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EUA acusam agente do governo da Índia de tramar assassinato de sikh

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira (29) que um funcionário do governo indiano foi responsável por orquestrar um plano malsucedido para assassinar um separatista sikh (uma minoria religiosa da Índia), cidadão dos EUA, em solo americano.

Promotores federais em Manhattan acusam Nikhil Gupta, 52, de ser a pessoa designada para matar o alvo. Gupta enfrenta duas acusações: assassinato por encomenda e conspiração para cometer assassinato por encomenda, com pena máxima de 20 anos, se condenado.

Ele teria trabalhado em conjunto com o funcionário do governo indiano, que não teve o nome revelado e seria responsável pela segurança e inteligência da trama para matar o ativista. Segundo autoridades americanas, o alvo seria Gurpatwant Singh Pannun, que também tem cidadania canadense.

Gupta foi preso pelas autoridades tchecas em junho e aguarda extradição. Ele não pôde ser contatado para comentar. “O réu conspirou, da Índia, para assassinar, bem aqui na cidade de Nova York, um cidadão dos EUA de origem indiana que publicamente defendeu o estabelecimento de um Estado soberano para os sikhs”, afirmou Damian Williams, promotor federal em Manhattan, em comunicado.

A acusação emerge uma semana depois de um alto funcionário de Washington dizer que as autoridades americanas haviam frustrado uma trama para matar um separatista sikh nos Estados Unidos. A Índia teria sido alertada sobre preocupações de que o governo de Narendra Modi estivesse envolvido.

De acordo com um funcionário do governo americano, o presidente dos EUA, Joe Biden, instruiu o diretor da CIA (agência de inteligência americana), Bill Burns, a entrar em contato com seu homólogo indiano e depois viajar para a Índia para informar Nova Déli de que Washington não irá tolerar atividades do tipo e espera que os envolvidos sejam “totalmente responsabilizados”.

A embaixada da Índia na capital americana e o Ministério das Relações Exteriores do país não responderam a pedidos de comentário. Mais cedo nesta quarta, Nova Déli disse que abriria investigações sobre as preocupações levantadas pelos Estados Unidos.

“A Índia leva essas informações a sério, pois elas afetam nossos interesses de segurança nacional”, afirmou a chancelaria indiana, prometendo “tomar as medidas necessárias de acompanhamento”.

Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse que, depois que o réu “indicou de forma crível” que foi orientado por um funcionário de Nova Déli, “levamos essas informações muito a sério e iniciamos conversas diretas com o governo indiano nos mais altos níveis para expressar nossa preocupação”.

“O governo da Índia foi claro conosco de que estava levando isso a sério e investigaria”, afirmou Watson. “Continuaremos a esperar responsabilidade do governo da Índia com base nos resultados de suas investigações.”

Os EUA começaram a expressar suas preocupações ao governo Modi já em abril, disse à Reuters um funcionário indiano que tem conhecimento do assunto, mas não está autorizado a falar com a imprensa.

Segundo ele, a questão também foi discutida no dia 10 de novembro, quando o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, se encontraram com seus colegas indianos em Nova Déli.

O caso incomoda a aproximação recente entre os dois países. Em meio à Guerra Fria 2.0 com a China, Washington tem cortejado o governo indiano com parcerias e vendas de produtos militares para fazer frente à expansão de Pequim na Ásia. Em junho, Biden recebeu Modi para um jantar na Casa Branca, deferência poucas vezes recebidas por líderes indianos em visitas aos EUA.

A notícia do incidente vem à tona poucos meses depois que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou ter “acusações verossímeis” ligando agentes indianos ao assassinato, em junho, de Hardeep Singh Nijjar, um líder separatista sikh, cidadão canadense, em um subúrbio de Vancouver.
O governo da Índia rejeitou acusações de que estaria envolvido na morte de Nijjar, e o caso empurrou os dois países para uma crise diplomática que incluiu expulsão de diplomata de Nova Déli do Canadá e a retirada de funcionários consulares canadenses da Índia.

Segundo os promotores dos EUA, o funcionário indiano recrutou Gupta em maio de 2023 para orquestrar o assassinato. Gupta havia dito anteriormente a esse funcionário que ele tinha se envolvido com tráfico de drogas e armas, de acordo com a Promotoria.

Gupta, então, entrou em contato com alguém que ele acreditava ser um criminoso para obter ajuda na contratação de um matador de aluguel, mas essa pessoa era, na realidade, um agente disfarçado da DEA, o órgão de combate às drogas dos EUA.

No dia seguinte à morte de Nijjar no Canadá, Gupta escreveu para o agente disfarçado dizendo que o ativista sikh canadense “também era alvo” e “temos tantos alvos”, ainda segundo os promotores.

Os sikhs são uma minoria religiosa da região do Punjab, no noroeste da Índia, e parte pequena deles, principalmente integrantes da diáspora, defende a criação de um Estado independente sikh chamado de Calistão.

O movimento é considerado uma ameaça à segurança nacional pela Índia, que o trata como terrorista, embora a causa tenha sido reprimida na década de 1990 e tenha hoje pouco apoio dentro do país.

Fonte: FOLHAPRESS

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Acidente de ônibus na Guatemala deixa mais de 50 mortos

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Um ônibus despencou de uma ponte na Cidade da Guatemala na madrugada de hoje e ficou parcialmente submerso. O acidente matou 51 pessoas e ainda deixou os sobreviventes presos dentro do veículo, informou Carlos Hernandez, porta-voz dos bombeiros.

O presidente da Guatemala, Bernardo Arevalo, declarou três dias de luto nacional e enviou o Exército e a agência de desastres do país para ajudar nos esforços. 

“Estou solidário com as famílias das vítimas que hoje acordaram com notícias desoladoras. A sua dor é a minha dor”, afirmou Arevalo.

O ônibus estava super lotado e viajava em direção a capital a partir da cidade de San Agustin Acasaguastlan, uma estrada movimentada, quando caiu cerca de 20 metros da Puente Belice, uma ponte rodoviária que atravessa uma estrada e um rio.

Hernandez acrescentou que as vítimas são 36 homens e 15 mulheres.

Foto Divulgação / Bombeiros da Guatemala

Por: Isabel Alvarez

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Austrália propõe evacuar Ilhas Cocos, no Índico, devido à elevação do mar

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O governo australiano quer realocar moradores das Ilhas Cocos, no oceano Índico, devido à elevação do nível do mar. Mas a proposta não foi bem recebida pelos cerca de 600 habitantes do arquipélago.

Austrália divulgou um plano para transferir os moradores e infraestruturas essenciais, como estradas e centrais elétricas, ao longo dos próximos 10 a 50 anos. O documento, datado de janeiro de 2025, explica que essa é a opção “mais viável para proteger vidas de forma social, econômica e ambientalmente respeitosa”, mas não especifica para onde os habitantes seriam levados.

O diretor-geral do condado das Ilhas Cocos, Frank Mills, criticou a falta de estratégias para garantir que os moradores possam permanecer. Para a AFP, ele disse que pode recorrer à Justiça contra a decisão do governo australiano que, por meio de um porta-voz, informou que a proposta “ainda está em discussão” e que a população será consultada antes de qualquer medida.

Relatórios do governo australiano indicam que o nível do mar na região pode subir 18 centímetros até 2030, em comparação com os níveis de 1992. Esse fenômeno intensifica os riscos de erosão e inundações, tornando a vida no arquipélago cada vez mais difícil.

As Ilhas Cocos, também chamadas de Ilhas Keeling, são um conjunto de 27 atóis localizados a 2,9 mil quilômetros da Austrália. Com altitude máxima de cinco metros, o arquipélago enfrenta erosão costeira e avanço do mar causado pelas mudanças climáticas.

A região faz parte de um grupo de territórios insulares de baixa altitude que já discutem alternativas diante da crise climática. Em 2024, a Austrália assinou um tratado com Tuvalu, microestado do Pacífico, garantindo aos seus habitantes o direito de viver no país caso a elevação do mar submerja o arquipélago.

HISTÓRIA DAS ILHAS COCOS

As Ilhas Cocos foram colonizadas pelo Império Britânico em 1857. O arquipélago permaneceu sob domínio do Reino Unido até 1955, quando a soberania foi transferida para a Austrália.

Em 1984, os moradores das Ilhas Cocos votaram a favor da integração com a Austrália. A decisão garantiu cidadania australiana completa à comunidade.

A maioria da população descende de trabalhadores malaios levados ao arquipélago no século XIX para atuar nas plantações de coco. Atualmente, o território sustenta sua economia com a comercialização de coco e copra, únicos produtos locais.

Foto Global Imagens

Por Folhapress

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‘Amo Trump tanto quanto um hétero pode amar outro homem’, afirma Musk

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 O bilionário dono do X, Elon Musk, publicou em seu perfil na rede social que “ama Trump tanto quanto um homem hétero pode amar outro homem”, nesta sexta-feira (7).

A publicação é intercalada a uma série de outras em que Musk escreve elogios e mensagens em que sugere cumprir ordens do presidente americano, Donald Trump, enquanto compartilha posts do próprio presidente com críticas à Usaid, a agência americana para o desenvolvimento internacional, e contra canudos de papel.

“Sim, senhor presidente” e “o melhor presidente de todos os tempos” são alguns dos termos usados por Musk ao republicar mensagens do presidente. Ele também tem repostado memes sobre o “bromance” entre os dois (termo em inglês que mistura as palavras “romance” e “mano”).

O bilionário deixa clara sua admiração por Trump ao menos desde que começou a se envolver diretamente na campanha do republicano para voltar à Casa Branca.

O ponto de inflexão nesse apoio se tornou público logo após a tentativa de assassinato cometida contra Trump durante comício na Pensilvânia, em julho do ano passado -ocorrido um dia depois de vir à tona que Musk havia se tornado doador de comitê pró-Trump.

“Você tem que admirar que Trump, depois de receber um tiro, com sangue descendo pela sua face -poderia haver um segundo atirador, nunca se sabe-, estava socando o ar e gritando ‘lutem, lutem, lutem’. Ele é corajoso. É uma coragem instintiva, não é calculada”, disse Musk em entrevista.

Desde então, o bilionário apenas aumentou sua participação na campanha e os louvores ao republicano, que se tornou seu aliado a ponto de envolvê-lo no governo. Musk lidera o Doge, sigla em inglês para Departamento de Eficiência Governamental, que apesar do nome não é de fato um departamento, mas um órgão mais próximo de um conselho.

Nesta sexta, durante entrevista coletiva com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, Trump anunciou os próximos passos de Musk à frente do Doge, em indicação de expansão dos poderes do aliado.

“Ele revisará a Educação bem rápido e também vai olhar para os militares também”, afirmou o republicano, indicando que o Departamento de Educação e o Pentágono são os próximos órgãos do governo federal em que o grupo de Musk atuará.

O papel de Musk e do órgão, no entanto, tem sido motivo de grande confusão dentro e fora do governo federal.

De acordo com o jornal The Washington Post, eleitores têm inundado as linhas telefônicas no Capitólio nesta semana, muitos deles fazendo perguntas sobre Musk e sua cruzada contra algumas agências, como a Usaid.

Parlamentares disseram que os sistemas telefônicos ficaram sobrecarregados, inclusive ao ponto de impedir que eleitores conseguissem deixar uma mensagem, algo incomum.

A senadora republicana Lisa Murkowski afirmou que os telefones do Senado estavam recebendo 1.600 chamadas por minuto, em comparação com as habituais 40 chamadas por minuto. Muitas das chamadas que ela tem recebido são de pessoas preocupadas com funcionários do Doge e o amplo acesso a sistemas do governo e informações sensíveis que eles estariam recebendo.

Foto Getty

Por Folhapress

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