Conecte-se Conosco

Saúde

Consumo de carne vermelha aumenta risco de doença cardiovascular, diz estudo

A enfermidade cardiovascular promove a deposição de placas de gordura em artérias e vasos, o que pode levar a infartos do miocárdio e ao AVC (acidente vascular cerebral).

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

Um estudo publicado na revista Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology no início deste mês revelou que o TMAO (n-óxido de trimetilamina), produto químico gerado no intestino durante a digestão de carne vermelha, aumenta em 20% o risco da doença aterosclerótica.

A enfermidade cardiovascular promove a deposição de placas de gordura em artérias e vasos, o que pode levar a infartos do miocárdio e ao AVC (acidente vascular cerebral).

O trabalho é resultado de pesquisas feitas em conjunto pela Universidade Tufts, nos Estados Unidos, e pela Cleveland Clinic Lerner Research Institute.

Fizeram parte do estudo 3.931 indivíduos americanos com mais de 65 anos que foram acompanhados ao longo de 12,5 anos. Os pesquisadores ajustaram fatores de risco estabelecidos como idade, sexo, raça e etnia, educação, tabagismo, atividade física, hábitos alimentares, e outros.

Aproximadamente 10% do risco da doença é explicado pelo aumento dos níveis de metabólitos produzidos por bactérias intestinais a partir de nutrientes abundantes na carne, sendo um deles o TMAO.

Quanto maior a quantidade de carne vermelha, processada ou não, é consumida, o perigo aumenta. A proporção é de 22% de risco a cada 1,1 porção consumida por dia. Entretanto, a ingestão de peixes, aves e ovos não foi significativamente associada com doença cardiovascular aterosclerótica.

“Essas descobertas ajudam a responder a perguntas de longa data sobre os mecanismos que ligam as carnes ao risco de doenças cardiovasculares”, disse uma das coautoras do artigo, Meng Wang, pós-doutoranda na Universidade Tufts, em nota sobre o estudo.

No entanto, para a nutróloga do HCor (Hospital do Coração), Thalita da Mata, é preciso enxergar esses resultados com parcimônia. “Esse estudo é observacional. Então, a gente tem que ter cuidado na hora de tirar conclusões a respeito porque ele não pode provar nenhuma causa e nenhum efeito”.

O argumento é corroborado pelo próprio artigo ao afirmar que “mais estudos são necessários para determinar se os resultados são generalizáveis entre idades e nacionalidades”, pois a pesquisa baseou-se em anos de dados dos National Institutes of Health (Institutos Nacionais de Saúdes dos EUA, em português), voltando-se para indivíduos americanos idosos.

Para os especialistas brasileiros ouvidos pela reportagem, a relação levantada pela pesquisa já era conhecida, porém, não se sabia como ela se dava.

“Essas recomendações acerca da melhora do padrão da dieta já eram sabidas. Mas o mecanismo que justifica essas intervenções e mudanças de estilo de vida está começando a ser descoberto”, destaca o cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Leandro Costa.

O cardiologista, professor titular sênior e pesquisador do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), Protásio Lemos da Luz, ratifica. “A pesquisa acrescenta mais um dado a um conceito que nós já temos”.

Ainda assim, da Mata afirma a relevância da pesquisa. “É um estudo muito importante porque demonstrou que a maior ingestão de proteína animal, proteína industrializada e proteínas que contém altos graus de conservantes pode ser pior para nossa saúde cardiovascular em decorrência dos produtos químicos que são gerados no nosso trato gastrointestinal”.

Mas afinal, o quanto de carne vermelha se deve comer para a manutenção da saúde? O pesquisador do Incor, Lemos da Luz, diz que a quantidade depende do risco cardiovascular. Ou seja, o protocolo alimentar deve levar em conta fatores como histórico familiar de doença, alterações de glicemia e colesterol e, por fim, presença de evento cardíaco.

OUTROS RISCOS

O estudo ainda indica que o TMAO oferece outros riscos à saúde. A cardiologista Salete Nacif, do HCor, destacou que o metabólito pode estar por trás da maior incidência de diabetes e doenças renais.

Além disso, um artigo publicado na revista JAMA Network Open, em maio deste ano, apontou que o TMAO e metabólitos relacionados em adultos mais velhos estão associados a um maior risco de morte, independentemente de estar ou não associado a doenças cardiovasculares.

Os participantes com os níveis mais altos de TMAO tiveram um risco de morte de 20 a 30% maior em comparação com aqueles com os níveis mais baixos.

O PAPEL DO INTESTINO

O principal ator na produção do TMAO é o intestino, cuja saúde é “um tema muito pouco discutido”, de acordo com a nutróloga Thalita da Mata. “Nosso intestino é nosso segundo cérebro. Ele é um órgão muito importante, pois através dele temos a modulação de vários hormônios e de várias substâncias. É onde a gente pode degradar essas substâncias ruins. Esses estudos vêm mostrar que nosso intestino está relacionado com o todo”.

“A microbiota intestinal é fundamental por ser quem metaboliza tudo o que comemos”, concorda Protásio Lemos da Cruz que vem desenvolvendo estudos entre a relação entre intestino e saúde cardiovascular. “Nós estamos começando a estudar isso. A flora intestinal está no meio do processo que vai da ingestão, digestão e produção de substâncias que vão para o plasma sanguíneo”.

Para o cardiologista Leandro Costa, há ainda uma relação entre o bom funcionamento da flora e o tipo de alimentação. “A mudança vem a longo prazo, não apenas em detrimento daquilo que você utiliza, mas ao tipo de microbiota que você seleciona a partir das escolhas alimentares que você faz”.

Ainda de acordo com o cardiologista, indivíduos com alimentação e microbiota saudável, ao comerem carne ou alimentos processados, possuem melhores condições de metabolizar. “Essas exceções não vão trazer um aumento de risco cardiovascular, mas sim a regra”, afirma.

Para além de alimentação balanceada e o não consumo de alimentos processados e embutidos, as orientações dos médicos para uma melhor saúde intestinal são: fazer atividade física regular, controlar o nível de estresse, parar de fumar, ter uma quantidade adequada de sono todos os dias e fazer uso de probióticos, se houver orientação médica.

Por Folhapress

 

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.

 

Saúde

Anvisa lança painel para consulta de preços de medicamentos

A Anvisa ressaltou que farmácias e drogarias, assim como laboratórios, distribuidores e importadores não podem cobrar acima do preço permitido pela CMED.

Publicado

em

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um novo painel para consulta de preços de medicamentos comercializados no Brasil. A proposta é facilitar à população a consulta de preços máximos autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Em nota, a Anvisa ressaltou que farmácias e drogarias, assim como laboratórios, distribuidores e importadores não podem cobrar acima do preço permitido pela CMED.

Até então, a lista de preços máximos permitidos para a venda de medicamentos era disponibilizada no portal da Anvisa e atualizada mensalmente. Com o novo painel, além da lista, os consumidores poderão fazer consultas mais específicas, conforme o produto desejado, utilizando o nome do medicamento, o princípio ativo ou o número de registro.

Caso o consumidor perceba que o preço de um medicamento em um estabelecimento está superior ao permitido, a orientação da agência é encaminhar uma denúncia à própria CMED, “contribuindo, assim, para o monitoramento do mercado e inibindo práticas de sobrepreço pelos estabelecimentos.”

“Destaca-se que, considerando a obrigatoriedade de cumprimento dos preços-teto definidos pela CMED e registrados no Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos, o painel tem como objetivo auxiliar a consulta de preços de medicamentos, mas não substitui as listas oficiais de preços de medicamentos publicadas mensalmente.”

O Preço Máximo ao Consumidor (PMC) é o chamado preço-teto autorizado para o comércio varejista de medicamentos, ou seja, farmácias e drogarias.

Já o Preço Máximo de Venda ao Governo (PMVG) é o preço-teto para vendas de medicamentos que constam em rol ou para atender decisão judicial. Ele corresponde ao resultado da aplicação de um desconto mínimo obrigatório em relação ao Preço Fábrica (PF), que é o teto de preço pelo qual um laboratório ou distribuidor pode comercializar um medicamento no mercado brasileiro.

Por Agência Brasil

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Saúde

Ginecomastia masculina: o que é e como tratar

Publicado

em

Em qualquer idade, a ginecomastia pode ser um golpe na autoestima dos homens. Afinal, a característica definidora dessa alteração é o crescimento da mama, que pode se tornar volumoso de forma desproporcional e adquirir uma silhueta que lembra a dos seios femininos.

Embora desconfortável, a ginecomastia nem sempre é resultado de um problema de saúde.

Isso porque ela ocorre como consequência de alterações hormonais que, em algumas fases da vida, são naturais e esperadas – logo após o nascimento, na adolescência ou quando a pessoa se torna idosa, geralmente após os 70 anos.

Muitas vezes, o incômodo estético é transitório e não exige tratamento específico. Ainda assim, é bom conhecer quando a ginecomastia pode, sim, ser resultado de alterações de saúde que demandam atenção médica.

O que causa a ginecomastia

O crescimento do tecido mamário em homens é resultado de um desequilíbrio hormonal, seja pela redução nos níveis de testosterona ou por um aumento do estrogênio.

Essa mudança pode acontecer naturalmente em função da idade – em adolescentes de 13 a 14 anos, por exemplo, estima-se que 60% chegam a apresentar algum grau de ginecomastia transitória – mas também pode ser induzida por problemas de saúde.

Possíveis causas de ginecomastia que não são influenciadas pela faixa etária e exigem um cuidado médico especial incluem:

  • Hipertireoidismo
  • Uso de anabolizantes
  • Uso de alguns medicamentos, como diuréticos, anti-hipertensivos e fármacos empregados no tratamento do câncer de próstata
  • Infecções nos testículos ou hipogonadismo
  • Insuficiência renal
  • Obesidade

Qual o tratamento para a ginecomastia

A forma de lidar com a ginecomastia depende da causa de fundo e do grau de crescimento das mamas. Muitas vezes, pode não ser necessário um tratamento específico para o problema, seja por ele ter uma duração limitada ou porque tratar a doença subjacente já ajuda a resolvê-lo de forma satisfatória.

Quando é necessário abordar a ginecomastia em si, terapias de reposição hormonal e até cirurgia para remover o tecido excedente são alternativas. Em alguns casos, também pode ser utilizado um medicamento que bloqueia os receptores de estrogênio.

Em qualquer cenário, mesmo se a ginecomastia for causada por uma alteração normal da idade, deve-se sempre consultar um médico para confirmar se o problema exige tratamento, além de receber orientações para conviver com o desconforto estético até ele ser sanado.

Fonte: Veja Saúde

 

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Saúde

Piso da Enfermagem: gestores insistem em não transferir valores complementares em alguns estados

Publicado

em

“Muitos enfermeiros, técnicos, auxiliares, não estão recebendo os salários e isso está gerando um cenário de injustiça e de insatisfação”. O desabafo é da presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Bahia, (SEEB), Alessandra Gadelha. Ela reclama dos inúmeros problemas no estado, principalmente no que diz respeito ao repasse do Ministério da Saúde através do Fundo Nacional de Saúde.

“O repasse, quando chega na conta do governo do estado da Bahia, ainda existe uma demora de repassar esses valores para as empresas. Segundo problema, essas empresas quando recebem esses valores, elas estão realizando descontos, sobretudo nos descontos que são de responsabilidade patronal, como por exemplo, o FGTS, uma previsão de férias. É algo que a gente julga como irregular”, desabafa.

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), Davi Apóstolo concorda:

“O dinheiro está chegando nas prefeituras e algumas prefeituras não estão repassando para os trabalhadores. Estão retendo esses valores. A mesma coisa está acontecendo com algumas instituições filantrópicas que estão recebendo também esses valores por parte do estado ou de algumas prefeituras — e são poucas que estão repassando”, destaca.

Ele ainda acrescenta uma outra situação: “O Conselho Regional de Enfermagem ingressou com dez ações contra as prefeituras que estão praticando nos editais os valores muito abaixo daqueles estabelecidos na lei ou conforme aquele estabelecido pelo STF. Então, a gente está fazendo uma frente muito ampla com relação a isso também”, informa.

Em Pernambuco, por exemplo, o presidente do Sindicato Profissional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert, reclama da falta de atenção e comprometimento dos órgãos que fazem o repasse dos salários.

“Aqui em Pernambuco nós temos pontos que prejudicam muito o recebimento por parte dos nossos servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada não lucrativa”, aponta.

Repasses

Recentemente, o Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins (Coren-TO) entrou na justiça com um pedido de suspensão parcial do concurso público da Prefeitura de Rio dos Bois para cobrar a retificação do edital para que os salários da enfermagem sejam adequados ao piso nacional da categoria. O conselho também solicita que a Justiça estabeleça multa diária, caso a determinação não seja acatada.

Mas na outra ponta, alguns trabalhadores já conseguiram regularizar a situação. Nesta quarta-feira (24), por exemplo, o governo do Tocantins efetua o pagamento do piso da enfermagem aos profissionais do quadro da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO).

O governador Wanderlei Barbosa fez o anúncio por meio de suas redes sociais. “Nós iremos depositar mais uma etapa, mais uma parcela do piso da enfermagem. Os nossos servidores podem fazer o seu planejamento para pagar os seus compromissos dentro do mês”, ressalta. (Fonte: Brasil 61)

 

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!