetava boa parte da minha vida.”

Ele também diz que aos 22 anos, quando já era sexualmente ativo, foi prejudicado “pelo fato de ser completamente insensível a estímulos”.

Cerca de 38% dos homens são circuncidados em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), embora no caso da América Latina a prática não seja muito difundida – e esse percentual seja bem inferior à media global.

A Nigéria e as Filipinas são os países em que mais se realiza o procedimento, com taxas superiores a 90%.

A instituição britânica 15Square, especializada na saúde dos órgão sexuais – com enfoque particular no prepúcio e na luta contra a “circuncisão desnecessária” – diz que os principais problemas que costumam estar relacionados a essa prática são desconforto contínuo e falta de sensibilidade.

Avon recorreu a um “kit reparador”, que comprou pela internet.

O kit consiste em um dispositivo estranho para colocar na cabeça do pênis com o objetivo de “restaurar” o prepúcio.

Mas não surtiu efeito.

kit reparador

É possível inverter a circuncisão?

Avon consultou o urologista Sudhanshu Chitale – que tem uma clínica particular em Londres e mais de 20 anos de experiência – para ver se era possível reverter sua circuncisão e se poderia recuperar a sensibilidade.

“As circuncisões neonatais são feitas de maneira muito diferente. Às vezes, é radical e remove praticamente toda a pele do prepúcio”, explica Chitale.

“Quem passou por uma circuncisão neonatal raramente sente falta do prepúcio porque não conhece nenhuma outra sensação. Mas se você perder (o prepúcio) na adolescência ou na idade adulta, é mais provável que sinta.”

No entanto, apesar de ter sido circuncidado no nascimento, Avon sente desconforto.

Após examiná-lo, a conclusão do médico foi a seguinte:

“A falta de sensibilidade na glande, infelizmente, é muito difícil de recuperar”.

Chitale também o desaconselhou a usar o dispositivo comprado na internet, que não foi desenvolvido por cientistas “e tampouco foi comprovado que funciona”.

“Você pode continuar usando se quiser, mas não há muito o que possa fazer.”

Além disso, o médico disse que, no caso dele, qualquer intervenção permitiria ganhar apenas alguns milímetros de pele que não aliviariam seu problema.

“A glande é hipersensível, bastante delicada, e tem o prepúcio como um gorro. Depois, a camada que a cobre endurece tanto quanto o resto da pele, por isso que a hipersensibilidade inicial é neutralizada, e logo volta à sensação normal”, explicou o urologista.

“Mas nunca vai ser equivalente à sensibilidade do prepúcio porque ele tem um propósito especial.”

Línea

Quais são os benefícios médicos da circuncisão?

– Menos risco de contágio de HIV, vírus causador da Aids.

– Menos chance de contrair doenças sexualmente transmissíveis.

– Menos risco de infecções do trato urinário e câncer de pênis (ambos são raros).

Quais são os riscos?

– Hemorragia e infecção.

– Dor.

Qual a recomendação?

A Academia Americana de Pediatria não recomenda circuncisões rotineiras. Mas, dados seus possíveis benefícios, afirma que os pais devem ter a opção de circuncidar seus filhos, se quiserem.

Também recomenda que os pais conversem com um médico sobre a circuncisão. Eles devem tomar essa decisão levando em consideração os benefícios, riscos e suas crenças religiosas, culturais e pessoais.

Fonte: Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.

Esta reportagem é baseada em um vídeo produzido, filmado e editado por Shane Fennelly e Tom Beal, da BBC News. 

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Saúde

Estudo revela os antidepressivos que têm mais (e menos) impacto no peso

Mudanças no peso são muitas vezes associadas a este tipo de fármacos e, agora, investigadores descobriram qual o impacto dos antidepressivos mais utilizados no mundo.

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Todos os medicamentos têm efeitos secundários e, claro, os antidepressivos não são exceção, apesar de sua importância para a saúde mental. Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, analisou o impacto de oito dos antidepressivos mais prescritos no peso corporal dos pacientes.

Publicado no Annals of Internal Medicine, o estudo utilizou dados de quase 200 mil adultos norte-americanos que iniciaram tratamento com um desses medicamentos. Os pesquisadores acompanharam as mudanças de peso após seis, 12 e 24 meses de tratamento.

Entre os antidepressivos estudados, como sertralina, citalopram, bupropiona, escitalopram, fluoxetina, venlafaxina, paroxetina e duloxetina, foram observadas diferenças significativas no ganho de peso induzido pela medicação. Após seis meses, os usuários de escitalopram, paroxetina e duloxetina ganharam em média 0,3 a 0,4 kg a mais e tinham de 10% a 15% mais chances de ganhar pelo menos 5% do peso inicial em comparação com os usuários de sertralina.

Por outro lado, o uso de fluoxetina não mostrou associação com alterações de peso significativas aos seis meses em comparação com a sertralina. Usuários de bupropiona, por sua vez, ganharam em média 0,22 kg a menos e tiveram 15% menos probabilidade de ganhar pelo menos 5% do peso inicial do que os usuários de sertralina, indicando menor impacto no peso.

Este estudo é crucial porque o ganho de peso é um efeito secundário importante que frequentemente leva os pacientes a interromperem a medicação, destacou Jason Block, um dos pesquisadores envolvidos. Isso permite que pacientes e médicos façam escolhas mais informadas no tratamento da depressão.

Foto Shutterstock

Por Noticias ao Minuto

           

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Saúde

Saúde confirma sétima morte por dengue do ano e investiga outros 31 óbitos

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Pernambuco confirma a sétima morte por dengue de 2024 e investiga mais 31 óbitos, além de acumular 108 casos graves prováveis da doença. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a morte confirmada nesta semana foi de uma mulher de 42 anos que morava em São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco.

Durante o quadro de dengue, ela apresentou dores articulares, muscular e abdominal, diarreia, vômitos, manchas vermelhas na pele, tosse, falta de ar e dor de cabeça. A mulher tinha hipertensão e foi a óbito no dia 14 de março deste ano. A confirmação, contudo, só foi divulgada nesta quarta-feira (3) porque, segundo a SES-PE, a investigação da causa das mortes associadas a arboviroses requer tempo.

O balanço da pasta ainda destaca que o ano de 2024 já acumula 26.380 casos prováveis de dengue (casos em investigação e casos confirmados) no Estado, o que representa um aumento de 450,3% em relação ao mesmo período de 2023.

De acordo com o monitoramento epidemiológico, a investigação dos óbitos é realizada inicialmente pela equipe de vigilância epidemiológica do município de residência da vítima. Após isso, o caso vai para um comitê técnico de discussão, em que diversos profissionais avaliam a causa da morte.

No boletim desta semana, os dados apontam que 70 municípios pernambucanos apresentam incidência média de dengue; outros 60 aparecem com alta incidência da doença.

OUTRAS ARBOVIROSES

O balanço da SES-PE ainda destaca que foram notificados 4.032 casos prováveis de chikungunya neste ano, com 819 casos confirmados.

Já para zika, foram notificados 275 casos prováveis, mas sem confirmação até o momento.

Com relação à febre oropouche, o Estado de Pernambuco tem nove casos confirmados nos municípios de Rio Formoso, Maraial, Jaqueira, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Camaragibe e Timbaúba.

Fonte: JC

           

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Saúde

Otorrino alerta sobre doenças infantis no inverno

Do resfriado à pneumonia, médica conta quais são os indícios de que é preciso buscar ajuda médica.

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Com os dias mais frios e o ar mais seco, a tendência é buscarmos cada vez mais ambientes fechados e aconchegantes. O grande problema é que esse tipo de ambiente é propício para a propagação de diferentes doenças típicas da estação. Dra. Maura Neves Otorrino da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – ABORL-CCF explica que as crianças, mais vulneráveis, são as mais acometidas por doenças como:

Asma: caracterizada por espasmo da musculatura dos brônquios, que causa dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram de noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e às mudanças climáticas. Desta maneira, a asma é causada por fatores alérgicos ou irritativos na via respiratória.

Bronquiolite: infecção viral dos bronquíolos, que tem início do quadro com leve resfriado, que progride após 2 a 3 dias com chiado no peito, tosse, fadiga respiratória, cianose e febre. A infecção apresenta graus variáveis de gravidade: de leve a severa, necessitando de internação em UTI. O principal causador é o vírus sincicial respiratório.

Resfriado: coriza, espirros, obstrução nasal, dor de garganta, tosse e rouquidão são os sintomas da doença, que é causada por vírus. Duração de 3 a 7 dias.
Gripe: os sintomas dos resfriados são acompanhados de febre e são causados por vírus. Duração de 3 a 7 dias.

Pneumonia: infecção bacteriana ou viral no pulmão. Causa tosse, falta de ar, dor torácica e febre. Pode ocorrer tosse com expectoração.

Sinusite: infecção viral ou bacteriana dos seios da face. Causa sempre obstrução nasal e secreção amarelada (critérios diagnósticos maiores). Alguns pacientes podem apresentar dor de cabeça, dor nos dentes superiores, tosse e febre.

Rinite: causa alérgica ou irritativa. Os sintomas são obstrução nasal, coriza clara, espirros e coceira (nariz, céu da boca, olhos, ouvidos).

Otite: infecção bacteriana da orelha média. Causa dor de ouvido, altercação auditiva e febre. Em alguns pacientes pode ocorrer ruptura timpânica com saída de secreção.

E quando a criança sofre com algum dos problemas acima, os pais entram em desespero. A médica orienta os pais sobre como agir.

Quando se deve procurar um médico?

Dra. Maura: Sugiro sempre procurar um profissional nos quadros infecciosos. Quadros alérgicos, já orientados em consulta, podem iniciar tratamento em casa. Caso ocorra agravamento ou prolongamento dos sintomas, além de presença de algum sinal não habitual, o paciente deve ser avaliado novamente.

Por que as doenças respiratórias são tão frequentes durante o outono, inverno?

Dra. Maura: Nessa estação ocorrem condições climáticas (seco e frio) que favorecem a proliferação de vírus. Além disso, há tendência das pessoas buscarem aglomerações ou mesmo locais fechados, o que favorece a transmissão desses agentes infecciosos – por contato interpessoal – mãos e partículas de secreções.

Elas sempre começam com alguma coriza, tosse ou espirro e febre?

Dra. Maura: Os quadros respiratórios de via aérea alta se iniciam desta maneira na maioria das vezes. A febre é frequente em quadros infecciosos e não está presente em quadros alérgicos. Coriza, tosse e espirro não ocorrem nas otites.

Tem como cuidar da criança em casa (tratamentos e cuidados caseiros, nada de automedicação)?

Dra. Maura: Há cuidados gerais, como boa alimentação, lavar as mãos com água e sabão, além de lavagem nasal com solução salina que devem ser feitos de maneira rotineira para prevenção. A lavagem nasal pode ser intensificada no início dos sintomas dos quadros de via aérea alta para alivio sintomático.

Por que a automedicação pode ser perigosa?

Dra. Maura: O uso de medicações sem prescrição médica pode: causar efeitos colaterais ao uso da mesma; mascarar sintomas da infecção atual; medicamento pode ser usado sem necessidade (por não ser indicado no quadro).

Quando é necessária a visita ao pediatra?

Dra. Maura: O pediatra deve ser visitado de rotina para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e nos episódios de doenças agudas.

Existe alguma faixa etária em que essas doenças podem ser mais preocupantes? Qual e por quê? Como agir nesses casos?

Dra. Maura: Crianças abaixo de 2 meses devem ser avaliadas de imediato. No geral, quanto menor a criança maior a potencial gravidade da infecção. Nestes casos um médico deve ser consultado.

Existe alguma idade em que é mais comum que as crianças fiquem doentes? Por quê?

Dra. Maura: Teoricamente, crianças entre 2 e 4 anos apresentam de 8 a 11 episódios de infecção viral ao ano. Isto decorre da imaturidade do sistema imunológico associado ao início de atividades sociais (escola etc). Atualmente, o ingresso precoce nas escolas facilitou o aumento da frequência destas infecções.

Verdade que crianças com alguma doença crônica ou alergia (como rinite ou asma) estão mais suscetíveis às doenças?

Dra. Maura: A presença de alergia ou doença crônica causa uma redução nas defesas do sistema respiratório. Isto facilita a entrada de um agente infeccioso.

É possível passar a temporada sem pegar nenhuma das doenças? Como?

Dra. Maura: SIM! Devem-se manter as vacinas em dia, alimentação saudável com aporte de legumes e frutas in natura, realizar o repouso com horas de sono adequadas, prática de exercícios físicos. Além disso, evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência e realizar lavagem nasal ao menos duas vezes ao dia.

A vacina faz toda a diferença, mas nem todas as famílias têm seguido à risca as vacinações das crianças. Qual a sua recomendação?

Dra. Maura: A recomendação é vacinar-se. Em todas as faixas etárias há vacinas que devem ser recebidas: crianças, adolescentes, adultos e idosos. Sugiro atenção ao calendário vacinal dos postos de saúde. As vacinas são disponibilizadas gratuitamente no Brasil e são seguras. Quem se vacina ajuda a sua própria saúde (evitando infecções) e a do próximo (ao diminuir a transmissão de doenças). Casos de câncer, hepatite etc. ou gravidez devem ser avaliados individualmente. Nas crianças, atenção à idade: cada vacina tem indicação em uma determinada faixa etária.

Quais as suas dicas de modo geral para fugir das doenças de outono, inverno?

Dra. Maura: Manter as vacinas em dia, alimentação saudável com aporte de legumes e frutas in natura, realizar o repouso com horas de sono adequadas, prática de exercícios físicos. Além disso, evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência e realizar lavagem nasal ao menos duas vezes ao dia.

Foto Shutterstock

Por Rafael Damas

           

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