Segundo autoridades, vítimas não param de aumentar.
Após devastar o Haiti e deixar 842 vítimas fatais, o furacão Matthew, considerado o mais forte a passar pelo Caribe em uma década, segue para a Florida, nos Estados Unidos, onde a população e as autoridades se preparam para tormentas. Durante a noite, o furacão tocou as Bahamas, mas até o momento não há relato de vítimas.
As ilhas sofreram inundações, queda de árvores e prejuízos em edifícios. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem feito apelos de evacuação desde ontem (6), definindo a situação como “seríssima”. O líder da Casa Branca já declarou estado de emergência na Florida, na Georgia e na Carolina do Sul. O furacão caminhava a uma velocidade de 210 km/h a apenas 100 quilômetros de Fort Pierce, na costa da Florida. De acordo com os centros meteorológicos, o Matthew tem variado de intensidade, intercalando-se nas categorias 3 e 4, as quais preevem ventos com velocidade máxima de 210 km/h e 250 km/h, respectivamente.
Mais de 200 mil casas já estão sem eletricidade devido aos danos causados pelos fortes ventos que antecedem a passagem do furacão. O parque de diversões da Disney, na Florida, fechou as portas e deverá ficar fora de atividade até o Matthew deixar a região.
Haiti
O furacão Matthew passou pelo Haiti, por Cuba e pela República Dominicana na última terça-feira (4). O território haitiano foi o mais afetado, com 842 mortes até o momento, de acordo com as autoridades locais.
O número de vítimas pode crescer, já que muitas áreas ainda estão inacessíveis para as equipes de resgate. A região mais castigada foi o sul do país, com 300 mil residências danificadas. Somente na cidade de Roche-a-Bateau, 50 pessoas morreram, na vizinha Jeremie, 80% das casas vieram abaixo. A Cruz Vermelha Internacional fez um apelo para que sejam doados 6,2 milhões de euros ao Haiti, que também foi devastado em 2010 por um furacão e até hoje não conseguiu se recuperar. Agentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) disseram que a situação do Haiti é “apocalíptica” e que há 500 mil crianças desabrigadas ou em zonas de risco. (ANSA)