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O conflito entre Ucrânia e Rússia podem abrir uma brecha para o agronegócio brasileiro. Segundo uma projeção da Safras & Mercado, consultoria líder do agronegócio brasileiro, por conta da guerra, o país do leste europeu reduziu oferta de grãos no mercado internacional.
Segundo a consultoria, o Brasil tem potencial para suprir essa demanda e pode exportar até R$ 2,3 bilhões a mais em 2022, em comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados com exclusividade para a CNN.
A guerra no leste europeu provocou uma redução na oferta de milho e trigo no mercado internacional. A Ucrânia é responsável por quase 15% da exportação mundial de ambos os insumos. E, segundo a consultoria, apenas três países seriam capazes de suprir a demanda: Brasil, Estados Unidos e Argentina.
“A Ucrânia é considerada um celeiro de produção de grãos no mundo, em especial dois produtos: o milho e o trigo. O país europeu é nosso concorrente nesses produtos, o que abre uma oportunidade para o Brasil na exportação. Além do Brasil, quem divide o mercado desses insumos são Argentina e Estados Unidos. No entanto, essas nações não têm muito mais excedente para comercializar com os outros países”, ressalta o especialista do setor, Elcio Bento.
Somente no caso do milho, a Ucrânia deve deixar de vender 14 milhões de toneladas em 2022, de acordo com a projeção da Safras & Mercado.
O baixo desempenho é influenciado, em grande parte, pela atuação do exército russo na guerra, que está destruindo cultivos agrícolas no país do leste europeu e proibindo os corredores humanitários na aérea de conflito para permitir o resgate de pessoas e o escoamento de grãos, segundo apurou a CNN.
Dessa forma, caso o agronegócio brasileiro consiga absorver a demanda global de milho, os empresários podem lucrar aproximadamente R$ 1.667 por tonelada – o que daria os R$ 2,3 bilhões.
O volume nas exportações do setor pode aumentar ainda mais, se for levada em consideração a safra do trigo. De acordo com o Safras & Mercado, a Ucrânia é uma das maiores exportadoras do insumo no mundo.
Na prática, o país, que tinha potencial para exportar 24 milhões de toneladas, deve escoar apenas 10 milhões, segundo a consultoria.
Neste meio tempo, os Estados Unidos e aliados do país ainda buscam soluções para liberar os milhões de toneladas de grãos presos na Ucrânia, com o intuito de mitigar uma possível crise alimentar.
A CNN apurou que o país norte-americano tenta abrir rotas terrestres para o escoamento dos grãos, que estão bloqueados também nos portos ucranianos pela Rússia.
Por CNN Brasil

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