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Brasil

Fim do auxílio emergencial põe em risco estabilidade da popularidade de Bolsonaro

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O auxílio emergencial chega ao fim no Brasil colocando em xeque não apenas o futuro de milhares de brasileiros que necessitam do benefício para a sua subsistência, mas também o do presidente da República, que terá que se desdobrar para não perder popularidade após o encerramento do abono assistencial. No início da pandemia, a aprovação de Jair Bolsonaro (sem partido) ensaiou uma ligeira queda, mas depois que os R$ 600 do auxílio começaram a ser disponibilizados, o número de pessoas que consideravam o seu governo “ótimo” ou “bom” voltou a subir. No último dia 16, por exemplo, o Ibope divulgou que 35% da população aprova a administração do capitão da reserva.

Analistas políticos no entanto avaliam que esse cenário pode mudar após o pagamento da última parcela do auxílio. Na visão dos especialistas, caso a tendência de piora dos indicadores econômicos do País se confirme com o fim do benefício, a população, sobretudo aquela que possui renda mais baixa, não estará tão propensa a apoiar a administração de Bolsonaro como em 2020.

 “O fim do auxílio, a partir do ano que vem, vai revelar a faceta cruel da crise pós-coronavírus. A economia provavelmente vai sofrer muito, o Brasil vai ter desemprego, muitas empresas vão fechar. Haverá também uma tremenda crise social e humana. Mas me parece que o presidente não se preocupa com isso. A preocupação dele é política, porque as pessoas que hoje aprovam o governo e recebem o benefício, mais adiante estarão mais susceptíveis a um discurso que apresente a falta de resultados do presidente, especialmente com relação à vacina e ao número de mortos com a pandemia”, observou o cientista político Rodrigo Prando, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Mas o que Bolsonaro – que atualmente tem um pé fincado na administração do País e outro na campanha presidencial de 2022 – pode fazer diante desse cenário? Que ações poderiam ser desenvolvidas pelo presidente neste contexto? Em dezembro de 2019, meses antes da confirmação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, Bolsonaro disse que iria reformular o programa Bolsa Família, mudando o seu nome para Renda Brasi. A ideia passou alguns meses longe do radar do governo e ressurgiu em junho deste ano, como um meio de ampliar a assistência social do País após a pandemia de covid-19. De lá pra cá, a iniciativa mudou de nome para Renda Cidadã, foi objeto de várias discussões, mas sem meios para realizar o seu financiamento, acabou não indo adiante.

O FATOR CÂMARA

Para Antônio Lucena, cientista político da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), a reação de Bolsonaro diante de uma possível queda na sua popularidade depende de uma série de variáveis, mas a principal delas é a sucessão de Rodrigo Maia (DEM) na presidência da Câmara dos Deputados. “A eleição na Câmara poderá dizer muito sobre o futuro de Bolsonaro a partir de 2021. Se o candidato dele ganhar, o Arthur Lira (PP), existe a possibilidade de que ele consiga alguns progressos. Hoje, Rodrigo Maia defende uma pauta liberal, alinhada com a do Ministério da Economia, mas tem atuado como uma espécie de anteparo aos desmandos de Bolsonaro. Ou seja, se o presidente ganhar o controle da Câmara, ele terá uma vida um pouco mais fácil”, defendeu o docente.

Ernani Carvalho, cientista político da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), corrobora com a visão de Lucena. Segundo o analista, ainda que o orçamento da União não comporte a criação de um programa como o Renda Cidadã – que ampliaria o montante recebido mensalmente por beneficiários do Bolsa Família – e existam impedimentos constitucionais que impedem o chefe do executivo de exceder o teto de gastos, o alinhamento do governo federal com o presidente da Câmara em um cenário de crise poderia criar as condições necessárias para que essa regra fosse flexibilizada.

“Com a estabilidade para trabalhar em conjunto com o Legislativo, a criação do Renda Cidadã fica mais próxima, mais crível, inclusive com a possibilidade de flexibilização do teto de gastos, coisa que não agrada ao ministro da Economia e a boa parte da sua equipe. Em um ano pós-pandêmico, porém, com a cobertura social prejudicada por desemprego e outros fatores, é possível que a sanha por conter gastos por parte do Estado e, consequentemente, conter a dívida pública, seja arrefecida”, argumentou Carvalho.

 

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Brasil

Mansão levou PF a empresas ligadas a fornecedor de cartéis mexicanos suspeitas de lavar R$ 5,4 bi

Roland, que foi preso na última terça (2) pela Operação Terra Fértil, há tempos estava na mira dos investigadores. Ele é um antigo conhecido do setor de repressão a entorpecentes da Polícia Federal, mas nunca tinha visto sua rede de lavagem de valores atingida por uma investigação.

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A Polícia Federal chegou a uma rede de empresas suspeitas de lavar R$ 5,4 bilhões do tráfico de drogas após Ronald Roland comprar uma mansão de R$ 2,5 milhões em Uberlândia (MG).

Roland, que foi preso na última terça (2) pela Operação Terra Fértil, há tempos estava na mira dos investigadores. Ele é um antigo conhecido do setor de repressão a entorpecentes da Polícia Federal, mas nunca tinha visto sua rede de lavagem de valores atingida por uma investigação.

A compra do imóvel na cidade mineira, feita por uma empresa registrada em nome de pessoas apontadas pela PF como laranjas, chamou a atenção porque Roland tem inúmeros registros policiais por tráfico. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele.

Nas palavras da PF, Roland é “internacionalmente conhecido como grande traficante de drogas que se utiliza de aeronaves, sendo suspeito do envio de enormes quantidades de cocaína para as Américas do Sul e Central, inclusive cocaína oriunda das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para violentos cartéis mexicanos”.

A relação com os cartéis foi descoberta em outra investigação da PF, de 2015. Os cartéis apontados à época eram o de Sinaloa e Los Zetas.
Após receber informações sobre a mudança dele para o condomínio em Uberlândia, a PF passou a levantar informações sobre o imóvel e descobriu que ele foi adquirido em nome da empresa Kaupan Exportação e Importação de Alimentícios.

Os investigadores então pediram informações ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre possíveis transações suspeitas da empresa.

A resposta do órgão embasou o mapeamento de dezenas de empresas com transações entre si, sem lastro em atuação lícita.
Somente a Kaupan, mostram os dados coletados pela PF, recebeu R$ 1,6 milhão em depósitos em espécie em suas contas entre maio de 2019 e janeiro de 2022.

Os investigadores descobriram também que o mesmo contador responsável pela Kaupan possuía uma série de pessoas ligadas a ele que eram responsáveis no papel por dezenas de empresas que se relacionavam entre si.
No total, apenas focando nas principais empresas, foram mapeados 48 CNPJs em nome de laranjas cuja movimentação suspeita foi de R$ 5,4 bilhões nos últimos cinco anos.

A PF afirma, no entanto, que o valor movimentado deve ser ainda maior, uma vez que foram computadas pelo Coaf apenas transações classificadas como suspeitas.

Uma das empresas, a LS Comércio, diz a PF, está em nome de Leonardo Santos, preso pela Interpol em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos). Santos é apontado como líder da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) em Portugal e principal articulador de logística no transporte dos entorpecentes para a Europa.

A ligação de Roland com o PCC também foi apontada após a análise das movimentações financeiras das empresas. Os documentos indicam transações com ladrões de banco e outros criminosos ligados à facção, segundo a PF.

A PF cita alguns exemplos dessas transações suspeitas mapeadas pelo Coaf. Em uma delas, o banco notificou o Coaf porque três homens foram até uma agência em São Paulo para depositar dinheiro em espécie na conta de uma das empresas. Os valores estavam em um saco de lixo e foram realizados 20 depósitos de R$ 3.000 cada.

Além do fracionamento nos depósitos em espécie, a comunicação ao Coaf ocorreu porque, quando o banco foi questionar os depositantes sobre a origem do dinheiro, eles saíram correndo da agência. O grupo tentou o depósito em outra agência.

“[Quando eles] chegaram com o mesmo saco de lixo cheio de dinheiro, os colaboradores [do banco] acharam estranho e foram até a sala do caixa eletrônico”, diz a PF. “Percebendo que estavam sendo observados, os mesmos 03 homens juntaram o saco de dinheiro e mais alguns envelopes e saíram andando pela rua.”

Além das movimentações, a PF aponta para o poder financeiro do grupo ao listar os bens registrados em nome das empresas e pessoas investigadas. São mais de 90 automóveis, 11 aeronaves e dezenas de imóveis.

“Até mesmo para o mais experiente operador do direito da área criminal são assustadores os valores suspeitos envolvidos, a quantidade de criminosos interconectados, dezenas deles com registro policiais/judiciais por tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, latrocínio, roubo, sequestro entre outros, alguns inclusive com envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC”, afirma a PF.

Foto  Reuters

Por Folhapress

           

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Brasil

Falta de saneamento afeta 75% dos que ganham até um salário mínimo

Segundo o Panorama da Participação Privada no Saneamento, 75,3% das pessoas que não estão conectadas à rede de água vivem com até um salário mínimo.

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A Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon-Sindcon) divulgou, nesta quinta-feira (4), um levantamento que mostra que os mais pobres são os mais afetados pela falta de saneamento básico no país.

Segundo o Panorama da Participação Privada no Saneamento, 75,3% das pessoas que não estão conectadas à rede de água vivem com até um salário mínimo. O levantamento mostra que 74,5% das pessoas que não estão conectadas à rede de coleta de esgoto também têm rendimento mensal abaixo de um salário mínimo.

Tanto a coleta de esgoto quanto o fornecimento de água atingem níveis superiores a 90% para as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos. Já a universalização do saneamento no país é prevista para 2033, segundo o marco legal do setor. 

“Após quatro anos em vigor, o Marco Legal do Saneamento já conseguiu incrementar investimentos e promover avanços importantes, mas ainda temos grandes desafios pela frente até a universalização dos serviços de água e esgoto até 2033. O saneamento precisa ser considerado uma prioridade nacional, inclusive no âmbito da reforma tributária”, disse a diretora executiva da Abcon Sindcon, Christianne Dias.

Foto  iStock

Por Agência Brasil

           

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Brasil

Lula inaugura universidade inacabada em Osasco e é cobrado por aluna para concluir obra

A obra, no entanto, que já consumiu investimentos de mais de R$ 900 milhões, não está concluída e o presidente foi cobrado por uma aluna do terceiro ano de direito, Jamile Fernandes, pela conclusão da obra.

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Em uma tenda improvisada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa nesta sexta-feira, 5, da inauguração do novo campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na cidade de Osasco. A obra, no entanto, que já consumiu investimentos de mais de R$ 900 milhões, não está concluída e o presidente foi cobrado por uma aluna do terceiro ano de direito, Jamile Fernandes, pela conclusão da obra.

De acordo com a aluna, hoje está sendo inaugurada apenas metade do projeto. “A obra não está concluída. O que está sendo inaugurada hoje é apenas metade da obra. Faltam moradias estudantis, restaurante e auditórios. A universidade não é verdadeiramente nossa, do corpo discente apenas 8% são de alunos negros. Temos que trabalhar com a realidade”, disse Jamile.

Em sua breve fala durante o evento, o ex-ministro da Educação e atual titular da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu a cobrança da aluna da Unifesp, alegando que a construção de universidades não tem fim.

“A USP [Universidade de São Paulo] até hoje está sendo construída, prédios estão sendo construídos e professores sendo contratados”, disse Haddad se dirigindo à aluna.

Haddad lembrou que desde que o governo Lula iniciou em 2007 “o maior plano de universidades públicas do Brasil”, 126 prédios de universidades foram entregues. Na ocasião, continuou o ministro, as pessoas perguntavam sobre o porquê de o governo implantar universidades federais em São Paulo, Estado que já era bem servido por universidades e faculdades.

“O presidente Lula me disse que era importante a presença de universidades federais em São Paulo porque São Paulo não tinha o sentimento de pertencimento”, disse Haddad.

Foi a partir de então que, segundo Haddad, que o governo federal resolveu criar o anel universitário em São Paulo, onde só se falava em rodoanel. “Aqui só se falava em rodoanel, que até hoje não está concluído apesar dos recursos enviados pelo governo federal”, disse Haddad.

Foto Getty

Por Estadão

           

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