A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê que a educação financeira deve ser abordada de forma transversal pelas escolas. No entanto, a oferta depende da estrutura de cada rede de ensino. A Comissão de Educação (CE) do Senado Federal tem discutido o tema com base do Projeto de Lei Nº 5.950/2023, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394, de 1996) para incluir a educação e administração financeira nos currículos da educação básica.
Representantes da Associação dos Bancos (Assban), da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito e especialistas na área jurídica e educacional, participaram de uma audiência pública realizada pela Comissão de Educação, na última semana, têm destacado que a educação financeira é um conhecimento essencial para a formação de cidadãos capazes de tomar decisões financeiras adequadas.
“Ao ensinar educação financeira desde cedo, combateremos a falta de conhecimento e o endividamento, evitando que muitas pessoas enfrentem dificuldades financeiras simplesmente por não terem recebido uma educação adequada sobre o assunto”, defende o autor do PL, o senador Izalci Lucas (PL-DF).
Em Pernambuco, alguns projetos da rede pública de ensino tem buscado promover entre os estudantes a consciência e a responsabilidade com relação aos gastos e investimentos financeiros. A Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Ginásio Pernambucano Aurora incluiu, no início deste ano letivo, duas disciplinas eletivas na sua grade curricular: Educação Financeira e Cidadania Financeira.
Os conceitos trabalhados em sala de aula têm como base situações reais de descontrole financeiro. As aulas são expositivas e analisam situações e problemas através de debates em grupos ou individuais e contam com auxílio de lousa, TV, data show, materiais impressos, aplicativos e redes sociais. Temas como proteção ao consumidor, sistema financeiro, inclusão financeira, produção, juros, inflação e risco, conservação e elementos de segurança das cédulas do real norteiam como os estudantes devem lidar em cada situação.
Para prender a atenção dos estudantes, a professora de Educação Financeira, Priscila Paz, procura relacionar o conteúdo com a vida real, discutindo e escutando seus relatos a fim de reorganizar seus pensamentos sobre o assunto.
“Sempre falo um pouco da minha trajetória financeira na minha época de estudante, procuro escutá-los e entender seus contextos e elaborar atividades diversificadas. A educação financeira é crucial para formar cidadãos que não apenas gerenciem suas finanças pessoais de maneira eficiente, mas que também participem ativamente da economia e contribuam para uma sociedade mais justa e sustentável”, afirmou a professora.
A estudante Thays Vitória, de 16 anos, elogiou a iniciativa da escola. “Eu consegui aprender sobre os conceitos e propósitos, como orçamento, uma boa organização administrativa, uso devido do dinheiro e como funciona uma poupança, bem como ter e saber fazer um bom investimento. Eu gosto dessa disciplina porque eu aprendo, é benéfico, permite adquirir habilidades para gerenciar os gastos, o que nos leva a promover a segurança financeira, tanto pessoal quanto familiar”, disse a jovem.
PROJETO CRIA MOEDA SOCIAL DENTRO DA ESCOLA
Na Escola Municipal Miguel Gomes de Lima, na cidade de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, os alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental II, utilizam uma moeda fictícia chamada “Migueis”, como uma ferramenta de incentivo e recompensa para o seu desempenho acadêmico e comportamental.
Com a utilização dessa moeda social, os estudantes têm a oportunidade de aprender conceitos financeiros, como orçamento e tomada de decisões, enquanto participam de forma ativa nas demais atividades escolares. O projeto foi idealizado pelo professor de matemática Wellington Almeida Toledo e implementado na unidade de ensino em 2022.
“Percebi uma desmotivação por parte dos alunos e como eu já tinha experiência com incubadora social, pensei em criar uma moeda para a escola. A partir disso, comecei a gamificar minhas aulas, eu entregava a moeda para os alunos a medida que eles faziam as atividades e o que era demandado com relação as questões de comportamento”, explicou o professor à coluna Enem e Educação.
“Durante esse processo comecei a explicar sobre a gestão do dinheiro deles e com o tempo isso foi evoluindo, nós criamos também um mercadinho dentro da escola para eles trocarem essa moeda. Fizemos uma rifa e depois eles trocavam essas moedas por produtos”, completou Wellington.
O Projeto do Banco Central da Miguel também passou a trabalhar com a sustentabilidade, por meio do recolhimento de materiais recicláveis, para poder custear os brindes disponibilizados no mercado. Em quatro meses, a escola já chegou a arrecadar mais de 600kg, desde garrafas PETs e outros plásticos, até alumínio, ferro, papelão, entre outros.
“Nós também disponibilizamos um aplicativo educacional, que já existia, e fizemos uma adaptação para parecer um banco digital. Então os professores dão a moeda para os alunos por meio desse aplicativo, e os alunos trocam elas no banco”, destacou o professor.
O processo de criação do banco central também contou com a participação dos alunos que foram escolhidos através de um processo seletivo. O grupo passou a monitorar o fluxo de dinheiro que está circulando na escola, os preços dos produtos, quantas moedas cada professor pode disponibilizar, e a fazer a conversão da moeda.
Para a aluna Ágata Silva, do 6º ano, o projeto tem ajudado a estabelecer uma relação melhor com o dinheiro e seu modo de consumo. “No início achei estranho ter que mexer com dinheiro dentro da escola, mas depois começamos a ter um senso de que para poder as coisas que a gente queria, e que na época estavam bem caras, nós tínhamos que juntar dinheiro e nos esforçarmos muito nas atividades”, disse.
“E ter essa noção foi algo totalmente novo para mim porque antes, todo dinheiro que eu pegava, logo gastava. Então minha relação com o dinheiro está melhor porque agora consigo economizar e fico mais pensativa sobre como vou gastar minhas moedas, se está sendo um bom investimento ou não”, completou Ágata. Ela contou que foi a primeira a conseguir comprar a coleção de um livro que ela queria muito, mas que não tinha condições de comprar. “Eu fiquei muito feliz por ter conseguido porque eu me esforcei muito, fiz todas as atividades e juntei os materiais para a reciclagem”, afirmou a aluna.
Fonte: JC
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Após a aplicação das provas teóricas da primeira edição do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) Licenciaturas 2024, neste domingo (24), os participantes devem ficar atentos ao prazo final, em 5 de dezembro, para o preenchimento do questionário de avaliação prática (AP) pelo estudante. O exame avalia os cursos que formam os futuros professores para a educação básica.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aplicador do exame, o chamado Questionário de AP do estudante serve para avaliação de conhecimentos, competências e habilidades práticas, e aplicado durante os estágios supervisionados obrigatórios, previstos nas diretrizes curriculares nacionais.
Após a entrega do questionário, os estudantes serão avaliados durante a regência de classe de uma aula observada. O objetivo é coletar informações a respeito das características e das condições de trabalho do docente. Os estágios supervisionados são obrigatórios e devem ser realizados em escolas de educação básica públicas ou privadas.
A parte prática é uma das novidades do exame. Pela primeira vez, o Enade tem uma avaliação da prática dos estudantes de graduação direcionadas à docência.
No sábado, antes da avaliação teórica, os inscritos no Enade Licenciaturas já tiveram que preencher o questionário do estudante, específico para coletar informações que caracterizam o perfil dos estudantes e o contexto de seus processos de formação até o ensino superior. As informações são consideradas pelo Inep como relevantes para compreender a realidade dos cursos de graduação e das IES.
Avaliação obrigatória
O Enade é componente curricular obrigatório e é condição necessária para a conclusão do curso de graduação. Por isso, a inscrição dos estudantes de cursos de licenciatura habilitados à avaliação teórica ou à avaliação prática, vinculados às áreas avaliadas, é obrigatória para todos, conforme critérios de habilitação estabelecidos em edital.
Nesta edição, estão sendo avaliados os desempenhos dos futuros docentes de 17 áreas de conhecimento: artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.
Enade
Realizado anualmente pelo Inep, o exame avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, bem como o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial. Os resultados das provas do Enade são usados para cálculo dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior e compõem o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
O exame também tem o objetivo de construir e aperfeiçoar políticas públicas educacionais e serve, também, como guia para que as próprias instituições de ensino superior melhorem os processos pedagógicos.
Fonte:Ag^rncia Brasil
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O Programa Falando Francamente, da TV Farol, recebeu nesta quinta-feira (21) os professores Luiz André, coordenador do curso de Farmácia e Jackeline Inácio, coordenadora do curso de Odontologia da UNIFIS, para falarem sobre o vestibular de acesso aos cursos de graduação, no próximo semestre.
A UNIFIS, uma das maiores instituições de ensino superior da região, há 15 anos no mercado, está com inscrições abertas para o vestibular. Além do vestibular, os alunos podem ainda optar pelo PROUNI, programa que concede bolsa parcial ou integral ou pelo FIES, programa de financiamento estudantil.
Também há possibilidade de ingresso, para portadores de diploma, ou para aqueles alunos que desejam realizar transferência de outra instituição. Atualmente a universidade oferece 13 cursos em nível de graduação.
“Atualmente a gente tem um leque de cursos disponíveis para os alunos estarem ingressando, que são os cursos de Odontologia, Administração, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Contabeis, Direito, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Cívil, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional. As mátriculas para 2025.1 já estão abertas e os alunos podem realizar o vestibular online, que vai até o início das aulas, no início de fevereiro, como também, eles podem aproveitar a nota do ENEM” destacou Jackeline.
“As pessoas têm interesse de estudar na UNIFIS, por ser uma instituição de excelência, é da região, são de pessoas da região, parte muito deste interesse e as pessoas querem ter oportunidade, então a FIS, está cheia de oportunidades para estas pessoas que buscam fazer o ensino superior de qualidade e excelência, que é o que a gente tem de sobra” explicou Luiz André.
A UNIFIS conta também com condições especiais para novos alunos, realizando sua matrícula durante o mês de novembro, você garante um desconto especial de 30% no valor da matrícula.
NOVIDADE
Em virtude da grande demanda pelo curso de Odontologia, no período integral, no qual os universitários estudam pela manhã e a tarde, a universidade também estará ampliando a quantidade de turmas e ofertando o curso também durante o período noturno, em 2025.
Fotos: Licca Lima/Farol de Notícias
Por Farol de Notícias
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O Governo do Estado premiou, nesta quinta-feira (21), as escolas, municípios e Gerências Regionais de Educação (GREs) que alcançaram o melhor desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (Idepe) no ano letivo de 2023.
Pela primeira vez, o índice estadual passou a incluir as escolas de campo nas avaliações. No ano passado, também foram incluídas na premiação as escolas indígenas e quilombolas. De acordo com o Executivo, “a iniciativa de incluir novas categorias contribui para reduzir as desigualdades regionais no acesso à educação de qualidade”.A avaliação é um indicador que mensura a qualidade da educação pública no Estado em três dimensões: desempenho em língua portuguesa, desempenho em matemática e fluxo escolar; levantados a partir de informações do Censo Escolar. A premiação é dividia em 36 categorias e avalia a qualidade da educação nas escolas das redes públicas estadual e municipais de Pernambuco.
O Idepe abrange toda a rede pública de ensino do estado de Pernambuco, nas etapas do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio. Na edição de 2023, foram avaliados 339.074 estudantes matriculados em turmas do 5º e 9º anos do Fundamental e 3º ano do Médio, em 3.280 escolas. Destas, 2.413 das redes municipais e 867 da rede estadual.
A análise desses dados permitirá avaliar se as iniciativas implementadas estão surtindo efeito e identificar onde ainda é necessário implementar melhorias.
“Não estamos aqui em uma premiação para tirarmos fotos e irmos embora. Nós temos uma política pública estruturada de colaboração com os municípios e com o próprio Estado. A celebração do Idepe é uma delas, pois garante que não tenhamos um ano sequer sem avaliação da qualidade da aprendizagem dos nossos alunos e também do ensino de nossos professores”, afirmou a governadora Raquel Lyra, que esteve presente na cerimônia, entregando pessoalmente as placas de menção honrosa aos representantes dos municípios, das escolas e das GREs premiadas.
Ainda segundo a governadora, a gestão estadual tem reforçado os investimentos no transporte escolar, na climatização das unidades, na entrega de quadras poliesportivas e na ampliação da educação em tempo integral, abrangendo também os municípios e incluindo suporte financeiro para essa expansão. “Não há outro caminho para fazer Pernambuco crescer sem deixar ninguém para trás”, destacou Raquel Lyra.
Para o secretário estadual de Educação, Alexandre Schneider, a premiação é importante para reforçar o avanço por meio do trabalho desenvolvido por cada escola, município e gerência regional. “É muito importante sermos parceiros hoje e no futuro. Para nós, não existe um aluno municipal ou um estudante estadual; esses meninos são todos nossos, da creche ao ensino profissional, e por isso temos hoje um dos maiores programas de alfabetização do Brasil. Pernambuco é o estado que tem o maior número de profissionais no Programa Criança Alfabetizada do governo federal. E ele estará mais fortalecido no ano que vem”, declarou Schneider.
Ele destacou ainda que o objetivo junto com as secretarias municipais é de que Pernambuco chegue a 80% das crianças alfabetizadas. Além disso, o secretário reforçou que a gestão estadual irá apoiar a formação dos professores das redes municipais desde a educação infantil até os anos finais do ensino fundamental.
Incentivo aos profissionais da Educação
Presente no evento, a deputada estadual Débora Almeida afirmou que o índice representa um incentivo aos profissionais da educação. “O Idepe é um importante reconhecimento a todos aqueles que fizeram seu melhor pela educação de Pernambuco, e ainda serve de estímulo para que todos continuem trabalhando, se esforçando para melhorar os resultados. A governadora Raquel Lyra tem se dedicado e investido na educação do Estado, a exemplo das reformas que tem feito nas escolas e das entregas de ônibus escolares”, afirmou.
A gerente de educação do Campo, Waldênia Carvalho, destacou a inclusão das escolas do campo no Idepe de 2023. “Hoje é um dia muito especial para a educação do campo. Com a criação dessa categoria, nos incluindo, o Estado reafirma o compromisso que tem com o conjunto de escolas, sujeitos e seus territórios. São 76 escolas do campo. A diversidade exige um olhar pedagógico específico para diminuir as desigualdades sociais e econômicas da nossa sociedade”, argumentou.
Divulgado anualmente, o Prêmio Idepe existe desde 2017 e tem o objetivo de orientar a formulação de políticas públicas e a alocação de recursos, a fim de promover ações que reduzam as desigualdades regionais no acesso à educação de qualidade.
O prefeito de Águas Belas, Luiz Aroldo, falou em nome de todos os gestores e agradeceu o reconhecimento pelos trabalhos que estão sendo feitos nos municípios. “Para mim, enquanto prefeito, negro, quilombola, defensor das causas rurais e agrícolas, perceber como estamos avançando nos índices da educação é uma felicidade”, afirmou.
Fonte:JC
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