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Europeus oferecem até trem grátis para driblar crise energética e inflação

A bondade ainda tem entre suas razões outros fatores direta e indiretamente ligados ao conflito: baixos salários e inflação.

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“Esta medida tem como objetivo fomentar o transporte público e reduzir o uso de veículo privado e contribuirá para diminuir nossa dependência energética e nossa pegada de carbono.” Assim a Renfe, companhia ferroviária estatal espanhola, explica a inédita medida de zerar o custo de algumas passagens no país.

Os bilhetes grátis estarão disponíveis a partir da próxima quarta-feira (24), e a medida valerá para os quatro últimos meses do ano. Por trás do anúncio do primeiro-ministro Pedro Sánchez obviamente está a crise energética provocada pela Guerra da Ucrânia -ainda que a Espanha esteja entre os países da União Europeia que menos dependem do gás da Rússia, o bloco acertou uma meta de redução na importação do produto e um embargo à compra de petróleo de Moscou.

A bondade ainda tem entre suas razões outros fatores direta e indiretamente ligados ao conflito: baixos salários e inflação. “Sou plenamente consciente das dificuldades diárias da maioria da população. Sei que o salário dá para cada vez menos, que é difícil chegar ao fim do mês, que a lista de compras está cada vez mais cara. Eu assumo essa responsabilidade”, disse o governante espanhol.

A medida foi festejada no país, vista como mais acertada do que a redução de 20 centavos (R$ 1,05) no preço da gasolina anunciada no primeiro semestre. Mas alguns setores preveem um caos nas linhas de trem, pois foi isso que aconteceu na Alemanha no início do verão. Lá, o governo tabelou em € 9 (R$ 42) um bilhete mensal sem limite de viagens e houve pelo menos um momento em que a polícia foi chamada para retirar pessoas dos vagões.

Na Espanha, as passagens que ganharam gratuidade são as de média distância, válidas até cerca de 300 km, e as chamadas de “cercanías”, que ligam cidades próximas e periferias ao centro das cidades. Os descontos são direcionados para quem faz viagens recorrentes. É preciso escolher as estações de partida e chegada e depositar uma garantia de € 20 (R$ 105). Se o viajante fizer 16 dessas viagens durante os quatro meses, receberá a fiança de volta -o mesmo se dá para viagens nas “cercanías”, com a diferença que o valor retido ali é de € 10.

Há mais uma medida para incentivar os espanhóis a deixar o carro em casa nos próximos meses. Entre agosto e setembro o transporte público dentro das cidades, como metrô e ônibus, vai ganhar um desconto de 30%. O governo anunciou um gasto de € 221 milhões para financiar essa medida.

Cinco grandes cidades (Madri, Córdoba, Palma, Bilbao e Vitoria) vão aumentar o benefício para 50%, às suas próprias expensas. As tarifas serão válidas apenas para bilhetes múltiplos. O preço da gasolina na Espanha, que era de € 1,60 em média antes da guerra, chegou ao pico de € 2,30 em junho e hoje está na casa de € 1,80.

Enquanto a Espanha se prepara para essa festa do transporte público, a Alemanha finaliza a sua. Também devido à inflação que está comendo o salário da população em diversos itens essenciais, especialmente a gasolina, o governo alemão lançou neste verão do hemisfério Norte tíquetes mensais de trem a € 9.

Após dois meses e meio, o programa é considerado um sucesso no país. Cerca de 21 milhões de pessoas (nada menos que um quarto da população da Alemanha) compraram os tíquetes de verão já em junho. Até agora, foram vendidas 38 milhões de passagens, além de 10 milhões de usuários por assinatura que utilizaram a oferta. O serviço acaba no fim deste mês.

Mas, conforme previsão dos tabloides alemães, o “caos dos € 9” aconteceu. Em junho, um maquinista de Munique se recusou a partir quando seu vagão ficou parecendo uma lata de sardinhas em conserva. Após a recusa de passageiros em deixar o trem, ele chamou a polícia; novas recusas, e os agentes tiraram pessoas à força. Ao jornal Abendzeitung a polícia não revelou quantas pessoas foram retiradas.

Houve ainda conexões canceladas e muitos atrasos. No entanto, com o passar dos meses, as coisas parecem ter assentado. No final das contas, os jornais alemães estão considerando a medida um sucesso -o governo ainda não emitiu avaliação oficial-, mas que precisa passar por ajustes para melhorar.

Reportagem desta semana do New York Times em uma linha turística mostrou que as viagens estavam tranquilas. “Ajuda demais [a passagem por € 9]. Dá para as pessoas a chance de fugir um pouco. E quem é que pode pagar o preço da gasolina esses dias?”, disse a aposentada Bärbel Hell ao diário americano, viajando de Sylt, na fronteira com a Dinamarca, a Hamburgo. A inflação anual na zona do euro em julho atingiu 8,9%.

Na vizinha Áustria, o governo optou por dar um nome mais direto aos bois: o “tíquete climático” foi concebido para estimular a adesão apelando para a redução na poluição provocada pelo escapamento dos carros. O KlimaTicket, lançado no final de 2021, serve para qualquer transporte público no país, incluindo metrô, ônibus e trens, apesar de haver restrições para alguns destinos turísticos.

Mas não é barato à primeira vista: ele é vendido apenas com validade anual, a um preço de € 1.095 (R$ 5.750). A conta feita foi cobrar € 3 por dia (R$ 16), dividido o valor pelos 365 do ano.

Mesmo assim, a procura foi tão grande que quase derrubou a página oficial quando foi lançado. “É com o KlimaTicket que atingiremos juntos os compromissos do Acordo de Paris”, diz o site.

Por Folhapress

 

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Criança salva pais durante tornado nos EUA: “Por favor, não morram”

Branson conseguiu sair da carrinha dos pais para procurar ajuda, tendo corrido mais de um quilómetro no escuro, por entre cabos elétricos caídos e entulho.

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Uma criança de 9 anos conseguiu evitar o pior durante o tornado que assolou o estado norte-americano de Oklahoma e que vitimou pelo menos quatro pessoas, no fim de semana passado. De fato, os pais de Branson, que se encontram internados em uma UTI, têm o seu filho agradecendo por estarem vivos, depois de o carro da família ter batido contra árvores.

Wayne e Lindy Baker seguiam com o filho para Dickson, em busca de refúgio, quando foram atingidos pelo tornado.

O homem perdeu parte de um dedo e sofreu fraturas nas costas, no pescoço, no esterno, nas costelas e no braço, enquanto a mulher sofreu uma perfuração no pulmão e ficou com as costas, o pescoço, a mandíbula, as costelas e a mão direita quebradas.

Branson conseguiu sair do carro dos pais para procurar ajuda, tendo corrido mais de um quilômetro no escuro, por entre cabos elétricos caídos e entulho. Ainda assim, o menino encontrou um vizinho e pediu-lhe auxílio.

“Só encontrou o caminho de volta devido aos raios que iluminavam a estrada. Correu o mais depressa que conseguiu; fez um quilômetro e meio em 10 minutos. É impressionante para uma criança. […] A última coisa que disse aos pais foi, ‘Mãe, pai, por favor, não morram. Voltarei’”, recordou o tio do menor, Johnny Baker, citado pela CBS News.

Tanto Wayne como Lindy são construtores independentes, pelo que não têm rendimentos enquanto estão internados.

Observando a situação, a equipa de basebol de Branson organizou um jogo e uma angariação de fundos, onde até ao momento, a família e amigos do casal conseguiu arrecadar 10 mil dólares (cerca de 50 mil reais).

Foto Reuters/Bryan Terry/The Oklahoman

Por Notícias ao Minuto

           

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Trump aproveita pausa em julgamento para retomar campanha eleitoral

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O ex-presidente americano Donald Trump aproveitará a pausa de um dia no julgamento em que é acusado de fraude e vai fazer campanha eleitoral em Wisconsin e Michigan. O encontro com apoiadores nos dois Estados acontece um dia após Trump ser ameaçado de prisão por violar uma ordem de silêncio sobre o julgamento.

Na terça (30), Trump foi multado em US$ 9 mil (R$ 46 mil) por fazer comentários em sua rede social Truth Social e no site de sua campanha sobre pessoas ligadas ao caso contra ele. O juiz Juan M. Merchan advertiu que, se Trump continuasse a ignorar suas ordens, o tribunal “imporia uma pena de prisão”.

Trump está tentando fazer um malabarismo sem precedentes na história dos Estados Unidos: ser o virtual candidato presidencial do Partido Republicano enquanto é julgado por acusações criminais em Nova York.

O ex-presidente costuma criticar Merchan, os promotores e as testemunhas em seus comícios políticos e nas redes sociais, o que lhe rende aplausos de seus seguidores, mas pode lhe causar problemas legais.

Trump insiste que está apenas exercendo seu direito à livre expressão, mas, mesmo assim, apagou os comentários de sua conta no Truth Social e no site de sua campanha.

Merchan está examinando outras acusações de que Trump violou a ordem de silêncio e ouvirá argumentos sobre isso na quinta-feira, 2.

O ex-presidente parecia frustrado ao concluir o nono dia do julgamento, dizendo que deveria estar fazendo campanha em Georgia e New Hampshire em vez de estar sentado em um tribunal. “Eles não querem que eu faça campanha”, disse Trump aos repórteres.

Trump chamou as acusações contra ele de “interferência eleitoral”, afirmando que o impedem de fazer campanha para as eleições de novembro.

A ordem de silêncio proíbe Trump de fazer comentários públicos sobre testemunhas, jurados ou outras pessoas ligadas ao caso em Nova York, onde ele é acusado de tentar influenciar ilegalmente as eleições de 2016 pagando por publicações e pessoas para suprimir notícias desfavoráveis sobre ele. Trump se declarou inocente.

Fonte: JC

 

 

           

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EUA devem reclassificar maconha como droga menos perigosa, diz agência

A mudança reconheceria que ela tem menos potencial para abuso do que algumas das drogas mais perigosas.

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7A DEA (a agência de combate às drogas dos Estados Unidos) tomará medidas para reclassificar a maconha como uma droga menos perigosa do que ela é considerada atualmente, segundo informações da agência de notícias Associated Press.

A proposta da DEA, que deve ser revista pelo órgão de gestão e orçamento da Casa Branca, poderá marcar a maior mudança na política federal sobre a cânabis em 40 anos, com amplo efeito sobre a forma como o país regulamenta a droga.

A mudança não legalizaria totalmente a maconha para uso recreativo, mas reconheceria que ela tem menos potencial para abuso do que algumas das drogas mais perigosas.

Com a medida, espera-se que a DEA recomende a reclassificação da cânabis , retirando-a do nível de drogas com maior risco potencial para abusos, como heroína e LSD, e passando para o nível 3 (schedule III, em inglês), junto a substâncias como esteróides anabolizantes e testosterona.

De acordo com o governo americano, as substâncias da classificação 3 têm “potencial moderado a baixo de dependência física e psicológica”. Ainda assim, são substâncias controladas e sujeitas a regras e regulamentos, e as pessoas que as vendem sem permissão podem enfrentar processos criminais federais.

A decisão da DEA deve ser tornada oficial pouco mais de um ano depois de o presidente Joe Biden pedir uma revisão da lei federal sobre a maconha, em outubro de 2022, quando decidiu perdoar milhares de americanos condenados por porte da droga.

O movimento pode ser visto como associado à corrida contra Donald Trump nas eleições presidenciais deste ano. O presidente, que no passado apoiou a guerra às drogas, vê o afrouxamento da regulação federal da cânabis como uma oportunidade de recuperar a simpatia dos jovens. O grupo foi essencial para a vitória em 2020, mas que vem se distanciando de Biden por seu apoio a Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Pesquisas indicam que 70% dos americanos afirmam que o uso de maconha deve ser legalizado. O percentual é praticamente o dobro do registrado em 2003 (34%) e sobe para 79% na faixa etária de 18 a 34 anos.

O uso recreativo da maconha já é legal em 24 estados, e o medicinal, em outros 12. Embora os estados tenham autonomia para regular a droga, ela ainda é banida a nível federal -mudar isso exige aprovação do Congresso, algo ainda considerado improvável.

Foto  Reuters

Por Folhapress

           

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